27 de janeiro de 2015

Não Tomarás o Nome do Senhor em Vão



"Não Tomarás o Nome do Senhor em Vão"

TEXTO ÁUREO = "Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o SENHOR." 
(Lv 19.12)

VERDADE PRÁTICA = O terceiro mandamento proíbe o juramento indiscriminado e leviano, pois o voto é um tipo de compromisso que deve ser reservado para uma solenidade excepcional e incomum.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 20.7; Mateus 5.33-37; 23.16-19

INTRODUÇÃO

3. O terceiro mandamento. “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7). O nome de Deus representa Ele mesmo; sua divina natureza; seu infinito poder e seu santo caráter. Este mandamento, portanto, diz respeito à santidade do Senhor. Tomar o nome do Todo-Poderoso em vão é mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.

Tomar o nome do SENHOR, teu Deus, em vão é “recorrer ao irrealismo, ou seja servir-se do nome de Deus para apelar ao que não é expressão do caráter divino”. Tal uso profano do nome de Deus ocorre no perjúrio, na prática da magia e na invocação dos mortos. A proibição é contra o falso juramento e também inclui juramentos levianos e a blasfêmia tão comum em nossos dias. “Este mandamento não obsta o uso do nome de Deus em juramentos verdadeiros e solenes.” Deus odeia a desonestidade, e é pecado sério alguém usar o nome divino para encobrir um coração mau, ou para se fazer melhor do que se é.

A pessoa que procura disfarçar uma vida pecaminosa, ao mesmo tempo em que professa o nome de Cristo, quebra este terceiro mandamento. Tais indivíduos são culpados diante de Deus e só recebem misericórdia depois de se arrependerem. Os justos veneram o nome de Deus por ser santo e sagrado. (Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 190). Alan Cole afirma que “No judaísmo mais recente, esta proibição envolvia qualquer uso impensado e irreverente do nome YHWH. Este só era pronunciado uma vez por ano, pelo sumo-sacerdote, ao abençoar o povo no grande Dia da Expiação (Lv 23:27). Em sua forma original, o mandamento parece ter-se referido a jurar falsamente pelo nome de YHWH (Lv 19:12). Este parece ser o verdadeiro sentido do texto hebraico.

A lei permitia abençoar e amaldiçoar em nome de YHWH (Dt 11:26): isso equivalia virtualmente a proclamar Sua vontade e Seu propósito para com várias classes de indivíduos. Jurar pelo Seu nome era, então, permitido, embora fosse proibido por Cristo, séculos mais tarde (Mt 5.34). Na verdade, jurar pelo Seu nome (e não pelo de qualquer outro deus) era um sinal de que tal pessoa era um adorador de YHWH (Jr 4.2), e por isso era algo digno de louvor. 

Uma razão mais profunda para tal proibição pode ser vista no fato de que Deus era a única realidade viva para a mentalidade israelita. É por isso que Seu nome era sempre envolvido nos votos e juramentos, normalmente na fórmula “tão certo como vive o Senhor” (2 Sm 2:27). Usar tal frase e depois deixar de cumprir o voto era questionar a realidade da própria existência de Deus. Pois YHWH não terá por inocente. A explicação, embora correta, provavelmente não fazia parte do abrupto mandamento apodítico original” (R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 150).].

Todos nos naturalmente temos uma abertura no rosto, a qual chamamos de boca. E obviamente em cada boca à um pequeno órgão chamado língua. A língua, apesar de relativamente pequena quando comparado com o restante do corpo, é uma força muito poderosa e influente no corpo todo. A Bíblia nos diz que: "...A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniquidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno. Pois toda espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano, mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal..." (Tiago 3:6-8). Paulo nos aconselha que, como cristãos, devemos usar nossa língua para atividades nobres, diz ele: "...Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem..." (Efésios 4:29). Ele também nos diz em Colossenses 3:08 "...Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca...". Neste 3º Mandamento, não estamos falando apenas de uma boca suja, que vomita palavrões ou palavras torpe. Este Mandamento trata de algo muito mais grave, trata-se da utilização indevida ou o uso profano do Santo Nome de Deus em vão. O nome de Deus é para ser usada em conexão com o seu louvor ou sua proclamação. Infelizmente, para muitos parece, que o nome de Deus é como mais uma palavra corriqueira que pode ser usada de qualquer forma.

