25 de abril de 2018

ÉTICA CRISTÃ, PENA DE MORTE E EUTANÁSIA


LIÇÃO 05 – ÉTICA CRISTÃ, PENA DE MORTE E EUTANÁSIA – 2º TRIM. DE 2018

(Rm 13.3-5; 1 Sm 2.6,7; Jo 8.3-5,7,10,11)

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos sobre a existência da pena de morte ao longo da história; pontuaremos esta punição a luz da Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento; veremos qual o posicionamento da igreja quanto a pena capital; analisaremos aspectos da eutanásia, conhecida como “boa morte”, e por fim, mostraremos o posicionamento da igreja quanto esta prática.

 

I – A PENA DE MORTE NA HISTÓRIA (Pena Capital)

 

A prática da pena de morte, também chamada pena capital, é um instrumento jurídico pelo qual um ser humano é morto como punição por um crime cometido. Segundo estudiosos do assunto, os egípcios (3800 a.C.) utilizavam a pena de morte para refrear os crimes hediondos. A pena capital é vista também à época da Lei de Talião (2000 a.C.) que foi posta para trazer ordem e equilíbrio a sociedade na Mesopotâmia que dizia: “que o mal causado a alguém deve ser proporcional ao castigo imposto: para tal crime, tal e qual a pena”. Neste sentido, esta lei consistia na justa reciprocidade do crime e da pena.

 

Foi reconhecida e registrada posteriormente no Código de Hamurabi (1800 a.C.). Embora não apareça a expressão “lei de talião” na Bíblia, esse conceito está presente na regra “olho por olho, dente por dente”, pois segundo a Torah (1400 a.C.), o culpado deveria receber um castigo proporcional ao crime que cometeu (Êx 21.23-25; Lv 24.19,20; Dt 19.21). No Código de Manu (1000 a.C.) encontrava-se a punição com pena capital para os crimes de injúria. O Direito na Grécia antiga (500 a.C.) os crimes em sua maior parte eram punidos com a morte, e em Roma A Lei das doze Tábuas (450 a.C.) também previa a pena de morte como punição para conter a impunidade.

 

II - A Pena de morte na Bíblia

 

A pena capital aparece em toda a Bíblia. Foi estabelecida por Deus no pacto feito com Noé (Gn 9.5, 6) e reaparece na lei deMoisés (Dt 19.21). Na lei de Moisés havia diversas razões que poderiam levar a pessoa a sofrer a pena capital, por exemplo:

Assassinato premeditado (Êx 21.23, 24);invocação de mortos (Lv 20.27); sequestro (21.16);blasfêmia (Lv 24.10-13);falsos profetas (Dt 13.5-10);sacrificar a falsos deuses (Êx 22.20);filhos rebeldes (Dt 21.8-21);e adultério e estupro (Lv 20.10-21; Dt 22.22-24);bestialidade (Êx 22.19; Lv 20.15, 16);homossexualismo (Lv 20.13);incesto (Lv 20. 11, 12, 14); e profanação do Sábado (Êx 35.2).

 

O Novo Testamento não estabelece mas reconhece a pena capital (Rm 13.4). O Senhor Jesus Cristo foi condenado à morte porque havia pena capital (Jo 19.11). Da mesma forma Estêvão (At 7.59) Tiago (At 12.1, 2). Os escritores do Novo Testamento reconhecem à pena capital, e em nenhum lugar das Escrituras Sagradas encontramos crítica à ela. O Novo Testamento condena o mal uso que as autoridades fizeram dela. Segundo dados da Anistia Internacional, só na década de 80, 40 mil pessoas foram executadas, sendo mais de 80% delas só no Irã, China e África do Sul. Entre 1983 e 1987 30 mil criminosos foram executados na China.

 

Hoje, cerca de 80 nações deixaram apena capital, enquanto 35 países ainda o mantém. O objetivo da pena de morte não era restaurar a vida do assassinado ou reparar o prejuízo, pois somente Deus pode dar a vida, mas para conter o crime. Deus delegou aos governantes a autoridade de governar legitimamente o Estado. A execução de uma pena capital é determinada pelo Estado, depois de julgamentos e de todo um processo legal, tendo o réu amplos direitos de defesa. A Bíblia não manda o Estado estabelecer a pena capital nos dias atuais, mas apenas permite essa lei na legislação de um país (Rm 13.1-6).

