28 de abril de 2015

JESUS ESCOLHE SEUS DISCÍPULOS



JESUS ESCOLHE SEUS DISCÍPULOS

Texto Áureo =“E qualquer que não Levara sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo. “(Lc 14.27)

Verdade Prática = O chamado para a salvação é de graça, mas o discipulado tem custos.

LEITURA BIBLICA = Lc 5.1-11 = Lucas 14.25-35

                                                  INTRODUÇÃO

Fundo histórico. Bem cedo no ministério de Jesus as multidões começaram a afluir em torno dele, alguns motivados pelos milagres que Ele operava. A maioria, porém, procurava-o por causa do seu ensino. Era conhecido como o "Mestre" ou "Rabi". Durante o seu ministério, Ele chamou certos homens para serem seus discípulos em sentido especial, para poderem aprender com Ele e acompanhá-la em suas viagens. Entre os primeiros a serem assim selecionados encontramos estes quatro jovens pescadores no Mar da Galiléia: Pedra, André, Tiago, e João. Durante o primeiro ano do seu ministério esses discípulos acompanhavam-no periodicamente, mas continuavam a morar em suas casas. No princípio do segundo ano, Ele os chamou para abandonarem suas redes e acompanhá-lo em todas as suas viagens. Ele os faria "pescadores de homens" (Mt 4.18-22; Mc 1.16-20). Mas, tendo visitado algumas das vilas da Galiléia, voltaram a Cafarnaum e à sua ocupação secular - a pesca.

Nota geográfica. Na Bíblia, o Mar da Galiléia leva vários nomes. O nome Mar da Galiléia foi dado porque suas águas banhavam o lado oriental da província da Galiléia.

Era conhecido como o Lago de Quinerete (Dt 3.17; Nm 34.11; Js 13.27), por causa de sua configuração ser em forma de harpa. "Quinerete" em hebraico significa "harpa".

É conhecido como Lago de Genesaré, devido à sua proximidade à planície de Genesaré situada a noroeste.

Também é conhecido como o Mar de Tiberíades, por situar-se à sua margem a cidade de Tiberíades, que era a capital da Galiléia desde a sua fundação até o tempo de Herodes Agripa. (O nome Tiberíades era uma homenagem ao imperador romano Tibério I, que se manteve no poder de 14 a 37 d.C.)

O lago, que mede cerca de 20 km de comprimento por 10 Km de largura, recebe as águas do rio Jordão, ao norte. Ao sul as águas seguem pelo mesmo rio, em direção ao Mar Morto. É situado cerca de 100 Km ao norte de Jerusalém e está colocado qual jóia de cor azul celeste na superfície da terra, aproximadamente 200 m abaixo do nível do mar. A profundeza da água varia de 25 a 50 metros. Há abundância de peixe, e até hoje se vêem pescadores, como Pedro e seus sócios exercendo a profissão.

Por causa de sua proximidade com as correntezas de ar muito frio procedentes do monte Líbano e do monte Hermom, que colidem com o ar quente que vem do deserto, o Mar da Galiléia muitas vezes sofre violentas tempestades, como essas que a Bíblia descreve.

O historiador Flávio Josefo informa que no seu tempo (o tempo de Cristo) existiam nas margens desse lago dez cidades com uma população de pelo menos 15.000 habitantes cada uma. Foi nesta região que Jesus viu "as multidões, e compadeceu-se delas...” (Mt 9.36).

OS PESCADORES ATAREFADOS (Lc 5.1,2)

1. Ganhar almas, o melhor trabalho. Enquanto as multidões comprimiam-se em torno de Jesus, desejosas de ouvir a Palavra de Deus, um pouco mais à frente, na praia, vemos alguns dos discípulos atarefados com a lavagem das redes, trabalho necessário para cuidar bem da sua indústria. Talvez alguém os criticasse como sendo inatenciosos à Palavra do Mestre. Mas J não se importou com isso. S a Cristo não significa deixar totalmente de lado os afazeres cotidianos. A Bíblia ensina-n sermos fiéis também com asas responsabilidades, emprego, família, cuidados dom etc., mesmo em tempos de grande avivamento. Jesus nos ordena fidelidade em tudo. Os fiéis pastores de ovelhas viram os anjos na noite do primeiro Natal. Assim Jesus escolheu homens ao trabalho que faziam pescadores ou como funcionário de alfândega, para serem discípulos.

