INTEGRIDADE
EM TEMPOS DE CRISE
TEXTO ÁUREO = “Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião
contra Daniel a respeito cio reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa
alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa” (Dn
6.4).
VERDADE PRÁTICA = A integridade deve ser a nossa marca,
compreendendo igualmente coração, mente e vontade.
LEITURA
BIBLICA = Daniel 6.3-5,10,11,15,16,20
INTRODUÇÃO
O versículo final do capítulo 5 e o primeiro versículo do
capítulo 6 nos introduzem ao novo governo. Embora Ciro fosse o conquistador,
Dario, o medo, é apresentado como o monarca no poder na Babilônia. Parece que a
política de Ciro era deixar a administração do governo nas mãos de outros,
enquanto seguia em frente com novas conquistas. Durante muitos anos um dos
problemas cruciais do livro de Daniel tem sido a identidade de Daria, o medo, o
filho de Assuero (5.31; 9.1). A história secular não fornece nenhum tipo de
ajuda para solucionar esse problema. O mesmo se podia dizer de Belsazar, até
que as inscrições cuneiformes começaram a revelar seus segredos.
DANIEL UM
HOMEM INTEGRO EM UM MEIO POLITICO CORRUPTO
6: 1-2 - Dario (Gubaru, veja
DanieI5:31) estabeleceu a administração do seu reino, nomeando 120 sátrapas
(governadores). Sobre esses sátrapas ele
nomeou três presidentes ou comissários.
6:3 - Um excelente espírito
estava em Daniel, e Dario procurou fazer dele governador de toda a área. Que elogio! Não admira que Dario o colocasse na primeira
posição no reino. Daniel deveria agora estar nos seus oitenta anos, mas não cessou
de ser um dirigente, em atitude e em trabalho.
6:4-5 - Ciúme e inveja levaram
os outros presidentes e príncipes a procurarem pretexto para apontarem falta em
Daniel. Eles queriam que Daniel fosse removido não
somente porque eles podiam ter desejado sua posição, mas talvez porque ele
complicasse a vida deles, por sua defesa da retidão. (p. ex., se você gostasse
de tomar um pouco de bebida, poderia seu amigo do peito ser um que não
gostasse? d. João 3:20.) Outro elogio é feito a Daniel pelo fato que eles
sabiam que o único meio para fazerem alguma acusação contra ele seria
relacionado com seu serviço a Deus.
Avanço Político de Daniel (6.1-3) = Na reorganização do governo, Dario seguiu a política liberal de
Ciro e logo dividiu a responsabilidade da administração. A nomeação de 120
presidentes (1), sobre os quais foram colocados três príncipes (2), pode ter
sido um arranjo temporário para assegurar a coleta regular dos impostos e
manter um sistema de arrecadação e contabilidade. A breve explicação do
versículo 2 parece indicar isso: aos quais esses presidentes dessem conta, para
que o rei não sofresse dano.
Dos três presidentes, Daniel se distinguiu. E Dario encontrou
nele um espírito excelente (3) e planejava estender sua autoridade sobre todo o
reino. Daniel devia ter em torno de 85
anos ou talvez se aproximasse dos 90 anos. Ele tinha passado por diversas crises
políticas. Agora, a sua reputação de homem íntegro e honesto chegara ao
conhecimento dos novos governantes. Talvez informantes tenham aconselhado os
novos governantes acerca da posição de Daniel na noite fatal da queda de
Belsazar. Quaisquer que fossem as circunstâncias, o homem de Deus estava pronto
para servir onde fosse necessário.
6:6-9 - Eles decidiram ir ao
rei e usá-lo como armadilha para Daniel. Eles
bajulam Dario, e então seduzem o seu ego engrandecido sugerindo que emita um
decreto real proibindo a adoração de quem quer que seja, além do próprio rei,
durante um período de trinta dias. A desobediência a este decreto seria o
lançamento do culpado na cova dos leões. O rei Dario assinou um decreto fazendo
que isso fosse um estatuto que não poderia ser cancelado ou mudado, nem mesmo
pelo próprio rei.
