10 de junho de 2015

A ULTIMA CEIA



A ULTIMA CEIA

TEXTO AUREO = Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nos. ( 1 Cor 5.7 )

VERDADE PRATICA = A Pascoa comemorava a libertação do Egito. A Ceia do Senhor celebra a libertação do pecado.

LEITURA BIBLICA = Lucas 2.27-20

I N T R O D U Ç Ã O

A Festa da Páscoa, a primeira das grandes Festas judaicas mencionadas na Bíblia, é observada e comemorada pelos judeus mais do que qualquer outra Festa do calendário judaico. Não é difícil de explicar por que os judeus se sentem atraídos pela Páscoa, pois as raízes da Festa, na história judaica, são profundas. A Páscoa celebra a saída dos filhos de Israel da servidão egípcia. A Páscoa, no hebraico Pesah, junto com a Festa das Semanas Chag há-Shavuót e a Festa dos Tabernáculos ou Cabanas Chag há-Sucót, é uma das três Grandes Festas ordenadas na Bíblia (Deut 16.1-17).

Originalmente, a Páscoa era dividida em duas Festas. Uma era a Festa Agrícola chamada «Festa do Pão Sem Fermento» hebChag há-Matsót; a outra era uma Festa pastoral chamada «Festa do Cordeiro Pascal» hebChag há-Pesah. Ambos os feriados se desenvolviam independentemente na época da primavera, durante o mês de Nisã (março/abril).

A Festa do Cordeiro Pascal é a Festa mais antiga das duas. Nos tempos em que a maioria dos judeus ainda era formada de pastores nômades no deserto, as famílias judaicas comemoravam a chegada da primavera oferecendo o sacrifício de um animal. Neste ponto da Bíblia Moisés pede a Faraó que deixe os filhos de Israel irem até o deserto para celebrarem uma Festa a Yahweh (Êx 5.1). Este episódio aconteceu o efetivo Êxodo dos judeus do Egito.
A Festa do Pão Asmo era uma Festa Agrícola primaveril separada na qual os camponeses judeus de Israel celebravam começo da colheita de grãos. Antes de cortar os grãos, eles separavam toda a massa azedada (a massa fermentada era usada, em vez de levedura, para levedar o pão).   Com o tempo, estas duas Festas da primavera ficaram associadas com o outro evento ocorrido na primavera: «O Êxodo do Egito». A Bíblia apresenta estas celebrações de primavera da seguinte forma:

1) A Festa do Cordeiro Pascal, tornou-se identificada com os acontecimentos do Egito, quando Jeová «passou por cima» das casas dos Filhos de Israel, poupando-os da décima praga, «a morte do primogênito de cada família egípcia» (Ex 12.25-27).

2) A Festa do Pão Asmo (sem fermento), conhecida antes da experiência judaica no Egito, foi ligada à repentina saída dos Filhos de Israel do Egito, quando «levou o povo a sua massa antes que estivesse levedada » (Êx 12.34; 23.15).

Estas duas Festas que eram celebradas antes do Êxodo, portanto, adquiriram na saída dos 
Filhos de Israel do Egito, uma significação religiosa totalmente nova; exprimem a salvação trazida ao povo de Israel por Yahweh Deus, como explica a instrução que acompanha a Festa (Êx 12.25-27; 13.8).

CONTEXTO HISTORICO SOBRE A PASCOA JUDAICA

Aproximadamente 430 anos se passaram desde que Yahweh falara a Abraão (Gên 15.13-16; Êx 12.40, 41), dizendo que sua descendência seria peregrina, sob a servidão e aflição. As Suas promessas, contudo, não falham, pois Ele vela pela Sua Palavra para cumpri-la (Jer 1.12). A peregrinação no Egito começou com a descida de Jacó e seus filhos. Um dos filhos de Jacó, José, tornou-se governador do Egito, e, durante o seu governo os hebreus não sofreram nenhum tipo de agravo ou sofrimento. Mas, «depois do falecimento de José e de seus irmãos e de toda aquela geração; levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José» (Êx 1.6-8). A partir de então os egípcios começaram a afligir os israelitas, e a tratá-los com dureza (Êx 1.11-14).