2. Para o seu trabalho Deus chama homens que batalham. Examinando os evangelhos, notamos que Jesus escolheu nenhum homem ocioso. Nem tampouco escolheu algum que "esperava ser chamado' nosso dever é buscar primeiramente o reino de Deus, isto buscar o Rei para a nossa vi buscar a sua justiça (Mt 6.33 todos nós é dada a promessa receber poder para testificar Jesus (At 1.8). Mas, se Jesus nos  chamar para alguma obra especial, isso é com Ele (Jo 15.16). Jesus lança mão de certos  homens para servirem à Igreja "dons ou com o exercício ministério específico, como se em Ef 4.8-11: "E ele mesmo uns para apóstolos, e outros p profetas, e outros para evangelizar tas, e outros para pastores e doutores". E de todos eles Deus espera a máxima fidelidade.

Ponto doutrinário. interessante notar como a multidão apertava Jesus "para ouvir a lavra de Deus" (Lc 5.1). Há m tas razões por que o povo de D atribui tanta importância vir a Palavra do Senhor.

A Bíblia é verdadeira 119.160; Jo 17.17). Ela é perfeita (SI 19.7), viva e eficaz (Hb 4.12), pura (SI 12.6), e preciosa (SI 19.10).

Quando a Palavra é recebida, podemos esperar os seguintes resultados:

a. A regeneração ( Tg 1.18; 1 Pe 1.23).

b. A fé que é produzida no coração do crente, e que o faz obediente às Escrituras. João disse que escreveu o seu Evangelho, a fim de produzir a fé (Jo 20.31). Paulo opinou que "a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo" (Rm 10.17).

c. A santificação do crente, que é produzida pelas Escrituras (Jo 17.17; Ef 5.26). Tanto o coração (Jo 15.3) como o caminho (SI 119.9) do crente são purificados pela Palavra.

d. O crescimento na graça resulta da Palavra (1 Pe 2.2) ..

e. A Palavra de Deus também produz o verdadeiro gozo (SI 19.8; 119.111).

O MARAVILHOSO MESSTRE (Lc 5.3-9)

1. O poder da palavra de Cristo (Lc 5.3-7). Devido à enorme multidão que se ajuntara Jesus entrou no barco de Simão Pedro e pediu-lhe que se afastasse um pouco da praia. Jesus então sentou-se e continuou a ensinar o povo. Tendo terminado, Ele pediu a Pedro que saísse ao alto mar e lançasse as suas redes, para apanhar peixes.

Costume antigo. Empregavam três métodos de pescar:

a. Lançar redes da praia ou de perto da praia.

b. Lançar redes dos barcos que estariam em movimento.

c. O uso de anzóis. (Até hoje costumam pescar durante a noite no Mar da Galiléia.)

Pedro, que havia trabalhado a noite toda, e sem resultado, não considerou razoável esta ordem de Jesus. Estava cansado e realmente não queria tentar novamente apanhar peixe quando evidentemente não era um momento próprio para isso. Também Pedro poderia estar pensam do assim: "Que é que um carpinteiro de Nazaré pode saber de pescaria neste Mar da Galiléia, Será que ele conhece os hábito do peixe melhor do que nós, pro· fissionais no assunto?"

Nota sobre pescar à noite. Segundo os profissionais, o melhor tempo para a pesca com rede era durante a noite escura; e o tempo mais desfavorável era de manhã quando o brilho do sol atrapalhava a pescaria. Contudo, mesmo com a hora desfavorável, e Pedro e seus companheiros bem exaustos após uma noite de trabalho infrutífero, este grupo de pescadores, liderado por Pedro, obedeceu à ordem de Jesus.

Durante este ano de convivência com Jesus, Pedro chegou a conhecer o Mestre. Amava-o e confiava nele. Viu Jesus fazer coisas impossíveis ao homem natural. Assim, confiando na Palavra de Cristo, Pedro saiu para o alto mar e lançou as redes. Isto significava que a sua confiança estava em Jesus e não nas circunstâncias presentes.

