A ULTIMA
CEIA
TEXTO AUREO =
Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim
como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nos.
( 1 Cor 5.7 )
VERDADE
PRATICA
= A Pascoa comemorava a libertação do Egito. A Ceia do Senhor celebra a
libertação do pecado.
LEITURA
BIBLICA = Lucas 2.27-20
I N T R O D
U Ç Ã O
A
Festa da Páscoa, a primeira das grandes Festas judaicas mencionadas na Bíblia,
é observada e comemorada pelos judeus mais do que qualquer outra Festa do
calendário judaico. Não é difícil de explicar por que os judeus se sentem
atraídos pela Páscoa, pois as raízes da Festa, na história judaica, são
profundas. A Páscoa celebra a saída dos filhos de Israel da servidão egípcia. A
Páscoa, no hebraico Pesah, junto com a Festa das Semanas Chag há-Shavuót e a
Festa dos Tabernáculos ou Cabanas Chag há-Sucót, é uma das três Grandes Festas
ordenadas na Bíblia (Deut 16.1-17).
Originalmente,
a Páscoa era dividida em duas Festas. Uma era a Festa Agrícola chamada «Festa
do Pão Sem Fermento» hebChag há-Matsót; a outra era uma Festa pastoral chamada
«Festa do Cordeiro Pascal» hebChag há-Pesah. Ambos os feriados se desenvolviam
independentemente na época da primavera, durante o mês de Nisã (março/abril).
A
Festa do Cordeiro Pascal é a Festa mais antiga das duas. Nos tempos em que a
maioria dos judeus ainda era formada de pastores nômades no deserto, as
famílias judaicas comemoravam a chegada da primavera oferecendo o sacrifício de
um animal. Neste ponto da Bíblia Moisés pede a Faraó que deixe os filhos de
Israel irem até o deserto para celebrarem uma Festa a Yahweh (Êx 5.1). Este
episódio aconteceu o efetivo Êxodo dos judeus do Egito.
A
Festa do Pão Asmo era uma Festa Agrícola primaveril separada na qual os
camponeses judeus de Israel celebravam começo da colheita de grãos. Antes de
cortar os grãos, eles separavam toda a massa azedada (a massa fermentada era
usada, em vez de levedura, para levedar o pão). Com o tempo, estas duas Festas da primavera
ficaram associadas com o outro evento ocorrido na primavera: «O Êxodo do
Egito». A Bíblia apresenta estas celebrações de primavera da seguinte forma:
1) A Festa
do Cordeiro Pascal, tornou-se identificada com os acontecimentos do Egito, quando
Jeová «passou por cima» das casas dos Filhos de Israel, poupando-os da décima
praga, «a morte do primogênito de cada família egípcia» (Ex 12.25-27).
2) A Festa
do Pão Asmo (sem fermento), conhecida antes da experiência judaica no Egito, foi ligada à repentina
saída dos Filhos de Israel do Egito, quando «levou o povo a sua massa antes que
estivesse levedada » (Êx 12.34; 23.15).
Estas
duas Festas que eram celebradas antes do Êxodo, portanto, adquiriram na saída
dos
Filhos de Israel do Egito, uma significação religiosa totalmente nova;
exprimem a salvação trazida ao povo de Israel por Yahweh Deus, como explica a
instrução que acompanha a Festa (Êx 12.25-27; 13.8).
CONTEXTO
HISTORICO SOBRE A PASCOA JUDAICA
Aproximadamente
430 anos se passaram desde que Yahweh falara a Abraão (Gên 15.13-16; Êx 12.40,
41), dizendo que sua descendência seria peregrina, sob a servidão e aflição. As
Suas promessas, contudo, não falham, pois Ele vela pela Sua Palavra para
cumpri-la (Jer 1.12). A peregrinação no Egito começou com a descida de Jacó e
seus filhos. Um dos filhos de Jacó, José, tornou-se governador do Egito, e,
durante o seu governo os hebreus não sofreram nenhum tipo de agravo ou
sofrimento. Mas, «depois do falecimento de José e de seus irmãos e de toda
aquela geração; levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a
José» (Êx 1.6-8). A partir de então os egípcios começaram a afligir os
israelitas, e a tratá-los com dureza (Êx 1.11-14).
