JESUS
ESCOLHE SEUS DISCÍPULOS
Texto Áureo =“E
qualquer que não Levara sua cruz e não vier após mim não pode ser meu
discípulo. “(Lc 14.27)
Verdade Prática = O
chamado para a salvação é de graça, mas o discipulado tem custos.
LEITURA
BIBLICA = Lc 5.1-11 = Lucas 14.25-35
INTRODUÇÃO
Fundo
histórico. Bem cedo no ministério de Jesus as multidões começaram a
afluir em torno dele, alguns motivados pelos milagres que Ele operava. A
maioria, porém, procurava-o por causa do seu ensino. Era conhecido como o
"Mestre" ou "Rabi". Durante o seu ministério, Ele chamou
certos homens para serem seus discípulos em sentido especial, para poderem
aprender com Ele e acompanhá-la em suas viagens. Entre os primeiros a serem assim
selecionados encontramos estes quatro jovens pescadores no Mar da Galiléia:
Pedra, André, Tiago, e João. Durante o primeiro ano do seu ministério esses
discípulos acompanhavam-no periodicamente, mas continuavam a morar em suas
casas. No princípio do segundo ano, Ele os chamou para abandonarem suas redes e
acompanhá-lo em todas as suas viagens. Ele os faria "pescadores de
homens" (Mt 4.18-22; Mc 1.16-20). Mas, tendo visitado algumas das vilas da
Galiléia, voltaram a Cafarnaum e à sua ocupação secular - a pesca.
Nota
geográfica. Na Bíblia, o Mar da Galiléia leva vários nomes.
O nome Mar da Galiléia foi dado porque suas águas banhavam o lado oriental da
província da Galiléia.
Era conhecido como o Lago de
Quinerete (Dt 3.17; Nm 34.11; Js 13.27), por causa de sua configuração ser em
forma de harpa. "Quinerete" em hebraico significa "harpa".
É conhecido como Lago de
Genesaré, devido à sua proximidade à planície de Genesaré situada a noroeste.
Também é conhecido como o Mar
de Tiberíades, por situar-se à sua margem a cidade de Tiberíades, que era a
capital da Galiléia desde a sua fundação até o tempo de Herodes Agripa. (O nome
Tiberíades era uma homenagem ao imperador romano Tibério I, que se manteve no
poder de 14 a 37 d.C.)
O lago, que mede cerca de 20 km
de comprimento por 10 Km de largura, recebe as águas do rio Jordão, ao norte.
Ao sul as águas seguem pelo mesmo rio, em direção ao Mar Morto. É situado cerca
de 100 Km ao norte de Jerusalém e está colocado qual jóia de cor azul celeste
na superfície da terra, aproximadamente 200 m abaixo do nível do mar. A
profundeza da água varia de 25 a 50 metros. Há abundância de peixe, e até hoje
se vêem pescadores, como Pedro e seus sócios exercendo a profissão.
Por causa de sua proximidade
com as correntezas de ar muito frio procedentes do monte Líbano e do monte
Hermom, que colidem com o ar quente que vem do deserto, o Mar da Galiléia
muitas vezes sofre violentas tempestades, como essas que a Bíblia descreve.
O historiador Flávio Josefo
informa que no seu tempo (o tempo de Cristo) existiam nas margens desse lago
dez cidades com uma população de pelo menos 15.000 habitantes cada uma. Foi
nesta região que Jesus viu "as multidões, e compadeceu-se delas...” (Mt
9.36).
OS PESCADORES ATAREFADOS (Lc 5.1,2)
1.
Ganhar almas, o melhor trabalho. Enquanto as multidões
comprimiam-se em torno de Jesus, desejosas de ouvir a Palavra de Deus, um pouco
mais à frente, na praia, vemos alguns dos discípulos atarefados com a lavagem
das redes, trabalho necessário para cuidar bem da sua indústria. Talvez alguém
os criticasse como sendo inatenciosos à Palavra do Mestre. Mas J não se
importou com isso. S a Cristo não significa deixar totalmente de lado os
afazeres cotidianos. A Bíblia ensina-n sermos fiéis também com asas responsabilidades,
emprego, família, cuidados dom etc., mesmo em tempos de grande avivamento.