Quando os sofrimentos dos filhos de Israel estavam sendo insuportáveis, então clamaram ao Seu Deus, e os seus clamores subiram aos céus por causa de sua servidão (Êx 2.23). Yahweh interveio em favor de Seu povo, chamando Moisés, que após 40 anos de preparo no deserto apascentando ovelhas, foi enviado diante de Faraó para que começasse a libertação do Seu povo do Egito (Êx 3-4). Em obediência ao chamado de Yahweh, Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem divina: «Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto» (Êx 5.1). Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte de Yahweh, Moisés, mediante o poder de Yahweh, invocou pragas como julgamento contra o Egito.

No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas a seguir, voltava atrás, uma vez a praga suspendida. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixava aos egípcios nenhuma alternativa senão a de lançar os israelitas. Yahweh disse a Moisés: À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta com ele sobre o seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó, e todo primogênito dos animais.
E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve semelhante e nunca haverá (Êx 11.4-6).

A PASCOA INSTITUIDA NO EGITO

 A Páscoa foi instituída na noite em que ocorreu o Êxodo do Egito. A primeira Páscoa (isto é, com um novo significado) foi celebrada na Lua Cheia, no final do dia 14 do mês de Abibe; aproximadamente no ano de 1445 a.C. Dali em diante deveria ser celebrada anualmente (Êx 12.14, 17-24). A Páscoa instituída por Yahweh no Egito foi acompanhada por leis que regiam a sua observância.

Cada família devia escolher um cordeiro ou cabrito sem defeito, sem mácula, com a idade de «um ano». Tinha que ser o melhor cordeiro ou cabrito; o animal escolhido não podia ter defeitos. O fato de ter «um ano» de idade era requerido, tendo em vista a sua inocência, não podia ser um animal de qualquer idade (Êx 12.5). O cordeiro era levado para dentro de casa no dia 10 de Abibe, e mantido ali até o dia 14 do mesmo mês. Período, durante o qual era observado pela família que iria sacrificá-lo, caso não possuísse algum defeito o animal era então sacrificado (Êx 12.3, 6). Além de uma escolha cuidadosa do animalzinho no campo, o tal ainda era tomado da sua mãe e, levado pela família que iria sacrificá-lo, para confirmar a sua escolha; não podia haver erro ou engano na escolha. - O cordeiro (ou cabrito) após ser imolado o seu sangue (não podia ser desperdiçado, tinha grande valor e significado para os israelitas) era aspergido com um molho de hissopo nas ombreiras (partes verticais da porta) e na verga da porta (parte horizontal sobre as ombreiras) da casa em que comeriam o cordeiro (Êx 12.7, 22). Observa-se; que o sangue não poderia ser aplicado em mais nenhum outro lugar, nem na soleira da porta, onde poderia ser pisado.

O sangue nas ombreiras e na verga da porta era o sinal que identificava a casa dos hebreus dos egípcios. Pois, o Senhor Yahweh havia falado a Moisés, seu servo em Êxodo 12.12, 13; «E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até os animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou Yahweh. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito». 

À morte dos primogênitos era um desafio consumado em juízo sobre os falsos deuses egípcios. Porque quase todos os deuses do Egito eram semelhantes a algum animal, com feições humanas. Logo, a morte do primogênito de cada tipo de animal mostraria a falibilidade e a impotência das divindades pagãs que haveriam de protegê-los.

                                 A PASCOA CELEBRADA NA TERRA PROMETIDA

Depois dos filhos de Israel terem se fixados na Terra Prometida, certas mudanças foram feitas e vários acréscimos vieram a existir na celebração da Páscoa. A Páscoa realizada no Egito foi uma Páscoa Histórica, e, está relacionada à décima praga e ao Êxodo de Israel do Egito (Êx 12).

Naquela ocasião, os israelitas foram instruídos a aplicar o sangue de um cordeiro, ou de um cabrito, às ombreiras e à verga de suas portas, como sinal que lhe asseguraria segurança se ficassem em casa (Êx 12.22,23).

Quando os israelitas se instalaram na Terra Prometida não foi mais preciso aspergir o sangue, como da primeira Páscoa. Pois, as futuras Festas da Páscoa a serem realizadas depois do Êxodo, foram sacrifícios comemorativos sendo que o sacrifício inicial no Egito, foi um sacrifício eficaz. - Os israelitas também deixaram de comer a Ceia Pascal em pé, ou preparados para uma longa jornada, não mais precisavam ter pressa, pois, já estavam na Terra que o Deus lhes prometera. Na Páscoa inicial (no Egito), não houve tempo de fazer a Festa dos Pães Asmos, somente foi comunicada ao povo para que fosse observada quando houvesse entrado em Canaã (Êx 12.14-20). Festa dos Pães Asmos e o Vinho usado na ceia pascal

O REGISTRO BIBLICO SOBRE AS CELEBRAÇÕES PASCAIS

A Bíblia nos fornece relatos diretos de Páscoas que foram celebradas durante a história de Israel.