Quando
os sofrimentos dos filhos de Israel estavam sendo insuportáveis, então clamaram
ao Seu Deus, e os seus clamores subiram aos céus por causa de sua servidão (Êx
2.23). Yahweh interveio em favor de Seu povo, chamando Moisés, que após 40 anos
de preparo no deserto apascentando ovelhas, foi enviado diante de Faraó para
que começasse a libertação do Seu povo do Egito (Êx 3-4). Em obediência ao
chamado de Yahweh, Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem
divina: «Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto» (Êx
5.1). Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte de Yahweh,
Moisés, mediante o poder de Yahweh, invocou pragas como julgamento contra o
Egito.
No
decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas a
seguir, voltava atrás, uma vez a praga suspendida. Soou a hora da décima e
derradeira praga, aquela que não deixava aos egípcios nenhuma alternativa senão
a de lançar os israelitas. Yahweh disse a Moisés: À meia-noite eu sairei pelo
meio do Egito; e todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o
primogênito de Faraó, que se assenta com ele sobre o seu trono, até ao
primogênito da serva que está detrás da mó, e todo primogênito dos animais.
E
haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve semelhante e
nunca haverá (Êx 11.4-6).
A PASCOA
INSTITUIDA NO EGITO
A
Páscoa foi instituída na noite em que ocorreu o Êxodo do Egito. A primeira
Páscoa (isto é, com um novo significado) foi celebrada na Lua Cheia, no final
do dia 14 do mês de Abibe; aproximadamente no ano de 1445 a.C. Dali em diante
deveria ser celebrada anualmente (Êx 12.14, 17-24). A Páscoa instituída por
Yahweh no Egito foi acompanhada por leis que regiam a sua observância.
Cada
família devia escolher um cordeiro ou cabrito sem defeito, sem mácula, com a
idade de «um ano». Tinha que ser o melhor cordeiro ou cabrito; o animal
escolhido não podia ter defeitos. O fato de ter «um ano» de idade era
requerido, tendo em vista a sua inocência, não podia ser um animal de qualquer
idade (Êx 12.5). O cordeiro era levado para dentro de casa no dia 10 de Abibe,
e mantido ali até o dia 14 do mesmo mês. Período, durante o qual era observado
pela família que iria sacrificá-lo, caso não possuísse algum defeito o animal
era então sacrificado (Êx 12.3, 6). Além de uma escolha cuidadosa do animalzinho
no campo, o tal ainda era tomado da sua mãe e, levado pela família que iria
sacrificá-lo, para confirmar a sua escolha; não podia haver erro ou engano na
escolha. - O cordeiro (ou cabrito) após ser imolado o seu sangue (não podia ser
desperdiçado, tinha grande valor e significado para os israelitas) era
aspergido com um molho de hissopo nas ombreiras (partes verticais da porta) e
na verga da porta (parte horizontal sobre as ombreiras) da casa em que comeriam
o cordeiro (Êx 12.7, 22). Observa-se; que o sangue não poderia ser aplicado em
mais nenhum outro lugar, nem na soleira da porta, onde poderia ser pisado.
O
sangue nas ombreiras e na verga da porta era o sinal que identificava a casa
dos hebreus dos egípcios. Pois, o Senhor Yahweh havia falado a Moisés, seu
servo em Êxodo 12.12, 13; «E eu passarei pela terra do Egito esta noite e
ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até os animais; e
sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou Yahweh. E aquele sangue vos
será por sinal nas casas em que estiverdes: vendo eu sangue, passarei por cima
de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do
Egito».
À morte dos primogênitos era um desafio consumado em juízo sobre os
falsos deuses egípcios. Porque quase todos os deuses do Egito eram semelhantes
a algum animal, com feições humanas. Logo, a morte do primogênito de cada tipo
de animal mostraria a falibilidade e a impotência das divindades pagãs que
haveriam de protegê-los.