 

Somos contra a pena de morte porque não era o propósito original de Deus. Ele disse 7 vezes seria castigado quem a aplicasse a pena capital a Caim (Gn 4.15). O fato de Jesus não aplicá-la à mulher adúltera (Jo 8.1-11) mostra que ele era contra à pena de morte promulgada por Moisés no Sinai (Lv 19.20-23; 20.10). Como explicar Mt 5.17, 18, quando Jesus disse que veio cumprir alei e não destruí-la? A Bíblia diz que Jesus morreu para tornar livres os homens. Jesus morreu pelos nossos pecados (1 Co 15.1-4). Isso significa que todos os nossos crimes foram cravados na cruz de Cristo (Gl 3.13; Ef 2.15, 16), com isso Jesus cumpriu a leia aboliu à pena capital. Entendemos que o próprio Deus estabeleceu a pena de morte (Gn 9.6) e que está presente no Novo Testamento. A diferença do Velho Testamento, é que lá a lei prescreve como parte de um sistema legal, aqui, não é mandamento, conselho nem incentivo;o Novo Testamento apenas reconhece que a pena capital existe. Por isso tal prática fere o espírito e a essência do Cristianismo, que prega o amor e o perdão.

 

Reiteramos que somo contra a pena de morte, pois, além da base teológica já apresentada, à luz da Bíblia, essa pena máxima não vai resolver o problema da violência e da criminalidade, além disso, pode fortalecer a corrupção. A solução está na mensagem transformadora do Calvário.

 

III - O POSICIONAMENTO DA IGREJA QUANTO A PENA DE MORTE

 

Embora reconheçamos que a pena capital estivesse presente na história das civilizações, inclusive no povo de Israel como princípio de regulação social, todavia, na perspectiva do N.T., e considerando a lei do amor, a inviolabilidade da vida e o direito natural, encontramos ressalvas para a defesa da pena capital.

·         Podem existir erros judiciais.

 

Embora o sistema judicial frequentemente funcione bem e a justiça seja feita (Nm 35.30; Lv 20.10; Dt 17.6; 19.15,16), é inegável que erros podem ser cometidos ocasionalmente por seres humanos falíveis na aplicação deste castigo. Pessoas inocentes às vezes são condenadas erroneamente e executadas injustamente (1Rs 21.1-16; At 6.8-15).

 

·         Existe a possibilidade da reabilitação.

 

A pena de morte elimina a possibilidade de reabilitação do criminoso que poderia voltar a ser um indivíduo produtivo na sociedade (Jo 8.11). O ser humano pode voltar e ser uma nova criatura pelo poder do evangelho e ser uma pessoa completamente diferente do que era na data de sua sentença judicial (2Co 5.17-21).

 

·         A prática do perdão é a uma opção válida.

A vida humana é o ponto de partida para os demais direitos da pessoa. Se a vida humana não estiver assegurada, torna-se impossível à realização dos outros valores. Deus não permitiu que a pena fosse aplicada ao rei Davi: “Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi: Também o Senhor traspassou [perdoou] o teu pecado; não morrerás” (2Sm 12.13). Se o Senhor perdoou um pecado digno de morte, quanto mais nós, devemos fazer a mesma coisa. A essência da lei retributiva estava presente na sentença, mas a pena capital não foi aplicada ao transgressor. O perdão e os propósitos divinos prevaleceram sobre a lei (Gn 4.8-15; Jo 8.1-11).

·         A prisão temporária ou perpétua é válida para crimes hediondos.

 

É preferível que, em casos gravíssimos de crimes hediondos, seja aplicada a pena de prisão perpétua, em que o criminoso tem a oportunidade de se recuperar, e até de ser um crente fiel. Entendemos que por pior que seja o criminoso, não deve-se se subtrair a vida, mas sim sua liberdade, como castigo pelos crimes cometidos privando-o em lugar separado da sociedade (Nm 35.6,11-15; Js 20.2; 21.27,32; 1Cr 6.57,67).

 

III - Eutanásia

 

Eutanásia vem de duas palavras gregas eu (eu) "bem", e qavnato" (thanatos) "morte". Isso significa uma morte sem dor e sem trauma. No uso contemporâneo se refere a prática de "matar por misericórdia", quando se trata de facilitar a morte depessoas que sofrem terrivelmente de doenças incuráveis. Existe a eutanásia voluntária e a forçada. Voluntária é com o pleno consentimento ou a pedido da própria pessoa; e forçada quando é praticada sem o consentimento da pessoa.

 

·         Existe a eutanásia ativa e passiva.

 

Ativa quando se usa meios intencionais para dar cabo a vida sem que a pessoa sofra dor. Passiva quando deliberadamente não se faz uso dos recursos disponíveis para prolongar a vida. Aqui há uma diferença significativa entre tirar a vida deixar a pessoa morrer. Usar instrumentos ou meios intencionais é assassinato, à luz da Bíblia, e não é moralmente correto. Enquanto que a eutanásia passiva pode ser discutível, dependendo do contexto. Há quem chame de eutanásia provocar a morte sem dor às pessoas consideradas inúteis tanto por problemas mentais como por deformação, nos regimes ditatoriais, como no nazismo. Os nazistas consideravam essas pessoas como uma carga para a sociedade e um estorvo econômico, político e racial. À luz da Bíblia isso é assassinato e, portanto, não é moralmente correto. Isso é uma monstruosidade sem limites.