Por sua confiança e obediência à voz do Mestre, Pedro demonstrou o espírito que Noé tiinha ao construir a arca em terra seca, e o mesmo espírito que Moisés também demonstrou ao levantar a sua vara sobre o Mar Vermelho, esperando que Deus abrisse caminho onde caminho não existia.

O resultado foi que os pescadores apanharam uma grande multidão de peixes, de forma que a rede estava para se romper. Assustados, Pedro e seu irmão André fizeram sinal aos seus sócios, Tiago e João, pedindo que trouxessem outro barco e os ajudassem. Mesmo assim, tão grande era o número de peixes que os dois barcos quase iam a pique.

Claramente o contexto desta lição nos ensina lições preciosas sobre a tarefa de "pescar as al mas" para Jesus. Não podemos nos contentar com o conforto e o luxo duma igreja "na praia"! A ordem do Mestre_ é sair para o "alto mar", às "águas profundas e perigosas" até, em direção à humanidade necessitada! Lá estão os "peixes"! Mas devemos obedecer à ordem de Cristo e depender exclusivamente de sua Palavra. Enquanto Pedro seguia a sua orientação como pescador profissional, confiante na sua própria força, nada apanhou. Mas quando saiu com aquela simples fé em Jesus, os resultados foram surpreendentes.

Contudo, isto não quer dizer que Pedro não trabalhou. Sim, ele e seu irmão André tiveram que remar para o alto mar. Remar é trabalho! Tiveram que lançar a rede, e isto também é trabalho! Os peixes não pularam para dentro do barco de Pedro! Tiveram que trabalhar ao puxar a rede e isso foi que deu trabalho como nunca!

Vemos Pedro e André bem suados! Tiveram de pedir a ajuda dos companheiros. Os resultados vieram porque o Senhor estava operando com eles. O apóstolo Paulo assim disse: “Eu plantei, Apoio regou; mas Deus deu o crescimento" (1 Co 3.6-9). Os obreiros são simplesmente coopera dores com Deus.

2. Assombrados e humilhados (Lc 5.8,9). Nos primeiros momentos, Pedro estava tão ocupado, que mal pôde compreender aquilo que havia acontecido. Mas, vendo os barcos cheios de peixes, e compreendendo que era exclusivamente obra de Jesus, Pedro prostrou-se aos pés do Senhor, dizendo: "Senhor, ausenta-te de mim (deixa o barco e deixa-me sozinho), que sou um homem pecador" (Lc 5.8). Pedro e os seus companheiros estavam todos grandemente admirados com o acontecimento inesperado, e até assombrados com tal milagre. Também agora foi Pedro, como geralmente acontecia que se tornou o porta-voz da opinião de todos.

Entendendo a atitude Pedro. Quando Pedro deparou com aquela enorme multidão peixes, ele sentiu-se muito in no para estar na companhia Cristo (Lc 5.8,9).

 "Simão Pedro era um homem ardoroso, impulsivo, e voto a seu Mestre. Estava sempre tão pronto a confessar Mestre a sua falta de dignidade como antes havia declarado sua devoção a Ele. Agora está compreendendo como fora incrédulo, e como não quisera obedecer à ordem de Cristo a lançar redes. Esta incredulidade consistia em pecado e, assim, a confessou. A pesca maravilhosa c venceu-o do seu pecado. Muitas vezes Deus usa os acontecimentos providenciais para nos convencer da nossa incredulidade do nosso pecado. Pedro disse: ... sou pecador" (v.8). "A palavra grega por ele usada é ‘aner’ (homem pecador), palavra indica, não os homens em geral (como indica a palavra 'anthropos'), mas um certo homem, era ele! Pedro sentiu-se o pecador de todos os homens. Tanto ele sentiu esta emoção pediu que Jesus se afastasse dele. Sentia-se pecador demais para estar na presença de alguém tão verdadeiro como seu Mestre. (Cf. a palavra Isaías ao ser-lhe revelada a gloria do trono de Deus: Ai de mim! 6.5). Jó também assim se expressou sou, dizendo: 'Por isso me a mino ... '" (Jó 42.6.), disse Ed W. Rice.