Jesus nos ordena fidelidade em tudo. Os fiéis pastores de ovelhas viram os
anjos na noite do primeiro Natal. Assim Jesus escolheu homens ao trabalho que
faziam pescadores ou como funcionário de alfândega, para serem discípulos.
2.
Para o seu trabalho Deus chama homens que batalham.
Examinando os evangelhos, notamos que Jesus escolheu nenhum homem ocioso. Nem
tampouco escolheu algum que "esperava ser chamado' nosso dever é buscar
primeiramente o reino de Deus, isto buscar o Rei para a nossa vi buscar a sua
justiça (Mt 6.33 todos nós é dada a promessa receber poder para testificar
Jesus (At 1.8). Mas, se Jesus nos chamar
para alguma obra especial, isso é com Ele (Jo 15.16). Jesus lança mão de
certos homens para servirem à Igreja
"dons ou com o exercício ministério específico, como se em Ef 4.8-11:
"E ele mesmo uns para apóstolos, e outros p profetas, e outros para
evangelizar tas, e outros para pastores e doutores". E de todos eles Deus
espera a máxima fidelidade.
Ponto
doutrinário. interessante notar como a multidão apertava
Jesus "para ouvir a lavra de Deus" (Lc 5.1). Há m tas razões por que
o povo de D atribui tanta importância vir a Palavra do Senhor.
A Bíblia é verdadeira 119.160;
Jo 17.17). Ela é perfeita (SI 19.7), viva e eficaz (Hb 4.12), pura (SI 12.6), e
preciosa (SI 19.10).
Quando a Palavra é recebida,
podemos esperar os seguintes resultados:
a. A regeneração ( Tg 1.18; 1
Pe 1.23).
b. A fé que é produzida no coração
do crente, e que o faz obediente às Escrituras. João disse que escreveu o seu
Evangelho, a fim de produzir a fé (Jo 20.31). Paulo opinou que "a fé vem
pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo" (Rm 10.17).
c. A santificação do crente,
que é produzida pelas Escrituras (Jo 17.17; Ef 5.26). Tanto o coração (Jo 15.3)
como o caminho (SI 119.9) do crente são purificados pela Palavra.
d. O crescimento na graça
resulta da Palavra (1 Pe 2.2) ..
e. A Palavra de Deus também
produz o verdadeiro gozo (SI 19.8; 119.111).
O MARAVILHOSO MESSTRE (Lc 5.3-9)
1.
O poder da palavra de Cristo (Lc 5.3-7). Devido à enorme multidão que
se ajuntara Jesus entrou no barco de Simão Pedro e pediu-lhe que se afastasse
um pouco da praia. Jesus então sentou-se e continuou a ensinar o povo. Tendo
terminado, Ele pediu a Pedro que saísse ao alto mar e lançasse as suas redes,
para apanhar peixes.
Costume
antigo. Empregavam três métodos de pescar:
a. Lançar redes da praia ou de
perto da praia.
b. Lançar redes dos barcos que
estariam em movimento.
c. O uso de anzóis. (Até hoje
costumam pescar durante a noite no Mar da Galiléia.)
Pedro, que havia trabalhado a
noite toda, e sem resultado, não considerou razoável esta ordem de Jesus.
Estava cansado e realmente não queria tentar novamente apanhar peixe quando
evidentemente não era um momento próprio para isso. Também Pedro poderia estar
pensam do assim: "Que é que um carpinteiro de Nazaré pode saber de
pescaria neste Mar da Galiléia, Será que ele conhece os hábito do peixe melhor
do que nós, pro· fissionais no assunto?"
Nota
sobre pescar à noite. Segundo os profissionais, o melhor tempo para a
pesca com rede era durante a noite escura; e o tempo mais desfavorável era de
manhã quando o brilho do sol atrapalhava a pescaria. Contudo, mesmo com a hora
desfavorável, e Pedro e seus companheiros bem exaustos após uma noite de
trabalho infrutífero, este grupo de pescadores, liderado por Pedro, obedeceu à
ordem de Jesus.
Durante este ano de convivência
com Jesus, Pedro chegou a conhecer o Mestre. Amava-o e confiava nele. Viu Jesus
fazer coisas impossíveis ao homem natural. Assim, confiando na Palavra de
Cristo, Pedro saiu para o alto mar e lançou as redes. Isto significava que a
sua confiança estava em Jesus e não nas circunstâncias presentes.
