ÉTICA CRISTÃ E ABORTO
TEXTO
ÁUREO = “Pois
possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te
louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado;
maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl
139.13,14).
VERDADE PRÁTICA = Diante do valor da vida
humana, concedida por Deus, no ventre materno, o aborto provocado é um crime
praticado contra uma vida inocente e indefesa.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE = Êxodo 21.22,23; Jó 3.16; Salmos 139.13,14.
PONTO DE CONTATO
Inicie a aula conversando com a
turma sobre a responsabilidade de se ter filhos hoje em dia. Embora existam os
casos excepcionais em que a vida da mãe é considerada prioridade, o alvo da
discussão deve ser a concepção responsável, pois o fato de viver por impulso é,
muitas vezes, a causa de agruras irreparáveis. Não há motivo justificável, à
luz da Bíblia, para a aceitação do aborto premeditado. O aborto provocado é um
crime e uma covardia, pois a vítima não pode defender-se.
É difícil conceber a ideia de que
uma vida onde habita o Espírito Santo, habite também a concepção de homicídio.
A consciência cristã iluminada pelo Evangelho de Cristo, não permitiria tal
situação.
SÍNTESE TEXTUAL = A vida foi criada por Deus.
Ela foi dada por Deus. Por isso, somente o Todo-Poderoso pode tirá-la. A
concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso”. A Bíblia diz que
Deus escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe comete aborto, como fica o
plano de Deus?
O feto é um ser vivo
indiscutivelmente. Apesar de as estatísticas mostrarem um alto índice de
pessoas favoráveis ao aborto, este, com certeza, não é o pensamento da maioria,
incluindo a comunidade cristã. O movimento feminista impinge a ideia de que a
mulher tem o direito de usar seu corpo como bem entender.
Isto, porém, não justifica o ato
de matar. Nas poucas referências existentes na Bíblia, relacionadas a este
assunto, o infrator deveria pagar multa caso fosse considerado culpado por
causar dano a uma mulher grávida. O que dizer daquele que assassinar
deliberadamente?
introdução
O índice de abortos no
século passado foi revoltante e virulento. Só no Brasil, a Organização Mundial
de Saúde calcula que houve 5 milhões de abortos. O Instituto Gallup concluiu
que 58% dos brasileiros são favoráveis a ele. Em Tiago 2.13, a Bíblia diz que
“o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia”. O
movimento feminista, antibíblico e anticristão, alardeia o direito de a mulher
usar seu corpo como ela quiser, sem levar em conta a vida do feto indefeso. E o
cristão? Como deve se posicionar? Ora, nós não somos donos de nada; Deus é que
é. É o que procuraremos demonstrar nesta lição.
I. O
TERMO ABORTO E A VISÃO BÍBLICA
1. Significado. A
palavra aborto vem do latim, abortum, do verbo abortare, com o
significado de “pôr-se o sol, desaparecer no horizonte e, daí, morrer,
perecer”. Na Bíblia, o referido termo e seus cognatos aparecem em Jó 3.16; Sl
58.8; Ec 6.3 etc. Segundo o Grande Dicionário de Medicina, aborto “é a expulsão
espontânea ou provocada do feto antes do sexto mês de gestação, isto é, antes
que o feto possa sobreviver fora do organismo materno...”.
2. O
aborto na Bíblia. Não são muitas as referências sobre o tema. No
Pentateuco, vemos uma referência sucinta sobre o caso de aborto acidental, em que
uma mãe fosse ferida por alguém e viesse a morrer (Êx 21.22). Nesse caso, não
haveria pena de morte, mas o causador teria que pagar uma indenização. Jó,
lamentando o dia de seu nascimento, diz que preferia que não houvesse
acontecido, pois seria como as crianças abortadas, que nunca viram a luz (Jó
3.16). Não há qualquer referência bíblica que dê margem ao ato do aborto
provocado pois trata-se de um ato em que a vida de um ser indefeso é ceifada.
