A QUEDA DO
IMPÉRIO BABILÔNICO
TEXTO ÁUREO = “E te levantaste contra o Senhor do céu, [...] além disso,
deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e
de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a
tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste” (Dn 5.23)
VERDADE PRÁTICA = Se nos rebelarmos contra o Soberano e
Santo Deus Ele nos abatera
LEITURA
BIBLICA = Daniel 5: 1, 2,22-30
INTRODUÇÃO
A primeira metade do livro de Daniel é o registro de uma série
de encontros cruciais entre o orgulho e poder de homens insignificantes e o
grande e bondoso Deus. Este, em última análise, dirige as ações dos homens quer
eles reconheçam isso, quer não. O incidente desse quinto capítulo serve como
clímax da jornada meteórica ao longo da história do reino Babilônico. Após a
morte de Nabucodonosor, o seu filho, Evil-Merodaque, o sucedeu no trono. Esse é
o rei que deu honra especial ao rei Joaquim, depois de 37 anos de exílio, ao
soltáá10 da prisão e designar-lhe uma pensão (Jr 52.31-34; 2 Rs 25.27-30).
Depois de dois anos, Neriglissar, o cunhado de Evil-Merodaque,
liderou uma revolta e o assassinou. Neriglissar tinha se casado com uma das
filhas de Nabucodonosor e reivindicava um certo direito real, especialmente por
meio do seu filho, Labashi-Marduque. Mas o jovem não recebeu apoio e logo foi
morto pelos seus amigos de confiança. Os generais e líderes políticos
escolheram Nabonido, outro genro de Nabucodonosor, um auxiliar experimentado e
de confiança durante a maior parte do seu reinado. Nitocris, filha de
Nabucodonosor, deu um filho a Nabonido. Seu nome era Belsazar. Por causa do seu
sangue real, Belsazar, três anos após a ascensão de Nabonido ao trono, foi
feito co-regente com seu pai. Ele tinha a incumbência de governar a cidade e
província da Babilônia. Esse foi o rei Belsazar descrito por Daniel, como os
caracteres cuneiformes têm revelado após décadas de confusão sobre a sua
identidade, mesmo entre estudiosos conservadores.
O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR
A Orgia Profana de Belsazar (5.1-4) = Além de toda a herança real do grande Nabucodonosor, seu avô,
Belsazar tornou-se conhecido por causa da sua devassidão e crueldade.
Atribui-se
a Xenofonte a história em que um dos nobres de Belsazar venceu o rei numa
caçada. Por esse motivo, Belsazar matou o nobre na mesma hora. Mais tarde, em
uma festa, um dos convidados foi elogiado por uma das mulheres.
O rei ordenou que o convidado fosse mutilado para eliminar
qualquer possibilidade de ser elogiado novamente.Criado em um ambiente de luxo,
em
que o poder e a adulação fizeram parte da sua vida já em tenra
idade, ele tinha poUC23 chances de não se tornar uni egoísta insensato e um
autocrata cruel.
Mas agora, catorze anos
como segundo no comando do reino, Belsazar precisava encarar grandes
responsabilidades. Nabonido, seu pai, estava no campo de batalha com o exército
caldeu tentando rechaçar os ataques das forças conjuntas dos Medos e Persas.
Uma província após outra do império da Babilônia tinha caído. Agora, os
exércitos de Ciro cercavam a capital como o último obstáculo a ser vencido.
Mas não era essa a grande Babilônia inconquistável? Seus muros
podiam resistir a qualquer assalto. Sua fartura em mantimentos e seu suprimento
de água inesgotável poderiam sobreviver a qualquer cerco. Para demonstrar seu
desdém pela ameaça persa, Belsazar decretou uma festa para toda a cidade. Por
meio de um convite especial para mil dos seus grandes (1), ele preparou uma
festa no palácio real. Ele convidou as mulheres do harém real para acrescentar
diversão à festa. Então o próprio rei liderou a festa oferecendo bebida para
todos. Em dado momento, "inflamado pelo muito vinho" (2, Berkeley),
Belsazar se deixou levar por um impulso imprudente. Ele ordenou que fossem
buscados os utensílios sagrados que seu avô tinha trazido de Jerusalém para a
Babilônia (3) cinqüenta anos atrás. Eles beberam dessas taças, coisa que nenhum
outro ousara fazer até então. Belsazar e seus companheiros de festa beberam
dessas taças e deram louvores aos deuses (4) da Babilônia. Xenofonte relata que
a festa se tornou tão barulhenta que o general de Ciro, Gobrias, declarou:
"Não deveria me surpreender se as portas do palácio estivessem abertas agora,
porque parece que toda a cidade se entregou à folia".
O IRREVOGÁVEL JUIZO DE DEUS
A Aparição do Julgamento (5.5-9) = Subitamente, sem aviso prévio, a festança deu lugar a um
silêncio chocante. Na parede rebocada apareceram alguns dedos de mão de homem
(5) que lentamente começaram a escrever uma mensagem. Mas o rei não conseguiu
entender uma única palavra do que tinha sido escrito, nem seus convidados de
honra. Então, se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as
juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro (6).
