O Padrão da Lei Moral
TEXTO
ÁUREO = "Então, vos anunciou ele
o seu concerto, que vos prescreveu, os dez mandamentos, e os escreveu em duas
tábuas de pedra." (Dt 4.13)
VERDADE
PRÁTICA = As chamadas "lei
moral", "lei cerimonial" e "lei civil" são, na verdade,
três partes de uma mesma lei que o Senhor Jesus já cumpriu na sua
totalidade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Deuteronômio 9.9-11; 10.1-5
INTRODUÇÃO
Quando
Deus libertou Israel do Egito, não os deixou vagando indefinidamente, sem rumo.
Deus os enviou para uma terra abençoada, que daria seus frutos nas estações
certas e tornaria a vida dos israelitas muito agradável. Eles receberiam essa
terra por uma obra da graça de Deus. Nela eles seriam uma nação regida pdo
próprio Deus, teriam seu espaço para viver, trabalhar, comemorar datas festivas
e, acima de tudo, adorar a Deus.
Mas
antes de chegar nessa nova terra, eles precisavam entender que deveriam ter
regras específicas de convivência com Deus, com seu próximo e consigo mesmos.
Eles não seriam pessoas sem regras, que poderiam fazer o que quisessem sem
prestar contas de suas atitudes. Por isso, eles deveriam ter uma lei que
organizasse a vida. Essa lei foi dada por Deus. Os Dez Mandamentos, como são
conhecidos, foram dados ao povo de Israel pelo Senhor, a fim de que os
israelitas pautassem sua existência pelo que Deus queria
Origem das Tábuas.
As Dez Palavras foram originalmente fornecidas, de forma oral, no monte Sinai, pelo anjo de Yehowah. (Êx 20:1; 31:18; De 5:22; 9:10; At 7:38, 53; veja também Gál 3:19; He 2:2.) Em seguida Moisés subiu ao monte, a fim de receber as Dez Palavras em forma escrita, em duas tábuas de pedra, junto com outros mandamentos e instruções. Durante a sua prolongada estada de 40 dias, o povo ficou impaciente e fez a estátua fundida dum bezerro, para adorar.
As Dez Palavras foram originalmente fornecidas, de forma oral, no monte Sinai, pelo anjo de Yehowah. (Êx 20:1; 31:18; De 5:22; 9:10; At 7:38, 53; veja também Gál 3:19; He 2:2.) Em seguida Moisés subiu ao monte, a fim de receber as Dez Palavras em forma escrita, em duas tábuas de pedra, junto com outros mandamentos e instruções. Durante a sua prolongada estada de 40 dias, o povo ficou impaciente e fez a estátua fundida dum bezerro, para adorar.
Ao
descer do monte, Moisés viu este espetáculo de idolatria e atirou ao chão “as
tábuas [que] eram o trabalho de Deus”, as próprias tábuas sobre as quais haviam
sido escritas as Dez Palavras, destroçando-as. — Êx 24:12; 31:18-32:19; De
9:8-17; compare isso com Lu 11:20.
Mais tarde, Deus disse a Moisés: “Lavra para ti duas tábuas de pedra iguais às primeiras, e eu terei de escrever nas tábuas as palavras que apareceram nas primeiras tábuas que destroçaste.” (Êx 34:1-4) E assim, depois de passar mais 40 dias no monte, obteve uma cópia idêntica das Dez Palavras.
Estas
foram guardadas por Moisés numa arca de madeira de acácia. (De 10:1-5) As duas
tábuas foram chamadas de “as tábuas do pacto”. (De 9:9, 11, 15).
Evidentemente,
foi por esta razão que a arca revestida de ouro, feita mais tarde por Bezalel,
na qual as tábuas foram por fim guardadas, era chamada de “arca do pacto”. (Jos
3:6, 11; 8:33; Jz 20:27; He 9:4) Esta legislação das Dez Palavras também era
chamada de “o testemunho” (Êx 25:16, 21; 40:20), e de “tábuas do Testemunho”
(Êx 31:18; 34:29), daí as expressões “a arca do testemunho” (Êx 25:22; Núm
4:5), e também “o tabernáculo do Testemunho”, isto é, a tenda na qual a Arca
era abrigada. — Êx 38:21.
