17 de abril de 2018

ÉTICA CRISTÃ E ABORTO


ÉTICA CRISTÃ E ABORTO

TEXTO ÁUREO = Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem(Sl 139.13,14).

 VERDADE PRÁTICA = Diante do valor da vida humana, concedida por Deus, no ventre materno, o aborto provocado é um crime praticado contra uma vida inocente e indefesa.

 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 21.22,23; Jó 3.16; Salmos 139.13,14.

 PONTO DE CONTATO

Inicie a aula conversando com a turma sobre a responsabilidade de se ter filhos hoje em dia. Embora existam os casos excepcionais em que a vida da mãe é considerada prioridade, o alvo da discussão deve ser a concepção responsável, pois o fato de viver por impulso é, muitas vezes, a causa de agruras irreparáveis. Não há motivo justificável, à luz da Bíblia, para a aceitação do aborto premeditado. O aborto provocado é um crime e uma covardia, pois a vítima não pode defender-se.

É difícil conceber a ideia de que uma vida onde habita o Espírito Santo, habite também a concepção de homicídio. A consciência cristã iluminada pelo Evangelho de Cristo, não permitiria tal situação.

 SÍNTESE TEXTUAL = A vida foi criada por Deus. Ela foi dada por Deus. Por isso, somente o Todo-Poderoso pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso”. A Bíblia diz que Deus escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe comete aborto, como fica o plano de Deus?

O feto é um ser vivo indiscutivelmente. Apesar de as estatísticas mostrarem um alto índice de pessoas favoráveis ao aborto, este, com certeza, não é o pensamento da maioria, incluindo a comunidade cristã. O movimento feminista impinge a ideia de que a mulher tem o direito de usar seu corpo como bem entender.

Isto, porém, não justifica o ato de matar. Nas poucas referências existentes na Bíblia, relacionadas a este assunto, o infrator deveria pagar multa caso fosse considerado culpado por causar dano a uma mulher grávida. O que dizer daquele que assassinar deliberadamente?

introdução

 O índice de abortos no século passado foi revoltante e virulento. Só no Brasil, a Organização Mundial de Saúde calcula que houve 5 milhões de abortos. O Instituto Gallup concluiu que 58% dos brasileiros são favoráveis a ele. Em Tiago 2.13, a Bíblia diz que “o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia”. O movimento feminista, antibíblico e anticristão, alardeia o direito de a mulher usar seu corpo como ela quiser, sem levar em conta a vida do feto indefeso. E o cristão? Como deve se posicionar? Ora, nós não somos donos de nada; Deus é que é. É o que procuraremos demonstrar nesta lição.

I. O TERMO ABORTO E A VISÃO BÍBLICA

 1. Significado. A palavra aborto vem do latim, abortum, do verbo abortare, com o significado de “pôr-se o sol, desaparecer no horizonte e, daí, morrer, perecer”. Na Bíblia, o referido termo e seus cognatos aparecem em Jó 3.16; Sl 58.8; Ec 6.3 etc. Segundo o Grande Dicionário de Medicina, aborto “é a expulsão espontânea ou provocada do feto antes do sexto mês de gestação, isto é, antes que o feto possa sobreviver fora do organismo materno...”.

2. O aborto na Bíblia. Não são muitas as referências sobre o tema. No Pentateuco, vemos uma referência sucinta sobre o caso de aborto acidental, em que uma mãe fosse ferida por alguém e viesse a morrer (Êx 21.22). Nesse caso, não haveria pena de morte, mas o causador teria que pagar uma indenização. Jó, lamentando o dia de seu nascimento, diz que preferia que não houvesse acontecido, pois seria como as crianças abortadas, que nunca viram a luz (Jó 3.16). Não há qualquer referência bíblica que dê margem ao ato do aborto provocado pois trata-se de um ato em que a vida de um ser indefeso é ceifada.

II. O FETO EM SEU COMEÇO É UMA PESSOA

 1. A infusão da alma no ser gerado. Entendemos que a alma e o espírito são colocados por Deus no embrião, com a concepção. É oportuno dizer aqui que a vida humana, do seu início ao fim, está em grande parte encoberta por um véu de mistério que só o próprio Criador e Sustentador conhece. “Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zacarias 12.1); e mais, “Porque para sempre não contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito perante mim se enfraqueceria, e as almas que eu fiz” (Isaías 57.16).