 

IV - A igreja e a Eutanásia

 

Os criminosos eram executados na forma da lei. Ninguém era condenado por tirar a vida de outro numa guerra, mas isso não justifica a eutanásia por esta não ser ensinada na Bíblia.

O argumento em favor da eutanásia alegando que deixar alguém sofrendo sem a mínima perspectiva de sobrevivência é menos moral do que acelerar a morte para tal pessoa é humano e não tem base bíblica. Há quem justifique a eutanásia se utilizando do argumento de que nem sempre tirar a vida de alguém é assassinato, como na pena de morte, na guerra e no caso de homicídio acidental. "Matar por misericórdia", mesmo com consentimento de quem está sofrendo, não é moralmente correto, e tal pedido equivale ao suicídio. Assim, quem pratica esse tipo de eutanásia é cúmplice de suicídio.

 

A situação se torna ainda mais grave quando é praticada sem o consentimento do paciente. A vida é santa em si e em sua finalidade. Somente Deus pode e tem o direito de dar a vida e de tornar a tirá-la. O nosso dever é aliviar o sofrimento das pessoas por outros métodos e não tirando-lhes a vida. Tirar a vida nos casos já visto: pena capital, na guerra e no homicídio acidental não a mesma coisa que desligar um equipamento num hospital para apressar a morte de alguém que está desenganado dos médicos ou oferecer drogas para antecipar o óbito.

 

O primeiro caso pode ser fundamentado na Bíblia, o último não, antes o contrário, a Palavra de Deus manda que se dê um sedativo para aliviar o sofrimento dessas pessoas "Dai bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espírito" (Pv 31.6). A "bebida forte" tem o sentido de drogas anestésicas. A Bíblia Viva parafraseou assim essa passagem bíblica: "As bebidas fortes são para os doentes, que já estão a um passo da morte; o vinho é o companheiro de quem está desiludido da vida". O sofrimento de Jó não justificou a eutanásia, ele se recusou amaldiçoar a Deus e a morrer (Jó 2.9, 10). A vida é sagrada e somente Deus pode dar e tirar a vida. Moisés pediu a Deus que tirasse a sua vida (Nm 11.15).

 

O profeta Elias também fez o mesmo pedido (1 Rs 19.4) e da mesma forma o profeta Jonas (Jn 4.3). Deus não atendeu a nenhum desses pedidos. Isso mostra que a vida pertence a Deus e não a nós mesmos. Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar e ele é o soberano de toda a existência. A Bíblia condena a eutanásia “Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para reter o espírito, nem poder sobre o dia da morte” (Ec 8.8).

 

Ainda no livro de Jó, lemos: “Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará deles” (Jó 14.5). A eutanásia passiva é deixar a pessoa morrer, por exemplo, pela suspensão de um medicamento, quando não há mais esperança para a pessoa, mesmo depois de uma possível recuperação a pessoa vai vegetar em vez de viver.

A vida dessa pessoa vai se tornar um tormento. Nesse caso a eutanásia pode, repito, dependendo do contexto, ser discutido, isso não significa necessariamente uma afirmação, mas uma possibilidade. Tudo vai depender das circunstâncias. Suspender o medicamento não é a mesma coisa que desligar um aparelho hospitalar. Suspender o remédio é passivo, é deixar a pessoa morrer, ao passo que desligar a máquina é ativo, é matar. Considerando a dignidade do indivíduo, como ser humano, e sobretudo, por ser a vida um dom de Deus, cremos que somente o Criador tem o direito de dar cabo a vida. O direito à vida é natural e inalienável e é parte da responsabilidade do homem, como administrador dela. "Matar por misericórdia" é não compreender o conceito cristão de sofrimento.

 

CONCLUSÃO

 

Cocluímos que apesar da pena de morte ser um princípio bíblico válido, não é a melhor escolha, pois, sabemos que podem existir erros judiciais; que existe a possibilidade da reabilitação, e que a prisão temporária ou perpétua é válida para crimes hediondos. Quanto a prática da eutanásia o posicionamento da Igreja é que a Bíblia condena o assassinato; existe a possibilidade do milagre, e que Deus é quem decide o fim da vida, e não o médico ou qualquer outra pessoa.