No Antigo Testamento

1) Páscoa celebrada no Egito (Êxodo 12).

2) Celebrada no deserto do Sinai, segundo ano da saída dos filhos de Israel do Egito (Núm 9.1-14).

3) Celebrada quando chegaram à Terra Prometida, em Gilgal (Josué 5.10).

4) Celebrada no ano primeiro do reinado do rei Ezequias, de Judá (2 Crônicas 30).

5) Celebrada nos dias de Josias, rei de Judá (2 Crôn 35.1-19).

6) Celebrada depois do retorno do exílio babilônico (Esdras 6.19-22).

Além dessas celebrações citadas, faz-se menção das Páscoas realizadas nos dias do profeta Samuel e nos dias dos reis, veja em 2 Crônicas 35.18.

No Novo Testamento

1) A Páscoa celebrada no início do ministério público de Jesus Cristo (João 2.13-25).

2) Registrada em João 5.1, uma festa dos judeus, possivelmente a Páscoa.

3) Registrada em João 6.4, também possivelmente a Páscoa.

4) A Última Páscoa que Jesus participou com os apóstolos, na noite em que foi traído e preso (Mat 26.20,21; Marc 14.17,18; Luc 22.14,15,18).

Só se menciona uma celebração da Páscoa durante a peregrinação dos filhos de Israel no deserto, por 40 anos. Aquela que foi celebrada no deserto do Sinai, no segundo ano da partida dos filhos de Israel do Egito (Núm 9.1-14)

A guarda da Páscoa durante a peregrinação no deserto foi limitada por duas razões:

Primeiro: As instruções originais do Senhor Jeová, eram que a Páscoa tinha de ser observada quando chegassem à Terra da Promessa (Êx 12.25; 13.5).

Segundo: Todos os nascidos no deserto não foram circuncidados, ao passo que todos os participantes varões, da Páscoa, tinham que estar circuncidados (Êx 12.45-49; Js 5.5).

A ÚLTIMA CEIA

1. A Ceia do Senhor é Instituída e a Traição é Predita (22.14-23)

E, chegada a hora, (14) refere-se à hora da Páscoa — a hora de comer o cordeiro pascal, que era ao anoitecer, ao pôr-do-sol. Ele pôs-se à mesa (literalmente, “reclinou-se”) e, com ele, os doze. Ele e os seus doze apóstolos se reclinaram juntos ao redor da mesa onde a refeição pascal estava servida.

E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça (15). Esta é uma forma hebraica que significa: “Eu desejei grandemente comer a Páscoa com vocês, etc”. Observe a tradução precisa de Lucas, do original aramaico ao grego, das exatas palavras de Jesus.

Este forte desejo brotava de duas fontes. Jesus sentia a ansiedade normal e humana por estes preciosos últimos momentos de comunhão com os companheiros a quem amava, antes que a morte o separasse deles. Ele também conhecia a importância espiritual que este anoitecer teria para a Igreja nos séculos futuros.

Porque... não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de Deus (16). Esta previsão aponta para um duplo cumprimento. Primeiro, para a bênção espiritual que Crista e o seu povo desfrutarão juntos como resultado de sua morte próxima. Esta é a herança espiritual de cada verdadeiro seguidor de Jesus Cristo. O segundo e último cumprimento desta previsão é o que poderíamos chamar de “O Grande Banquete Messiânico”, por ocasião da segunda vinda do nosso Senhor. A ceia do Senhor tipifica tanto a festa espiritual quanto o banquete messiânico.

E, tomando o cálice (literalmente, “tendo recebido o cálice”) e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós (17). O Mestre oficia aqui a celebração da festa da Páscoa e não a santa ceia. Barnes está correto ao afirmar que este não era o cálice sacramental, mas um dos cálices compartilhados como parte da celebração da Páscoa.’ O cálice sacramental é aquele mencionado no versículo 20. Aqui, Jesus dá todo o conteúdo do cálice pascal a seus discípulos.

Porque... já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus (18). Esta linguagem é figurada. Jesus está, pela última vez, comendo a páscoa judaica. Antes de outra celebração como esta, ocorrerão a sua morte redentora, a sua ressurreição, e a descida do Espírito Santo no Pentecostes. A páscoa terá sido substituida pela Ceia do Senhor, e o Reino de Deus terá chegado em um sentido novo e glorioso.