II. O
FETO EM SEU COMEÇO É UMA PESSOA
1. A infusão da alma no
ser gerado. Entendemos que a alma e o espírito são colocados por Deus no
embrião, com a concepção. É oportuno dizer aqui que a vida humana, do seu
início ao fim, está em grande parte encoberta por um véu de mistério que só o
próprio Criador e Sustentador conhece. “Peso da Palavra do Senhor sobre Israel.
Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito
do homem dentro dele” (Zacarias 12.1); e mais, “Porque para sempre não
contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito perante mim se
enfraqueceria, e as almas que eu fiz” (Isaías 57.16).
2. O
exemplo de João Batista e de Jesus. Ao que tudo indica, Maria, a mãe de Jesus, já o
tinha no ventre há um mês (quatro semanas), quando foi visitar Isabel, sua
prima. Esta já estava com seis meses de grávida de João Batista (Lc 1.36),
tendo, nela, um feto de vinte e quatro semanas. A Bíblia nos mostra que, ao
ouvir Isabel a saudação de Maria, “a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel
foi cheia do Espírito Santo” (Lc 1.41). No ventre de Maria, não estava “uma
coisa”, mas o Salvador do Mundo; no ventre de Isabel não estava um ser
desprovido de alma, mas uma “criancinha” que pulou de alegria ao ouvir a
bendita saudação. O Espírito Santo agiu ali através de uma “criancinha” ainda
em formação (v.41).
3. O
embrião é uma pessoa. Mesmo sem ser uma pessoa completa, não é subumano.
É uma pessoa em formação, em potencial. Da primeira à oitava semana (2 meses),
completam-se todos os órgãos, apresentando inclusive as impressões digitais.
Aos três meses, no útero, o bebê já está formado esperando crescer para vir à
luz. Mesmo como ovo, ou feto, desde a concepção, cremos que o bebê não só tem
vida, mas possui alma e espírito dentro dele (ver Zc 12.1b).
III.
TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O CRISTÃO
1. Aborto natural.
Ocorre por motivos ou circunstâncias naturais, implicando na morte do feto.
Segundo a Medicina, pode haver aborto por várias causas. Dentre elas,
destacam-se as seguintes:
“Insuficiente vitalidade do
espermatozóide; afecções da placenta; infecções sanguíneas; inflamações
uterinas; grave exaustão, diabetes e algumas desconhecidas” (Reifler, p.131).
Não há incriminação bíblica quanto a esse caso, pois, não havendo pecado, não
há condenação. Em Deuteronômio 24.16b, diz-se que “cada qual morrerá pelo seu
pecado”.
2. Aborto
acidental. É resultado de um problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou
um susto acidental, inesperado e intenso podem provocar abortamento. Não há
implicação ética quanto a isso. A referência de Deuteronômio 24.16b aplica-se a
esse caso.
3. Aborto
por razões eugênicas. É o aborto por eugenia, isto é, para evitar
o nascimento de crianças deformadas ou retardadas. Nós cristãos, segundo os
princípios bíblicos, não acatamos tal conceituação, puramente humanista.
Pessoas retardadas ou deformadas, ao nascerem, têm personalidade e
características verdadeiramente humanas. E, por conseguinte, têm direito à
vida. Abortá-las é assassinato. A Bíblia diz: “...e não matarás o inocente...”
(Êx 23.7).
4.
“Mataram” Beethoven! Já é conhecido um texto em que um professor,
desejando mostrar aos alunos como é falha a lógica humana, propõe o seguinte
caso: “Baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho
dariam a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis;
ela, de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo, morreu. O
terceiro nasceu surdo, e o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente
em abortar a quinta gravidez. Que caminho vocês lhe aconselhariam?”. Os alunos
pensaram e, diante das circunstâncias, sugeriram que o aborto seria
aconselhável para que não nascesse mais um filho defeituoso. O professor,
então, lhe respondeu: “Se vocês disseram sim à ideia do aborto, acabaram de
matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.
