VIVENDO DE FORMA MODERADA
Texto
Áureo = "Melhor é o longânimo do que o valente, e o que
governa o seu espirito do que o que toma uma cidade."(Pv 16.32)
Verdade
Prática = A temperança ajuda o crente a ser moderado em todas
as áreas e circunstâncias da vida.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – 1 João
2.12 – 17
INTRODUÇÃO
A dimensão final do
fruto do Espírito é a temperança ou autocontrole, isto é, a autodisciplina. É a
capacidade de ser moderado, de dominar o ego e controlar a si próprio. A temperança implica dominar as paixões
sensuais e moderar os hábitos diários, ao invés de satisfazer os próprios
desejos (2 Timóteo 1.7).
A temperança como fruto
do Espírito realiza no cristão o inverso das maquinações e obras iníquas da
carne. Temperança é domínio próprio em ação!
I – TEMPERANÇA, O DOMÍNIO DAS
INCLINAÇÕES CARNAIS
VIVENDO
DE MODO SÓBRIO
Para poder viver nesta
geração uma vida sóbria, justa e piedosa, temos que renunciar a impiedade e a
paixão mundana. Ser sóbrio é viver
acordado, em perfeito juízo (I Ts 5:6). Ser sóbrio é viver atento, vigiando e
ser moderado nas nossas ações. Sabendo quem eu sou, sem ser guiado por outros.
Saiba que você é diferente, porque você vive debaixo da graça de Deus.
Não devo viver como se
fosse um servo que está pagando pelo que recebe. Mas devo viver como um filho
herdeiro que está investindo a sua vida na sua própria herança. Se Deus nos der
a oportunidade de sermos prósperos enquanto estamos aqui, devemos vigiar para
sermos moderados naquilo que temos. A minha vida está sendo vigiada e que irei
prestar contas a Deus dos meus atos, não para ser punido apenas, mas para ser
recompensado também.
A palavra usada no
grego é “egkrateia” que significa domínio próprio, autocontrole, temperança.
Domínio próprio, portanto, é o mesmo que autocontrole.
Este domínio de si
mesmo é algo extremamente difícil e somente o Espírito de Deus poderá nos levar
a alcançá-lo de modo pleno, no entanto, apesar de difícil, é valioso devido às
bênçãos que ele proporciona. O escritor de Provérbios faz uma comparação
interessante no capítulo 16, versículo 32 (leia este texto) que mostra a
preciosidade desta qualidade.
O apóstolo dava muita
importância ao termo ((egkrateia), uma vez que o usa várias vezes. Em 1
Coríntios 9.25, trata-se da virtude de um atleta em disciplinar seu corpo em
busca da vitória; em 1 Coríntios 7.9, trata-se da capacidade do cristão em
controlar sua sexualidade.
É curioso que, quando
comparece perante o procurador romano Antonio Felix, que governou a Judéia de
52 a 60, o acusado apóstolo se defende falando de justiça, de juízo final e de
domínio próprio, para irritação do representante de Nero. (Atos 24:25)
A expressão
"domínio próprio" aparece sob diferentes palavras nas versões
bíblicas, tendo então como sinônimos principais auto-controle e temperança. Não
tem nada a ver, portanto, com endereço particular na internet...
Podemos entender melhor
o que é domínio próprio pensando no seu oposto. Quem tem domínio próprio se
autodomina. Quem não tem é dominado por algo ou por alguém. Quem tem domínio
não permite que sentimentos e desejos o controlem; antes, controla-os, não se
permitindo dominar por atitudes, costumes e paixões.
Domínio próprio,
portanto, é a capacidade de efetiva que o cristão deve ter de controlar seu
corpo e sua mente. Quando fez o homem, Deus deu-lhe o privilégio de dominar
sobre todas as coisas: também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as
aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os
répteis que rastejam pela terra. (Gênesis 1.26)
O salmista relembra
esta competência humana, ao dizer que Deus deu ao homem domínio sobre todas as
obras das suas mãos e dos seus pés (Salmo 8.6)
Esta competência, no
entanto, nem sempre se realiza quando se trata de homem dominar a si mesmo.
Embora possa estar em nós desejar fazer o bem, nem sempre o fazemos. Afinal,
como aprendemos também com Paulo, na nossa carne, não habita bem nenhum, pois o
querer o bem está em cada um de nós; não, porém, o efetuá-lo, porque não faço o
bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. (Romanos 7.18-19) Por isso,
parecemos, por vezes, em cidades derrubadas, pois que cidade que não tem muros,
assim é o homem que não tem domínio próprio. (Provérbios 25:28)
Esta percepção não pode
é um convite à passividade, mas um desafio a nos conhecermos mais e a nos
esforçarmos mais para viver segundo o padrão de Deus, por difícil que seja.
DESENVOLVENDO
O AUTOCONTROLE
Antes, somos convidados
a ter domínio sobre nossos sentimentos, sobre nossos desejos e sobre as
circunstâncias que nos envolvem.
Dominando
nossos sentimentos
Somos movidos pelos
nossos sentimentos. Se, por exemplo, amamos, a Deus, ao próximo ou a nós
mesmos, somos levados a querer bem, adorando a Deus, respeitando o outro e
gostando de nós mesmos. Se, doutro lado, em nós o ódio é forte, seja a Deus
pela figura do pai que representa, seja ao próximo, por ser a fonte de nosso
sofrimento (o inferno são os outros, já dizia Sartre), seja a nós mesmos, pela
incapacidade ser o que gostaríamos de ser, somos levados ao vale do vazio.
Ter domínio próprio é
fazer com que os sentimentos bons sejam fortalecidos e canalizados para que
possam ser aperfeiçoados. Assim, o amor deve alcançar o seu objeto. Desde
Platão, existe uma modalidade de amor silencioso. Há homens que amam mulheres
que jamais retribuirão o seu amor pelo simples fato de não saberem que sem
amadas. Há, pois, um amor erótico platônico. Há também um amor fraternal
platônico, que é aquele que nunca passa ao campo da ação. Há ainda um amor
espiritual platônico. Há gente que só Deus, que sonda os corações, sabe que é
amado por ela, porque dos lábios desse tipo de adorador não sai um cântico, não
sai uma palavra de gratidão ou de exaltação a Deus.
Quando temos domínio
sobre o sentimento do amor, fazemos com que ele se torne operativo. Quando ao
ódio, bem, simplesmente não devemos odiar e poderíamos encerrar a discussão
aqui. No entanto, somos também capazes de odiar; este é um gigante da alma,
como o descreveu um antigo psicólogo (Emílio Mira y Lopez). Se o Espírito Santo
habita em nosso coração, ele não pode conviver com o ódio. Contudo, sabemos
que, embora não o desejando, nós odiamos.
Por isto, a
recomendação bíblica é que, mesmo nos irando, não devemos pecar e nem permitir
que o sol se ponha sobre a nossa raiva. Antes, consultemos nosso travesseiro e
sosseguemos (Salmo 4.4). Em outras palavras, o ódio não pode ser um sentimento
permanente em nós, para que não nos destrua.
O ódio é, portanto, um
sentimento a ser controlado ou ele nos dominará e nos levará a fazer o que não
queremos.
A ambição é um
sentimento que também deve ser controlado. Não devemos ser acomodados; antes,
devemos querer o máximo para nós. A ambição destrói quando não vê métodos e se
baseia na comparação com o que os outros são ou alcançaram. Controle a sua
ambição e ela não controlará você.
A vaidade é um
sentimento que também deve ser controlado. Não devemos nos achar que nada
valemos e que os outros são melhores ou fazem as coisas melhores que nós. Nem
sempre... A vaidade mata quando nos leva a nos achar onipotentes e oniscientes,
acima da média humana. Controle a sua vaidade e ela não controlará.
Dominando
nossos desejos
Se os nossos
sentimentos nos definem, nossos desejos nos constituem. Nós somos aquilo que
desejamos. Como ensinou Jesus, onde estiver o nosso tesouro, isto é, os nossos desejos,
aí estará também o nosso coração. (Mateus 6:21)
Desejamos coisas
legítimas e coisas ilegítimas. Nem todos os nossos desejos são pecaminosos.