2. O exemplo de João Batista e de Jesus. Ao que tudo indica, Maria, a mãe de Jesus, já o tinha no ventre há um mês (quatro semanas), quando foi visitar Isabel, sua prima. Esta já estava com seis meses de grávida de João Batista (Lc 1.36), tendo, nela, um feto de vinte e quatro semanas. A Bíblia nos mostra que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, “a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo” (Lc 1.41). No ventre de Maria, não estava “uma coisa”, mas o Salvador do Mundo; no ventre de Isabel não estava um ser desprovido de alma, mas uma “criancinha” que pulou de alegria ao ouvir a bendita saudação. O Espírito Santo agiu ali através de uma “criancinha” ainda em formação (v.41).

3. O embrião é uma pessoa. Mesmo sem ser uma pessoa completa, não é subumano. É uma pessoa em formação, em potencial. Da primeira à oitava semana (2 meses), completam-se todos os órgãos, apresentando inclusive as impressões digitais. Aos três meses, no útero, o bebê já está formado esperando crescer para vir à luz. Mesmo como ovo, ou feto, desde a concepção, cremos que o bebê não só tem vida, mas possui alma e espírito dentro dele (ver Zc 12.1b).

III. TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O CRISTÃO

 1. Aborto natural. Ocorre por motivos ou circunstâncias naturais, implicando na morte do feto. Segundo a Medicina, pode haver aborto por várias causas. Dentre elas, destacam-se as seguintes:

“Insuficiente vitalidade do espermatozóide; afecções da placenta; infecções sanguíneas; inflamações uterinas; grave exaustão, diabetes e algumas desconhecidas” (Reifler, p.131). Não há incriminação bíblica quanto a esse caso, pois, não havendo pecado, não há condenação. Em Deuteronômio 24.16b, diz-se que “cada qual morrerá pelo seu pecado”.

2. Aborto acidental. É resultado de um problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou um susto acidental, inesperado e intenso podem provocar abortamento. Não há implicação ética quanto a isso. A referência de Deuteronômio 24.16b aplica-se a esse caso.

3. Aborto por razões eugênicas. É o aborto por eugenia, isto é, para evitar o nascimento de crianças deformadas ou retardadas. Nós cristãos, segundo os princípios bíblicos, não acatamos tal conceituação, puramente humanista. Pessoas retardadas ou deformadas, ao nascerem, têm personalidade e características verdadeiramente humanas. E, por conseguinte, têm direito à vida. Abortá-las é assassinato. A Bíblia diz: “...e não matarás o inocente...” (Êx 23.7).

4. “Mataram” Beethoven! Já é conhecido um texto em que um professor, desejando mostrar aos alunos como é falha a lógica humana, propõe o seguinte caso: “Baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho dariam a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis; ela, de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo, morreu. O terceiro nasceu surdo, e o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho vocês lhe aconselhariam?”. Os alunos pensaram e, diante das circunstâncias, sugeriram que o aborto seria aconselhável para que não nascesse mais um filho defeituoso. O professor, então, lhe respondeu: “Se vocês disseram sim à ideia do aborto, acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.

CONCLUSÃO

Há ainda outros casos em que a sociedade alega razões para a prática do aborto, mas sem qualquer respaldo bíblico. O cristão tem a ver com Cristo e a Bíblia, e não com o mundo e o seu modo de viver e agir. Com exceção do caso em que a vida não totalmente desenvolvida do bebê constituísse uma ameaça de morte para a vida plenamente desenvolvida da mãe, não há motivo justificável à luz da Bíblia para a realização do abortamento. Todavia, lembremo-nos de uma coisa: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Coríntios 5.10). Por isto, devemos agir de acordo com a ética cristã, levando-se em consideração, sempre, a santidade da vida.

 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

Desafios da Nossa Época. Abraão de Almeida, CPAD.
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.

 Lições Bíblicas CPAD 3 Trimestre 2002


 A Ética Cristã Na Valorização da Vida

 

Leitura Bíblica em classe Gênesis 139. 1-16

 

INTRODUÇÃO

São inúmeros casos como este e outros mais em que adolescentes ficam grávidas, e são levadas a provocar o aborto. Umas, em clínicas particulares; outras, em lugares clandestinos, sem as mínimas condições de higiene. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 5.000.000 (cinco milhões) de abortos são realizados anualmente, em todo o mundo!