A PASCOA
CELEBRADA NA TERRA PROMETIDA
Depois
dos filhos de Israel terem se fixados na Terra Prometida, certas mudanças foram
feitas e vários acréscimos vieram a existir na celebração da Páscoa. A Páscoa
realizada no Egito foi uma Páscoa Histórica, e, está relacionada à décima praga
e ao Êxodo de Israel do Egito (Êx 12).
Naquela
ocasião, os israelitas foram instruídos a aplicar o sangue de um cordeiro, ou
de um cabrito, às ombreiras e à verga de suas portas, como sinal que lhe
asseguraria segurança se ficassem em casa (Êx 12.22,23).
Quando
os israelitas se instalaram na Terra Prometida não foi mais preciso aspergir o
sangue, como da primeira Páscoa. Pois, as futuras Festas da Páscoa a serem
realizadas depois do Êxodo, foram sacrifícios comemorativos sendo que o
sacrifício inicial no Egito, foi um sacrifício eficaz. - Os israelitas também
deixaram de comer a Ceia Pascal em pé, ou preparados para uma longa jornada,
não mais precisavam ter pressa, pois, já estavam na Terra que o Deus lhes
prometera. Na Páscoa inicial (no Egito), não houve tempo de fazer a Festa dos
Pães Asmos, somente foi comunicada ao povo para que fosse observada quando
houvesse entrado em Canaã (Êx 12.14-20). Festa dos Pães
Asmos e o Vinho usado na ceia pascal
O REGISTRO
BIBLICO SOBRE AS CELEBRAÇÕES PASCAIS
A Bíblia nos
fornece relatos diretos de Páscoas que foram celebradas durante a história de
Israel.
No Antigo
Testamento
1)
Páscoa celebrada no Egito (Êxodo 12).
2)
Celebrada no deserto do Sinai, segundo ano da saída dos filhos de Israel do
Egito (Núm 9.1-14).
3)
Celebrada quando chegaram à Terra Prometida, em Gilgal (Josué 5.10).
4)
Celebrada no ano primeiro do reinado do rei Ezequias, de Judá (2 Crônicas 30).
5)
Celebrada nos dias de Josias, rei de Judá (2 Crôn 35.1-19).
6)
Celebrada depois do retorno do exílio babilônico (Esdras 6.19-22).
Além
dessas celebrações citadas, faz-se menção das Páscoas realizadas nos dias do
profeta Samuel e nos dias dos reis, veja em 2 Crônicas 35.18.
No Novo
Testamento
1)
A Páscoa celebrada no início do ministério público de Jesus Cristo (João
2.13-25).
2)
Registrada em João 5.1, uma festa dos judeus, possivelmente a Páscoa.
3)
Registrada em João 6.4, também possivelmente a Páscoa.
4)
A Última Páscoa que Jesus participou com os apóstolos, na noite em que foi
traído e preso (Mat 26.20,21; Marc 14.17,18; Luc 22.14,15,18).
Só
se menciona uma celebração da Páscoa durante a peregrinação dos filhos de
Israel no deserto, por 40 anos. Aquela que foi celebrada no deserto do Sinai,
no segundo ano da partida dos filhos de Israel do Egito (Núm 9.1-14)
A
guarda da Páscoa durante a peregrinação no deserto foi limitada por duas
razões:
Primeiro: As
instruções originais do Senhor Jeová, eram que a Páscoa tinha de ser observada
quando chegassem à Terra da Promessa (Êx 12.25; 13.5).
Segundo: Todos os
nascidos no deserto não foram circuncidados, ao passo que todos os
participantes varões, da Páscoa, tinham que estar circuncidados (Êx 12.45-49;
Js 5.5).