Sejam quais forem, no entanto, se eles nos controlarem, passam a ser
pecaminosos. Comer chocolate não é pecado. Se no entanto, não posso comê-lo e
não consigo não comê-lo, comê-lo é pecado. Ver televisão não é pecado. Se, no
entanto, eu deixo de fazer o que preciso fazer (seja ler, trabalhar, conversar)
para ficar diante dela, ela me controlou.
Desejamos coisas
realmente necessárias e coisas suavemente impostas. Já não sabemos a diferença
em coisas básicas e coisas supérfluas. De qualquer modo, no entanto, podemos
dizer que grande parte de nossas necessidades simplesmente não existe. É parte
da máquina do mundo, que nos torna primeiramente consumidores e depois cidadãos
(se é que chamos a sê-los).
A maior desgraça do
desejo é quando ele se converte em vício. Nada mais blasfemo do que um cristão
viciado. Há cristãos viciados em falar da vida alheia; até reunião de oração se
transforma em espaço privilegiado para a fofoca. São cristãos que não refreiam
as suas línguas. Há cristãos viciados em guardar dinheiro; eles guardam sempre
e de modo tão doentio que nunca usufruem dele. São cristãos que não refreiam
sua cobiça. Há cristãos viciados em mentir; dizem a Deus que O estão adorando,
mas estão apenas buscando uma bençãozinha; dizem que têm apreço por seu irmão,
sendo até capazes de abençoa-los da boca para fora, mas não têm a menor
disposição de ajudá-lo a carregar as suas cargas. São cristãos escravos da
aparência. Ter domínio próprio é controlar os próprios vícios, não os vícios
dos outros, que este já é um outro vício...
Dominando-nos
diante das circunstâncias
Além dos sentimentos e
desejos, que nós podemos controlar, em grau maior ou menor, há as
circunstâncias, aquelas situações que não criamos, mas que nos atingem.
Quando nos enredam,
elas provocam desânimo. Diante delas, podemos perder o auto-controle, partindo
para reações inadequadas, seja de desespero, seja com violência. Nossa reação
mostra que, na verdade, estamos sendo controlados por elas.
Podemos ser menores que
as circunstâncias, mas Deus é maior do que elas. Embora seja difícil, é assim
que devemos crer. Autocontrole é manter a esperança no Senhor da vida.
Precisamos também
aprender a lidar com as circunstâncias. Devemos fazer tudo o que estiver ao
nosso alcance, mesmo sacrificialmente, para mudar aquelas que nós podemos
transformar. Diante daquelas que não podemos alterar, temos que aprender a conviver
com elas, mesmo sob pretexto, para que não nos dominem.
Adaptar-se não é
aceitar conformisticamente as adversidades, mas saber que elas existem,
mudá-las logo, mudá-las quando for possível e viver apesar delas.
Devemos ter sempre em
mente o conselho do pregador: Não há nenhum homem que tenha domínio sobre o
vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; nem há
tréguas nesta peleja; nem tampouco a perversidade livrará aquele que a ela se
entrega. (Eclesiastes 8:8)
PARA
TER AUTOCONTROLE
Há certas ocasiões que,
antes de perceber o que está fazendo, você perde o controle, e passa ser vítima
do seu descontrole, velada ou violentamente. Os resultados são prostituição,
impureza, lascívia, que nos sobrevêm quando perdemos o controle sobre a paixão
e nos deixamos levar por ela; idolatria e feitiçarias, quando desesperamos
diante das circunstâncias e buscamos bênçãos de todo tipo; inimizades, porfias,
ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas, que nos dominam quando
damos lugar aos desejos de superação do outro; bebedices e glutonarias, quando
nos deixamos escravizar pelo desejo do nosso ventre. (Gálatas 5.19-20)
O
fruto do Espírito, no entanto, é o auto-controle.
1.
Conheça-se e use o conhecimento a seu respeito a seu próprio favor.
Tendemos a não perceber como somos, mas devemos nos esforçar para tal. Se você,
no trânsito, é um pé de chumbo, vigie seu comportamento, para que controle o
seu ímpeto de sair em disparada. A velocidade não é mais importante que você.
Se você se ira com facilidade, evite as situações que a provocam a sua raiva.
Desenvolva métodos para que a irritação fique em níveis aceitáveis. Use o que
você sabe a seu próprio respeito para se dominar melhor.
2.
Aprenda a tomar atitudes diferentes das que toma hoje.
Faça com que seus sentimentos e desejos não redundem sempre nos mesmos atos.
Você nasceu assim, mas não precisa morrer assim. Abra-se para o diferente. Faça
o que nunca fez antes.
3.
Valorize a disciplina. Quando Jesus disse que, se o nosso
olho nos levar ao escândalo, devemos arrancá-lo, ele estava lembrando que
precisamos subjugar o nosso corpo, quando este nos subjuga. Ponha objetivos na
vida e se empenhe para alcançá-los. O autocontrole é o resultado da disciplina
e do esforço próprio.
4.
Deixe-se conduzir pelo Espírito de Deus. O domínio próprio é um
esforço de quem vive pelo Espírito. Os homens em geral não pensam em
disciplina, mas os cristãos nos esforçamos para viver de modo organizado,
coordenado e harmônico. Neste ministério, o Espírito Santo quer nos apoiar,
para nos conduzir. Deixe-se dirigir pelo Espírito. O domínio próprio só é
possível por meio de Sua ação em nós.
A
temperança na vida de Cristo.
Jesus se fez homem e
habitou entre nós (Jo 1.14), mas Ele não pecou e jamais experimentou as obras
da carne. Jesus era cheio do Espírito Santo (Lc 4.18), razão pela qual pôde
venceras as tentações carne, do mundo e do Diabo (Hb 4.15). A velha natureza
deseja o que é desse mundo: comida, bebida e prazeres pecaminosos. Porém,
quando vivemos orientados e guiados pelo Espírito, somos equilibrados e não
deixamos que as paixões carnais nos vençam.
II – PROSTITUIÇÃO E GLUTONARIA, O
DESCONTROLE DA NATUREZA HUMANA
FUGI
DA PROSTITUIÇÃO
Nestes dias, vendo a
situação da Igreja do Senhor, posso falar que certamente o maior desafio da
atualidade é prostituição. Este é o maior, sem dúvida alguma. Pelos séculos, a
Igreja passou por vários momentos... Houve momentos na história do cristianismo
em que seduções insurgiram-se em seu seio. Problemas terríveis, mas, nunca como
agora, em que o "carro chefe" seja algo que fale à nossa fidelidade
de uma maneira que nossa natureza carnal seja tão afetada ao ponto de nos
desnortearmos... Sabem o que significa "desnortear"?.. "Perder o
´Norte´"!! Isto é, ficar desorientados, sem apontarmos para o
"alvo", e o nosso é Cristo Jesus.
Todos os ataques pelos
quais a Igreja do Senhor passou mesmo os mais terríveis foram "de fora
para dentro"... Mesmo as heresias históricas, se as estudarmos, veremos
que mesmo surgindo "dentro", têm pressupostos que não são internos.
Estes sincretismos adotados por alguns foram problemas seríssimos... Mas, nem
de longe equiparam-se à prostituição. Este é o único problema sobre o qual a
orientação é "fugir". Este verbo, "feugô", significa
"escapar de algo abominável, encontrar segurança na fuga - em si". Ou
seja, a "fuga" É O ÚNICO MEIO DE SE ESTAR SEGURO!!! Isto é sério,
irmãos. "Fugir" é correr feito um louco, sair MESMO de tudo o que
afeta o meu corpo. Sobre o quê o autor está se referindo? Pode-se chamar de
"prostituição", na Bíblia:
Por que a prostituição
é tão perigosa? Veja o restante do texto de 1 Co. 18: "...Qualquer outro pecado
que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade
peca contra o próprio corpo.".
Falo como seu Pastor,
seu amigo, aquele que vê neste mal o pior de todos pelos quais a Igreja do
Senhor passou em todos os seus períodos. Como autoridade estabelecida por Deus
sob a unção e misericórdia do Senhor Deus, para que, nestes dias que podem ser
os últimos, levante o estandarte do Senhor e defenda o arvorar da bandeira do
Reino de Deus, peço-lhe, minha ovelha, fuja da prostitição. Não "converse"
com ela.. não "flerte" com o mal... não tente "encará-la",
pois só o pensar em fazer tal coisa é sinal de erro. Ninguém pode
"vencer" a prostituição, ninguém. Só se VENCE a prostituição FUGINDO
da mesma!!!! A nossa força está nesta aparente "fraqueza"!!!!!