OS DISCÍPULOS COMISSIONADOS (Lc 5.10,11)

1. Pedro reanimado e c mado (Lc 5.10). Jesus imediatamente disse a Pedro: "Não temas!" Esta palavra foi para demais assombrados. Jesus tão lembrou a Pedra a obra p a qual ele já fora chama Usando a linguagem dos pesca dores, bem conhecida por Pedra, Jesus o chamou para ser "pescador de homens". Observamos aqui que a palavra "pescador" (v. 10), no grego, é "zogreu" e significa "apanhar vivos. Pedra foi chamado para "apanhar vivos" os homens, que estavam "mortos" em ofensas e pecados (Ef 2.1), a fim de levá-las "vivos" para a vida eterna.
A mesmo palavra "zogreu" é usada em 2 Tm 2.26 onde fala dos homens "apanhados" por Satanás, que os conduz à morte eterna. Cooperemos então com Jesus, apanhando os homens para serem salvos eternamente, como o fez Pedra. Vamos evitar qualquer cooperação com o Diabo que unicamente quer destruir, roubar e matar.

2. Obedecida à chamada (Lc 5.11). Os discípulos nesta altura dos eventos compreenderam que Jesus agora os chamava para uma vida ainda mais chegada à sua pessoa. Até este ponto moravam em suas casas e seguiam a Jesus periodicamente em suas viagens pelas redondezas. Essa chamada era de tempo parcial. Mas agora estavam diante duma decisão importante. Felizmente aceitaram este novo desafio. Tão logo chegaram a terra e deram destino aos peixes, esses discípulos deixaram tudo: sua empresa e seu trabalho, para obedecerem à chamada de Cristo. Para traz ficou a vida de costume. Daquele momento em diante eram apóstolos e seguidores de Jesus, dando o seu tempo integral à obra do reino de Deus.

O resultado da pesca maravilhosa. O milagre da pesca, milagrosa resultou em que os discípulos abandonaram tudo para seguir a Cristo (Lc 5.11). Assim, abandonaram a pescaria e tomaram-se seguidores e discípulos constantes de Jesus. Mais tarde Pedro lembrou ao Senhor sobre o quanto ele e os outros haviam deixado para segui-Ia. Os

barcos, as redes, os peixes, as casas, as esperanças da vida, o conforto, 06 costumes etc. eram para eles tanto quanto seriam para qualquer pessoa c até mais. Mas deram 'tudo': ninguém pode fazer maior sacrifício do que isto", disse Edwin W. Rice.

Embora uma vez, após a ressurreição de Cristo, Pedro voltou à pescaria, Jesus tratou com ele com muito amor e chamou-o de novo para ser o seu 'Obreiro (Jo 21.15-19). Mas depois do Pentecoste, Pedro e os demais discípulos nunca mais voltaram às suas redes. Sim, foi no Dia de Pentecoste que Pedro realmente pôde compreender a expressão de Jesus ao dizer-lhe que ele seria "pescador de homens", pois nesse dia 3.000 pessoas converteram a Cristo (At 2.41).

Para Pedro e os demais discípulos deve ter sido coisa difícil resolver separar-se de tudo para seguir a Jesus. Moravam em casas relativamente confortáveis e a indústria da pesca ia bem, a ponto de precisarem de empregados (Mc 1.20). (Provavelmente, Zebedeu, pai de Tiago e João, e os jornaleiros continuaram com o negócio quando os discípulos saíram.) Contudo, eles, sem vacilação, decidiram a acompanhar a Jesus.

Que esta decisão foi firme prova-se pelo incidente ocorrido cerca de um ano depois. Após ter Jesus alimentado os 5.000 homens e ensinado o povo acerca do seu corpo e do seu sangue, as multidões o abandonaram, apesar de muitos deles serem pessoas que até se consideravam seus discípulos. Jesus então perguntou aos doze: "Quereis vós também retirar-vos?" Mas nesta hora foi Pedro, o mesmo Pedro que dissera: "Senhor, ausenta-te de mim" (Lc 5.8), que replicou:

"Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna" (Jo 6.67,68).

