4 de novembro de 2014

A QUEDA DA BABILÔNIA, A CABEÇA DE OURO 03



A QUEDA DA BABILÔNIA, A CABEÇA DE OURO

TEXTO ÁUREO = “Então respondeu Daniel, e disse na presença do rei: Os teus dons fiquem contigo, e dá os teus presentes a outro; todavia lerei ao rei a escritura, e lhe farei saber a interpretação” (Dn 5.17).

VERDADE PRÁTICA = No tempo certo, Deus se manifesta, para fazer justiça aos justos e castigar os ímpios.

LEITURA EM CLASSE = DANIEL 5.1,2,5,8,11,17,23-30

INTRODUÇÃO.

Veremos, nesta lição, o cumprimento das palavras que Daniel disse a Nabucodonosor, ao interpretar o sonho deste rei: “Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu” (Dn 2.39). Babilônia, a cabeça de ouro, foi derrotada, para dar lugar ao reino de prata, o medo-persa, no ano 539 a.C. Vejamos, então, os acontecimentos relatados no capítulo 5 do livro de Daniel.

1. MOMENTO HISTÓRICO DA BABILÔNIA

Nabucodonosor havia morrido no ano 562 a.C. Segundo fontes históricas, o rei que o sucedeu foi Nabonido, o qual deixara na capital, Babilônia, seu filho Belsazar como co-regente, enquanto ele próprio cuidava dos interesses do reino em outra parte de seus vastos domínios. Ciro, o mandatário persa, estava em franca campanha de guerra, com o objetivo de ampliar os limites de seu território. Seu exército cercava a grande cidade dos caldeus (Babilônia), considerada inexpugnável.

Indiferente a tudo isso, o rei Belsazar deu um banquete para mil de seus grandes, uma grande festa, regada com muito vinho. A presença das mulheres e das concubinas sugere que a festividade tinha em caráter sensual. Já embriagado, Belsazar ordenou que fossem trazidos os vasos sagrados que Nabucodonosor trouxera do templo em Jerusalém, e colocara na casa do tesouro de seu deus (Dn 1.2). Belsazar e seus convidados usaram aqueles vasos, para beber vinho. Foi um gesto sacrílego, irreverente, de profundo desrespeito ao Deus vivo e verdadeiro, com o intuito leviano de dar um toque diferente àquela orgia profana.

II. A INTERVENÇÃO DE DEUS.

A festa era ruidosa. Embriagados, todos louvavam os ídolos de ouro, prata, cobre, ferro, madeira e pedra. Num momento, fez-se silêncio.
Os que dançavam, pararam. Os louvores interromperam-se de modo súbito. Viam-se dedos, como de mão humana, os quais escreviam na parede! Todos ficaram sobressaltados.

De imediato, o rei, muito angustiado, convocou os sábios do seu reino, para que interpretassem a escritura na parede. Mas eles não conseguiram. Isto deprimiu o soberano ainda mais. Então, a rainha entrou na sala do banquete, lembrou a todos os feitos de Daniel no reinado de Nabucodonosor, e sugeriu que o profeta fosse convocado, para ler aquele texto. Ela testemunhou acerca dele, ao declarar que nele havia um espírito excelente. A referência “teu pai Nabucodonosor” não significa pai biológico, mas predecessor real no trono, uma forma polida de se referir àquele antecessor ilustre.

Fica claro, no texto bíblico, que Daniel não estava na festa, embora fosse um dos grandes do reino. Ele foi introduzido na sala do banquete. As recompensas prometidas por aquele rei ímpio em nada sensibilizaram o santo homem de Deus. Antes de interpretar a mensagem na parede, lembrou a Belsazar como Nabucodonosor fora castigado por sua soberba, até tomar conhecimento de que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens (Dn 5.21).

E interessante notar que Daniel, ao dirigir—se a um ímpio. repreendeu-o, por não ter ele dado glória ao Deus “em cujas mãos está a tua vida e todos os teus caminhos”! (Dn 5.23). Condenou-o tão-somente pela sua soberba (Dn 5.22) que teve a expressão máxima na sua atitude desafiadora de deliberado sacrilégio (Dn 5.23). Fez pouco caso daqueles vasos sagrados, porque desprezava o Deus dos judeus, a quem pertencia aqueles objetos, para seu uso exclusivo. Por isso, disse Daniel: “Te levantaste contra o Senhor” (v.23).

III. A INTERPRETAÇÃO DA ESCRITURA NA PAREDE

A escritura na parede era: Mene, Mene. Tequel, Ufarsim.

1. MENE, MENE significa: “CONTOU DEUS TEU REINO E O ACABOU”. Era o cumprimento do que fora predito pelo profeta Jeremias: “Porque o destruidor vem sobre ela, sobre Babilônia, e os seus valentes serão presos, já estão quebrados os seus arcos; porque o Senhor, Deus das recompensas, certamente lhe retribuirá. E embriagarei os seus príncipes, e os seus sábios, e os seus capitães, e os seus magistrados,e ps seus valentes; e dormirão um sono perpétuo, e não acordarão, diz o Rei, cujo nome é o Senhor dos Exércitos. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Os largos muros de Babilônia totalmente serão derribados, e as suas portas excelsas serão abrasadas pelo fogo” (Jr 5 1.56-58).
Uma descrição detalhada de um historiador: “Naquela noite, Ciro desviou o Eufrates para um novo canal, e, guiado por dois desertores, marchou pelo leito seco cidade a dentro, enquanto os babilônios farreavam numa festa a seus deuses”.
Falharam os que deviam velar pela segurança da Babilônia. A Bíblia, muitas vezes, exorta-nos à vigilância, especialmente ante a vinda do Senhor Jesus, que virá à hora em que não pensamos (Mt 24.44). Ele aconselha: “E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lc 21.34).

2. TEQUEL significa: “FOSTE PESADO NA BALANÇA E FOSTE ACHADO EM FALTA” (Dn 5.27). Qual foi a grande falta de Belsazar? Ele sabia qual o caminho certo, e que Deus era o único verdadeiro (Dn 5.22) e escolheu, deliberadamente, zombar do Criador. O homem em pecado está em falta diante de Deus, porque não alcança as exigências da lei divina. E uma situação comum aos seres humanos, porque “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). No Céu não entra pecado (1 Co 6.9,10; Ef 5.5; Ap 21.27; 22.14). Mas o Senhor preparou a solução, por intermédio de Jesus Cristo: “A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). Jesus é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” ( I Jo 1.29).

3. UFARSIN significa: “DIVIDIDO FOI O TEU REINO E DEU-SE AOS MEDOS E AOS PERSAS” (Dn 5.28). Esta previsão cumpriu-se naquela mesma noite:
“Belsazar, rei dos caldeus foi morto” (Dn 5.30). Dano, o medo, ocupou o reino (Dn 5.31).

CONCLUSÃO

A palavra profética teve fiel cumprimento! Por isso, devemos confiar plenamente na promessas de Deus, as quais são verdadeiras. Na sombra do Onipotente devemos repousar, pois, no tempo certo, Ele nos dará a vitória.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1995

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