Este é o nosso maior
desafio. Cuidado, irmãos. Não sejam como os coríntios, reprovados,
lamentavelmente. A reprovação a que me refiro, agora, é a referente à
prostituição. Reprovação significa, quando bom, um recomeço difícil, doloroso,
cansativo ao máximo, e muitas vezes sem o brilho e o ardor do início. Somos
impressionáveis, e a desaprovação pode ser algo muito forte em nossa vida. Não
fomos criados para a perda, mas, para o ganho. Por isso, com Cristo, não
perdemos... "Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso
seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte,
sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e
Cristo, de Deus.". - 1 Co. 3:21-23.
"Quem há entre vós
que tema ao SENHOR e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas e não
tiver luz nenhuma, confie no nome do SENHOR e firme-se sobre o seu Deus".
- Isaías 50:10.
A
GLUTONARIA E SEUS MALES.
Baseado em Fp 3.19,
conclui-se, que a prática da glutonaria constitui-se em idolatria, pois a
comida torna-se um Deus, isto é, a coisa mais importante para a pessoa. O verbo
mais conjugado na vida do guloso é comer – o estômago é um Deus que precisa ser
saciado. O apóstolo Pedro associa glutonaria a idolatria,– I Pedro 4.3. O
apóstolo Paulo diz que a glutonaria é um comportamento mundano e desonesto,
Romanos 13.12-13.
No Antigo Testamento, a
glutonaria era algo tão sério, que associava a rebeldia, o glutão pagava com a
própria vida por esse pecado – Deuteronômio 21.17-18. (versão corrigida).
Nenhum cristão está proibido de participar de festas onde há muita comida. O
importante é não priorizar estas coisas em detrimentos do Reino, – Provérbios
13.25. Comer bem não significa comer exageradamente. É perfeitamente possível
comer bem, aplicando-se a moderação.
Os homens de Filipos,
aos quais o apóstolo Paulo considerava como “inimigos da cruz de Cristo”
(v.18), a única preocupação deles era com satisfação dos desejos carnais. O seu
Deus é o estômago. São glutões.
O guloso se farta em
suas orgias enquanto que milhares a sua volta estão morrendo de fome. O rico da
parábola contada por Jesus era um glutão. Enquanto ele se banqueteava, Lázaro
comia o que era jogado no lixo (Lucas 16.19-31). Na Igreja os mais ricos,
antecipavam as suas ceia, enquanto outros não tinham o que comer e passavam
forte – I Coríntios 11.21. O apóstolo Judas denuncia os falsos líderes que
assim se comportam, pois comprometem a imagem da Igreja,Judas 12.
Observa-se, ainda hoje,
que tal atitude está presente em muitas vidas. Não são poucos aqueles que comem
além do necessário, desperdiçavam comida e fecham os olhos para as necessidades
dos outros. O egoísmo não é próprio daquele que caminha com Jesus. Aliás, o
desafio é para que alimentamos inclusive os nossos inimigos – Romanos 12.20.
III – VIVEBDO EM SANTIFICAÇÃO E
DEIXANDO OS EXCESSOS
AGRADANDO
A DEUS EM TUDO.
Suas atitudes revelam
para quem você está vivendo, e, a quem você está agradando.
Suas palavras revelam a quem você está
glorificando; se você critica pessoas, fala mentiras, fala palavras negativas,
valoriza os problemas, você está glorificando ao diabo… Se você quer agradar a
Deus, fale só o que é bom, o que edifica o que constrói o que abençoa o que
traz milagres, isso glorifica a Jesus Cristo. Deus valoriza muito o nosso
relacionamento com Ele, por isso, a Bíblia menciona os nomes de muitos homens
que viveram somente para agradar o Senhor, e como eles alcançaram o favor de
Deus.
Ex: Enoque, ele andou
com Deus na mais profunda intimidade (Gênesis 5.21-24) (Hebreus 11:5)
Abraão, Deus o chama de
amigo (Isaías 41.8; Tiago 2.23). Amigos conversam, investem tempo juntos. Você
quer ser amigo de Deus? Você quer ser amigo de Jesus? Faça o que lhe agrada.
(João 15:14)
Moisés, Deus falava com
ele Face a face (Números 12.8).
Jó, o Senhor exaltou o
seu caráter, a sua justiça e a sua santidade (Jó 1.1,8).
O nosso maior exemplo é
o Senhor Jesus Cristo. Ele declarou: “Porque eu desci do céu, não para fazer a
minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.” (João 6.38)
O seu trabalho para
Jesus revela se você está vivendo verdadeiramente para Ele ou não (João
21:15-17)
Se você quer agradar ao
Senhor, então, consagre o que você é, e tudo o que você tem ao Senhor Deus. Se
você viver para agradar a Deus, Ele tornará realidade os sonhos do seu coração.
Ex. Daniel foi levado
como escravo para a Babilônia agradou a Deus, e, tornou-se primeiro ministro…
Os que vivem para
agradar a Deus serão aprovados por Ele, os que não O agradam, serão reprovados…
Quem vive para agradar a Deus, manifesta Jesus na terra…
SANTIFICAÇÃO
No capítulo 12 da carta
aos Hebreus, a santificação ocupa posição de proeminência. Deve ser priorizada,
almejada e perseguida: “Segui a paz com todos e a santificação” (Hb 12.14). Há,
aqui, a ideia de algo que deve ser buscado com firmeza de propósito, com
determinação. Faz parte dos planos eternos de Deus que cada filho Seu alcance a
santificação e, para isso, o próprio Deus dedica-Se à educação deles: “É para
disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que
o pai não corrige?” (Hb 12.7).
Esse princípio é
repetido no verso 10 deste capítulo: “Deus, porém, nos disciplina para
aproveitamento”. Santificação é o meio que Deus usa para conduzir Seus filhos
pelos caminhos da fé, preparando-os para receber graça sobre graça:
“Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós” ( Js
3.5).
Santificação é
separação do pecado para Deus; sugere pureza de alma, consagração, desvio de
contendas, da imoralidade, da incredulidade e de qualquer tipo de idolatria; é
indispensável para um viver vitorioso e agradável a Deus; deve ser buscada
constantemente, pois só a santificação corrige as imperfeições geradas pelo
pecado e leva o homem a participar da própria santidade de Deus: “… Deus,
porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua
santidade” (Hb 12.10).
DEIXANDO
OS EXCESSOS – SEJAMOS MODERADOS
Deus deu ao ser humano
alguns elementos naturais para que ele consiga sobreviver, como, por exemplo,
comer, entretanto, essas faculdades naturais foram contaminadas quando o homem
pecou, dando a oportunidade de surgirem outras, como por exemplo, a ganância, a
cobiça.
Sendo assim, o homem
vive em constante conflito, já que carrega dentro de si as aptidões perfeitas
dadas por Deus e por aquelas que foram agregadas quando pecou e que são muito
ruins para a sua vida. “Sugerimos que você leia também: O tempo de Deus”. E o
pior é que tanto umas quanto as outras, muitas vezes se manifestam de forma
incontrolável, levando muitas pessoas a viverem aprisionadas pelas
consequências provocadas por elas.
E o que Deus quer para
todos nós é que vivamos uma vida equilibrada, isto é, por exemplo, se uma
pessoa come em excesso esta atitude não agrada a Deus, pois o que Ele quer é
que não se cometa este excesso, isto é, comer é um dom natural dado por Ele ao
ser humano, porém comer demais e sem controle já é um comportamento que foge à
moderação que Ele quer para todos nós. “Outra ótima leitura para você seria:
Não desanime e não duvide”.