O terceiro Mandamento - Um nome Venerável

Venerável = Sagrado, Santo; que é digno de veneração, respeito e Reverencia; muito respeitável. Esta é a definição da palavra segundo os dicionários. Nos tempos Bíblicos, ao contrario de hoje os nomes tinham grande importância, os nomes na Bíblia geralmente revelavam algo sobre a pessoa, sua ascendência, sua origem, etc. E isto é especialmente verdadeiro e forte no que diz respeito aos nomes de Deus. Vejamos:

"YHWH / YAHWEH / JEOVÁ / SENHOR" (Deuteronômio 6:4, Daniel 9:14) - A rigor, este é o único nome próprio para Deus. Traduzido nas bíblias em português como "SENHOR" (com letras maiúsculas) para distingui-lo de Adonai, "Senhor". A revelação do nome é primeiramente dada a Moisés "Eu sou quem eu sou" (Êxodo 3:14). Este nome especifica um imediatismo, uma presença. Yahweh está presente, acessível, perto dos que o invocam por livramento (Salmo 107:13), perdão (Salmo 25:11) e orientação (Salmo 31:3). Ele descreve Deus como auto existente imutável e eterno. (Mal. 03:06, Tiago 1:17). Na Bíblia, o nome "SENHOR" muitas vezes está associado a outras palavras formando assim os nomes compostos de Deus que revelam mais sobre Sua natureza e Seus atributos. Alguns deles são:

JEOVÁ-JIRÉ:"O Senhor proverá" (Gênesis 22:14) - o nome utilizado por Abraão quando Deus proveu o carneiro para ser sacrificado no lugar de Isaque.

JEOVÁ-RAFA:"O Senhor que sara" (Êxodo 15:26) - "Eu sou o Senhor que te sara", tanto em corpo e alma. No corpo, através da preservação e da cura de doenças, e na alma, pelo perdão de iniquidades.

JEOVÁ-NISSI:"O Senhor é minha bandeira"(Êxodo 17:15), onde por bandeira entende-se um lugar de reunião antes de uma batalha. Esse nome comemora a vitória sobre os amalequitas no deserto em Êxodo 17.

JEOVÁ-MAKADESH:"O Senhor que santifica, torna santo" (Levítico 20:8, Ezequiel 37:28) - Deus deixa claro que apenas Ele, e não a lei, pode purificar o Seu povo e fazê-los santos.

JEOVÁ-SHALOM:"O Senhor nossa paz" (Juízes 6:24) - o nome dado por Gideão ao altar que ele construiu após o Anjo do Senhor ter-lhe assegurado de que não morreria como achava que morreria depois de vê-lO.

JEOVÁ-ELOIM:"Senhor Deus" (Gênesis 2:4, Salmo 59:5) - uma combinação do singular nome YHWH e o nome genérico "Senhor", significando que Ele é o Senhor dos senhores.

JEOVÁ-TSIDIKENU:"O Senhor nossa justiça" (Jeremias 33:16) - Tal como acontece com Jeová-Makadesh, só Deus proporciona a justiça para o homem, em última instância, na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, o qual tornou-se pecado por nós "para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21).

JEOVÁ-ROHI:"O Senhor nosso Pastor" (Salmo 23:1) - Depois de Davi ponderar sobre seu relacionamento como um pastor de ovelhas, ele percebeu que era exatamente a mesma relação de Deus com ele, e assim declara: "Yahweh-Rohi é o meu Pastor. Nada me faltará" (Salmo 23:1).

JEOVÁ-SHAMMAH:"O Senhor está ali" (Ezequiel 48:35) - o nome atribuído a Jerusalém e ao templo lá, indicando que o outrora partida glória do Senhor (Ezequiel 8-11) havia retornado (Ezequiel 44:1-4).