 

Por. Mickel Souza Porto

 

REFERÊNCIA

·       BAPTISTA, Douglas. Valores cristãos. CPAD.

·       BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Martins Fontes.

·       CALHEIROS, B. Bonfim. A pena de morte. Editora Destaque.

·       N. Ética Cristã: Opções e questões contemporânea. Vida Nova

·       HOMES, Arthur F. Ética: As decisões morais à luz da Bíblia. CPAD.

·       LIMA, Elinaldo R. de. Ética Cristã. CPAD.

·       REIFLER, Hans Ulrich. A ética dos Dez Mandamentos. VIDA NOVA.

·       STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.

·       IEADP - Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

·       http://ebdestudosbiblicos.blogspot.com.br/search?q=morte

                                                                                                                     

17 de abril de 2018

ÉTICA CRISTÃ E ABORTO


ÉTICA CRISTÃ E ABORTO

TEXTO ÁUREO = Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem(Sl 139.13,14).

 VERDADE PRÁTICA = Diante do valor da vida humana, concedida por Deus, no ventre materno, o aborto provocado é um crime praticado contra uma vida inocente e indefesa.

 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 21.22,23; Jó 3.16; Salmos 139.13,14.

 PONTO DE CONTATO

Inicie a aula conversando com a turma sobre a responsabilidade de se ter filhos hoje em dia. Embora existam os casos excepcionais em que a vida da mãe é considerada prioridade, o alvo da discussão deve ser a concepção responsável, pois o fato de viver por impulso é, muitas vezes, a causa de agruras irreparáveis. Não há motivo justificável, à luz da Bíblia, para a aceitação do aborto premeditado. O aborto provocado é um crime e uma covardia, pois a vítima não pode defender-se.

É difícil conceber a ideia de que uma vida onde habita o Espírito Santo, habite também a concepção de homicídio. A consciência cristã iluminada pelo Evangelho de Cristo, não permitiria tal situação.

 SÍNTESE TEXTUAL = A vida foi criada por Deus. Ela foi dada por Deus. Por isso, somente o Todo-Poderoso pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso”. A Bíblia diz que Deus escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe comete aborto, como fica o plano de Deus?

O feto é um ser vivo indiscutivelmente. Apesar de as estatísticas mostrarem um alto índice de pessoas favoráveis ao aborto, este, com certeza, não é o pensamento da maioria, incluindo a comunidade cristã. O movimento feminista impinge a ideia de que a mulher tem o direito de usar seu corpo como bem entender.

Isto, porém, não justifica o ato de matar. Nas poucas referências existentes na Bíblia, relacionadas a este assunto, o infrator deveria pagar multa caso fosse considerado culpado por causar dano a uma mulher grávida. O que dizer daquele que assassinar deliberadamente?

introdução

 O índice de abortos no século passado foi revoltante e virulento. Só no Brasil, a Organização Mundial de Saúde calcula que houve 5 milhões de abortos. O Instituto Gallup concluiu que 58% dos brasileiros são favoráveis a ele. Em Tiago 2.13, a Bíblia diz que “o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia”. O movimento feminista, antibíblico e anticristão, alardeia o direito de a mulher usar seu corpo como ela quiser, sem levar em conta a vida do feto indefeso. E o cristão? Como deve se posicionar? Ora, nós não somos donos de nada; Deus é que é. É o que procuraremos demonstrar nesta lição.

I. O TERMO ABORTO E A VISÃO BÍBLICA

 1. Significado. A palavra aborto vem do latim, abortum, do verbo abortare, com o significado de “pôr-se o sol, desaparecer no horizonte e, daí, morrer, perecer”. Na Bíblia, o referido termo e seus cognatos aparecem em Jó 3.16; Sl 58.8; Ec 6.3 etc. Segundo o Grande Dicionário de Medicina, aborto “é a expulsão espontânea ou provocada do feto antes do sexto mês de gestação, isto é, antes que o feto possa sobreviver fora do organismo materno...”.

2. O aborto na Bíblia. Não são muitas as referências sobre o tema. No Pentateuco, vemos uma referência sucinta sobre o caso de aborto acidental, em que uma mãe fosse ferida por alguém e viesse a morrer (Êx 21.22). Nesse caso, não haveria pena de morte, mas o causador teria que pagar uma indenização. Jó, lamentando o dia de seu nascimento, diz que preferia que não houvesse acontecido, pois seria como as crianças abortadas, que nunca viram a luz (Jó 3.16). Não há qualquer referência bíblica que dê margem ao ato do aborto provocado pois trata-se de um ato em que a vida de um ser indefeso é ceifada.