CONCLUSÃO
Há ainda outros casos em que a
sociedade alega razões para a prática do aborto, mas sem qualquer respaldo
bíblico. O cristão tem a ver com Cristo e a Bíblia, e não com o mundo e o seu
modo de viver e agir. Com exceção do caso em que a vida não totalmente
desenvolvida do bebê constituísse uma ameaça de morte para a vida plenamente
desenvolvida da mãe, não há motivo justificável à luz da Bíblia para a
realização do abortamento. Todavia, lembremo-nos de uma coisa: “Porque todos
devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o
que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Coríntios 5.10). Por isto,
devemos agir de acordo com a ética cristã, levando-se em consideração, sempre,
a santidade da vida.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Desafios da Nossa Época. Abraão
de Almeida, CPAD.
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.
Lições Bíblicas CPAD 3
Trimestre 2002
A Ética
Cristã Na Valorização da Vida
Leitura Bíblica em
classe Gênesis 139. 1-16
INTRODUÇÃO
São inúmeros casos como
este e outros mais em que adolescentes ficam grávidas, e são levadas a provocar
o aborto. Umas, em clínicas particulares; outras, em lugares clandestinos, sem
as mínimas condições de higiene. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),
5.000.000 (cinco milhões) de abortos são realizados anualmente, em todo o
mundo!
Diante desse quadro
grave de saúde pública, são muitas as vozes em defesa do aborto legalizado. O
movimento feminista acrescenta outros motivos para a liberação dessa
mortandade, alegando o direito da mulher em relação a seu próprio corpo. Em
menor número, no entanto, há os que são contrários a essa prática criminosa,
Lembrando que a criança, no ventre da mãe, é uma vítima inocente, e que não
merece ser sacrificada, em nome de um discutível “direito ao uso do corpo” por
parte da Mulher. E, com razão, se indaga: “E onde fica o direito do
embrião ou do feto, que é uma pessoa em potencial?” Os defensores do
assassinato em massa, do infanticídio cruel, não se importam com isso. Por
outro lado, há um comércio muito próspero, voltado para a realização do aborto.
Milhões de dólares ou de reais são apropriados por mercantilistas da medicina,
a serviço do aborto criminoso..
A Luz das Sagradas
Escrituras vejamos o quanto a vida deve ser Valorizada e defendida por
Nós Cristãos.
I. PORQUE SOMO CONTRA
O ABORTO?
A vida foi criada por Deus. Ela foi dada por Deus. Por isso, somente o
Todo-Poderoso pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e
maravilhoso”. A Bíblia diz que Deus escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe
comete aborto, como fica o plano de Deus?
O feto é um ser vivo indiscutivelmente. Apesar de as estatísticas mostrarem um alto índice
de pessoas favoráveis ao aborto, este, com certeza, não é o pensamento da
maioria, incluindo a comunidade cristã. O movimento feminista impinge a ideia
de que a mulher tem o direito de usar seu corpo como bem entender. Isto, porém,
não justifica o ato de matar. Nas poucas referências existentes na Bíblia,
relacionadas a este assunto, o infrator deveria pagar multa caso fosse
considerado culpado por causar dano a uma mulher grávida. O que dizer daquele
que assassinar deliberadamente?
1. Significado. A palavra aborto vem do
latim, abortum, do verbo abortare, com o significado de “pôr-se o sol,
desaparecer no horizonte e, daí, morrer, perecer”. Na Bíblia, o referido termo
e seus cognatos aparecem em Jó 3.16; Sl 58.8; Ec 6.3 etc. Segundo o Grande
Dicionário de Medicina, aborto “é a expulsão espontânea ou provocada do feto
antes do sexto mês de gestação, isto é, antes que o feto possa sobreviver fora
do organismo materno...”.