Por sua confiança e obediência
à voz do Mestre, Pedro demonstrou o espírito que Noé tiinha ao construir a arca
em terra seca, e o mesmo espírito que Moisés também demonstrou ao levantar a
sua vara sobre o Mar Vermelho, esperando que Deus abrisse caminho onde caminho
não existia.
O resultado foi que os
pescadores apanharam uma grande multidão de peixes, de forma que a rede estava
para se romper. Assustados, Pedro e seu irmão André fizeram sinal aos seus
sócios, Tiago e João, pedindo que trouxessem outro barco e os ajudassem. Mesmo
assim, tão grande era o número de peixes que os dois barcos quase iam a pique.
Claramente o contexto desta
lição nos ensina lições preciosas sobre a tarefa de "pescar as al
mas" para Jesus. Não podemos nos contentar com o conforto e o luxo duma
igreja "na praia"! A ordem do Mestre_ é sair para o "alto
mar", às "águas profundas e perigosas" até, em direção à
humanidade necessitada! Lá estão os "peixes"! Mas devemos obedecer à
ordem de Cristo e depender exclusivamente de sua Palavra. Enquanto Pedro seguia
a sua orientação como pescador profissional, confiante na sua própria força,
nada apanhou. Mas quando saiu com aquela simples fé em Jesus, os resultados
foram surpreendentes.
Contudo, isto não quer dizer
que Pedro não trabalhou. Sim, ele e seu irmão André tiveram que remar para o
alto mar. Remar é trabalho! Tiveram que lançar a rede, e isto também é
trabalho! Os peixes não pularam para dentro do barco de Pedro! Tiveram que
trabalhar ao puxar a rede e isso foi que deu trabalho como nunca!
Vemos Pedro e André bem suados!
Tiveram de pedir a ajuda dos companheiros. Os resultados vieram porque o Senhor
estava operando com eles. O apóstolo Paulo assim disse: “Eu plantei, Apoio
regou; mas Deus deu o crescimento" (1 Co 3.6-9). Os obreiros são
simplesmente coopera dores com Deus.
2.
Assombrados e humilhados (Lc 5.8,9). Nos primeiros momentos, Pedro
estava tão ocupado, que mal pôde compreender aquilo que havia acontecido. Mas,
vendo os barcos cheios de peixes, e compreendendo que era exclusivamente obra
de Jesus, Pedro prostrou-se aos pés do Senhor, dizendo: "Senhor,
ausenta-te de mim (deixa o barco e deixa-me sozinho), que sou um homem
pecador" (Lc 5.8). Pedro e os seus companheiros estavam todos grandemente
admirados com o acontecimento inesperado, e até assombrados com tal milagre.
Também agora foi Pedro, como geralmente acontecia que se tornou o porta-voz da
opinião de todos.
Entendendo
a atitude Pedro. Quando Pedro deparou com aquela enorme multidão
peixes, ele sentiu-se muito in no para estar na companhia Cristo (Lc 5.8,9).
"Simão Pedro era um homem ardoroso,
impulsivo, e voto a seu Mestre. Estava sempre tão pronto a confessar Mestre a
sua falta de dignidade como antes havia declarado sua devoção a Ele. Agora está
compreendendo como fora incrédulo, e como não quisera obedecer à ordem de
Cristo a lançar redes. Esta incredulidade consistia em pecado e, assim, a
confessou. A pesca maravilhosa c venceu-o do seu pecado. Muitas vezes Deus usa
os acontecimentos providenciais para nos convencer da nossa incredulidade do
nosso pecado. Pedro disse: ... sou pecador" (v.8). "A palavra grega
por ele usada é ‘aner’ (homem pecador), palavra indica, não os homens em geral
(como indica a palavra 'anthropos'), mas um certo homem, era ele! Pedro
sentiu-se o pecador de todos os homens. Tanto ele sentiu esta emoção pediu que
Jesus se afastasse dele. Sentia-se pecador demais para estar na presença de
alguém tão verdadeiro como seu Mestre. (Cf. a palavra Isaías ao ser-lhe
revelada a gloria do trono de Deus: Ai de mim! 6.5). Jó também assim se
expressou sou, dizendo: 'Por isso me a mino ... '" (Jó 42.6.), disse Ed W.
Rice.
OS DISCÍPULOS COMISSIONADOS (Lc 5.10,11)
1.