A respeito do primeiro conjunto de tábuas, declara-se que não apenas foram feitas por Yehowah, mas que também foram “inscritas pelo dedo de Deus”, evidentemente, denotando o espírito de Deus. (Êx 31:18; De 4:13; 5:22; 9:10) Da mesma forma, Yehowah fez as inscrições no segundo conjunto de tábuas, embora lavradas por Moisés. Quando se disse a Moisés, em Êxodo 34:27: “Escreve para ti estas palavras”, não se aludiu às próprias Dez Palavras, mas, antes, como numa ocasião anterior (Êx 24:3, 4), que ele devia escrever alguns dos outros detalhes pertinentes aos regulamentos do pacto. Assim, o pronome “ele”, em Êxodo 34:28b, refere-se a Yehowah, quando diz: “E ele [Deus, e não Moisés] passou a escrever nas tábuas as palavras do pacto, as Dez Palavras.” O versículo 1 mostra que foi assim. Mais tarde, ao lembrar tais acontecimentos, Moisés confirma que foi Yehowah quem reproduziu as tábuas. — De 10:1-4.
A respeito do primeiro conjunto de tábuas, declara-se que não apenas foram feitas por Yehowah, mas que também foram “inscritas pelo dedo de Deus”, evidentemente, denotando o espírito de Deus. (Êx 31:18; De 4:13; 5:22; 9:10) Da mesma forma, Yehowah fez as inscrições no segundo conjunto de tábuas, embora lavradas por Moisés. Quando se disse a Moisés, em Êxodo 34:27: “Escreve para ti estas palavras”, não se aludiu às próprias Dez Palavras, mas, antes, como numa ocasião anterior (Êx 24:3, 4), que ele devia escrever alguns dos outros detalhes pertinentes aos regulamentos do pacto. Assim, o pronome “ele”, em Êxodo 34:28b, refere-se a Yehowah, quando diz: “E ele [Deus, e não Moisés] passou a escrever nas tábuas as palavras do pacto, as Dez Palavras.” O versículo 1 mostra que foi assim. Mais tarde, ao lembrar tais acontecimentos, Moisés confirma que foi Yehowah quem reproduziu as tábuas. — De 10:1-4.
OS DEZ MANDAMENTOS
Os Dez Mandamentos é uma tradução da expressão hebraica ‛aséreth haddevarím, encontrada apenas no Pentateuco, que designa as dez leis básicas do pacto da Lei de Deus; comumente chamadas de Dez Mandamentos. (Êx 34:18; De 4:13; 10:4).
Este
código especial de leis é também chamado de “Palavras” (De 5:22) e de “as
palavras do pacto”. (Êx 34:28).
A
Septuaginta grega (Êx 34:28; De 10:4) reza déka (dez) lógous
(palavras), combinação da qual deriva a palavra “Decálogo”.
No
Antigo Testamento, o Decálogo é uniformemente referida como “as dez palavras”
(Exo 34:28; Deut 4:13; Deut 10:4), ou simplesmente como “as palavras” faladas
por Yahweh (Exo 20:1; Exo 34:27; Deut 5:22 Deut 10:2), ou como “as palavras da
aliança” (Exo 34:28). No Novo Testamento, eles são chamados de “mandamentos”
(Mat 19:17; ), como acontece com a maioria de nós em terras cristãs.
A lei
de Moisés não consiste apenas num compêndio religioso; trata de profecias,
histórias, registros genealógicos e cronológicos, regulamentos, ritos,
cerimônias, exortações, preceitos morais, civis e cerimoniais, instrução para
sacerdotes, sacrifícios, ofertas, festas e o tabernáculo. A grande diversidade
de conteúdo e suas várias formas de apresentação dos dados da revelação têm
impressionado o espírito humano até hoje. A estrutura literária dessa parte das
Escrituras Sagradas é complexa e sobre ela muitas’ interpretações e
especulações têm sido levantadas ao longo dos séculos.