JEOVÁ-SABAOTH:"O Senhor dos Exércitos" (Isaías 1:24, Salmos 46:7) - Exércitos significa "hordas", tanto dos anjos quanto dos homens. Ele é o Senhor dos exércitos dos céus e dos habitantes da terra, dos judeus e gentios, dos ricos e pobres, mestres e escravos. O nome expressa a majestade, poder e autoridade de Deus e mostra que Ele é capaz de realizar o que determina a fazer.

"ELOHIM": Deus "Criador, Poderoso e Forte" (Gênesis 17:7; Jeremias 31:33); esta é a forma plural de Eloah, a qual acomoda a doutrina da Trindade, refere-se ao Ser Supremo, fiel, Deus Uno e Trino. 

Na primeira frase da Bíblia, a natureza superlativa do poder de Deus é evidente quando Deus (Elohim) fala para que o mundo exista (Gênesis 1:1). Esta é a palavra comum para Deus na Bíblia. É usado mais de 2.000 vezes no Antigo Testamento. Na verdade, quando Deus saiu da eternidade para revelar-se ao homem, este é o nome que ele escolheu. Um nome representando a si mesmo como o forte e fiel.

EL, ELOAH: Deus "poderoso, forte, proeminente" (Gênesis 7:1, Isaías 9:6) - etimologicamente, El parece significar "poder", como em "Tenho o poder para prejudicá-los" (Gênesis 31:29). El é associado com outras qualidades, tais como integridade (Números 23:19), zelo (Deuteronômio 5:9) e compaixão (Neemias 9:31), mas a raiz original de ‘poder’ continua.

EL SHADDAI: "Deus Todo Poderoso", "O Poderoso de Jacó" (Gênesis 49:24; Salmo 132:2,5) - fala do poder supremo de Deus sobre todos.

ADONAI:"Senhor" (Gênesis 15:2; Juízes 6:15) - usado no lugar de YHWH, o qual os judeus achavam ser sagrado demais para ser pronunciado por homens pecadores. No Antigo Testamento, YHWH é mais utilizado em tratamentos de Deus com o Seu povo, enquanto que Adonai é mais utilizado quando Ele lida com os gentios.

EL ELIOM:"Altíssimo" (Deuteronômio 26:19) - derivado da raiz hebraica para "subir" ou "ascender", então a implicação refere-se a algo que é muito alto. El Elyon denota a exaltação e fala de um direito absoluto ao senhorio.

EL ROI:"Deus que vê" (Gênesis 16:13) - o nome atribuído a Deus por Agar, sozinha e desesperada no deserto depois de ter sido expulsa por Sara (Gênesis 16:1-14). Quando Agar encontrou o Anjo do Senhor, ela percebeu que tinha visto o próprio Deus numa teofania. Ela também percebeu que El Roi a viu em sua angústia e testemunhou ser um Deus que vive e vê tudo.

EL-OLAM:"Deus eterno" (Salmo 90:1-3) -A natureza de Deus não tem princípio, fim e nem quaisquer limitações de tempo. Deus contém dentro de Si mesmo a causa do próprio tempo. "De eternidade a eternidade, tu és Deus."

EL-GIBOR:"Deus Poderoso" (Isaías 9:6)- o nome que descreve o Messias, Jesus Cristo, nesta porção profética de Isaías. Como um guerreiro forte e poderoso, o Messias, o Deus Forte, vai realizar a destruição dos inimigos de Deus e governar com cetro de ferro (Apocalipse 19:15).

O nome de Deus deve ser usado com extrema reverência e adoração. Os escribas por exemplo; quando tinha que escrever o Nome de Deus em uma obra, eles paravam, lavavam-se, mudavam de veste e caneta, e somente assim escrevia. 

Logo em seguida, eles depositava a caneta usada em um lugar onde nunca mais poderia ser usado por ninguém para escrever outra palavra. Ainda hoje muitos judeus ortodoxos para não usar o nome de Deus em vão, nem sequer dizem o nome Jeová ou Javé. Ao invés disso, eles usam a palavra Deus, ou Adonai.