A Trama dos Presidentes (6.4-9) = Um homem de fidelidade e honestidade é desconcertante para
maquinadores desonestos. Ver Daniel prestes a receber uma promoção que o
colocaria acima deles era mais do que os príncipes e os presidentes podiam
tolerar. Eles precisavam destruir Daniel a qualquer custo. O fracasso em
encontrar falhas na administração de Daniel os fez buscar uma maneira de
atacá-Lo no seu ponto mais forte - sua religião e a lei do seu Deus (5).
O rei foi ingênuo no que tange à sugestão dos inimigos de
Daniel. Era bastante comum para os governantes dos medos e persas colocar-se no
lugar de um dos seus deuses e requerer a adoração do povo. Dario sentiu-se
lisonjeado em ser o centro da devoção religiosa por um mês, assim, assinou esta
escritura e edito (9).
DANIEL UM HOMEM INTEGRO QUE NÃO
TRANSIGIU COM SUA FÉ EM DEUS
Daniel deu graças diante de seu
Deus "como costumava fazer", 6: 1 0-15.
6: 10 - A lealdade de Daniel a
Deus vinha em primeiro lugar. A trama
que tinha sido lançada desafiava sua lealdade ao rei. Contudo, Daniel não mudou
sua prática usual. Ele era leal ao rei, mas Deus seria sempre o primeiro.
Ele era um homem de oração. Sua vida exterior era sem falta
porque sua vida interior era totalmente devota e pura. Três vezes por dia, ele
se ajoelhava e orava.
6: 11-13 - Os inimigos de
Daniel observaram-no infringindo o decreto do rei e correram para contar. Primeiro, eles lembraram o rei do estatuto que assinou, depois
acusaram Daniel de violar sua ordem três vezes por dia.
6: 14-15 - O rei ficou descontente consigo mesmo e procurou achar um modo
de livrar Daniel, mas o decreto real não podia ser alterado.
A Devoção Corajosa de Daniel
= A resposta de Daniel foi inequívoca.
Alterar seus hábitos de devoção ou tornar secreta a sua relação com o seu Deus
seria uma negação básica. Ele se punha de joelhos, e orava, e dava graças,
diante do seu Deus, como também antes costumava fazer (10). Essa era uma lei
que não tinha o direito de estar nos livros dos estatutos. Tornar uma questão
de profunda consciência uma ilegalidade é uma grande traição contra o Deus dos
céus.
A questão
da autoridade do estado e do direito da consciência individual tem se tornado
crucial muitas vezes em nosso século iluminista. E, semelhantemente a Daniel,
homens têm sido traídos por causa de uma posição de consciência. Os presidentes
conspiradores relataram a Dario: "Daniel, um dos exilados de Judá, não te
dá ouvidos, Ó rei, nem ao decreto que assinaste. Ele continua orando três vezes
por dia" (13; NVI).
O rei ficou triste quando percebeu as implicações da sua ação.
Ele propôs dentro do seu coração livrá-Io (14) da armadilha legal na qual ambos
haviam sido apanhados por intermédio dessa trama abominável. Os maquina dores
pressionaram o rei de maneira cruel e desavergonhada (15). Eles pressionaram o
rei a fazer o que sentia repugnância em fazer, ou seja, lançar Daniel na cova
dos leões (16).
DANIEL NA COVA DOS LEÕES
Daniel é salvo das bocas dos
leões, 6: 16-24.
6: 16-19 - O rei expressou
esperança de que o Deus de Daniel o livrasse.
Ainda que ele dissesse isto, passou uma noite sem dormir. De manhã bem cedo foi
até a cova dos leões perguntar sobre Daniel. Alguns dos que declaram fé em Deus
parecem ser mais ou menos como Dario: seus atos não correspondem a suas
palavras (Hebreus 13:5-6).