O
Decálogo é o exemplo mais conhecido da forma categórica ou absoluta que se
caracteriza pelo comando absoluto, geralmente pelo uso da segunda pessoa do
singular no futuro ou no imperativo, e algumas vezes no plural. Isso aparece
nos mandamentos negativos ou positivos. O mandamento com o verbo no particípio
hebraico também é considerado categórico ou absoluto por muitos, como em: “Quem
derramar o sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado” (Gn 9.6); ou:
“Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá” (Êx 21.12). As
expressões “quem derramar” e “quem ferir” estão no particípio, na língua
original. Mas há quem afirme que a referida forma é casuística
Os
quatro primeiros referem-se aos deveres do homem para com Deus. Os outros seis,
incluem os deveres do homem para com os seus semelhantes.
1º = “Não terás outros deuses diante de
mim” (v.3). Refere-se ao único Deus. Nenhuma adoração a
santos, anjos ou a outra criatura ou objeto é permitido pelo Senhor.
2º. “Não farás para ti Imagem de
escultura”; “não te encurvarás a elas nem as servirás”
(v.4-6). Lembra que Deus é Espírito e não admite ser adorado por meio de imagem
de homem ou de qualquer criatura.
3º. “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus
em vão” (v.7). Evidencia a santidade de Deus, não sendo
permitido o uso de seu nome de modo vão, desrespeitoso ou frívolo.
4º., “Lembra-te do dia do sábado para o
santificar” (v.8). Lembra que Deus é o Senhor, criador de todas as
coisas; lembra a sua soberania sobre a criação. A palavra sábado, em heb.
shabbath, do verbo sabath, significa “cessar” ou “descansar” de trabalhar. Para
os judeus, era um concerto perpétuo (Êx 31.12-18).
5º., “Honra a teu pai e a tua mãe” (v.12). Impõe
o respeito à autoridade paterna, como símbolo do respeito à autoridade de Deus.
É o primefro mandamento com promessa (Ef 6.2,3).
6º. “Não matarás” (v.13).
Defende a preservação da vida como dom de Deus, proibindo o homicídio. No tempo
de Moisés, era penuitida a,pena de morte pela autoridade judicial (Ex
21.12-15).
7º. “Não adulterarás” (v.14). Refere-se
à santidade e pureza do casamento. O Senhor Jesus, no Novo Ccxicesto, trouxe
nova maneira de aplicar esse mandamento, tornando-o mais abrangente (Mt 5.28).
8º. “Não furtarás” (v.15).
Valoriza o respeito à propriedade dos bens alheios. Há muitas maneiras de
desrespeitar esse mandamento. Não é só pela apropriação indevida de coisa
materiais; não pagar o salário condignamente, é furtar o direito do
trabalhador.
9º. “Não dirás falso testemunho contra o
teu próximo” (v.16). Uma pessoa pode prejudicar a boa reputação de
alguém, mediante uma calúnia. O Código Penal é severo, quando dispõe sobre os
crimes de calúnias, injúria ou difamação. É interessante notar-se que, em
muitas igrejas, alguém é excluído por causa do adultério (72 mandamento), mas
ninguém é excluído por causa dos pecados contra 090 mandamento. Isso é praticar
dois pesos e duas medidas, 6 juízo ontrário a Palavra de Deus.
10’. “Não cobiçarás...” (v.17).
Cobiçar é atitude mental, interior, apenas sentida pelo pecador. Deus não quer
santidade apenas no exterior. Ele quer a santidade do corpo, da alma e do
espírito. O último mandamento proibe cobiçar a casa do próximo, sua mulher, seu
servo ou serva, seu boi ou jumento, etc. Esse mandamento é tão importante
quanto os outros, pois o pecado, antes de ser praticado, começa na mente, no
desejo interior (Tg 1.14,15).
No
Velho Testamento, o Decálogo é o princípio básico do Velho Concerto. No Novo
Testamento, o Sermão da Montanha (Mt 5.6 e 7), proferido por Cristo, é mais
abrangente, pois inclui todos os princípios do Decálogo, em conformidade com a
vida cristã, expressanoN. Testamento. Jesus resumiu toda a lei em dois
mandamentos: Amar a Deus e amar ao próximo (Mt 22.37-40; Rm 13.8-10).
A
QUESTÃO DOS PRECEITOS DA LEI
Os Propósitos da Lei
Quando
Deus libertou Israel do Egito, não os deixou vagando indefinidamente, sem rumo.