Pedro reanimado e c mado (Lc 5.10). Jesus imediatamente disse a
Pedro: "Não temas!" Esta palavra foi para demais assombrados. Jesus
tão lembrou a Pedra a obra p a qual ele já fora chama Usando a linguagem dos
pesca dores, bem conhecida por Pedra, Jesus o chamou para ser "pescador de
homens". Observamos aqui que a palavra "pescador" (v. 10), no
grego, é "zogreu" e significa "apanhar vivos. Pedra foi chamado
para "apanhar vivos" os homens, que estavam "mortos" em
ofensas e pecados (Ef 2.1), a fim de levá-las "vivos" para a vida
eterna.
A mesmo palavra
"zogreu" é usada em 2 Tm 2.26 onde fala dos homens
"apanhados" por Satanás, que os conduz à morte eterna. Cooperemos
então com Jesus, apanhando os homens para serem salvos eternamente, como o fez
Pedra. Vamos evitar qualquer cooperação com o Diabo que unicamente quer destruir,
roubar e matar.
2.
Obedecida à chamada (Lc 5.11). Os discípulos nesta altura dos
eventos compreenderam que Jesus agora os chamava para uma vida ainda mais
chegada à sua pessoa. Até este ponto moravam em suas casas e seguiam a Jesus
periodicamente em suas viagens pelas redondezas. Essa chamada era de tempo
parcial. Mas agora estavam diante duma decisão importante. Felizmente aceitaram
este novo desafio. Tão logo chegaram a terra e deram destino aos peixes, esses
discípulos deixaram tudo: sua empresa e seu trabalho, para obedecerem à chamada
de Cristo. Para traz ficou a vida de costume. Daquele momento em diante eram
apóstolos e seguidores de Jesus, dando o seu tempo integral à obra do reino de
Deus.
O resultado da pesca
maravilhosa. O milagre da pesca, milagrosa resultou em que os discípulos
abandonaram tudo para seguir a Cristo (Lc 5.11). Assim, abandonaram a pescaria
e tomaram-se seguidores e discípulos constantes de Jesus. Mais tarde Pedro
lembrou ao Senhor sobre o quanto ele e os outros haviam deixado para segui-Ia.
Os
barcos, as redes, os peixes, as
casas, as esperanças da vida, o conforto, 06 costumes etc. eram para eles tanto
quanto seriam para qualquer pessoa c até mais. Mas deram 'tudo': ninguém pode
fazer maior sacrifício do que isto", disse Edwin W. Rice.
Embora uma vez, após a
ressurreição de Cristo, Pedro voltou à pescaria, Jesus tratou com ele com muito
amor e chamou-o de novo para ser o seu 'Obreiro (Jo 21.15-19). Mas depois do
Pentecoste, Pedro e os demais discípulos nunca mais voltaram às suas redes.
Sim, foi no Dia de Pentecoste que Pedro realmente pôde compreender a expressão
de Jesus ao dizer-lhe que ele seria "pescador de homens", pois nesse
dia 3.000 pessoas converteram a Cristo (At 2.41).
Para Pedro e os demais
discípulos deve ter sido coisa difícil resolver separar-se de tudo para seguir
a Jesus. Moravam em casas relativamente confortáveis e a indústria da pesca ia
bem, a ponto de precisarem de empregados (Mc 1.20). (Provavelmente, Zebedeu,
pai de Tiago e João, e os jornaleiros continuaram com o negócio quando os
discípulos saíram.) Contudo, eles, sem vacilação, decidiram a acompanhar a
Jesus.
Que esta decisão foi firme
prova-se pelo incidente ocorrido cerca de um ano depois. Após ter Jesus
alimentado os 5.000 homens e ensinado o povo acerca do seu corpo e do seu
sangue, as multidões o abandonaram, apesar de muitos deles serem pessoas que
até se consideravam seus discípulos. Jesus então perguntou aos doze:
"Quereis vós também retirar-vos?" Mas nesta hora foi Pedro, o mesmo
Pedro que dissera: "Senhor, ausenta-te de mim" (Lc 5.8), que
replicou:
"Senhor, para quem iremos
nós? Tu tens as palavras da vida eterna" (Jo 6.67,68).
É Deus que determina se um
crente deve dar o seu tempo integral à obra de evangelização ou ao ministério
da igreja. Mas o essencial para todos é a escolha de Cristo como o Salvador
pessoal, pois este é o único caminho para a vida eterna. Ser "pescador de
homens" é também o dever de todos nós. Esta é a obra mais importante a que
nos podemos dedicar.