Então, a vida
equilibrada que Ele quer para todos nós passa por controle, isto é, viver com
moderação e se observando os limites necessários em todas as situações da nossa
vida. Sendo assim, fica muito claro que para que tenhamos uma vida equilibrada
se faz necessário: Moderação em nossos hábitos; Moderação em nossas reações às
diversas situações que aparecem em nosso dia a dia; Cuidado com o que
alimentamos a nossa mente; “Você não pode deixar de ler também: Deus sempre
está no controle”.
O que estamos vendo é
que não podemos nos exceder em nossos hábitos, em nossas reações e precisamos
ter autodomínio da nossa mente, isto é, precisamos dominar os apetites físicos,
mentais e espirituais, pois, caso contrário, nos tornaremos pessoas totalmente
descontroladas com o nosso corpo, com o nosso temperamento e com os nossos
pensamentos. “Leia também: Deus conta conosco”. A falta desse domínio próprio,
que todas as pessoas devem ter, faz com que nos tornemos pessoas enfraquecidas
e mais sujeitas a cometer erros.
O que precisamos
entender é que existe uma batalha interna dentro de cada um de nós, onde a
nossa natureza pecaminosa quer se impor e exercer o seu domínio sobre as nossas
vidas e para combater isso é necessário que tenhamos a convicção que não
conseguiremos vencer essa batalha sozinhos, precisamos permitir que Deus nos
ajude, pois somente Ele conseguirá nos guiar ao encontro da moderação que
precisamos ter em nossa caminhada. Pense nisso e deixe o seu comentário.
CONCLUSÃO
Vimos nesta aula que o
domínio próprio (Temperança ) é uma qualidade do fruto do Espírito muito
preciosa e que Deus deseja que ele exista em todas as áreas da nossa vida. Vimos também que existem atitudes que nos
aproximam mais de Deus e que, portanto, aumentam a temperança. Aprendemos
também que esse domínio ( Temperança)
próprio é sinal de amadurecimento. Busquemos então uma vida de consagração para
que tenhamos mais domínio próprio e sejamos sóbrios, não nos precipitando no
responder ou no falar, controlando pelo poder do Espírito a nossa “velha
natureza” em todas as áreas da nossa vida.
Evangelista Isaias
Silva de Jesus
Igreja Evangélica
Assembléia de Deus Ministério Belém Setor I - Em Dourados – MS
Bibliografia
Temperança o Fruto Da Disciplina
TEXTO
ÁUREO: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor,
mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” 2 Tm 1.7.
Romanos
8.15 Porque não recebestes o espírito de escravidão,
para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de
filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
Lucas
24.49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu
Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de
poder.
Atos
dos Apóstolos 1.8 - Mas recebereis a
virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
VERDADE
PRÁTICA: A temperança como fruto do Espírito realiza
no cristão o inverso das maquinações e obras iníquas da carne.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Pedro 1.3-8
1.3 - TUDO O QUE DIZ RESPEITO À VIDA E PIEDADE. O amor de nosso Pai celestial, a salvação mediante
Jesus Cristo, sua intercessão por nós no céu, a habitação interior do Espírito
Santo e o seu batismo, a comunhão dos santos e a inspirada Palavra de Deus são
suficientes para satisfazer a necessidade do crente em "tudo o que diz
respeito à vida e piedade" (Mt 11.28-30; Hb 4.16; 7.25; 9.14). (1)
Não é
necessário acrescentar qualquer sabedoria, técnica ou teoria humana, para
completar a suficiência da Palavra de Deus, que revela a nossa salvação perfeita
em Cristo. As palavras de Jesus, a fé apostólica do NT e a graça de Deus foram
suficientes para satisfazer as necessidades dos perdidos, nos antigos tempos da
igreja, e são igualmente suficientes hoje. Absolutamente nada, poderá oferecer
mais altura, profundidade, força e ajuda do que aquilo que o próprio Jesus
proclamou e providenciou, e que os apóstolos testemunharam na revelação
bíblica. Somente Jesus Cristo é "o caminho, e a verdade, e a vida"
(Jo 14.6). (2) Se o evangelho que temos hoje parece deficiente é porque não é o
mesmo evangelho que Cristo e os apóstolos pregaram.
1.4 - PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA. Nossa participação na natureza divina é mais uma
descrição do novo nascimento, mediante o qual recebemos vida divina.
Participamos da natureza de Deus, para nos conformarmos com Ele e com a sua
santidade (cf. 1 Co 6.19; Ef 4.24).
1.5 - ACRESCENTAI À VOSSA FÉ. Pedro alista as virtudes que o cristão deve
desenvolver, a fim de ser espiritualmente vitorioso e frutífero diante de Deus
(v. 8). A expressão "pondo nisto mesmo toda a diligência" demonstra
que os crentes devem estar ativamente empenhados no seu crescimento espiritual
(cf. Fp 2.12,13).
Quem
se torna cristão deve imediatamente envidar todos os esforços possíveis para
acrescentar à sua fé as sete qualidades citadas nos versículos 5-9. Note que
essas características espirituais não se desenvolvem automaticamente sem nosso
esforço diligente de cultivá-las.
OBJETIVOS:
Após esta aula, seu aluno deverá estar apto
a:
1-
Definir biblicamente o termo temperança.
2-
Apontar o segredo da temperança.
3-
Mencionar as áreas específicas de nossa vida onde a temperança é
imprescindível.
Subsídio
Teológico
“Temperança
(domínio próprio)
Existem
ainda muitas pessoas para as quais a ‘temperança’ está especialmente associada
a uma bebida forte, mas é quase desnecessário salientar que a verdadeira
temperança tem uma aplicação ampla para cada um dos nossos apetites, não só os
apetites físicos, mas os mentais e espirituais também. ‘Em tudo se domina’é o
objetivo de Paulo (1 Co 9.25); é o alvo para o crente. É possível ser
abstêmio até o ponto da ‘disciplina do corpo’ (Cl 2.23), e, ainda assim,
ser totalmente imoderado no temperamento, falando demais ou na busca de elogio
e poder.
...A
falta de domínio próprio nos apetites físicos é uma das formas mais
predominantes da fraqueza e do pecado... Um cristão com domínio próprio irá
desfrutá-las com gratidão quando lhes forem convenientes e proveitosas, mas
continuará, igualmente sereno quando não puder dispor delas.
...Quando
Jesus entra no coração, seu Espírito, controlando o interior, produz, como
fruto final, ‘domínio próprio e amor em todas as coisas’ ” (GEE, Donald. Como
receber o batismo no Espírito Santo. RJ:CPAD, 2001, p. 89, 90, 92, 97).
ORIENTAÇÃO
DIDÁTICA:
Professor,
nesta lição, faremos um Gráfico Comparativo Conceitual. Este recurso
possibilita relacionar uma expressão aos seus diversos conceitos. A lição trata
da temperança em diversas áreas da vida, isto possibilita uma expressão
principal que contém diversos elementos correspondentes.
Distribua
uma folha contendo três colunas com os três títulos conforme o modelo abaixo e,
solicite que os alunos escrevam os conceitos negativos e positivos de cada
expressão de acordo com a necessidade individual. Este exercício pode ser feito
depois do tópico ‘III’ da lição.
EXPRESSÕES
PRINCIPAIS
|
CONCEITOS
NEGATIVOS
|
CONCEITOS
POSITIVOS
|
Controle
da Língua
|
Palavras
Torpes
|
Linguagem
Sã
|
Moderação
nos Hábitos
|
Glutonaria
|
Alimentar-se
Adequadamente
|
Moderação
no uso do Tempo
|
Ocupar-se
com Atividades Inúteis
|
Ocupar-se
com Atividades Edificantes
|
Autodomínio
da Mente
|
Pensar
coisas Vãs e Infrutíferas
|
Pensar
tudo o que é Puro e Verdadeiro
|
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, analisaremos o fruto do Espírito quanto a sua “fatia” da disciplina — a
temperança. O crente, que permite ao Espírito Santo torná-lo segundo a imagem
de Jesus, desenvolverá esta virtude em todas as áreas da vida (2 Co 3.18).
Você
precisa de mais disciplina e ordem em sua vida, sem reclamação? O fruto da
temperança ou autocontrole — não simplesmente o natural ou advindo de cursos,
mas do Espírito — é a resposta.
I. O QUE É TEMPERANÇA
1.