Deus os enviou para uma terra abençoada, que daria seus frutos nas estações
certas e tornaria a vida dos israelitas muito agradável. Eles receberiam essa
terra por uma obra da graça de Deus. Nela eles seriam uma nação regida pdo
próprio Deus, teriam seu espaço para viver, trabalhar, comemorar datas festivas
e, acima de tudo, adorar a Deus.
Mas
antes de chegar nessa nova terra, eles precisavam entender que deveriam ter
regras específicas de convivência com Deus, com seu próximo e consigo mesmos.
Eles não seriam pessoas sem regras, que poderiam fazer o que quisessem sem
prestar contas de suas atitudes. Por isso, eles deveriam ter uma lei que
organizasse a vida. Essa lei foi dada por Deus. Os Dez Mandamentos, como são
conhecidos, foram dados ao povo de Israel pelo Senhor, a fim de que os
israelitas pautassem sua existência pelo que Deus queria.
Os objetivos de Deus com a Lei foram,
inicialmente:
Providenciar um padrão de justiça que
pudesse ser alcançado. Quando pensamos que Deus deu sua lei ao povo
de Israel, podemos pensar que a abrangência dessa lei refere-se apenas aos
judeus. Entretanto, é preciso fazer aqui uma observação: princípios e regras
devem ser analisados em nosso estudo. Princípios são ordenações gerais que têm
por objetivo regular determinadas situações. Esses princípios são expostos em
regras, ou seja, quando Deus desejou proteger o fruto do trabalho dos
israelitas, ordenou que não se furtasse. Os princípios desse mandamento são a
proteção da propriedade e a valorização do trabalho, e eles são expostos na
regra “não furtarás”. Portanto, os princípios estão no topo, e as regras, na
base. Regras podem variar com o passar do tempo, com o local e o povo, mas os
princípios não (Dt 4.8; Rm 7.12).
A lei de Deus também mostra o pecado do
homem. Ela não faz do homem um pecador, mas mostra o quanto ele é
inclinado a desobedecer às regras e princípios que Deus determinou. Paulo comenta isso em Romanos 5.20: “Veio,
porém, a lei para que a ofensa abundasse”, isto é, fosse devidamente conhecida.
“Pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3.20), ou seja, o conhecimento
pleno dele.
“Mas eu
não conheci o pecado senão pela lei” (Rm 7.7). Ou seja, Paulo deixa claro que a
lei traz o conhecimento de nossos pecados. Ela não os cria, mas os denuncia.
A lei mostra ainda a santidade de Deus. Deus é
santo, e não pode tolerar o pecado. A lei mostra que o padrão de Deus para uma
vida justa deve ser buscado pelo homem. Com o passar do tempo, percebeu-se que
essa busca pela justiça não poderia ser alcançada sem a ajuda de um Salvador, a
quem Deus enviou ao mundo, seu Filho Jesus Cristo. Apenas por Ele podemos nos
aproximar da santidade de Deus e buscá-la para um viver santo neste mundo
decaído.
Outras
Maneiras de Alistar Estas Leis.
A
divisão acima das Dez Palavras, conforme se encontra em Êxodo 20:2-17, é a natural.
É a mesma fornecida por Josefo, historiador judeu do primeiro século EC (Antiquities of the Jews [Antiguidades Judaicas], III, 91,
92 [v, 5]), e pelo filósofo judeu Filo, também do primeiro século EC, em The Decalogue (XII, 51). Outros, porém, inclusive
Agostinho, juntaram as duas leis contra deuses estranhos e contra imagens (Êx
20:3-6; De 5:7-10) num só mandamento, e, então, a fim de ainda ter dez,
dividiram Êxodo 20:17 (De 5:21) em dois mandamentos, criando assim um nono
contra cobiçar a esposa do próximo e um décimo contra cobiçar sua casa, e assim
por diante. Agostinho buscou apoio para a sua divisão teórica no alistamento
paralelo posterior do Decálogo, em Deuteronômio 5:6-21, onde se encontram duas
palavras hebraicas diferentes no versículo 21 (“Nem deves desejar [forma da
hebr. hhamádh] . . . Nem deves almejar
egoistamente [forma da hebr. ’awáh]”), ao invés de
no texto anterior de Êxodo 20:17, onde apenas o único verbo (desejar) ocorre
duas vezes.