CRISTO CHAMA OS PRIMEIROS DISCÍPULOS
TEXTO ÁUREO =
“Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser
meu discípulo” (Lc 14.33).
VERDADE PRÁTICA = O
discipulado cristão implica no aproveitamento de oportunidades oferecidas por
Deus, para um serviço que glorifique o seu nome.
LEITURA EM CLASSE = MATEUS 4.18-25
INTRODUÇÃO
Quando
Cristo iniciou seu ministério, escolheu doze discípulos que aprenderiam com
Ele, para depois pregarem, ensinarem e continuarem a grande obra a realizar-se
até a consumação dos séculos (Mt28.20).
OS DOZE APÓSTOLOS
1. A procedência dos primeiros discípulos. Eram
galileus. No conceito judaico, Cristo não nasceria na Galiléia e nem de lá
surgiriam profetas (Jo 7.41-52). Jesus não chamou seus discípulos da corte
herodiana. Na Escritura lemos: “Não foram chamados muitos sábios segundo a
carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento” (1 Co 1.26). Não
os escolheu de Jerusalém, dentre os principais sacerdotes e anciãos, mas da
Galiléia, exceto Judas Iscariotes, que era judeu.
2. As qualidades dos primeiros apóstolos. Jesus
chamou, primeiro, dois pares de irmãos: Pedro e André, Tiago e João (Mc
1.16-20). Eles eram discípulos de João Batista. Submeteram-se ao batismo do
arrependimento. O
s mais
dispostos a seguir a Cristo, aceitaram de bom grado as regras da nova vida dc
fé. Além disso, compunham duas famílias estruturadas, que trabalhavam juntas
(Lc 5.9-11).
3. Exerciam uma profissão modesta. Eram
pescadores. Cristo não despreza o homem, por exercer uma profissão humilde.
Quem estiver pronto a trabalhar e a aprender, será útil à causa do Mestre.
A
ESSÊNCIA DA CHAMADA
Todas
as palavras de Jesus eram plenas de objetividade.
1. 0 teor da chamada. “Vinde
a mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mc 1.17). Três fatos importantes
compõem o chamado de
Cristo:
a. “Vinde a mim”. Vir a
Jesus é condição essencial para que alguém seja enviado a pregar o Evangelho de
Cristo.
b. “Eu vos farei”. Nenhum
homem, por si mesmo, pode elevar-se à categoria de ministro de Cristo, pois Ele
mesmo disse: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5); “O homem nada pode receber,
sem que do céu lhe seja dado” (Jo 3.27). Leia também Zacarias 4.6 e Tiago 1.17.
c. “Pescadores de homens”. Jesus
não os chamou apenas para proferirem belos discursos. Escolheu-os para
participarem de seu plano de salvação. Pescadores de homens significa
ganhadores de almas para o reino de Deus.
2. Jesus chamou-os para o trabalho. Não os
escolheu para uma vida cômoda, cheia de regalias. Chamou pescadores, experientes
no trabalho árduo, e de riscos constantes, que exigia coragem para enfrentar os
perigos, e vigilância para evitar possíveis tragédias. Estas condições
determinam o perfil de homem chamado por Cristo, nos dias atuais. Tem que ter
disposição para trabalhar e libertar os escravos de Satanás, e vigiar, para não
ser enlaçado nos seus ardis (1 Pe 5.8).
3. A prontidão dos discípulos. Sem
pensar em honrarias e sem temer dificuldades,eles deixaram suas redes de
pescar, e prontamente se dedicaram ao labor de pregar o Evangelho, que “é o
poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).
Aliás,
a Igreja nasceu, quando ninguém tinha de que se orgulhar. O ministério não é
motivo de orgulho e não serve para honrar comodistas, atraídos por interesses
próprios.
A NATUREZA DA CHAMADA
A
chamada de Cristo para o trabalho é de natureza comum e específica.
1. A chamada de natureza comum. A
Igreja é o corpo de Cristo, composto de muitos membros, e todos devem
contribuir para o seu desenvolvimento e edificação, mediante o testemunho, o
conselho e a oração. “Para cada crente, o Mestre preparou um trabalho certo,
quando o resgatou”.