Definição bíblica. A palavra original
traduzida por “temperança” aparece somente em três passagens do NT: Gl 5.22,
At 24.25 e 2 Pe 1.6. Em Gálatas 5.22, é usada para
designar a última seção do fruto nônuplo do Espírito.
No
Dicionário Houaiss: n substantivo feminino
1 - qualidade ou virtude de quem é moderado,
comedido (espiritualmente: pessoa equilibrada)
2 - sobriedade no consumo de alimentos e/ou bebidas
(espiritualmente: o que não é glutão)
Ex.: a
temperança é essencial à saúde (espiritualmente: Para se ter uma vida de
comunhão com DEUS precisamos ser temperados)
3 - hábito de poupar, de economizar; parcimônia
(espiritualmente: sem luxúria, contribuinte fiel na casa do Senhor)
Ex.:
temperança nas despesas (quantos crentes não sabem se controlar nos gastos e estão
endividados e dando um péssimo testemunho perante a sociedade em que vivem,
fazendo com que o nome de CRISTO seja blasfemado? - Se você é um destes, ainda
é tempo de começar de novo, seja controlado pelo ESPÍRITO SANTO daqui para
frente.)
Em
Atos 24.25 - Paulo empregou o termo
ao discorrer com Félix acerca “da justiça, e da temperança, e do juízo
vindouro”.
24.25 - JUSTIÇA, E DA TEMPERANÇA, E DO JUÍZO
VINDOURO. Quando Paulo fala diante de Félix a respeito
da fé em Jesus Cristo, e prega a respeito da justiça, e da temperança e do
Juízo vindouro , Félix fica apavorado. Essa reação concorda com as palavras de
Jesus de que quando vier o Espírito Santo, convencerá o mundo do pecado, e da
justiça, e do juízo (Jo 16.8). A salvação de todas as pessoas depende da
proclamação fiel das verdades solenes da Palavra, mediante as quais o Espírito
Santo produz convicção no pecador (ver Jo 16.8).
2
Pedro 1.5,6, a palavra é incluída na lista das qualidades que
todo cristão deve desenvolver: “Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude,
a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência, e à
paciência, a piedade”.
1.5 ACRESCENTAI À VOSSA FÉ. Pedro alista as virtudes que o cristão deve
desenvolver, a fim de ser espiritualmente vitorioso e frutífero diante de Deus
(v. 8). A expressão "pondo nisto mesmo toda a diligência" demonstra
que os crentes devem estar ativamente empenhados no seu crescimento espiritual
(cf. Fp 2.12,13). Quem se torna cristão deve imediatamente envidar todos os
esforços possíveis para acrescentar à sua fé as sete qualidades citadas nos
versículos 5-9. Note que essas características espirituais não se desenvolvem
automaticamente sem nosso esforço diligente de cultivá-las.
2.
Temperança como fruto do Espírito é autodisciplina.
A
idéia principal de “temperança” é força, poder ou domínio sobre o ego,
inclusive petulância, arrogância, brutalidade e vanglória. É o controle de si
mesmo sob a orientação do Espírito Santo.
Em 1
Coríntios 9.25, a temperança é
empregada em alusão ao treinamento e disciplina rígidos de corredores gregos em
seu esforço para conquistar o prêmio. Paulo freqüentemente faz uso das
analogias do atleta e do soldado em seus escritos. “Correi de tal maneira que
alcanceis [o prêmio]. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim
combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à
servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a
ficar reprovado”
9.24 - O PRÊMIO. O
"prêmio", a coroa "incorruptível" (v. 25), refere-se à
vitória de obtermos a salvação eterna, o alvo precioso da vida cristã (cf. 1.8;
4.5; 6.2,9,10; 15.12-19).
Esse
alvo somente podemos atingir, abrindo mão dalguns dos nossos direitos, por amor
ao próximo (8.7-13), e renunciando as coisas que nos eliminariam para a corrida
espiritual (10.5-22).
9.24 - CORREI DE TAL MANEIRA QUE O ALCANCEIS. Paulo ilustra o princípio de que se alguém deixa
de exercer seu autodomínio, a abnegação e o amor ao próximo, ele mesmo será
rejeitado por Deus, mesmo sendo um pregador do evangelho (ver v.27).
1 Co 9.24,26,27. Aqui, não se trata de ascetismo pagão e idólatra, nem de auto-flagelação religiosa, mas de manter o nosso inteiro ser em sujeição por amor a Cristo.
3.
Domínio sobre os desejos sexuais. A
palavra temperança também é usada em referência ao domínio do cristão sobre os
desejos sexuais: “Mas, se os solteiros não podem conter-se, casem-se. Porque é
melhor casar do que abrasar-se” (1 Co 7.9).
1
Coríntios 7.9 Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do
que abrasar-se.
1Co
6.15 - Não sabeis vós que os
vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e
fa-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. 16 Ou não sabeis que o que
se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois
numa só carne. 17 Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. 18 Fugi
da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se
prostitui peca contra o seu próprio corpo. 19 Ou não sabeis que o nosso corpo é
o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois,
a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
6.15 - OS MEMBROS DE CRISTO. O apóstolo, advertindo contra o relaxamento
moral, demonstra as terríveis conseqüências para o crente, da imoralidade
sexual. Quando o crente une-se fisicamente a uma mulher decaída, fica sendo um
só com ela, sujeito ao seu domínio (v.16; cf. Gn 2.24), profana aquilo que
Cristo santificou (v. 15), e separa-se do reino de Deus (v. 9). Na imoralidade
sexual, a pessoa praticamente separa-se da união com Cristo, ao fazer do seu
corpo um membro da outra pessoa imoral e ímpia.
6.18 - FUGI DA PROSTITUIÇÃO. A imoralidade sexual é terrivelmente abominável
diante de Deus. Mais do que qualquer outro ato pecaminoso, profana o corpo, que
é o templo do Espírito Santo (vv. 15-20). Por isso, Paulo admoesta:
"Fugi" da imoralidade sexual. O uso do tempo presente, aqui, indica
que o cristão deve fugir repetidas vezes da imoralidade sexual (cf. Gn 39.12)
6.19 - NOSSO CORPO É O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO. Se somos cristãos, nosso corpo é a morada pessoal
do Espírito Santo (ver Rm 8.9,11, onde vemos que o Espírito Santo é o selo de
Deus em nós, mostrando que lhe pertencemos).
Porque
Ele habita em nós e pertencemos a Deus, nosso corpo nunca deve ser profanado
por qualquer impureza ou mal, proveniente da imoralidade, nos pensamentos,
desejos, atos, filmes, livros ou revistas. Pelo contrário, devemos viver de tal
maneira que glorifiquemos e agrademos a Deus em nosso corpo (v. 20).
II. O SEGREDO DA TEMPERANÇA
A
falta de temperança leva a pessoa a cometer excessos ao dar vazão aos desejos
pecaminosos da carne. O melhor antídoto contra isso é estar cheio do Espírito
Santo, porque desta maneira estaremos sob o seu controle. Ele nos ajuda a
dominar nossas fraquezas, e submetermo-nos à sua vontade. Ver Rm 8.5-9
= 5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas
os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. 6 Porque a
inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. 7
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à
lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. 8 Portanto, os que estão na carne não
podem agradar a Deus. 9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é
que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de
Cristo, esse tal não é dele.
8.5-14 - SEGUNDO A CARNE... SEGUNDO O ESPÍRITO. Paulo descreve duas classes de pessoas: as que
vivem segundo a carne e as que vivem segundo o Espírito. (1) Viver
"segundo a carne" ("carne", aqui, é o elemento pecaminoso
da natureza humana) é desejar e satisfazer os desejos corrompidos da natureza
humana pecaminosa; ter prazer e ocupar-se com eles. Trata-se não somente da
fornicação, do adultério, do ódio, da ambição egoísta, de crises de raiva, etc.