É Deus que determina se um crente deve dar o seu tempo integral à obra de evangelização ou ao ministério da igreja. Mas o essencial para todos é a escolha de Cristo como o Salvador pessoal, pois este é o único caminho para a vida eterna. Ser "pescador de homens" é também o dever de todos nós. Esta é a obra mais importante a que nos podemos dedicar.

CRISTO CHAMA OS PRIMEIROS DISCÍPULOS

TEXTO ÁUREO = “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33).

VERDADE PRÁTICA = O discipulado cristão implica no aproveitamento de oportunidades oferecidas por Deus, para um serviço que glorifique o seu nome.

LEITURA EM CLASSE = MATEUS 4.18-25

INTRODUÇÃO

Quando Cristo iniciou seu ministério, escolheu doze discípulos que aprenderiam com Ele, para depois pregarem, ensinarem e continuarem a grande obra a realizar-se até a consumação dos séculos (Mt28.20).

OS DOZE APÓSTOLOS

1. A procedência dos primeiros discípulos. Eram galileus. No conceito judaico, Cristo não nasceria na Galiléia e nem de lá surgiriam profetas (Jo 7.41-52). Jesus não chamou seus discípulos da corte herodiana. Na Escritura lemos: “Não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento” (1 Co 1.26). Não os escolheu de Jerusalém, dentre os principais sacerdotes e anciãos, mas da Galiléia, exceto Judas Iscariotes, que era judeu.

2. As qualidades dos primeiros apóstolos. Jesus chamou, primeiro, dois pares de irmãos: Pedro e André, Tiago e João (Mc 1.16-20). Eles eram discípulos de João Batista. Submeteram-se ao batismo do arrependimento. O
s mais dispostos a seguir a Cristo, aceitaram de bom grado as regras da nova vida dc fé. Além disso, compunham duas famílias estruturadas, que trabalhavam juntas (Lc 5.9-11).

3. Exerciam uma profissão modesta. Eram pescadores. Cristo não despreza o homem, por exercer uma profissão humilde. Quem estiver pronto a trabalhar e a aprender, será útil à causa do Mestre.

A ESSÊNCIA DA CHAMADA

Todas as palavras de Jesus eram plenas de objetividade.

1. 0 teor da chamada. “Vinde a mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mc 1.17). Três fatos importantes compõem o chamado de
Cristo:

a. “Vinde a mim”. Vir a Jesus é condição essencial para que alguém seja enviado a pregar o Evangelho de Cristo.

b. “Eu vos farei”. Nenhum homem, por si mesmo, pode elevar-se à categoria de ministro de Cristo, pois Ele mesmo disse: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5); “O homem nada pode receber, sem que do céu lhe seja dado” (Jo 3.27). Leia também Zacarias 4.6 e Tiago 1.17.
c. “Pescadores de homens”. Jesus não os chamou apenas para proferirem belos discursos. Escolheu-os para participarem de seu plano de salvação. Pescadores de homens significa ganhadores de almas para o reino de Deus.

2. Jesus chamou-os para o trabalho. Não os escolheu para uma vida cômoda, cheia de regalias. Chamou pescadores, experientes no trabalho árduo, e de riscos constantes, que exigia coragem para enfrentar os perigos, e vigilância para evitar possíveis tragédias. Estas condições determinam o perfil de homem chamado por Cristo, nos dias atuais. Tem que ter disposição para trabalhar e libertar os escravos de Satanás, e vigiar, para não ser enlaçado nos seus ardis (1 Pe 5.8).

3. A prontidão dos discípulos. Sem pensar em honrarias e sem temer dificuldades,eles deixaram suas redes de pescar, e prontamente se dedicaram ao labor de pregar o Evangelho, que “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).

Aliás, a Igreja nasceu, quando ninguém tinha de que se orgulhar. O ministério não é motivo de orgulho e não serve para honrar comodistas, atraídos por interesses próprios.

A NATUREZA DA CHAMADA

A chamada de Cristo para o trabalho é de natureza comum e específica.

1. A chamada de natureza comum. A Igreja é o corpo de Cristo, composto de muitos membros, e todos devem contribuir para o seu desenvolvimento e edificação, mediante o testemunho, o conselho e a oração. “Para cada crente, o Mestre preparou um trabalho certo, quando o resgatou”.