2. A chamada de natureza específica. Além da
participação de todos, existem ministérios distintos, para os quais há homens
chamados por Deus. À luz das Escrituras, essas chamadas sempre foram precedidas
de marcantes experiências espirituais, pelas quais as pessoas foram capacitadas
a colocar em plano inferior todos os demais interesses.
Moisés,
apesar de sua posição elevada e da instrução “em toda a ciência dos egípcios”,
tornou-se “poderoso em suas palavras e obras” (At 7.22). Os quarenta anos como
pastor de ovelhas, no deserto, contribuíram para torná-lo manso (Nm 12.3).
Entretanto, só após a experiência da sarça ardente, foi capacitado para a
grande missão de libertar o povo israelita, escravizado no Egito (Ex 3.2-10).
Temos também os exemplos de Isaí as (Is 6.1-8) e de Saulo, no caminho de
Damasco (At 9.1-22).
3. A chamada para um trabalho divino. Ela
sempre comove o homem a sentir profundo amor pelas almas, sem pensar em
recompensas materiais. Aliás, esta é uma condição imposta por Jesus: capacidade
de vencer todos os obstáculos e de suportar os sacrifícios, por esta causa
gloriosa.
4. Chamada divina, um desafio irresistível. A chamada
divina manifesta-se na vida do candidato ao ministério, antes de sua
consolidação. Constitui-se, na pessoa, um desafio irresistível, aponto de ela
nada temer, mesmo consciente das inúmeras adversidades que enfrentará em favor
do reino de Deus. A chamada divina o inflama. A paixão pelas almas o domina. O
executar a sua missão, em qualquer circunstância, proporciona-lhe a maior
felicidade, por tudo o que sofrerá.
5. A chamada e o preparo intelectual. A
instrução, o preparo intelectual e o treinamento em um educandário cristão não
constituem uma chamada divina para o santo ministério. Estes fatores,
indubitavelmente, tornam mais amplas as oportunidades do servo de Deus e são
úteis ao seu ministério. Ninguém pode ensinar o que não aprendeu. Os que se aventuram,
envolvem-se em confusão, e caem no descrédito das pessoas entendidas no
assunto.
6. O mérito das escolas de preparação. Quanto
aos seminários e institutos, a formação e o nível espiritual deles
determinarão, em grande parte, a condição espiritual do ministro. Por outro
lado, nenhum preparo intelectual substitui a meditação na Palavra de Deus e a
oração. A isto, temos denominado de “velho método”, pois o encontramos na
Bíblia, desde tempos remotos: “Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos...” (Nm
14.5-7). Diante dos problemas da primeira comunidade cristã, os apóstolos
buscaram soluções que lhes permitissem dedicar-se à oração e ao ministério da
palavra (At 6.4).
CHAMADA E HABILITAÇÃO
Conhecimento
profundo das Sagradas Escrituras, aliado à poderosa unção do Espírito Santo,
completa a habilitação daquele que é chamado por Deus para o seu serviço.
1. A divina condição para o trabalho. O
ganhador de almas, com a mente esclarecida pela Palavra de Deus, e a alma
inflamada pelo zelo e santo amor, e o coração abrasado pelo Espírito Santo, tem
condição de entender e expor com segurança a razão de sua fé e esperança (1 Pe
3.15).
2. Homem capaz, para uma obra excelente. “Se
alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Tm3.l). É lógico:para uma
excelente obra é necessário um homem capaz. Em adição a isto, aplicamos a
pergunta de Paulo: “E para estas coisas quem é idôneo?” (2 Co 2.16).
3. A responsabilidade do ganhador de almas. Certa
ocasião, ouvimos de um obreiro improdutivo esta desculpa: “Cada um tem seus
diferentes dons”. Isto é verdade, mas não se aplica aos descuidados e
indolentes, que agem como senão fossem responsáveis pelos seus insucessos. Se,
de fato, possuímos diferentes dons espirituais, estes resultarão em notável
êxito no nosso ministério. Buscamos zelosamente os dons espirituais, para a
edificação da Igreja (1 Co 14.12). Os ministérios (Ef 4.11,12) também exercem
suas funções na edificação do corpo de Cristo, e visam um fim proveitoso (1 Co
12.7).
Elaboração pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lições
Bíblicas 1983 - CPAD
Lições
Bíblicas 1994 - CPAD
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