6:20-23 - Quando o rei gritou
por Daniel, para ver se Deus o tinha salvo, Daniel respondeu com simpatia ao
rei. Daniel sabia que o rei não era seu inimigo, e assegurou-lhe que
Deus tinha enviado um anjo para fechar as bocas dos leões, porque era inocente
de qualquer má ação. "Nenhum dano se achou nele, porque crera no seu
Deus."
A cova foi selada com o anel do rei (17), de tal modo que não
havia chance de escapar. O rei retomou ao palácio, mas não para comer ou
dormir. Dario passou a noite em jejum (18) e, sem dúvida, em oração a todos os
deuses que conhecia. Ao amanhecer, o rei se apressou em ir à cova dos leões. A
NVI traduz o versículo 20 da seguinte maneira: "Quando ia se aproximando
da cova, chamou Daniel com voz que revelava aflição: 'Daniel, servo do Deus
vivo, será que o seu Deus, a quem você serve continuamente, pôde livrá-lo dos
leões?'' (20).
6: 24 - Aqueles que tramaram contra Daniel foram, então, lançados na
cova dos leões. A resposta de Daniel do
fundo da cova foi o som mais maravilhoso que o rei desejava ouvir. Ó rei, vive
para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões.
A alegria do rei revela a estima que ele tinha por Daniel. E seu
sentido de justiça é percebido em seu esforço para corrigir o erro que havia cometido,
pela reversão imediata do édito e o castigo resoluto dos maquinadores
perversos.
O decreto de Dario para louvar
o Deus vivo, 6:25-28.
6: 25-27 - O rei emitiu um decreto dirigido a todos sob seu domínio, que
declarava que o Deus de Daniel era o Deus vivo, cujo reino jamais seria
destruído. Este é o Deus onipotente que livrou Daniel da força dos leões.
6: 28 - Daniel prosperou durante o domínio babilônio, cerca de setenta
anos, por causa de sua grande fé em Deus. Agora ele prospera durante o reinado
de Ciro, o rei da Pérsia, e de Dario, o Medo, o governante da província
caldaica sob Ciro.
Embora a reação imediata de Dario tenha sido de corrigir a
injustiça que havia feito a Daniel e punir os verdadeiros ofensores, ele foi
muito além disso. Ele reconheceu que a verdadeira injustiça tinha sido cometida
contra o Deus de Daniel. Na verdade, o decreto que havia colocado Daniel na
cova dos leões tinha proscrito a lei do Deus vivo (26) no reino dos medos e
persas. Esse édito precisava ser neutralizado por um outro, amplo em seu
alcance e específico em suas implicações. Assim, onde o primeiro édito proibia
fazer uma oração a qualquer outro a não ser ao rei, o segundo ordenava
reverência ao Deus de Daniel em todo o reino. Provavelmente, a verdadeira
adoração não pode ser assegurada por um édito real, mas ela certamente pode ser
encorajada.
A ordem do rei e a declaração de louvor expõem a glória de Deus
em termos quase tão abrangentes e claros quanto aquelas proclamadas pelo grande
Nabucodonosor, o caldeu. O Deus de Daniel [...] ele é o Deus vivo e para sempre
permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele
livra, e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra (26-27).
CONCLUSÕES
1. Daniel 6: 10- Deus tem que ser obedecido mesmo acima da lei do país (Atos 4:
18-20; 5:29). O diabo nos provará. Se
pensarmos que somos fortes, preparemo-nos para ter nossa lealdade desafiada (1
Coríntios 10: 12; 1 Pedro 5:8-9).
2. Daniel 6:22-23 - As crianças se emocionam com esta história de Daniel na cova
dos leões, porém ela é mais do que uma história de crianças. É para homens de
grande coragem que têm fé e humildade de criança. A razão pela qual Daniel não
foi ferido é porque ele acreditava em Deus. Deus livrará todos os que crêem
verdadeiramente nele. Daniel pôs a fé em ação! (Hebreus 13:5-6; Mateus 6:33; 2
Coríntios 9:8; Efésios 3:20-21; Apocalipse 14:12-13).
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
www.estudosdabiblia.net
Comentário Bíblico Beacon Daniel
Nenhum comentário:
Postar um comentário