Moisés, a Lei e a Nação de Israel
Em 1943
AEC, Deus escolheu Abrão para ser seu servo especial e mais tarde fez-lhe um
solene juramento devido à sua fidelidade em dispor-se a oferecer seu filho
Isaque em sacrifício, ainda que esse sacrifício não se consumasse. (Gênesis
12:1-3; 22:1-14) Naquele juramento, Deus disse: “Juro por Mim Mesmo, o SENHOR
[hebraico: יהוה, YHWH] declara: Por teres feito isto, e não teres
negado teu filho, teu dileto, dar-te-ei Minha bênção e farei teus descendentes
tão numerosos como as estrelas do céu . . . Todas as nações da terra se
abençoarão a si mesmas por meio de teus descendentes [“semente”, Al, rev. e
corr.], porque obedeceste a Minha ordem.” Este voto juramentado foi repetido ao
filho e ao neto de Abraão, passando então à tribo de Judá e à linhagem de Davi.
Este conceito estritamente monoteísta de um Deus pessoal tendo tratos diretos
com humanos era ímpar naquele mundo antigo, e veio a formar a base da religião
judaica. — Gênesis 22:15-18; 26:3-5; 28:13-15; Salmo 89:4, 5, 29, 30, 36, 37
(Salmo 89:3, 4, 28, 29, 35, 36).
Para cumprir suas promessas feitas a Abraão, Deus lançou o fundamento para uma nação firmando um pacto especial com os descendentes de Abraão.
Para cumprir suas promessas feitas a Abraão, Deus lançou o fundamento para uma nação firmando um pacto especial com os descendentes de Abraão.
Este
pacto foi instituído por meio de Moisés, o grande líder hebreu e mediador entre
Deus e Israel. Quem era Moisés, e por que é ele tão importante para os judeus?
O relato bíblico de Êxodo nos diz que ele nasceu no Egito (1593 AEC) de pais
israelitas que eram escravos no cativeiro junto com o restante de Israel. Foi
ele “a quem o SENHOR escolheu” para conduzir o Seu povo à liberdade em Canaã, a
Terra Prometida. (Deuteronômio 6:23; 34:10) Moisés cumpriu o papel vital de
mediador do pacto da Lei dado por Deus a Israel, além de ser seu profeta, juiz,
líder e historiador. — Êxodo 2:1-3:22.
Em que consiste a Lei de Moisés?
Quando
se faz referência à Lei de Moisés nas igrejas, geralmente está se falando dos
Dez Mandamentos. Mas esse é um engano, pois cumprir a Lei Mosaica é muito mais:
ela é composta de todo o código de leis formado por 613 disposições, ordens e
proibições. Em hebraico a Lei é chamada de Torá, que pode
significar lei como também instrução ou doutrina. O conteúdo da Torá são os cinco livros de Moisés, mas o termo Torá é aplicado igualmente ao Antigo Testamento como um
todo.
Jesus Cristo e a Lei de Moisés
É
interessante observar que Jesus posicionou-se claramente a favor do código
legal mosaico, pois disse: “Não penseis que vim revogar a
Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17). Entretanto,
Ele rejeitou com veemência as ordenanças humanas e as obrigações impostas
apenas pela tradição judaica (compiladas, posteriormente, no Talmude),
afirmando: “Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a
tradição dos homens. E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de
Deus para guardardes a vossa própria tradição. Pois Moisés disse: Honra a teu
pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte.
Vós, porém, dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe: Aquilo que
podereis aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta para o Senhor, então, o
dispensais de fazer qualquer coisa em favor de seu pai ou de sua mãe,
invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição, que vós mesmos
transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes” (Mc 7.8-13).
Jesus
defendeu firmemente a Palavra de Deus. Ele considerava o Pentateuco como
realmente escrito por Moisés, inspirado por Deus e normativo para Sua própria
vida e Seu ministério, pois afirmou: “Porque em verdade vos digo: até
que o céu e a terra passem, nem uma vírgula ou um til jamais passará da Lei, até que
tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos
menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus;
aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino
dos céus” (Mt 5.18-19).