Diante desse quadro grave de saúde pública, são muitas as vozes em defesa do aborto legalizado. O movimento feminista acrescenta outros motivos para a liberação dessa mortandade, alegando o direito da mulher em relação a seu próprio corpo. Em menor número, no entanto, há os que são contrários a essa prática criminosa, Lembrando que a criança, no ventre da mãe, é uma vítima inocente, e que não merece ser sacrificada, em nome de um discutível “direito ao uso do corpo” por parte da  Mulher. E, com razão, se indaga: “E onde fica o direito do embrião ou do feto, que é uma pessoa em potencial?” Os defensores do assassinato em massa, do infanticídio cruel, não se importam com isso. Por outro lado, há um comércio muito próspero, voltado para a realização do aborto. Milhões de dólares ou de reais são apropriados por mercantilistas da medicina, a serviço do aborto criminoso..

 A Luz das Sagradas Escrituras  vejamos o quanto a vida deve ser Valorizada e defendida por Nós Cristãos.

I. PORQUE SOMO CONTRA O ABORTO?

A vida foi criada por Deus. Ela foi dada por Deus. Por isso, somente o Todo-Poderoso pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso”. A Bíblia diz que Deus escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe comete aborto, como fica o plano de Deus?

 

O feto é um ser vivo indiscutivelmente. Apesar de as estatísticas mostrarem um alto índice de pessoas favoráveis ao aborto, este, com certeza, não é o pensamento da maioria, incluindo a comunidade cristã. O movimento feminista impinge a ideia de que a mulher tem o direito de usar seu corpo como bem entender. Isto, porém, não justifica o ato de matar. Nas poucas referências existentes na Bíblia, relacionadas a este assunto, o infrator deveria pagar multa caso fosse considerado culpado por causar dano a uma mulher grávida. O que dizer daquele que assassinar deliberadamente?

 

1. Significado. A palavra aborto vem do latim, abortum, do verbo abortare, com o significado de “pôr-se o sol, desaparecer no horizonte e, daí, morrer, perecer”. Na Bíblia, o referido termo e seus cognatos aparecem em Jó 3.16; Sl 58.8; Ec 6.3 etc. Segundo o Grande Dicionário de Medicina, aborto “é a expulsão espontânea ou provocada do feto antes do sexto mês de gestação, isto é, antes que o feto possa sobreviver fora do organismo materno...”.

 

2. O aborto na Bíblia. Não são muitas as referências sobre o tema. No Pentateuco, vemos uma referência sucinta sobre o caso de aborto acidental, em que uma mãe fosse ferida por alguém e viesse a morrer (Êx 21.22). Nesse caso, não haveria pena de morte, mas o causador teria que pagar uma indenização. Jó, lamentando o dia de seu nascimento, diz que preferia que não houvesse acontecido, pois seria como as crianças abortadas, que nunca viram a luz (Jó 3.16). Não há qualquer referência bíblica que dê margem ao ato do aborto provocado pois trata-se de um ato em que a vida de um ser indefeso é ceifada.

 

O FETO EM SEU COMEÇO É UMA PESSOA

 

1. A infusão da alma no ser gerado. Entendemos que a alma e o espírito são colocados por Deus no embrião, com a concepção. É oportuno dizer aqui que a vida humana, do seu início ao fim, está em grande parte encoberta por um véu de mistério que só o próprio Criador e Sustentador conhece. “Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zacarias 12.1); e mais, “Porque para sempre não contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito perante mim se enfraqueceria, e as almas que eu fiz” (Isaías 57.16).

 

2. O exemplo de João Batista e de Jesus. Ao que tudo indica, Maria, a mãe de Jesus, já o tinha no ventre há um mês (quatro semanas), quando foi visitar Isabel, sua prima. Esta já estava com seis meses de grávida de João Batista (Lc 1.36), tendo, nela, um feto de vinte e quatro semanas. A Bíblia nos mostra que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, “a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo” (Lc 1.41). No ventre de Maria, não estava “uma coisa”, mas o Salvador do Mundo; no ventre de Isabel não estava um ser desprovido de alma, mas uma “criancinha” que pulou de alegria ao ouvir a bendita saudação. O Espírito Santo agiu ali através de uma “criancinha” ainda em formação (v.41).

 

3. O embrião é uma pessoa. Mesmo sem ser uma pessoa completa, não é subumano. É uma pessoa em formação, em potencial. Da primeira à oitava semana (2 meses), completam-se todos os órgãos, apresentando inclusive as impressões digitais. Aos três meses, no útero, o bebê já está formado esperando crescer para vir à luz. Mesmo como ovo, ou feto, desde a concepção, cremos que o bebê não só tem vida, mas possui alma e espírito dentro dele (ver Zc 12.1b).

TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O CRISTÃO

 

1. Aborto natural. Ocorre por motivos ou circunstâncias naturais, implicando na morte do feto. Segundo a Medicina, pode haver aborto por várias causas. Dentre elas, destacam-se as seguintes: “Insuficiente vitalidade do espermatozóide; afecções da placenta; infecções sanguíneas; inflamações uterinas; grave exaustão, diabetes e algumas desconhecidas” (Reifler, p.131). Não há incriminação bíblica quanto a esse caso, pois, não havendo pecado, não há condenação. Em Deuteronômio 24.16b, diz-se que “cada qual morrerá pelo seu pecado”.

 

2. Aborto acidental. É resultado de um problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou um susto acidental, inesperado e intenso podem provocar abortamento. Não há implicação ética quanto a isso. A referência de Deuteronômio 24.16b aplica-se a esse caso.

 

3. Aborto por razões eugênicas. É o aborto por eugenia, isto é, para evitar o nascimento de crianças deformadas ou retardadas. Nós cristãos, segundo os princípios bíblicos, não acatamos tal conceituação, puramente humanista. Pessoas retardadas ou deformadas, ao nascerem, têm personalidade e características verdadeiramente humanas. E, por conseguinte, têm direito à vida. Abortá-las é assassinato. A Bíblia diz: “...e não matarás o inocente...” (Êx 23.7).

 

4. “Mataram” Beethoven! Já é conhecido um texto em que um professor, desejando mostrar aos alunos como é falha a lógica humana, propõe o seguinte caso: “Baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho dariam a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis; ela, de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo, morreu. O terceiro nasceu surdo, e o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho vocês lhe aconselhariam?”. Os alunos pensaram e, diante das circunstâncias, sugeriram que o aborto seria aconselhável para que não nascesse mais um filho defeituoso. O professor, então, lhe respondeu: “Se vocês disseram sim à ideia do aborto, acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.

 

II. POR QUE SOMOS CONTRA A EUTANÁSIA?

 

1. O que significa? A palavra “eutanásia” vem de dois termos gregos: eu, com significado de “boa” e thánatos, que significa “morte”. Do que resulta o termo eutanásia, sugerindo a ideia de “boa morte”. Tal conceito é aplicado aos casos em que o médico, usando meios a seu dispor, leva o paciente à “morte misericordiosa”, pondo fim ao seu sofrimento.

 

2. A eutanásia ativa. É aquela em que o médico, a pedido do paciente, ou de familiares, através da aplicação de algum tipo de agente (substância, medicamento, etc.) leva o doente à morte, evitando o seu sofrimento. Há quem defenda essa prática, sob o argumento de que “não se deve manter artificialmente a vida subumana ou pós-humana vegetativa”, e que se deve evitar o sofrimento dos pacientes desenganados, com moléstias prolongadas tais como câncer, AIDS e outras.

 

3. O posicionamento bíblico.

 

a) “Não matarás”. A Bíblia diz: “Não matarás...” (Êx 20.13). Daí, a ação do médico, tirando a vida do paciente, equiparar-se a um assassinato, a um homicídio. “Tradicionalmente, se reconhece que a eutanásia é um crime contra a vontade de Deus, expressa no decálogo, e contra o direito de vida de todos os seres humanos”. Lemos em 1 Sm 2.6: “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela”. A vida do homem não lhe pertence. Recebeu-a para administrar e deve fazê-lo como bom administrador ou mordomo, a fim de, no futuro, prestar contas ao seu legítimo dono, Deus.

 

b) Há a possibilidade do milagre. E se Deus quiser realizar um milagre? A fé passa por cima de todas as impossibilidades. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem. Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho” (Hebreus 11.1,2). Certamente, o Juramento de Hipócrates, proclamado pelos médicos, deve ser considerado, prescrevendo que os mesmos não devem “dar remédio letal a quem quer que o peça, tampouco... fazer alguma alusão a respeito”.

 

O argumento em favor da eutanásia, alegando que deixar alguém sofrendo sem a mínima perspectiva de sobrevivência é menos moral do que acelerar a morte para tal pessoa, é humano e não tem base bíblica. “Matar por misericórdia”, mesmo com consentimento de quem está sofrendo, não é moralmente correto, e tal pedido equivale ao suicídio. Assim, quem pratica esse tipo de eutanásia é cúmplice de suicídio. A vida é santa em si e em sua finalidade. Somente Deus pode e tem o direito de dar a vida e de tornar a tirá-la. O nosso dever é aliviar o sofrimento das pessoas por outros métodos e não tirando-lhes a vida.

 

Ao contrário, devemos envidar todo esforço na tentativa de sua cura, seja por medicamentos, seja pela oração da fé “...e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5.15,16).