O terceiro Mandamento - Banalizando o nome de Deus

Este mandamento nos diz que é errado usar o nome de Deus em coisas vã. A palavra vão, significa algo vazio, oco, inútil, sem valor; ilusório, sem fundamento real, fútil, frívolo, falso, ignorante, ineficaz. Quando usamos o nome de Deus de forma vã, estamos cometendo uma blasfêmia! Infelizmente, em nossos dias ouvimos o Nome de Deus ser degradado com muito mais frequência do que ouvimos ser exaltado! É quase que normal ouvirmos palavras de maldição em conjunto com o nome de Deus, coisa do tipo pesar a mão, aperta, etc, mas se analisarmos os exemplos dos santos na Bíblia, não vemos nada disso; mas sim quando eles eram ofendidos perseguidos e ate mesmo apedrejados, clamavam a Deus para perdoar seus agressores, hoje muitos de nos por qualquer coisa já esta pedindo a Deus para pesar a mão, usando desta forma o nome de Deus para a maldição do próximo.

Quantas vezes ouvimos, a expressão: Oh Deus!, Oh meu Deus!, Jesus, Oh Jesus, Oh Cristo, Jesus Cristo!, Deus Todo Poderoso!, Oh, Senhor!, Meu Deus!, my god, ou qualquer um dos milhares de jargões que mesmo os cristãos muitas vezes usam de forma inapropriada. Na TV os artista brincam com o nome de Deus, e seus clichês são logo absorvidos pela plateia. Pessoa usam o nome de Deus em associação a seus clubes de futebol, etc. Ou mesmo quando pronunciamos o nome de Deus metodicamente, quero dizer, domingo após domingo, nas canções e nas orações e nos testemunhos, mas sem sinceridade e sem reverência genuína, estamos usando o nome de Deus em vão. Ou quando usamos como uma camuflagem em meio a hipocrisia, prometemos a Deus fazer uma coisa e fazemos outra, então somos culpados diante dEle. Se seu nome revela seu caráter, e nós estamos usando Seu Nome, então a nossa hipocrisia envia uma falsa imagem de Deus e, portanto, viola o Seu Nome. "A hipocrisia da igreja é muito pior do que a profanação da rua." - Greg Laurie). "...E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?.."(Lucas 6:46). Não seja culpado de se esconder atrás do nome de Deuscomo uma camuflagem para o mal!

O nome de Deus será vindicado

Haverá punição para o infrator, Deus vai lidar com aqueles que intencionalmente violou a santidade do Seu Nome. As pessoas que usam o nome de Deus em vão devem se arrepender. O plano de Deus para o Seu povo é que quando usamos o Seu nome, devemos fazer com reverência e respeito. Os cristãos não têm necessidade de jurar, ou anexar um juramento a seus discursos. "...Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna..."(Mateus 5:37), "...Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação..." (Tiago 5:12). Alguns pode estar se perguntando: O que dizer então? Quanto menos falar, melhor será quando estivermos diante do Senhor "...Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo..." (Mateus 12:36). Deus não quer que você corte a língua de sua boca, mas Ele quer que ela seja consagrada e dedicado totalmente a Sua adoração e Sua glorificação. Como você está usando sua língua? Lembre-se: Não use o nome de Deus em vão.

TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO

A importância do nome = Os nomes das pessoas e das coisas são muito importantes. Tanto é assim que o grande escritor William Shakespeare chegou a escrever em uma das suas peças: “se a rosa tivesse outro nome, não cheiraria tão doce”. 

Nomes são tão importantes que reagimos mal quando nosso nome é escrito ou  pronunciado errado. Nomes ou apelidos (uma outra forma de nome) ridículos causam complexos nas pessoas. Nos tempos bíblicos, os nomes talvez fossem ainda mais importantes, pois, na cultura daquela época, o nome caracterizava a personalidade da pessoa à qual se referia. Conhecer um nome significava ter um certo grau de intimidade com a pessoa que usava aquele nome. Alguns exemplos podem demonstrar bem o que eu acabei de falar:

 •Jacó mudou de nome - para Israel (“aquele que luta com Deus”) -, depois do episódio da luta com o anjo (ver Gênesis capítulo 32, versículos 22 a 30).