II. O FETO EM SEU COMEÇO É UMA PESSOA

 1. A infusão da alma no ser gerado. Entendemos que a alma e o espírito são colocados por Deus no embrião, com a concepção. É oportuno dizer aqui que a vida humana, do seu início ao fim, está em grande parte encoberta por um véu de mistério que só o próprio Criador e Sustentador conhece. “Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zacarias 12.1); e mais, “Porque para sempre não contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito perante mim se enfraqueceria, e as almas que eu fiz” (Isaías 57.16).

2. O exemplo de João Batista e de Jesus. Ao que tudo indica, Maria, a mãe de Jesus, já o tinha no ventre há um mês (quatro semanas), quando foi visitar Isabel, sua prima. Esta já estava com seis meses de grávida de João Batista (Lc 1.36), tendo, nela, um feto de vinte e quatro semanas. A Bíblia nos mostra que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, “a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo” (Lc 1.41). No ventre de Maria, não estava “uma coisa”, mas o Salvador do Mundo; no ventre de Isabel não estava um ser desprovido de alma, mas uma “criancinha” que pulou de alegria ao ouvir a bendita saudação. O Espírito Santo agiu ali através de uma “criancinha” ainda em formação (v.41).

3. O embrião é uma pessoa. Mesmo sem ser uma pessoa completa, não é subumano. É uma pessoa em formação, em potencial. Da primeira à oitava semana (2 meses), completam-se todos os órgãos, apresentando inclusive as impressões digitais. Aos três meses, no útero, o bebê já está formado esperando crescer para vir à luz. Mesmo como ovo, ou feto, desde a concepção, cremos que o bebê não só tem vida, mas possui alma e espírito dentro dele (ver Zc 12.1b).

III. TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O CRISTÃO

 1. Aborto natural. Ocorre por motivos ou circunstâncias naturais, implicando na morte do feto. Segundo a Medicina, pode haver aborto por várias causas. Dentre elas, destacam-se as seguintes:

“Insuficiente vitalidade do espermatozóide; afecções da placenta; infecções sanguíneas; inflamações uterinas; grave exaustão, diabetes e algumas desconhecidas” (Reifler, p.131). Não há incriminação bíblica quanto a esse caso, pois, não havendo pecado, não há condenação. Em Deuteronômio 24.16b, diz-se que “cada qual morrerá pelo seu pecado”.

2. Aborto acidental. É resultado de um problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou um susto acidental, inesperado e intenso podem provocar abortamento. Não há implicação ética quanto a isso. A referência de Deuteronômio 24.16b aplica-se a esse caso.

3. Aborto por razões eugênicas. É o aborto por eugenia, isto é, para evitar o nascimento de crianças deformadas ou retardadas. Nós cristãos, segundo os princípios bíblicos, não acatamos tal conceituação, puramente humanista. Pessoas retardadas ou deformadas, ao nascerem, têm personalidade e características verdadeiramente humanas. E, por conseguinte, têm direito à vida. Abortá-las é assassinato. A Bíblia diz: “...e não matarás o inocente...” (Êx 23.7).

4. “Mataram” Beethoven! Já é conhecido um texto em que um professor, desejando mostrar aos alunos como é falha a lógica humana, propõe o seguinte caso: “Baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho dariam a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis; ela, de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo, morreu. O terceiro nasceu surdo, e o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho vocês lhe aconselhariam?”. Os alunos pensaram e, diante das circunstâncias, sugeriram que o aborto seria aconselhável para que não nascesse mais um filho defeituoso. O professor, então, lhe respondeu: “Se vocês disseram sim à ideia do aborto, acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.

CONCLUSÃO

Há ainda outros casos em que a sociedade alega razões para a prática do aborto, mas sem qualquer respaldo bíblico. O cristão tem a ver com Cristo e a Bíblia, e não com o mundo e o seu modo de viver e agir. Com exceção do caso em que a vida não totalmente desenvolvida do bebê constituísse uma ameaça de morte para a vida plenamente desenvolvida da mãe, não há motivo justificável à luz da Bíblia para a realização do abortamento. Todavia, lembremo-nos de uma coisa: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Coríntios 5.10). Por isto, devemos agir de acordo com a ética cristã, levando-se em consideração, sempre, a santidade da vida.

 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

Desafios da Nossa Época. Abraão de Almeida, CPAD.
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.

 Lições Bíblicas CPAD 3 Trimestre 2002


 A Ética Cristã Na Valorização da Vida

 

Leitura Bíblica em classe Gênesis 139. 1-16

 

INTRODUÇÃO

São inúmeros casos como este e outros mais em que adolescentes ficam grávidas, e são levadas a provocar o aborto. Umas, em clínicas particulares; outras, em lugares clandestinos, sem as mínimas condições de higiene. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 5.000.000 (cinco milhões) de abortos são realizados anualmente, em todo o mundo!