(ver Gl 5.19-21), mas também da obscenidade, de ser viciado em pornografia e em
drogas, do prazer mental e emocional em cenas de sexo, em peças teatrais,
livros, vídeo, cinema e assim por diante. (2) Viver "segundo o
Espírito" é buscar a orientação e a capacitação do Espírito Santo e
submeter-nos a elas e concentrar nossa atenção nas coisas de Deus. É estar
sempre consciente de que estamos na presença de Deus, e nEle confiarmos para
que nos assista e nos conceda a graça de que carecemos para que a sua vontade
se realize em nós e através de nós. (3) É impossível obedecer à carne e ao
Espírito ao mesmo tempo (vv. 7,8; Gl 5.17,18). Se alguém deixa de resistir,
pelo poder do Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos e, pelo contrário,
passa a viver segundo a carne (v.13), torna-se inimigo de Deus (8.7; Tg 4.4), e
a morte espiritual e eterna o aguarda (v.13). Aqueles cujo amor e solicitude
estão prioritariamente fixados nas coisas de Deus, podem esperar a vida eterna
e a comunhão com Ele (vv. 10,11,15,16)
Sem o
auxílio do Espírito de Deus, nossas inclinações naturais cedem facilmente aos
desejos pecaminosos. Todavia, ao nascermos do Espírito, a nova natureza divina
em nós esforça-se por cumprir toda a sua vontade e agradá-lo.
III. UMA VIDA EQUILIBRADA
1. O
princípio do equilíbrio é uma das leis naturais do universo. O controle perfeito que Deus exerce sobre a
natureza é mencionado na Bíblia (Jó 37.14-16).
Gênesis
1.6 E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre
águas e águas.
Isaías
44.24 Assim diz o SENHOR, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou
o SENHOR que faço todas as coisas, que estendo os céus e espraio a
terra por mim mesmo;
terra por mim mesmo;
A CRIAÇÃO = Gn
1.1 “No princípio, criou Deus os céus e a terra.
O DEUS DA CRIAÇÃO.
(1) Deus se
revela na Bíblia como um ser infinito, eterno, auto-existente e como a Causa
Primária de tudo o que existe.
Nunca houve um momento em que Deus não existisse. Conforme afirma Moisés:
“Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de
eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2). Noutras palavras, Deus existiu
eterna e infinitamente antes de criar o universo finito. Ele é anterior a toda
criação, no céu e na terra, está acima e independe dela (ver 1Tm 6.16 nota; Cl
1.16).
(2) Deus se revela como um ser pessoal que criou
Adão e Eva “à sua imagem” (1.27; ver 1.26).
Porque Adão e Eva foram criados à imagem de Deus, podiam comunicar-se com Ele,
e também com Ele ter comunhão de modo amoroso e pessoal.
(3) Deus também se revela como um ser moral que
criou tudo bom e, portanto, sem pecado. Ao
terminar Deus a obra da criação, contemplou tudo o que fizera e observou que
era “muito bom” (1.31). Posto que Adão e Eva foram criados à imagem e
semelhança de Deus, eles também não tinham pecado (ver 1.26). O pecado entrou
na existência humana quando Eva foi tentada pela serpente, ou Satanás (Gn 3; Rm
5.12; Ap 12.9).
O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO. Deus tinha razões específicas para criar o mundo.
O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO. Deus tinha razões específicas para criar o mundo.
(1) Deus criou os céus e a terra como manifestação
da sua glória, majestade e poder. Davi
diz: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das
suas mãos” (Sl 19.1; cf. 8.1). Ao olharmos a totalidade do cosmos criado —
desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza — ficamos
tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.
(2) Deus criou os céus e a terra para receber a
glória e a honra que lhe são devidas. Todos
os elementos da natureza — e.g., o sol e a lua, as árvores da floresta, a chuva
e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as
aves — rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12).
Quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos! (3)
Deus criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a
humanidade fossem cumpridos.
(a)
Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amorável e pessoal
com o ser humano por toda a eternidade. Deus
projetou o ser humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que
possui mente, emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com
Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão.
(b)
Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando
Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e
desobedecer ao seu mandamento, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a
humanidade das conseqüências do pecado (ver 3.15). Daí Deus teria um povo para
sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que
viveria em retidão e santidade diante dEle (Is 60.21; 61.1-3; Ef 1.11,12; 1Pe
2.9).
(c) A
culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde
João descreve o fim da história com estas palavras: “...com eles habitará, e
eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).
2. O propósito divino é que os cristãos tenham uma vida equilibrada. Isto implica equilíbrio espiritual, físico, mental e emocional. Por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu os capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios a fim de enfatizar o equilíbrio no exercício dos dons espirituais, e a necessidade destes estarem harmonizados pelo amor. Na igreja de Corinto havia abuso no exercício dos dons espirituais, enquanto, na de Tessalônica havia controle excessivo dos referidos dons, o que também causava desequilíbrio. Estes crentes impediam a obra do Espírito e até menosprezavam os dons, principalmente o mais notório, a profecia
2. O propósito divino é que os cristãos tenham uma vida equilibrada. Isto implica equilíbrio espiritual, físico, mental e emocional. Por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu os capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios a fim de enfatizar o equilíbrio no exercício dos dons espirituais, e a necessidade destes estarem harmonizados pelo amor. Na igreja de Corinto havia abuso no exercício dos dons espirituais, enquanto, na de Tessalônica havia controle excessivo dos referidos dons, o que também causava desequilíbrio. Estes crentes impediam a obra do Espírito e até menosprezavam os dons, principalmente o mais notório, a profecia
1 Ts
5.19,20. 5.19,20 NÃO EXTINGAIS O ESPÍRITO.
(1)
Paulo compara o extinguir o fogo do Espírito com o desprezo e rejeição às
manifestações sobrenaturais do Espírito Santo, tais como a profecia (vv.
19,20). Reprimir ou rejeitar o uso correto e ordenado da profecia, ou de outros
dons espirituais, resultará na perda em geral da manifestação do Espírito (1 Co
12.7-10,28-30). O ministério do Espírito Santo a favor dos crentes é descrito
em Jo 14.26; 15.26,27; 16.13,14; At 1.8; 13.2; Rm 8.4,11,16,26; 1 Co 2.9-14;
12.1-11; Gl 5.22-25. (2) Estes dois versículos mostram com clareza que outras
igrejas tinham em seu meio a manifestação de dons espirituais nos cultos de
oração.
Note-se bem que as mensagens proféticas não desprezadas, mas também aceitas após exame cuidadoso (v. 21; ver 1 Co 14.29).
Note-se bem que as mensagens proféticas não desprezadas, mas também aceitas após exame cuidadoso (v. 21; ver 1 Co 14.29).
3.
Vida equilibrada é viver com moderação. Isto
significa que devemos evitar os extremos de comportamento ou expressão,
conservando os apropriados e justos limites. Obviamente há coisas das quais o
cristão tem de se privar totalmente (Gl 5.19-21; Rm 1.29-31; Rm
3.12-18; Mc 7.22,23).
Entretanto,
Deus criou muitas coisas boas para delas desfrutarmos com prudência, sob a
orientação do Espírito Santo e da Palavra de Deus. Examinemos os ensinos
bíblicos quanto à temperança em áreas específicas de nossa vida.
A
temperança começa com o controle da língua, e o apóstolo Tiago informa-nos o
quão difícil é realizá-lo
A LÍNGUA TAMBÉM É UM FOGO. Tiago enfatiza nossa inclinação ao pecado através
da fala. Os pecados da fala incluem palavras ásperas e maldosas, mentira,
exagero, doutrinas falsas, calúnia, fuxico, jactância, etc. O crente maduro
mantém sua língua sob controle mediante a ajuda do Espírito Santo, que leva
"cativo todo entendimento à obediência de Cristo" (2 Co 10.5). Por
causa dessa tendência de pecar com a língua, Tiago exorta a todo ser humano a
ser "pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar"
(1.19).
Tg 3.2. Se
você não controla sua língua, sua fala, sua conversa, não controla nada mais em
sua vida. Se você realmente deseja o fruto da temperança, peça ao Espírito
Santo para controlar sua língua.
b)
Moderação nos hábitos cotidianos.
Em 1 Co 6.12 - TODAS AS COISAS ME SÃO LÍCITAS. Essa declaração é claramente uma citação da falsa
teologia dos inimigos de Paulo. Pensavam que tinham o direito de fazer tudo
quanto queriam.
6.15 - OS MEMBROS DE CRISTO. O apóstolo, advertindo contra o relaxamento moral,
demonstra as terríveis conseqüências para o crente, da imoralidade sexual.