A Lei de Moisés foi entregue a Israel
A
Lei fez de Israel algo especial, transformando-o em parâmetro para todos os
outros povos. A Bíblia exprime essa verdade da seguinte maneira: “Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te
escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há
sobre a terra” (Dt 7.6). Por conseqüência, o Israel do Antigo
Testamento era a única nação cuja legislação, jurisdição e jurisprudência
tinham sua origem na pessoa do Deus vivo.
A LEI E
A GRAÇA
A
Igreja de Jesus deve cumprir a Lei?
O
Senhor Jesus, cabeça da Igreja (Ef 5.23), validou toda a Lei Mosaica, inclusive
as 613 disposições, ordens e proibições, ao afirmar: “É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei”
(Lc 16.17). Ele avançou mais um passo, dizendo: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para
revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17). Jesus, ao nascer, também foi
colocado sob a Lei: “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4). Ele
foi criado e educado segundo os preceitos da Lei, pois cumpria suas exigências.
O
Senhor Jesus, porém, não apenas se ateve pessoalmente a toda a Lei de Moisés.
Foi essa mesma Lei que O condenou à morte. Quando tomou sobre Si todos os
nossos pecados, teve de morrer por eles, pois a Lei assim o exige. Vemos que a
Lei foi cumprida e vivida por Jesus, e através dEle ela alcançou seu objetivo.
Por isso está escrito que “...o fim da Lei é Cristo” (Rm
10.4).
Quando
sou confrontado com a Lei Mosaica, ela me apresenta uma exigência que devo
cumprir. Deus diz em Sua Lei : “...eu sou santo...” e
exige de nós: “...vós sereis santos...” (Lv 11.44-45). Assim,
a Lei me coloca diante do problema do pecado, que não posso resolver sozinho. O
apóstolo Paulo escreve: “...eu, todavia, sou carnal,
vendido à escravidão do pecado” (Rm 7.14).
A
lei expõe e revela nossa incapacidade de atender às exigências divinas, pois
ela nos confronta com o padrão de Deus. Ela nos mostra a verdadeira maneira de
adorá-lO, estabelece as diretrizes segundo as quais devemos viver e regulamenta
nossas relações com nosso próximo. Além disso, a Lei é o fundamento que um dia
norteará a sentença que receberemos quando nossa vida for julgada por Deus.
Pela Lei, reconhecemos quem é Deus e como nós devemos ser e nos portar. Mas
existe uma coisa que a Lei não pode: ela não consegue nos salvar. Ela nos expõe
diante de Deus e mostra que somos pecadores culpados. Essa é sua função.
Lembremos
que Jesus disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os
profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17). O
Filho de Deus está afirmando que veio a este mundo para cumprir a Lei com todas
as suas 613 disposições, ordenanças e proibições. Ele realmente cumpriu todas
elas, pelo que está escrito: “...o fim da lei é Cristo” (Rm
10.4). Ele conduziu a Lei ao seu final; ela está cumprida. Por que
Ele o fez? Encontramos a resposta quando lemos o versículo inteiro: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm
10.4). Jesus cumpriu a Lei para todos, mas Sua obra é eficaz apenas
para todo aquele que crê. Segundo
a Bíblia, que tipo de fé é essa? É a fé que sabe...
Jesus estabeleceu uma ética muito
superior...
...à
ética da Lei de Moisés. Ela exige: “Não adulterarás” (Êx 20.14). Mas
Jesus disse: “qualquer que olhar para uma mulher com intenção
impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28). A lei de
Moisés impõe: “Não matarás” (Êx 20.13). Mas Jesus
ensina: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e
orai pelos que vos perseguem” (Mt 5.44).
CONCLUSÃO
A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo,
pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé. [Comentário:
Devem os cristãos hoje guardar os Dez mandamentos? A unidade da Escritura
assume a continuidade da Lei de Deus. A Palavra de Deus nos revela uma ética
contínua e justa: “A Escritura não pode ser anulada” (João 10.35b).
Elaboração pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lições
bíblicas CPAD 1988
Livro
Os Dez Mandamentos = CPAD = Esequias Soares
Livro
Uma Jornada de Fé = PAD = Alexandre Coelho e Silas Daniel
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