Diante desse quadro grave de saúde pública, são muitas as vozes em defesa do aborto legalizado. O movimento feminista acrescenta outros motivos para a liberação dessa mortandade, alegando o direito da mulher em relação a seu próprio corpo. Em menor número, no entanto, há os que são contrários a essa prática criminosa, Lembrando que a criança, no ventre da mãe, é uma vítima inocente, e que não merece ser sacrificada, em nome de um discutível “direito ao uso do corpo” por parte da  Mulher. E, com razão, se indaga: “E onde fica o direito do embrião ou do feto, que é uma pessoa em potencial?” Os defensores do assassinato em massa, do infanticídio cruel, não se importam com isso. Por outro lado, há um comércio muito próspero, voltado para a realização do aborto. Milhões de dólares ou de reais são apropriados por mercantilistas da medicina, a serviço do aborto criminoso..

 A Luz das Sagradas Escrituras  vejamos o quanto a vida deve ser Valorizada e defendida por Nós Cristãos.

I. PORQUE SOMO CONTRA O ABORTO?

A vida foi criada por Deus. Ela foi dada por Deus. Por isso, somente o Todo-Poderoso pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso”. A Bíblia diz que Deus escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe comete aborto, como fica o plano de Deus?

 

O feto é um ser vivo indiscutivelmente. Apesar de as estatísticas mostrarem um alto índice de pessoas favoráveis ao aborto, este, com certeza, não é o pensamento da maioria, incluindo a comunidade cristã. O movimento feminista impinge a ideia de que a mulher tem o direito de usar seu corpo como bem entender. Isto, porém, não justifica o ato de matar. Nas poucas referências existentes na Bíblia, relacionadas a este assunto, o infrator deveria pagar multa caso fosse considerado culpado por causar dano a uma mulher grávida. O que dizer daquele que assassinar deliberadamente?

 

1. Significado. A palavra aborto vem do latim, abortum, do verbo abortare, com o significado de “pôr-se o sol, desaparecer no horizonte e, daí, morrer, perecer”. Na Bíblia, o referido termo e seus cognatos aparecem em Jó 3.16; Sl 58.8; Ec 6.3 etc. Segundo o Grande Dicionário de Medicina, aborto “é a expulsão espontânea ou provocada do feto antes do sexto mês de gestação, isto é, antes que o feto possa sobreviver fora do organismo materno...”.

 

2. O aborto na Bíblia. Não são muitas as referências sobre o tema. No Pentateuco, vemos uma referência sucinta sobre o caso de aborto acidental, em que uma mãe fosse ferida por alguém e viesse a morrer (Êx 21.22). Nesse caso, não haveria pena de morte, mas o causador teria que pagar uma indenização. Jó, lamentando o dia de seu nascimento, diz que preferia que não houvesse acontecido, pois seria como as crianças abortadas, que nunca viram a luz (Jó 3.16). Não há qualquer referência bíblica que dê margem ao ato do aborto provocado pois trata-se de um ato em que a vida de um ser indefeso é ceifada.

 

O FETO EM SEU COMEÇO É UMA PESSOA

 

1. A infusão da alma no ser gerado. Entendemos que a alma e o espírito são colocados por Deus no embrião, com a concepção. É oportuno dizer aqui que a vida humana, do seu início ao fim, está em grande parte encoberta por um véu de mistério que só o próprio Criador e Sustentador conhece. “Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zacarias 12.1); e mais, “Porque para sempre não contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito perante mim se enfraqueceria, e as almas que eu fiz” (Isaías 57.16).

 

2. O exemplo de João Batista e de Jesus. Ao que tudo indica, Maria, a mãe de Jesus, já o tinha no ventre há um mês (quatro semanas), quando foi visitar Isabel, sua prima. Esta já estava com seis meses de grávida de João Batista (Lc 1.36), tendo, nela, um feto de vinte e quatro semanas. A Bíblia nos mostra que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, “a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo” (Lc 1.41). No ventre de Maria, não estava “uma coisa”, mas o Salvador do Mundo; no ventre de Isabel não estava um ser desprovido de alma, mas uma “criancinha” que pulou de alegria ao ouvir a bendita saudação. O Espírito Santo agiu ali através de uma “criancinha” ainda em formação (v.41).

 

3. O embrião é uma pessoa. Mesmo sem ser uma pessoa completa, não é subumano. É uma pessoa em formação, em potencial. Da primeira à oitava semana (2 meses), completam-se todos os órgãos, apresentando inclusive as impressões digitais. Aos três meses, no útero, o bebê já está formado esperando crescer para vir à luz. Mesmo como ovo, ou feto, desde a concepção, cremos que o bebê não só tem vida, mas possui alma e espírito dentro dele (ver Zc 12.1b).

TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O CRISTÃO

 

1. Aborto natural. Ocorre por motivos ou circunstâncias naturais, implicando na morte do feto. Segundo a Medicina, pode haver aborto por várias causas. Dentre elas, destacam-se as seguintes: “Insuficiente vitalidade do espermatozóide; afecções da placenta; infecções sanguíneas; inflamações uterinas; grave exaustão, diabetes e algumas desconhecidas” (Reifler, p.131). Não há incriminação bíblica quanto a esse caso, pois, não havendo pecado, não há condenação. Em Deuteronômio 24.16b, diz-se que “cada qual morrerá pelo seu pecado”.

 

2. Aborto acidental. É resultado de um problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou um susto acidental, inesperado e intenso podem provocar abortamento. Não há implicação ética quanto a isso. A referência de Deuteronômio 24.16b aplica-se a esse caso.

 

3. Aborto por razões eugênicas. É o aborto por eugenia, isto é, para evitar o nascimento de crianças deformadas ou retardadas. Nós cristãos, segundo os princípios bíblicos, não acatamos tal conceituação, puramente humanista. Pessoas retardadas ou deformadas, ao nascerem, têm personalidade e características verdadeiramente humanas. E, por conseguinte, têm direito à vida. Abortá-las é assassinato. A Bíblia diz: “...e não matarás o inocente...” (Êx 23.7).

 

4. “Mataram” Beethoven! Já é conhecido um texto em que um professor, desejando mostrar aos alunos como é falha a lógica humana, propõe o seguinte caso: “Baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho dariam a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis; ela, de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo, morreu. O terceiro nasceu surdo, e o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho vocês lhe aconselhariam?”. Os alunos pensaram e, diante das circunstâncias, sugeriram que o aborto seria aconselhável para que não nascesse mais um filho defeituoso. O professor, então, lhe respondeu: “Se vocês disseram sim à ideia do aborto, acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.

 

II. POR QUE SOMOS CONTRA A EUTANÁSIA?

 

1. O que significa? A palavra “eutanásia” vem de dois termos gregos: eu, com significado de “boa” e thánatos, que significa “morte”. Do que resulta o termo eutanásia, sugerindo a ideia de “boa morte”. Tal conceito é aplicado aos casos em que o médico, usando meios a seu dispor, leva o paciente à “morte misericordiosa”, pondo fim ao seu sofrimento.

 

2. A eutanásia ativa. É aquela em que o médico, a pedido do paciente, ou de familiares, através da aplicação de algum tipo de agente (substância, medicamento, etc.) leva o doente à morte, evitando o seu sofrimento. Há quem defenda essa prática, sob o argumento de que “não se deve manter artificialmente a vida subumana ou pós-humana vegetativa”, e que se deve evitar o sofrimento dos pacientes desenganados, com moléstias prolongadas tais como câncer, AIDS e outras.

 

3. O posicionamento bíblico.

 

a) “Não matarás”. A Bíblia diz: “Não matarás...” (Êx 20.13). Daí, a ação do médico, tirando a vida do paciente, equiparar-se a um assassinato, a um homicídio. “Tradicionalmente, se reconhece que a eutanásia é um crime contra a vontade de Deus, expressa no decálogo, e contra o direito de vida de todos os seres humanos”. Lemos em 1 Sm 2.6: “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela”. A vida do homem não lhe pertence. Recebeu-a para administrar e deve fazê-lo como bom administrador ou mordomo, a fim de, no futuro, prestar contas ao seu legítimo dono, Deus.

 

b) Há a possibilidade do milagre. E se Deus quiser realizar um milagre? A fé passa por cima de todas as impossibilidades. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem. Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho” (Hebreus 11.1,2). Certamente, o Juramento de Hipócrates, proclamado pelos médicos, deve ser considerado, prescrevendo que os mesmos não devem “dar remédio letal a quem quer que o peça, tampouco... fazer alguma alusão a respeito”.

 

O argumento em favor da eutanásia, alegando que deixar alguém sofrendo sem a mínima perspectiva de sobrevivência é menos moral do que acelerar a morte para tal pessoa, é humano e não tem base bíblica. “Matar por misericórdia”, mesmo com consentimento de quem está sofrendo, não é moralmente correto, e tal pedido equivale ao suicídio. Assim, quem pratica esse tipo de eutanásia é cúmplice de suicídio. A vida é santa em si e em sua finalidade. Somente Deus pode e tem o direito de dar a vida e de tornar a tirá-la. O nosso dever é aliviar o sofrimento das pessoas por outros métodos e não tirando-lhes a vida.