Quando o crente une-se fisicamente a uma mulher decaída, fica sendo um só com
ela, sujeito ao seu domínio (v.16; cf. Gn 2.24), profana aquilo que Cristo
santificou (v. 15), e separa-se do reino de Deus (v. 9). Na imoralidade sexual,
a pessoa praticamente separa-se da união com Cristo, ao fazer do seu corpo um
membro da outra pessoa imoral e ímpia.
6.18 - FUGI DA PROSTITUIÇÃO. A imoralidade sexual é terrivelmente abominável
diante de Deus. Mais do que qualquer outro ato pecaminoso, profana o corpo, que
é o templo do Espírito Santo (vv. 15-20). Por isso, Paulo admoesta:
"Fugi" da imoralidade sexual. O uso do tempo presente, aqui, indica
que o cristão deve fugir repetidas vezes da imoralidade sexual (cf. Gn 39.12)
6.19 - NOSSO CORPO É O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO. Se somos cristãos, nosso corpo é a morada pessoal
do Espírito Santo (ver Rm 8.9,11, onde vemos que o Espírito Santo é o selo de
Deus em nós, mostrando que lhe pertencemos).
Porque
Ele habita em nós e pertencemos a Deus, nosso corpo nunca deve ser profanado
por qualquer impureza ou mal, proveniente da imoralidade, nos pensamentos,
desejos, atos, filmes, livros ou revistas. Pelo contrário, devemos viver de tal
maneira que glorifiquemos e agrademos a Deus em nosso corpo (v. 201 Coríntios
6.12-20, aprendemos a importância de honrar a Deus através do nosso corpo.
Nesta passagem, trata-se não só a respeito da imoralidade sexual, mas também
sobre qualquer outra prática que desonre o corpo e, conseqüentemente, desonre
Deus.
A
glutonaria e a bebedice são hábitos pecaminosos contra os quais somos
advertidos na Bíblia (Pv 23.20,21). Alguém que repreende outrem
por alcoolismo e ao mesmo tempo come de forma excessiva é incoerente. Esse tal
prejudica-se igualmente, pecando contra o corpo. Precisamos da ajuda do
Espírito Santo para educar nossos hábitos alimentares.
c)
Moderação no uso do tempo. Provavelmente o maior
exemplo bíblico de satisfação excessiva dos próprios desejos é o rico insensato.
ACAUTELAI-VOS... DA AVAREZA. Fazer dos ganhos ou das riquezas da terra o
propósito da nossa vida é um erro fatal que leva à perdição eterna (vv. 20,21).
(1) A
palavra grega traduzida avareza (pleonexia), literalmente significa a sede de
possuir mais.
(2) A
avareza nada tem com o provimento das nossas próprias necessidades e as da
nossa família (cf. Pv 6.6). Enquanto trabalhamos para suprir as nossas necessidades,
devemos ser ricos para com Deus e buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua
justiça (v. 31; cf. Mt 6.33 ).
(3)
Cada crente deve atentar para esta advertência de Jesus e examinar se há
egoísmo e avareza em seu próprio coração ( Lc 12.15-21. )
Jesus
destacou a importância de usar nosso tempo com sabedoria em seu discurso em
relação à vigilância (Lc 12.35-48). O crente equilibrado o dividirá
entre a família, o trabalho, o estudo da Bíblia, a Casa do Senhor, a oração, o
descanso e o lazer. O preguiçoso, ou o indivíduo que desperdiça tempo em
atividades inúteis, não tem domínio próprio (1 Ts 5.6-8).
d)
Autodomínio da mente. No mundo de hoje, há
muitas atrações e passatempos aparentemente inofensivos com o objetivo de
afastar-nos de nossas responsabilidades para com Deus. O que lemos, vimos, ou
ouvimos causa impacto em nossa mente, por isso precisamos da ajuda do Espírito
Santo a fim de conservá-la pura (Fp 4.8).
IV. UMA VIDA SANTA
SEGUI... A SANTIFICAÇÃO Ser santo é estar separado do pecado e consagrado
a Deus. É ficar perto de Deus, ser semelhante a Ele, e, de todo o coração,
buscar sua presença, sua justiça e a sua comunhão. Acima de todas as coisas, a
santidade é a prioridade de Deus para os seus seguidores (Ef 4.21-24).
(1) A
santidade foi o propósito de Deus para seu povo quando Ele planejou sua
salvação em Cristo (Ef 1.4).
(2) A
santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele veio a esta terra
(Mt 1.21; 1 Co 1.2,30).
(3) A
santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele se entregou por
eles na cruz (Ef 5.25-27).
(4) A
santidade é o propósito de Deus, ao fazer de nós novas criaturas e nos conceder
o Espírito Santo (Rm 8.2-15; Gl 5.16-25, Ef 2.10).
(5)
Sem santidade, ninguém poderá ser útil a Deus (2 Tm 2.20,21).
(6)
Sem santidade, ninguém terá intimidade nem comunhão com Deus (Sl 15.1,2).
(7)
Sem santidade, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
Acima
de tudo, Deus deseja que sejamos santos! Esta idéia é enfatizada inúmeras vezes
ao longo da Bíblia: “Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do
Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou
santo” “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”
Lv
11.45. SEREIS SANTOS. As instruções no tocante ao alimento puro e
impuro (i.e., apropriado e impróprio) (cap. 11) foram dadas, segundo parece,
por motivos de saúde; mas também são padrões para ajudar Israel a permanecer
como um povo separado da sociedade ímpia ao seu derredor (cf. Dt 14.1,2). Essas
instruções sobre alimentos já não são obrigatórias para o crente do NT, posto
que Cristo cumpriu o significado e o propósito delas (cf. Mt 5.17; 15.1-20; At
10.14,15; Cl 2.16; 1 Tm 4.3). Contudo, os princípios inerentes nessas instruções
continuam válidos hoje.
(1) O
cristão hodierno deve diferir da sociedade em derredor quanto a comer, beber e
vestir-se, de tal modo que glorifiquem a Deus no seu corpo (cf. 1 Co 6.20;
10.31) e pela rejeição de todos os costumes pecaminosos sociais dos ímpios. O
crente precisa ser "santo em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe
1.15).
(2) A
ênfase nos detalhes à pureza cerimonial ressaltava a necessidade da separação
moral do povo de Deus, em pensamento e obras, em relação ao mundo ao seu redor
(Êx 19.6; 2 Co 7.1). Todos os aspectos da nossa vida devem ser regulados pela
vontade de Deus (1 Co 10.31). O Espírito Santo trabalha em nosso interior,
aperfeiçoando a santidade e tornando Cristo uma realidade em nossa vida. Ele
quer produzir em nós o fruto espiritual da temperança, e cria em nós o desejo
de separação do mundo pecaminoso para viver de modo agradável a Deus.
SE... O ESPÍRITO DE DEUS HABITA EM VÓS. Todo crente, desde o momento em que aceita Jesus
Cristo como Senhor e Salvador, tem o Espírito Santo habitando nele (v. 9; cf. 1
Co 3.16; 6.19,20; Ef 1.13,14).
8.10 - O CORPO... ESTÁ MORTO POR CAUSA DO PECADO. O pecado invadiu o elemento físico do nosso ser;
daí o nosso corpo ter que morrer, ou ser transformado (cf. 1 Co 15.50-54; 1 Ts
4.13-17). Mas, porque Cristo está em nós, experimentamos agora a vida do
Espírito. (Rm 8.8-10)
A SANTIFICAÇÃO
1Pe 1.2 - “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em
santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus
Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas”.
Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com Deus e servi-lo com alegria.
Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com Deus e servi-lo com alegria.
(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o
padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13),
“aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de
uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo
algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm
6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus
mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4).
Tais termos descrevem a operação do Espírito Santo
mediante a salvação em Cristo, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do
poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo
atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de Cristo, produz em nós o
fruto do Espírito e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de dedicação a Deus (Jo
17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17).
(2) Esses termos não subentendem uma perfeição
absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do
crente diante de Deus, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse
crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão,
pela graça que Deus lhe deu, morreu com Cristo e foi liberto do poder e domínio
do pecado (Rm 6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a
necessária vitória no seu Salvador, Jesus Cristo. Mediante o Espírito Santo,
temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição
de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.