Veja, também, os comentários sobre o versículo 16. Para uma discussão a respeito dos versículos 19 e 20, veja os comentários sobreMateus 26.26-29. Para uma discussão a respeito dos versículos 21-23, veja os comentários sobre Mateus 26.20-25.

2. Quem Será o Maior (22.24-30)

E houve também entre eles contenda sobre qual deles parecia ser o maior
(24). Isto era, evidentemente, um debate sobre qual dos discípulos teria a mais elevada posição no reino que eles esperavam que Jesus estabelecesse em um futuro não muito distante. Quase três anos junto de Jesus não haviam purificado os seus corações do egoísmo. 

Este ministério seria desempenhado pelo “santificador”, o Espírito Santo. Nem o espírito de Jesus nem as suas explicações sobre a natureza do Reino haviam sido totalmente compreendidos pelos discípulos. Nem suas profecias sobre a destruição de Jerusalém e os sofrimentos que seus seguidores seriam obrigados a suportar foram suficientes para mudar a noção que tinham sobre o Reino, ou diminuir o ardor que sentiam por posições de destaque.

Embora o relato desta contenda em particular sobre a grandeza relativa entre os apóstolos seja peculiar a Lucas, não há justificativa suficiente para supor, como faz Adam Clarke, que Lucas tenha inserido este relato em uma posição errada em seu Evangelho, Clarke concorda que esta não pode ter sido a disputa anteriormente registrada por Lucas (9.46), e assim conclui que Lucas deveria ter em mente o episódio relatado por Mateus (20.2Oss.) e Marcos (1O.35ss.).

Esta conjectura só seria razoável se o episódio estivesse em desarmonia com o contexto no qual Lucas o insere, ou com a atitude e o nível de compreensão dos apóstolos naquele tempo. Nenhuma dessas condições necessárias é verdadeira.

E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles (25). Nos remos dos gentios, a grandeza era sinônimo de autoridade. E os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Esses tiranos, como Ptolomeu Evérgeta, do Egito, escolhiam o título “Benfeitor”. Este também se aplicava a vários dos imperadores romanos. Em alguns casos, os monarcas de fato mereciam o título; porém, de forma geral, eles eram mais comumente uma maldição ou um flagelo.

Mas não sereis vós assim (26). No Reino de Cristo, a grandeza é mais do que um título e mais do que uma posição ou autoridade. Antes, o maior entre vós seja como o menor. Esperava-se que os mais jovens demonstrassem consideração por aqueles que fossem mais velhos. Esta mesma consideração ou humildade é demonstrada por aquele que é “grande” no reino de Deus. A humildade é uma das maiores qualidades da verdadeira grandeza. E quem governa, como quem serve. Servir deve ser uma marca de distinção: quanto maior o serviço prestado, maior o homem. Todos os cristãos devem ser servos — de Deus e dos seus semelhantes.

Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? (27). Nos dias de
Jesus, a resposta quase universal a esta pergunta teria sido que aquele que estivesse sentado à mesa seria o maior, O servo era um mero escravo. Assim, Jesus responde a sua própria pergunta em termos do conceito predominante de grandeza: Não é quem está à mesa? E quase como se Ele estivesse concordando com a noção popular, porém é contra este conhecimento hipotético que Ele diz: Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve. Jesus está dizendo que servir é um emblema da verdadeira grandeza. Ele também está dizendo que mesmo em um mundo onde a visão oposta é a que vigora, onde a autoridade e a posição são sinais de grandeza, e onde um servo vale quase nada, o cristão deve seguir o caminho do servir. A medida que cada cristão segue este caminho, enxerga as divinas pegadas que mostram que o Mestre passou por ali antes dele.

E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações (28).

Após a gentil repreensão, e após suas instruções corretivas a respeito da verdadeira grandeza, Jesus carinhosamente lembra aos discípulos que eles haviam sido leais a Ele em suas horas de provação. A medida que se tornaram capazes e entenderam, eles tomaram o caminho do servir, O Mestre sabia que o obstáculo restante, a carnalidade, seria removido no Pentecostes.