 

Ao contrário, devemos envidar todo esforço na tentativa de sua cura, seja por medicamentos, seja pela oração da fé “...e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5.15,16).

 

III.  DEUS  É O AUTOR DA VIDA

 

Os temas da lição de hoje são bem polêmicos para os que não conhecem as Escrituras. Todavia, aqueles que servem a DEUS e compreendem os ensinos bíblicos têm a convicção de que tais práticas são condenadas pelo Criador.

 

Embora a eutanásia e o aborto sejam questões complexas, na verdade, estas práticas são uma tentativa de descartar uma vida. A vida é um dom de DEUS. O ser humano foi criado de modo especial, à imagem e semelhança de seu Criador. O homem é a coroa da criação (Gn 1.6). Através das Escrituras Sagradas, podemos observar o Senhor tratando com o ser humano antes de sua concepção: "Antes que eu te formasse no ventre eu te conheci..." (Jr 1.5). Nesta passagem, podemos constatar a presciência divina que contempla cada pessoa em sua individualidade. Os humanistas e materialistas defendem o aborto, porquanto desvalorizam o ser em gestação, encarando-o apenas como uma questão meramente técnica e funcional. Logo, eles não vêem qualquer problema moral na prática do aborto.

 

Em relação à eutanásia, segundo a visão secular e maligna desses homens, o sofrimento diminui a "qualidade" da vida, por isso, lutam para legitimar o término da mesma, quer voluntariamente, quer pelo arbítrio ou determinação de outro. Jó passou por momentos muito difíceis. Parecia não haver saída para ele. Sua mulher o incentivava a buscar a morte, entretanto, confiante no Todo-Poderoso, ele declarava: "...como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de DEUS e não receberíamos o mal? (Jó 2.7-10). O sofrimento para o cristão é momentâneo e propicia o seu aperfeiçoamento.

 

Como você pode perceber, tais assuntos são complexos, portanto, devemos estudá-los com toda a seriedade e afinco, mostrando o quanto DEUS ama o ser humano. Ademais, enquanto "sal" e "luz" deste mundo, precisamos alçar a bandeira do evangelho de CRISTO e proclamar as verdades bíblicas com coragem. Lutar contra o aborto e a eutanásia é dever de todo crente que ama a DEUS, a sua Palavra e a vida.

 

CONCLUSÃO 

 

A vida humana tem seu início na concepção. À luz da ética e da moral, o aborto é um crime, pois a vida humana tem início no exato momento da concepção.

Sempre que a Bíblia descreve o nascimento de alguém, deixa claro que a vida humana está presente desde a concepção até o nascimento. Concepção, gestação e parto não se desvinculam (Gn 4.1).   Davi, por sua vez, se reconhece no ventre materno como um indivíduo completo que ia sendo formado pelo próprio DEUS (Sl 13.15,16).

Quando a Bíblia se reporta a algumas pessoas chamadas por DEUS desde o ventre (Gn 25.20-23; Is 49.1; Lc 1.15,41; Gl 1.15,16). Está implicitamente afirmando não só o direito de o ser em gestação nascer, mas de cumprir igualmente os propósitos para os quais vem ao mundo.

 

Os princípios bíblicos apontam para a soberania divina em cada concepção. Toda criatura nasce sob permissão de DEUS, e só Ele, o doador da vida, tem o direito absoluto sobre ela (Is 45.12; Mt 10.28).

 

Davi, referindo-se à própria concepção:  "Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia" (v.16).

 

Em Relação a Eutanásia podemos concluir que Na sentença dada por DEUS a Adão (ver Gn 3.17), vemos claramente a menção à vida: "com dor comerás dela [a terra] todos os dias da tua vida".

 

O texto pressupõe um tempo para viver que só seria dado por concluído quando chegasse a hora da morte, segundo os desígnios de DEUS, e não conforme a vontade do homem (Ec 3.2). A eutanásia não leva em conta os desígnios de DEUS. A eutanásia, ao invés de ser um gesto de amor para com o paciente, é uma forma cruel de egoísmo.

 

Na verdade, o que os familiares e outros responsáveis desejam, é descartar-se do paciente já inválido - como nos abortos de fetos deficientes ou normais - para se verem livres do problema. O aborto e a eutanásia são, portanto, fruto da mente doentia dos humanistas, cuja consciência, cauterizada que está pelo pecado, já não reconhece as demandas de DEUS em favor da vida. A raça humana, para os humanistas, é constituída de seres meramente orgânicos, que devem ser eliminados sem qualquer subordinação ao desígnio divino. Mas, como vimos, o nascer e o viver são atos da vontade soberana de DEUS.