•Quando Moisés se encontrou com Deus pela primeira vez, no monte Sinai, assim que soube da sua missão - libertar o povo de Israel da escravidão -, perguntou qual era o nome de Deus. Ao saber esse nome, que ninguém até então conhecia, Moisés demonstraria ao povo de Israel que tinha grande intimidade com Deus.

•Outros personagens bíblicos importantes também mudaram de nome (por exemplo de Abrão para Abraão) ou passaram a ser conhecidos por apelidos  (por exemplo Simão virou Pedro), à medida que evoluiam na vida espiritual.

Dar nome a alguém ou a alguma coisa significava que aquele que estava nomeando tinha poder espiritual sobre o que era nomeado. Por isto, os pais ou as mães davam o nome dos filhos – prática que continua até os dias de hoje -, Adão nomeou os animais (ver Gênesis capítulo 2, versículos 19 e 20) e as pessoas nomeavam os lugares importantes para elas – por exemplo, Jacó fez isto com Betel e Peniel.

E é por causa da importância que o nome tem que somos batizados, segundo ensina a Bíblia, em NOME do Pai, Filho e Espírito Santo e oramos NOME de Jesus.




O porquê do Terceiro Mandamento

O Terceiro Mandamento é o seguinte: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (ver Êxodo, capítulo 20, versículo 7). Acho que pelo que já expliquei antes, fica bem evidente a razão de haver um mandamento com esse conteúdo.

Como ninguém pode compreender totalmente a natureza de Deus e/ou ter poder sobre Ele, ninguém pode nomeá-lo - por isso, Ele mesmo disse a Moisés como deveria ser chamado e a expressão que usou foi propositalmente vaga: “Eu sou o que sou”, ou ainda segundo algumas traduções “Eu serei o que sempre tenho sido” (ver Êxodo capítulo 3, versículos 13 a 15).

Nomear a Deus, portanto, seria como fazer uma imagem ou figura dele - ou seja tentar descrever a sua realidade - o que também é proibido, de acordo com o Segundo Mandamento.

E não é por acaso que o mandamento de não tomar o nome de Deus em vão segue imediatamente o mandamento de não fazer imagens ou figuras Dele, pois uma coisa é, de certa forma, continuação da outra.

Mas se não podemos nomear Deus, muito menos podemos tomar algo que é sagrado - o nome de Deus - para uso  indevido (em vão). Ou seja, não se pode usá-lo em interjeições (algo que é muito comum), em adivinhações, em piadas, em promessas vãs e em maldições. Não podemos associar o nome de Deus a situações desse tipo, pois isso é um desrespeito para com Ele.

É exatamente por isto que os judeus nunca se referem a Deus pelo seu nome, pois não querem correr o risco de violar o Terceiro Mandamento. Usam, em lugar desse nome, as palavras Senhor ou Eterno. Aliás, isto também é feito em muitas traduções da Bíblia: frequentemente, ao vermos grafada a palavra SENHOR (Adonai), é porque no texto original consta o nome Dele.

Juramentos

Resta ainda uma dúvida quanto ao Terceiro Mandamento: podemos jurar em nome de Deus, no caso de uma assunto sério? A resposta para isso é não, mas a proibição  não vem do Terceiro Mandamento em si, mas de um mandamento específico dado pelo próprio Jesus - Ele nos mandou nunca jurar mas somente falar sim ou não (ver Mateus, capítulo 5 versículos  33 a 37).



Conclusão

As razões para o Terceiro Mandamento são muito simples de entender, como também é relativamente simples cumprir o que é pedido de nós. Por isto mesmo é surpreendente perceber que esse é um dos mandamentos mais descumprido pelas pessoas. Na verdade, para cumprir o mandamento basta  ter disciplina para não falar o que não devemos, especialmente quando ficamos estressados e perdemos um pouco o auto-controle. Nesse particular, os cristãos têm muito que aprender com os judeus.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Jovens e Adultos;

desafiodesercristao.blogspot.com.br

redemissionariacrista.blogspot.com.br

Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);

Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;

Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.

HAMILTON, Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. I.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

COHEN, Armando Chaves. Comentário Bíblico Êxodo. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1 998.



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