A ÚLTIMA
CEIA
1. A Ceia do
Senhor é Instituída e a Traição é Predita (22.14-23)
E,
chegada a hora, (14) refere-se à hora da Páscoa — a hora de comer o cordeiro
pascal, que era ao anoitecer, ao pôr-do-sol. Ele pôs-se à mesa (literalmente,
“reclinou-se”) e, com ele, os doze. Ele e os seus doze apóstolos se reclinaram
juntos ao redor da mesa onde a refeição pascal estava servida.
E
disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça (15).
Esta é uma forma hebraica que significa: “Eu desejei grandemente comer a Páscoa
com vocês, etc”. Observe a tradução precisa de Lucas, do original aramaico ao
grego, das exatas palavras de Jesus.
Este
forte desejo brotava de duas fontes. Jesus sentia a ansiedade normal e humana
por estes preciosos últimos momentos de comunhão com os companheiros a quem
amava, antes que a morte o separasse deles. Ele também conhecia a importância
espiritual que este anoitecer teria para a Igreja nos séculos futuros.
Porque...
não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de Deus (16). Esta previsão
aponta para um duplo cumprimento. Primeiro, para a bênção espiritual que Crista
e o seu povo desfrutarão juntos como resultado de sua morte próxima. Esta é a
herança espiritual de cada verdadeiro seguidor de Jesus Cristo. O segundo e
último cumprimento desta previsão é o que poderíamos chamar de “O Grande
Banquete Messiânico”, por ocasião da segunda vinda do nosso Senhor. A ceia do
Senhor tipifica tanto a festa espiritual quanto o banquete messiânico.
E,
tomando o cálice (literalmente, “tendo recebido o cálice”) e havendo dado graças,
disse: Tomai-o e reparti-o entre vós (17). O Mestre oficia aqui a celebração da
festa da Páscoa e não a santa ceia. Barnes está correto ao afirmar que este não
era o cálice sacramental, mas um dos cálices compartilhados como parte da
celebração da Páscoa.’ O cálice sacramental é aquele mencionado no versículo
20. Aqui, Jesus dá todo o conteúdo do cálice pascal a seus discípulos.
Porque...
já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus (18). Esta
linguagem é figurada. Jesus está, pela última vez, comendo a páscoa judaica.
Antes de outra celebração como esta, ocorrerão a sua morte redentora, a sua
ressurreição, e a descida do Espírito Santo no Pentecostes. A páscoa terá sido
substituida pela Ceia do Senhor, e o Reino de Deus terá chegado em um sentido
novo e glorioso.
Veja,
também, os comentários sobre o versículo 16. Para uma discussão a respeito dos
versículos 19 e 20, veja os comentários sobreMateus 26.26-29. Para uma
discussão a respeito dos versículos 21-23, veja os comentários sobre Mateus
26.20-25.
2. Quem Será
o Maior (22.24-30)
E
houve também entre eles contenda sobre qual deles parecia ser o maior
(24).
Isto era, evidentemente, um debate sobre qual dos discípulos teria a mais
elevada posição no reino que eles esperavam que Jesus estabelecesse em um
futuro não muito distante. Quase três anos junto de Jesus não haviam purificado
os seus corações do egoísmo.
Este ministério seria desempenhado pelo
“santificador”, o Espírito Santo. Nem o espírito de Jesus nem as suas
explicações sobre a natureza do Reino haviam sido totalmente compreendidos
pelos discípulos. Nem suas profecias sobre a destruição de Jerusalém e os
sofrimentos que seus seguidores seriam obrigados a suportar foram suficientes
para mudar a noção que tinham sobre o Reino, ou diminuir o ardor que sentiam
por posições de destaque.
Embora
o relato desta contenda em particular sobre a grandeza relativa entre os
apóstolos seja peculiar a Lucas, não há justificativa suficiente para supor,
como faz Adam Clarke, que Lucas tenha inserido este relato em uma posição
errada em seu Evangelho, Clarke concorda que esta não pode ter sido a disputa
anteriormente registrada por Lucas (9.46), e assim conclui que Lucas deveria
ter em mente o episódio relatado por Mateus (20.2Oss.) e Marcos (1O.35ss.).