 

III.  DEUS  É O AUTOR DA VIDA

 

Os temas da lição de hoje são bem polêmicos para os que não conhecem as Escrituras. Todavia, aqueles que servem a DEUS e compreendem os ensinos bíblicos têm a convicção de que tais práticas são condenadas pelo Criador.

 

Embora a eutanásia e o aborto sejam questões complexas, na verdade, estas práticas são uma tentativa de descartar uma vida. A vida é um dom de DEUS. O ser humano foi criado de modo especial, à imagem e semelhança de seu Criador. O homem é a coroa da criação (Gn 1.6). Através das Escrituras Sagradas, podemos observar o Senhor tratando com o ser humano antes de sua concepção: "Antes que eu te formasse no ventre eu te conheci..." (Jr 1.5). Nesta passagem, podemos constatar a presciência divina que contempla cada pessoa em sua individualidade. Os humanistas e materialistas defendem o aborto, porquanto desvalorizam o ser em gestação, encarando-o apenas como uma questão meramente técnica e funcional. Logo, eles não vêem qualquer problema moral na prática do aborto.

 

Em relação à eutanásia, segundo a visão secular e maligna desses homens, o sofrimento diminui a "qualidade" da vida, por isso, lutam para legitimar o término da mesma, quer voluntariamente, quer pelo arbítrio ou determinação de outro. Jó passou por momentos muito difíceis. Parecia não haver saída para ele. Sua mulher o incentivava a buscar a morte, entretanto, confiante no Todo-Poderoso, ele declarava: "...como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de DEUS e não receberíamos o mal? (Jó 2.7-10). O sofrimento para o cristão é momentâneo e propicia o seu aperfeiçoamento.

 

Como você pode perceber, tais assuntos são complexos, portanto, devemos estudá-los com toda a seriedade e afinco, mostrando o quanto DEUS ama o ser humano. Ademais, enquanto "sal" e "luz" deste mundo, precisamos alçar a bandeira do evangelho de CRISTO e proclamar as verdades bíblicas com coragem. Lutar contra o aborto e a eutanásia é dever de todo crente que ama a DEUS, a sua Palavra e a vida.

 

CONCLUSÃO 

 

A vida humana tem seu início na concepção. À luz da ética e da moral, o aborto é um crime, pois a vida humana tem início no exato momento da concepção.

Sempre que a Bíblia descreve o nascimento de alguém, deixa claro que a vida humana está presente desde a concepção até o nascimento. Concepção, gestação e parto não se desvinculam (Gn 4.1).   Davi, por sua vez, se reconhece no ventre materno como um indivíduo completo que ia sendo formado pelo próprio DEUS (Sl 13.15,16).

Quando a Bíblia se reporta a algumas pessoas chamadas por DEUS desde o ventre (Gn 25.20-23; Is 49.1; Lc 1.15,41; Gl 1.15,16). Está implicitamente afirmando não só o direito de o ser em gestação nascer, mas de cumprir igualmente os propósitos para os quais vem ao mundo.

 

Os princípios bíblicos apontam para a soberania divina em cada concepção. Toda criatura nasce sob permissão de DEUS, e só Ele, o doador da vida, tem o direito absoluto sobre ela (Is 45.12; Mt 10.28).

 

Davi, referindo-se à própria concepção:  "Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia" (v.16).

 

Em Relação a Eutanásia podemos concluir que Na sentença dada por DEUS a Adão (ver Gn 3.17), vemos claramente a menção à vida: "com dor comerás dela [a terra] todos os dias da tua vida".

 

O texto pressupõe um tempo para viver que só seria dado por concluído quando chegasse a hora da morte, segundo os desígnios de DEUS, e não conforme a vontade do homem (Ec 3.2). A eutanásia não leva em conta os desígnios de DEUS. A eutanásia, ao invés de ser um gesto de amor para com o paciente, é uma forma cruel de egoísmo.

 

Na verdade, o que os familiares e outros responsáveis desejam, é descartar-se do paciente já inválido - como nos abortos de fetos deficientes ou normais - para se verem livres do problema. O aborto e a eutanásia são, portanto, fruto da mente doentia dos humanistas, cuja consciência, cauterizada que está pelo pecado, já não reconhece as demandas de DEUS em favor da vida. A raça humana, para os humanistas, é constituída de seres meramente orgânicos, que devem ser eliminados sem qualquer subordinação ao desígnio divino. Mas, como vimos, o nascer e o viver são atos da vontade soberana de DEUS.


 

 

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