E eu vos destino o Reino, como meu Pai me destinou (29). Este versículo se refere ao reino espiritual presente, a Igreja, da qual os apóstolos, em breve, seriam os líderes. Apalavra traduzida como destino contém em si a idéia de aliança. Cristo faz um pacto com os seus apóstolos, assim como o Pai fez com Ele. Portanto, os discípulos terão lugares de destaque no Reino, mas com uma diferença que eles não haviam antecipado. Servir a Deus e à humanidade é uma tarefa acompanhada por privações, perseguições e pela morte como um martírio. Mas eles não seriam esquecidos pelo Mestre, a quem os seus serviços seriam prestados com alegria.

Para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel (30).

Isto se refere ao Reino celestial, que incluirá como cidadãos aqueles que foram fiéis às suas responsabilidades espirituais nesta vida. O Mestre usa duas figuras para ilustrar a honra e a recompensa de seus discípulos no Reino celestial.

A primeira figura é o banquete messiânico, uma metáfora favorita entre os judeus. Nesse banquete eles comerão, à mesa do Senhor, as boas coisas do paraíso. A segunda figura é a da realeza: eles se sentarão em tronos, julgando as doze tribos de Israel. Esta linguagem é figurada, mas parece sugerir que, assim como o seu Mestre, eles serão rejeitados pelos judeus e, por fim, se tornarão os maiores entre todos os israelitas.

3. A Negação de Pedro é Profetizada (22.31-34)

Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo (31). Isto é remanescente dos esforços de Satanás para pegar Jó através de seu processo de “cirandar/peneirar”. A seqüência, entretanto, mostra que ele teve mais sucesso com Pedro do que com Jó, embora este sucesso tenha sido apenas temporário. Talvez Satanás estivesse animado por seu sucesso em afastar Judas do Mestre.

Satanás deseja cirandar todos os filhos de Deus, e fará tudo o que puder par provar que eles não são dignos do Mestre. E necessário estar em constante oração para se livrar do “maligno”.

A figura de cirandar como trigo é uma metáfora que seria facilmente compreendida pelos ouvintes de Jesus. Cirandar ou peneirar tem por objetivo remover o joio ou os resíduos do trigo. Satanás peneira por meio da tentação que ele usa para poder nos separar do trigo do Senhor.

Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça (32). O Mestre roga dessa maneira por todos os seus discípulos. As orações são respondidas à medida que a nossa fé é fortalecida. Satanás não foi proibido de tentar Pedro, nem está impedido de nos tentar.

Nessas tentações, a decisão final pela vitória ou derrota deve ser tomada por aquele que é tentado. Mas Cristo não é um espectador neutro deste combate. Nós temos a sua intercessão e também a assistência celestial.

E tu, quando te converteres, confirmas teus irmãos. “Quando você estiver recuperado” ou “quando você voltar” do conflito com Satanás, então ajude a estabelecer os seus irmãos. Jesus sabia pelo que Pedro passaria em breve. Por mais humilhante que fosse o resultado, o Senhor também sabia que Pedro se tornaria mais sábio como resultado da experiência, e que seria capaz de ajudar a sua Igreja e impedir que seus servos caíssem como vítimas de uma tentação semelhante. Para uma discussão a respeito dos versículos 33 e 34, veja os comentários sobre Mateus 26.31-35.


OS ELEMENTOS DA SANTA CEIA

São elementos da Santa Ceia 0 pão e o vinho por representarem, respectivamente, o corpo e o sangue do Senhor Jesus.

O pão. Por ser este alimento o símbolo da vida, Jesus assim identificou-se aos seus discípulos:“Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede” (Jo 6.35).

Por conseguinte, quando o pão e partido, na celebração da Ceia, vem-nos a memória. O sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.

O vinho. Identificado na Bíblia como “fruto da vide” e “cálice do Senhor” (Mt 26.29; 1 Co 11.27), o vinho na Ceia lembra-nos o sangue de Cristo vertido na cruz para redimir a todos os filhos de Adão:“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vá maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com 0 precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (l Pe 1. 18,19). Portanto, O pão e O vinho são, biblicamente, o memorial do Calvário; representam o corpo e o sangue de Cristo, oferecidos por Ele como sacrifício expiatório para redimir-nos de nossos pecados. E a explicita profunda e confortadora simbologia das Sagradas Escrituras.

CONCLUSÃO:

1. A Santa Ceia não é mero símbolo: É o coração de nossa caminhada cristã.

2. A Santa Ceia é uma instituição de Cristo à Sua igreja: Desde o Calvário até as nuvens.

3. A Santa Ceia é um emblema profético: Volta de Jesus profetizada na cerimônia mais sagrada


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA


Lucas – Comentário Bíblico Beacon

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