2. O aborto na Bíblia. Não são muitas as referências sobre o tema. No
Pentateuco, vemos uma referência sucinta sobre o caso de aborto acidental, em
que uma mãe fosse ferida por alguém e viesse a morrer (Êx 21.22). Nesse caso,
não haveria pena de morte, mas o causador teria que pagar uma indenização. Jó,
lamentando o dia de seu nascimento, diz que preferia que não houvesse
acontecido, pois seria como as crianças abortadas, que nunca viram a luz (Jó
3.16). Não há qualquer referência bíblica que dê margem ao ato do aborto
provocado pois trata-se de um ato em que a vida de um ser indefeso é ceifada.
O FETO EM SEU COMEÇO É
UMA PESSOA
1. A infusão da alma no ser gerado. Entendemos que a alma e o espírito são colocados
por Deus no embrião, com a concepção. É oportuno dizer aqui que a vida humana,
do seu início ao fim, está em grande parte encoberta por um véu de mistério que
só o próprio Criador e Sustentador conhece. “Peso da Palavra do Senhor sobre
Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o
espírito do homem dentro dele” (Zacarias 12.1); e mais, “Porque para sempre não
contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito perante mim se
enfraqueceria, e as almas que eu fiz” (Isaías 57.16).
2. O exemplo de João Batista e de Jesus. Ao que tudo indica, Maria, a mãe de Jesus, já
o tinha no ventre há um mês (quatro semanas), quando foi visitar Isabel, sua
prima. Esta já estava com seis meses de grávida de João Batista (Lc 1.36),
tendo, nela, um feto de vinte e quatro semanas. A Bíblia nos mostra que, ao
ouvir Isabel a saudação de Maria, “a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel
foi cheia do Espírito Santo” (Lc 1.41). No ventre de Maria, não estava “uma
coisa”, mas o Salvador do Mundo; no ventre de Isabel não estava um ser
desprovido de alma, mas uma “criancinha” que pulou de alegria ao ouvir a
bendita saudação. O Espírito Santo agiu ali através de uma “criancinha” ainda
em formação (v.41).
3. O embrião é uma pessoa. Mesmo sem ser uma
pessoa completa, não é subumano. É uma pessoa em formação, em potencial. Da
primeira à oitava semana (2 meses), completam-se todos os órgãos, apresentando
inclusive as impressões digitais. Aos três meses, no útero, o bebê já está
formado esperando crescer para vir à luz. Mesmo como ovo, ou feto, desde a
concepção, cremos que o bebê não só tem vida, mas possui alma e espírito dentro
dele (ver Zc 12.1b).
TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O
CRISTÃO
1. Aborto natural. Ocorre por motivos ou
circunstâncias naturais, implicando na morte do feto. Segundo a Medicina, pode
haver aborto por várias causas. Dentre elas, destacam-se as seguintes:
“Insuficiente vitalidade do espermatozóide; afecções da placenta; infecções
sanguíneas; inflamações uterinas; grave exaustão, diabetes e algumas
desconhecidas” (Reifler, p.131). Não há incriminação bíblica quanto a esse
caso, pois, não havendo pecado, não há condenação. Em Deuteronômio 24.16b,
diz-se que “cada qual morrerá pelo seu pecado”.
2. Aborto acidental. É resultado de um
problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou um susto acidental,
inesperado e intenso podem provocar abortamento. Não há implicação ética quanto
a isso. A referência de Deuteronômio 24.16b aplica-se a esse caso.
3. Aborto por razões eugênicas. É o aborto por eugenia,
isto é, para evitar o nascimento de crianças deformadas ou retardadas. Nós
cristãos, segundo os princípios bíblicos, não acatamos tal conceituação,
puramente humanista. Pessoas retardadas ou deformadas, ao nascerem, têm
personalidade e características verdadeiramente humanas. E, por conseguinte,
têm direito à vida. Abortá-las é assassinato. A Bíblia diz: “...e não matarás o
inocente...” (Êx 23.7).