2. A chamada de natureza específica. Além da participação de todos, existem ministérios distintos, para os quais há homens chamados por Deus. À luz das Escrituras, essas chamadas sempre foram precedidas de marcantes experiências espirituais, pelas quais as pessoas foram capacitadas a colocar em plano inferior todos os demais interesses.

Moisés, apesar de sua posição elevada e da instrução “em toda a ciência dos egípcios”, tornou-se “poderoso em suas palavras e obras” (At 7.22). Os quarenta anos como pastor de ovelhas, no deserto, contribuíram para torná-lo manso (Nm 12.3). Entretanto, só após a experiência da sarça ardente, foi capacitado para a grande missão de libertar o povo israelita, escravizado no Egito (Ex 3.2-10). Temos também os exemplos de Isaí as (Is 6.1-8) e de Saulo, no caminho de Damasco (At 9.1-22).

3. A chamada para um trabalho divino. Ela sempre comove o homem a sentir profundo amor pelas almas, sem pensar em recompensas materiais. Aliás, esta é uma condição imposta por Jesus: capacidade de vencer todos os obstáculos e de suportar os sacrifícios, por esta causa gloriosa.

4. Chamada divina, um desafio irresistível. A chamada divina manifesta-se na vida do candidato ao ministério, antes de sua consolidação. Constitui-se, na pessoa, um desafio irresistível, aponto de ela nada temer, mesmo consciente das inúmeras adversidades que enfrentará em favor do reino de Deus. A chamada divina o inflama. A paixão pelas almas o domina. O executar a sua missão, em qualquer circunstância, proporciona-lhe a maior felicidade, por tudo o que sofrerá.

5. A chamada e o preparo intelectual. A instrução, o preparo intelectual e o treinamento em um educandário cristão não constituem uma chamada divina para o santo ministério. Estes fatores, indubitavelmente, tornam mais amplas as oportunidades do servo de Deus e são úteis ao seu ministério. Ninguém pode ensinar o que não aprendeu. Os que se aventuram, envolvem-se em confusão, e caem no descrédito das pessoas entendidas no assunto.

6. O mérito das escolas de preparação. Quanto aos seminários e institutos, a formação e o nível espiritual deles determinarão, em grande parte, a condição espiritual do ministro. Por outro lado, nenhum preparo intelectual substitui a meditação na Palavra de Deus e a oração. A isto, temos denominado de “velho método”, pois o encontramos na Bíblia, desde tempos remotos: “Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos...” (Nm 14.5-7). Diante dos problemas da primeira comunidade cristã, os apóstolos buscaram soluções que lhes permitissem dedicar-se à oração e ao ministério da palavra (At 6.4).

CHAMADA E HABILITAÇÃO

Conhecimento profundo das Sagradas Escrituras, aliado à poderosa unção do Espírito Santo, completa a habilitação daquele que é chamado por Deus para o seu serviço.

1. A divina condição para o trabalho. O ganhador de almas, com a mente esclarecida pela Palavra de Deus, e a alma inflamada pelo zelo e santo amor, e o coração abrasado pelo Espírito Santo, tem condição de entender e expor com segurança a razão de sua fé e esperança (1 Pe 3.15).

2. Homem capaz, para uma obra excelente. “Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Tm3.l). É lógico:para uma excelente obra é necessário um homem capaz. Em adição a isto, aplicamos a pergunta de Paulo: “E para estas coisas quem é idôneo?” (2 Co 2.16).

3. A responsabilidade do ganhador de almas. Certa ocasião, ouvimos de um obreiro improdutivo esta desculpa: “Cada um tem seus diferentes dons”. Isto é verdade, mas não se aplica aos descuidados e indolentes, que agem como senão fossem responsáveis pelos seus insucessos. Se, de fato, possuímos diferentes dons espirituais, estes resultarão em notável êxito no nosso ministério. Buscamos zelosamente os dons espirituais, para a edificação da Igreja (1 Co 14.12). Os ministérios (Ef 4.11,12) também exercem suas funções na edificação do corpo de Cristo, e visam um fim proveitoso (1 Co 12.7).

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Lições Bíblicas 1983 - CPAD
Lições Bíblicas 1994 - CPAD


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