Quando Belsazar conseguiu falar, ele começou a gritar e chamar
os peritos na sabedoria, os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores (7), para
explicar esse mistério. O rei prometeu todo tipo de recompensa e promoção para
qualquer um que pudesse ler a escrita na parede e interpretar a sua mensagem.
Esse homem seria vestido de púrpura (púrpura real), uma cadeia de ouro seria
colocada ao redor do seu pescoço e ele se tornaria o terceiro em importância no
governo do seu reino.
Esse era o posto mais elevado disponível, visto que Nabonido
ocupava o posto mais elevado, e Belsazar, o segundo. Quando os sábios não
conseguiram decifrar a escrita, o rei e todos os convidados ficaram outra vez
aterrorizados. O termo aramaico usado aqui, mishettabbeshiyn, significa muito
mais do que perplexidade. Na verdade, havia "confusão e grande comoção na
assembléia”.
Daniel é Chamado (5.10-12) = Enquanto
os homens clamavam e as mulheres gritavam, a rainha (10; rainha-mãe. Nitocris),
que havia se ausentado da festa, entrou na sala do banquete do palácio.
Assumindo o comando da situação histérica com postura e dignidade, ela
gentilmente admoestou o rei, seu filho, e o instruiu na ação a ser tomada. Ela
lembrou-o de um homem que tem o espírito dos deuses santos (11). Esse homem
havia provado sua capacidade extraordinária inúmeras vezes ao desvendar os
segredos sobrenaturais nos dias do seu avô Nabucodonosor. Era o próprio Daniel,
chamado Beltessazar (12), que Nabucodonosor havia constituído chefe dos sábios
da Babilônia.
A SENTEÇA CONTRA BELSAZR E A
QUEDA DE BABILÔNIA
A Interpretação de Daniel (5.13-29) = Então, Daniel foi introduzido à presença do rei (13).
Negligenciado havia muito tempo e completamente esquecido, agora tinha chegado
a hora do homem de Deus. A mesma recompensa extravagante que o rei havia
prometido previamente lhe foi proposta (16), mas Daniel não deu importância às
"ninharias" do rei (17) e foi direto à crise que o rei embriagado e
sua cidade estavam enfrentando. Daniel o confrontou de forma cortês, mas sem
rodeios com uma mensagem de Deus.
Daniel recordou as lições que Belsazar deveria ter aprendido da
história, especialmente em como Deus tratara a vida do seu avô. Ele conduziu a
atenção para o orgulho de Nabucodonosor e sua trágica humilhação (18-22), Então
veio uma estocada na própria consciência de Belsazar: E tu, seu filho Belsazar,
não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste de tudo isso. E te levantaste
contra o Senhor do céu (22-23).
A escrita na parede havia terminado. Quatro palavras misteriosas
brilhavam na parede. Elas foram escritas na língua dos caldeus, mas qual era o
seu significado? MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM (25).
Daniel explicou cada palavra com um significado duplo. MENE,
MENE significava "contado, contado": Contou Deus o teu reino e o
acabou (26); TEQUEL - "pesado": Pesado foste na balança e foste
achado em falta (27). PARSIM - "fragmentos quebrados" (no aramaico:
UPARSIM; o U significa "e"), Usando a forma do particípio singular,
PERES - fragmentado, Daniel pronunciou o julgamento final: Dividido (ou
quebrado em pedaços) foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas (28).
Colapso do Império (5.30-31) = Mal haviam acabado de colocar os adornos de honra em Daniel, quando
os soldados de Gobrias e Ciro invadiram o palácio com gritos de guerra. A
tradição diz que os engenheiros de Ciro desviaram o rio e entraram na cidade
pelo canal seco. Mas evidências mais sólidas parecem indicar que insurretos de
dentro da cidade abriram as portas e deixaram o exército persa entrar. A cidade
caiu com pouco derramamento de sangue, além de Belsazar. Quando o exército do
rei Nabonido foi completamente derrotado, Ciro deu a ele uma residência
permanente em Carmânia, uma província não muito distante, onde viveu o restante
dos seus dias.
Mas em relação a Belsazar, filho de Nabonido, quão pateticamente
fútil foi a oração do pai registrada em um enorme rolo com caracteres
cuneiformes encontrado no zigurate em Ur! Endereçado a Sin, o Deus-Lua, lê-se o
seguinte: "Quanto a mim, Nabonido, o rei da Babilônia, o venerador da sua
grande divindade, que eu possa ser satisfeito com a plenitude da vida, e quanto
a Belsazar, o primeiro filho dos meus lombos, alongue os seus dias; não permita
que se volte para o pecado".
No capítulo 5, tendo como pano de fundo o julgamento do
versículo 27, encontramos o tema: "Deus Proclama a Destruição". 1)
Quando os homens não querem aprender da experiência de outros (17-22); 2)
Quando os homens ignoram e desprezam Deus (22-23). Quando os homens vivem em
sensualidade (1-3). 4) Quando os homens adoram outros deuses (23).
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Comentário
Bíblico Beacon Daniel
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