4. “Mataram” Beethoven! Já é conhecido um texto em que um professor,
desejando mostrar aos alunos como é falha a lógica humana, propõe o seguinte
caso: “Baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho
dariam a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis;
ela, de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo, morreu. O
terceiro nasceu surdo, e o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente
em abortar a quinta gravidez. Que caminho vocês lhe aconselhariam?”. Os alunos
pensaram e, diante das circunstâncias, sugeriram que o aborto seria
aconselhável para que não nascesse mais um filho defeituoso. O professor,
então, lhe respondeu: “Se vocês disseram sim à ideia do aborto, acabaram de
matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.
II. POR QUE SOMOS
CONTRA A EUTANÁSIA?
1. O que significa? A palavra “eutanásia” vem de dois termos gregos:
eu, com significado de “boa” e thánatos, que significa “morte”. Do que resulta
o termo eutanásia, sugerindo a ideia de “boa morte”. Tal conceito é aplicado
aos casos em que o médico, usando meios a seu dispor, leva o paciente à “morte
misericordiosa”, pondo fim ao seu sofrimento.
2. A eutanásia ativa. É aquela em que o médico, a pedido do paciente, ou
de familiares, através da aplicação de algum tipo de agente (substância,
medicamento, etc.) leva o doente à morte, evitando o seu sofrimento. Há quem
defenda essa prática, sob o argumento de que “não se deve manter
artificialmente a vida subumana ou pós-humana vegetativa”, e que se deve evitar
o sofrimento dos pacientes desenganados, com moléstias prolongadas tais como
câncer, AIDS e outras.
3. O posicionamento
bíblico.
a) “Não matarás”. A Bíblia diz: “Não matarás...” (Êx 20.13). Daí, a ação do médico, tirando a vida do paciente,
equiparar-se a um assassinato, a um homicídio. “Tradicionalmente, se reconhece
que a eutanásia é um crime contra a vontade de Deus, expressa no decálogo, e
contra o direito de vida de todos os seres humanos”. Lemos em 1 Sm 2.6: “O
Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir
dela”. A vida do homem não lhe pertence. Recebeu-a para administrar e deve
fazê-lo como bom administrador ou mordomo, a fim de, no futuro, prestar contas
ao seu legítimo dono, Deus.
b) Há a possibilidade do
milagre. E se Deus quiser realizar um milagre? A fé
passa por cima de todas as impossibilidades. “Ora, a fé é o firme fundamento
das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem. Porque, por
ela, os antigos alcançaram testemunho” (Hebreus 11.1,2). Certamente, o
Juramento de Hipócrates, proclamado pelos médicos, deve ser considerado,
prescrevendo que os mesmos não devem “dar remédio letal a quem quer que o peça,
tampouco... fazer alguma alusão a respeito”.
O argumento em favor da eutanásia, alegando que
deixar alguém sofrendo sem a mínima perspectiva de sobrevivência é menos moral
do que acelerar a morte para tal pessoa, é humano e não tem base bíblica.
“Matar por misericórdia”, mesmo com consentimento de quem está sofrendo, não é
moralmente correto, e tal pedido equivale ao suicídio. Assim, quem pratica esse
tipo de eutanásia é cúmplice de suicídio. A vida é santa em si e em sua
finalidade. Somente Deus pode e tem o direito de dar a vida e de tornar a
tirá-la. O nosso dever é aliviar o sofrimento das pessoas por outros métodos e
não tirando-lhes a vida.
Ao contrário, devemos envidar todo esforço na
tentativa de sua cura, seja por medicamentos, seja pela oração da fé “...e a
oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido
pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai
uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em
seus efeitos” (Tiago 5.15,16).
III. DEUS
É O AUTOR DA VIDA
Os temas da lição de hoje são bem polêmicos para os
que não conhecem as Escrituras. Todavia, aqueles que servem a DEUS e
compreendem os ensinos bíblicos têm a convicção de que tais práticas são
condenadas pelo Criador.
Embora a eutanásia e o aborto sejam questões
complexas, na verdade, estas práticas são uma tentativa de descartar uma vida.