Esta
conjectura só seria razoável se o episódio estivesse em desarmonia com o
contexto no qual Lucas o insere, ou com a atitude e o nível de compreensão dos
apóstolos naquele tempo. Nenhuma dessas condições necessárias é verdadeira.
E ele lhes
disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles (25). Nos remos
dos gentios, a grandeza era sinônimo de autoridade. E os que têm autoridade
sobre eles são chamados benfeitores. Esses tiranos, como Ptolomeu Evérgeta, do
Egito, escolhiam o título “Benfeitor”. Este também se aplicava a vários dos
imperadores romanos. Em alguns casos, os monarcas de fato mereciam o título;
porém, de forma geral, eles eram mais comumente uma maldição ou um flagelo.
Mas não
sereis vós assim (26). No Reino de Cristo, a grandeza é mais do que um título e mais do
que uma posição ou autoridade. Antes, o maior entre vós seja como o menor.
Esperava-se que os mais jovens demonstrassem consideração por aqueles que
fossem mais velhos. Esta mesma consideração ou humildade é demonstrada por aquele
que é “grande” no reino de Deus. A humildade é uma das maiores qualidades da
verdadeira grandeza. E quem governa, como quem serve. Servir deve ser uma marca
de distinção: quanto maior o serviço prestado, maior o homem. Todos os cristãos
devem ser servos — de Deus e dos seus semelhantes.
Pois qual é
maior: quem está à mesa ou quem serve? (27). Nos dias de
Jesus,
a resposta quase universal a esta pergunta teria sido que aquele que estivesse
sentado à mesa seria o maior, O servo era um mero escravo. Assim, Jesus
responde a sua própria pergunta em termos do conceito predominante de grandeza:
Não é quem está à mesa? E quase como se Ele estivesse concordando com a noção
popular, porém é contra este conhecimento hipotético que Ele diz: Eu, porém,
entre vós sou como aquele que serve. Jesus está dizendo que servir é um emblema
da verdadeira grandeza. Ele também está dizendo que mesmo em um mundo onde a
visão oposta é a que vigora, onde a autoridade e a posição são sinais de
grandeza, e onde um servo vale quase nada, o cristão deve seguir o caminho do
servir. A medida que cada cristão segue este caminho, enxerga as divinas
pegadas que mostram que o Mestre passou por ali antes dele.
E vós sois
os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações (28).
Após
a gentil repreensão, e após suas instruções corretivas a respeito da verdadeira
grandeza, Jesus carinhosamente lembra aos discípulos que eles haviam sido leais
a Ele em suas horas de provação. A medida que se tornaram capazes e entenderam,
eles tomaram o caminho do servir, O Mestre sabia que o obstáculo restante, a
carnalidade, seria removido no Pentecostes.
E eu vos
destino o Reino, como meu Pai me destinou (29). Este
versículo se refere ao reino espiritual presente, a Igreja, da qual os
apóstolos, em breve, seriam os líderes. Apalavra traduzida como destino contém
em si a idéia de aliança. Cristo faz um pacto com os seus apóstolos, assim como
o Pai fez com Ele. Portanto, os discípulos terão lugares de destaque no Reino,
mas com uma diferença que eles não haviam antecipado. Servir a Deus e à
humanidade é uma tarefa acompanhada por privações, perseguições e pela morte
como um martírio. Mas eles não seriam esquecidos pelo Mestre, a quem os seus
serviços seriam prestados com alegria.
Para
que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos assenteis sobre tronos,
julgando as doze tribos de Israel (30).
Isto
se refere ao Reino celestial, que incluirá como cidadãos aqueles que foram
fiéis às suas responsabilidades espirituais nesta vida. O Mestre usa duas
figuras para ilustrar a honra e a recompensa de seus discípulos no Reino
celestial.
A
primeira figura é o banquete messiânico, uma metáfora favorita entre os judeus.