(3) A santificação no AT foi a vontade manifesta de
Deus para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada,
separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6 nota; Lv 11.44
nota; 19.2 nota; 2Cr 29.5). De igual modo a santificação é um requisito para
todo crente em Cristo. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá
o Senhor (Hb 12.14).
(4) Os filhos de Deus são santificados mediante a
fé (At 26.18), pela união com Cristo na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10;
Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo
17.17) e pelo poder regenerador e santificador do Espírito Santo no seu coração
(Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).
(5) A santificação é uma obra de Deus, com a
cooperação do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de Deus
quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do
Espírito Santo, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda
imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se
guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg
4.8).
(6) A verdadeira santificação requer que o crente
mantenha profunda comunhão com Cristo (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os
crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à
Palavra de Deus (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de
Deus (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniqüidade (Hb 1.9), mortifique o
pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de Deus (Hb 12.5-11), continue em
obediência e seja cheio do Espírito Santo (Rm 8.14; Ef 5.18).
(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita
como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é
apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é
liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver
para Deus (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3).
Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é
descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os
desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados
pelo Espírito à semelhança de Cristo (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18),
e devotamos maior amor a Deus e ao próximo (Mt 22.37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).
(8) A santificação pode significar uma outra
experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode
receber de Deus uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de
que Deus o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a
andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se
apresenta a Deus como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do Espírito
Santo graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a
Deus (Rm 12.1,2; 6.19-22).
CONCLUSÃO
O
fruto da temperança suscitado pelo Espírito Santo opõe-se a todas as obras da
natureza pecaminosa carnal e humana. No momento em que somos salvos, o Espírito
Santo passa a habitar em nós. A partir de então, não deveremos estar mais sob a
escravidão do pecado. Ao longo da vida terrena, precisamos exercer o governo
disciplinado sobre os desejos da carne. Esta (a natureza inatamente pecaminosa)
fará tudo para recuperar o seu domínio sobre nós. Busquemos todos, sempre, a
renovação espiritual e tenhamos uma vida inteiramente rendida a Jesus como
Senhor. Nessa dimensão espiritual nasce e cresce o fruto do Espírito.
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério
Belém Setor I - Em Dourados – MS
Bibliografia
Lições Bíblicas CPAD de
Jovens e Adultos 1º Trimestre de 2005, O Fruto do Espírito — A plenitude de
Cristo na vida do crente Comentarista: Antonio Gilberto
TEMPERANÇA
UMA VIDA CONTROLADA PELO ESPIRITO
TEXTO ÁUREO = “Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”(Gl 5.22).
VERDADE APLICADA = Temperança é a total moderação desenvolvida
por aquele que vive sob o domínio do Espírito Santo.
OBJETIVOS DA LICÃO
ENSINAR como viver sob o controle do
Espírito Santo;
MOSTRAR que a tentação não é derrota;
REVELAR que igrejas temperantes servem
para mudar o mundo.
TEXTOS BIBLICO – Tito 2: 7-12
COMENTÁRIO ADICIONAL
Podemos
definir o fruto do Espírito, como o resultado da presença do Espírito Santo no
homem. Neste sentido, a temperança é uma evidência de Sua atuação, naquele que
permite ser guiado pelo Espírito Santo. Trata-se de um conjunto de virtudes
morais e espirituais, manifestas na vida daquele que vive em Cristo.
A temperança,
também chamada de domínio próprio, é uma capacidade de controle de nós mesmos.
É uma virtude que começa em Deus, portanto sua ausência gera infelicidade. É o
Espírito Santo que esculpe o caráter do homem à semelhança de Cristo. Aquele
que nasceu de novo recebe um novo caráter, o caráter de Cristo e irá moldando-o
a cada dia de sua peregrinação nesta terra. A regeneração do homem é uma prova
irrefutável da comunhão deste com Deus, pois o Espírito Santo sufoca o velho
homem, o domina e o governa.
É importante
frisar a necessidade do homem ter em si a mente de Cristo e ter renovado seu
entendimento de Deus. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...” (Os
6:3). Diante de Deus o homem precisa decidir racionalmente (Rm 12:1), se quer
ou não guerrear contra sua própria carne, suas próprias vontades, seus desejos
carnais. Ao optar pela guerra, este encontra reforço divino, pois permite que
Cristo domine sua carne, vontade e desejos. Decide não pender para a carne,
permite que o Espírito Santo desenvolva seu fruto nele.
A temperança
pode ser descrita também como uma força, gerada pelo Espírito para o homem
mortificar sua carne. Sem Deus o homem não tem forças para dominar sua natureza
(Rm 8:12,13). O Espírito Santo ao desenvolver a temperança no homem lhe confere
vitória sobre o pecado.
A liberdade
gerada pelo evangelho não serve, porém para que o homem dê lugar aos desejos da
carne, mas para que seja livre para servir a Deus e aos seus irmãos. Aquele que
anda no Espírito, vive sob Sua orientação, é guiado por Ele a fazer um autoexame
em sua vida, a fim de verificar a existência das obras da carne, que podem ser
traduzidas como um tipo de inclinação para o mal, necessitando de
arrependimento (Rm 8:14;1 Co 11:28).
O Espírito
Santo foi dado ao homem como penhor, apontando para o fato de que a obra da
salvação será nele completada. A subjetividade tem dominado a geração atual, as
verdades são cada vez mais relativas, apenas aquele que tem em sua vida o fruto
do Espírito, tem discernimento para manter-se numa posição de firmeza, onde suas
atitudes, dominadas pelo Espírito Santo, temperantes, servirão de influência
para o mundo e não absorvidas por ele. O fruto do Espírito produzido no homem,
manifesta-se em forma de Temperança ou domínio próprio, e o instrumentaliza a
viver uma vida pautada na palavra de Deus. Sobre isto, Billy Graham declara:
Domínio
próprio em coisas de comida é moderação. Domínio próprio com respeito ao álcool
é sobriedade. Domínio próprio em assuntos de sexo é abstinência para os que não
são casados... Temperança quanto ao nosso temperamento é domínio sobre ele.
Domínio próprio quanto a roupas é modéstia apropriada. Domínio próprio na
derrota é esperança. Domínio próprio em relação aos prazeres pecaminosos é nada
menos que abstinência completa (Graham, 2001, p.231).
O nascido de
novo é templo, morada e habitação do Espírito Santo e é desta forma que ocorre
a transformação do interior do homem, moldado de glória em glória à imagem de
Cristo (2 Co 3:18). Faz-se necessário entender que o fruto do Espírito é gerado
em nós como evidência de que habita em nosso coração, como evidência de que
temos a mente de Cristo e de que não somos controlados pela carne (1 Co 2;16).
Seguindo este raciocínio, ainda cabe salientar que o fato de não gerarmos o
fruto, não nos isenta de seu cultivo. Cultivar o fruto que o Espírito Santo
gerou em nós, implica em crucificarmos nosso “eu” e negarmos a nós mesmos.
Quando
valorizamos o sacrifício da cruz, priorizamos a comunhão com os santos,
priorizamos a prática da oração, a meditação na palavra de Deus e a adoração,
todas essas atitudes são traduzidas como o cultivo do fruto do Espírito e a
inclinação para as coisas espirituais. O cristão que cultiva tais atitudes, é
temperante, manifesta o domínio próprio, não por seus esforços, mas como consequência
de sua caminhada com Deus (Rm 8:1).
Romanos 8:8 diz que aquele que é dominado pela carne não pode agradar a
Deus, portanto, urge que sejamos cheios do Espírito Santo para assim,
manifestarmos a virtude da temperança em nossas vidas!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de
Revelação Profética. Revista e Corrigida. Editora: Sociedade Bíblica do Brasil.
4ª edição. 2009.
Graham, Billy.
O Poder do Espírito Santo. Rio de Janeiro: Cpad, 2001.
Revista do
professor: Jovem e Adulto Ano 26 - nº 99. Frutos do Espírito: Destacando os
Aspectos do Caráter Cristão na Era da Pós-Modernidade.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
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