A vida é um dom de DEUS. O ser humano foi criado de modo especial, à imagem e
semelhança de seu Criador. O homem é a coroa da criação (Gn 1.6). Através das
Escrituras Sagradas, podemos observar o Senhor tratando com o ser humano antes
de sua concepção: "Antes que eu te formasse no ventre eu te
conheci..." (Jr 1.5). Nesta passagem, podemos constatar a presciência
divina que contempla cada pessoa em sua individualidade. Os humanistas e
materialistas defendem o aborto, porquanto desvalorizam o ser em gestação,
encarando-o apenas como uma questão meramente técnica e funcional. Logo, eles
não vêem qualquer problema moral na prática do aborto.
Em relação à eutanásia, segundo a visão secular e
maligna desses homens, o sofrimento diminui a "qualidade" da vida,
por isso, lutam para legitimar o término da mesma, quer voluntariamente, quer
pelo arbítrio ou determinação de outro. Jó passou por momentos muito difíceis.
Parecia não haver saída para ele. Sua mulher o incentivava a buscar a morte,
entretanto, confiante no Todo-Poderoso, ele declarava: "...como fala
qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de DEUS e não receberíamos o
mal? (Jó 2.7-10). O sofrimento para o cristão é momentâneo e propicia o seu
aperfeiçoamento.
Como você pode perceber, tais assuntos são
complexos, portanto, devemos estudá-los com toda a seriedade e afinco,
mostrando o quanto DEUS ama o ser humano. Ademais, enquanto "sal" e
"luz" deste mundo, precisamos alçar a bandeira do evangelho de CRISTO
e proclamar as verdades bíblicas com coragem. Lutar contra o aborto e a
eutanásia é dever de todo crente que ama a DEUS, a sua Palavra e a vida.
CONCLUSÃO
A vida humana tem seu
início na concepção. À luz da ética e da moral, o aborto é um crime, pois a
vida humana tem início no exato momento da concepção.
Sempre que a Bíblia descreve o nascimento de
alguém, deixa claro que a vida humana está presente desde a concepção até o
nascimento. Concepção, gestação e parto não se desvinculam (Gn
4.1). Davi, por sua vez, se reconhece no ventre materno como um
indivíduo completo que ia sendo formado pelo próprio DEUS (Sl 13.15,16).
Quando a Bíblia se reporta a algumas pessoas
chamadas por DEUS desde o ventre (Gn 25.20-23; Is 49.1; Lc 1.15,41; Gl
1.15,16). Está implicitamente afirmando não só o direito de o ser em gestação
nascer, mas de cumprir igualmente os propósitos para os quais vem ao mundo.
Os princípios bíblicos
apontam para a soberania divina em cada concepção. Toda criatura nasce sob
permissão de DEUS, e só Ele, o doador da vida, tem o direito absoluto sobre ela
(Is 45.12; Mt 10.28).
Davi, referindo-se à
própria concepção: "Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e
no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia
formadas, quando nem ainda uma delas havia" (v.16).
Em Relação a Eutanásia
podemos concluir que Na sentença dada por DEUS a Adão (ver Gn 3.17), vemos
claramente a menção à vida: "com dor comerás dela [a terra] todos os dias
da tua vida".
O texto pressupõe um
tempo para viver que só seria dado por concluído quando chegasse a hora da
morte, segundo os desígnios de DEUS, e não conforme a vontade do homem (Ec
3.2). A eutanásia não leva em conta os desígnios de DEUS. A eutanásia, ao invés
de ser um gesto de amor para com o paciente, é uma forma cruel de egoísmo.
Na verdade, o que os
familiares e outros responsáveis desejam, é descartar-se do paciente já
inválido - como nos abortos de fetos deficientes ou normais - para se verem
livres do problema. O aborto e a eutanásia são, portanto, fruto da mente
doentia dos humanistas, cuja consciência, cauterizada que está pelo pecado, já
não reconhece as demandas de DEUS em favor da vida. A raça humana, para os
humanistas, é constituída de seres meramente orgânicos, que devem ser
eliminados sem qualquer subordinação ao desígnio divino. Mas, como vimos, o
nascer e o viver são atos da vontade soberana de DEUS.
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