Nesse banquete eles comerão, à mesa do Senhor, as boas coisas do paraíso. A
segunda figura é a da realeza: eles se sentarão em tronos, julgando as doze
tribos de Israel. Esta linguagem é figurada, mas parece sugerir que, assim como
o seu Mestre, eles serão rejeitados pelos judeus e, por fim, se tornarão os
maiores entre todos os israelitas.
3. A Negação
de Pedro é Profetizada (22.31-34)
Disse
também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como
trigo (31). Isto é remanescente dos esforços de Satanás para pegar Jó através
de seu processo de “cirandar/peneirar”. A seqüência, entretanto, mostra que ele
teve mais sucesso com Pedro do que com Jó, embora este sucesso tenha sido
apenas temporário. Talvez Satanás estivesse animado por seu sucesso em afastar
Judas do Mestre.
Satanás
deseja cirandar todos os filhos de Deus, e fará tudo o que puder par provar que
eles não são dignos do Mestre. E necessário estar em constante oração para se
livrar do “maligno”.
A
figura de cirandar como trigo é uma metáfora que seria facilmente compreendida
pelos ouvintes de Jesus. Cirandar ou peneirar tem por objetivo remover o joio
ou os resíduos do trigo. Satanás peneira por meio da tentação que ele usa para
poder nos separar do trigo do Senhor.
Mas eu
roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça (32). O Mestre
roga dessa maneira por todos os seus discípulos. As orações são respondidas à
medida que a nossa fé é fortalecida. Satanás não foi proibido de tentar Pedro,
nem está impedido de nos tentar.
Nessas
tentações, a decisão final pela vitória ou derrota deve ser tomada por aquele
que é tentado. Mas Cristo não é um espectador neutro deste combate. Nós temos a
sua intercessão e também a assistência celestial.
E tu, quando
te converteres, confirmas teus irmãos. “Quando você estiver recuperado” ou “quando
você voltar” do conflito com Satanás, então ajude a estabelecer os seus irmãos.
Jesus sabia pelo que Pedro passaria em breve. Por mais humilhante que fosse o
resultado, o Senhor também sabia que Pedro se tornaria mais sábio como
resultado da experiência, e que seria capaz de ajudar a sua Igreja e impedir
que seus servos caíssem como vítimas de uma tentação semelhante. Para uma
discussão a respeito dos versículos 33 e 34, veja os comentários sobre Mateus
26.31-35.
OS ELEMENTOS
DA SANTA CEIA
São
elementos da Santa Ceia 0 pão e o vinho por representarem, respectivamente, o
corpo e o sangue do Senhor Jesus.
O pão. Por ser
este alimento o símbolo da vida, Jesus assim identificou-se aos seus
discípulos:“Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem
crê em mim nunca terá sede” (Jo 6.35).
Por
conseguinte, quando o pão e partido, na celebração da Ceia, vem-nos a memória.
O sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em
resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
O vinho.
Identificado na Bíblia como “fruto da vide” e “cálice do Senhor” (Mt 26.29; 1
Co 11.27), o vinho na Ceia lembra-nos o sangue de Cristo vertido na cruz para
redimir a todos os filhos de Adão:“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis,
como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vá maneira de viver que, por
tradição, recebestes dos vossos pais, mas com 0 precioso sangue de Cristo, como
de um cordeiro imaculado e incontaminado” (l Pe 1. 18,19). Portanto, O pão e O
vinho são, biblicamente, o memorial do Calvário; representam o corpo e o sangue
de Cristo, oferecidos por Ele como sacrifício expiatório para redimir-nos de
nossos pecados. E a explicita profunda e confortadora simbologia das Sagradas
Escrituras.
CONCLUSÃO:
1. A Santa
Ceia não é mero símbolo: É o coração de nossa caminhada cristã.
2. A Santa
Ceia é uma instituição de Cristo à Sua igreja: Desde o
Calvário até as nuvens.
3. A Santa
Ceia é um emblema profético: Volta de Jesus profetizada na cerimônia mais
sagrada
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lucas
– Comentário Bíblico Beacon
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