15 de outubro de 2013

TRABALHO E PROSPERIDADE

TRABALHO E PROSPERIDADE

TEXTO ÁUREO = “A bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10.22).

VERDADE PRÁTICA = A Bíblia condena a inércia e a preguiça, pois é através do trabalho e da bênção de Deus que prosperamos.

LEITURA BIBLICA = Prov. 3:9,10 = 22:13 = 24: 30-34

INTRODUÇÃO

A Bíblia apresenta o trabalho como fruto da vontade de Deus. Desde o início Ele desejou que o ser humano trabalhasse e em Salmos 104,19-24; Isaías 28,23-29 se diz que o trabalho é uma instituição da sabedoria divina. O terceiro mandamento também mostra o trabalho como parte constituitiva do plano divino para a humanidade.

O pecado muda a perspectiva do trabalho e sobretudo as suas condições. Depois do pecado o trabalho não é mais alegria, mas fatiga (veja Gênesis 3,16-19); é um peso e não uma bênção. Parece quase que perdeu, depois do pecado, o seu valor, mesmo se em si não é um mal. Tornou-se ocasião de pecado e, quando é finalizado em si mesmo, pode tornar-se até mesmo uma idolatria (Eclesiastes 2,4-11.20-23; Lucas 12,16-22). Em alguns casos transforma-se em instrumento de exploração e opressão (Êxodo 1,11-14; 2,23; Juízes 5,4).

Com Cristo, graças à redenção, o trabalho é restabelecido como uma benção divina, realização da pessoa na comunidade humana, um ‘fazer’ que imita o ‘fazer criativo’ de Deus.

É importante lembrar como a Bíblia condena a preguiça, a ausência de trabalho (1Tessalonicenses 4,11; Efésios 4,28; 1Timóteo 5,13). O próprio Jesus trabalhou como carpinteiro. Paulo era orgulhoso de dizer que se sustentava trabalhando com as suas mãos, até mesmo para servir como exemplo (Atos dos Apóstolos 18,3). É célebre o que ele diz em 2Tessalonecenses 3,10: Quem não quer trabalhar, não coma. Com isso o apóstolo das nações quer afirmar um princípio de igualdade e de respeito do ser humano e da sua dignidade. A este propósito também em Lucas 10,7 está escrito: O operário merece o seu salário.

A Bíblia diz que Deus trabalhou por um período de tempo e depois descansou da Sua obra de criação, e ao observar tudo quanto tinha feito, viu que era muito bom (Gn 2.2; 1.81). Da mesma forma, o homem deve trabalhar e sentir-se realizado na execução de seu trabalho diário.


O ENSINO BÍBLICO ACERCA DO TRABALHO

Se analisarmos cuidadosamente as Escrituras Sagradas, encontraremos, por certo, orientação para todos os nossos problemas, porquanto Deus se preocupou com a vida do homem em todos os seus aspectos. Mesmo sem trazer detalhes ou minúcias acerca das profissões que devem ser exercidas pelos seus servos, Deus tratou do assunto de maneira que se pode compreender que Ele se interessa também nesse sentido, dotando o homem de raciocínio, de poder, de livre escolha.

Outro fato importante, também, é que Deus dotou o homem de instintos de preservação e de aquisição; dessa forma o homem sente necessidade de trabalhar para satisfazer suas múltiplas exigências de vida.

1. O trabalho executado por Deus. O trabalho foi instituído pelo próprio Deus quando Ele mesmo se propôs criar todas as coisas. Ele executou uma obra grandiosíssima e a Bíblia diz que ao terminá-la, descansou das suas obras (Gn 2.2).

Depois de tudo terminado viu Deus que toda a obra que havia feito era muito boa. Nisso compreendemos que há dignidade no trabalho. Não foi somente por ocasião da criação que Deus trabalhou. O próprio Jesus ao referir-se ao assunto disse: “Meu pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo .5.17).

2. O homem e suas relações com o trabalho. E digno de observação o fato de Deus ter concedido poder e senhorio ao homem para governar todas as coisas na terra, isto é, deu-lhe função, trabalho a ser executado.

Ao criar o Jardim do Éden, o Senhor colocou ali o primeiro casal, Adão e Eva, para cuidar daquela imensa propriedade, ordenando-lhe lavrá-lo e guardá-lo (Gn 2.15), dando assim as profissões de lavrador e vigia ao primeiro homem criado.

a. O que diz o Antigo Testamento acerca do assunto. Constatamos no Antigo Testamento que desde o principio da existência do homem ele sempre foi levado a ocupar-se em trabalhos diversos, de acordo com a sua época, porquanto está ligado à sua própria natureza instinto de sobrevivência.

b. O ensino de Jesus. Jesus não somente deu ensinos acerca do assunto, como podemos notar em suas parábolas que sempre falavam de homens ocupados nesse ou naquele trabalho (por exemplo: Mt 18.23- 35; 20.1-14; 25.15-30), como também deu exemplo com a sua própria vida diária. O Senhor sempre estava ocupado: quer ensinando à multidão (Mc 9.11-13; Lc 5.15) ou ao aos seus discípulos (Mt 24) ou mesmo a uma só pessoa (Jo 4), quer libertando os oprimidos (Mc 5.1.14) ou curando enfermos (Mt 9.1,2); sempre Jesus estava executando algum trabalho que o dignificasse não só como homem, mas também como Filho de Deus.

c. O pensamento do apóstolo Paulo. Ele deixou um grande exemplo de homem que não gostava de abusar dos benefícios alheios (At 18.1-3; 1 Ts 2.9; 1 Co 4.12). Paulo trabalhava como tecelão (fazia tendas) e com o seu trabalho ganhava o suficiente para se manter. Não que ele achasse errado rêceber ofertas de irmãos pelo seu trabalho na Obra do Senhor, porque ele mesmo ensinou ás igrejas a cuidarem dos seus pastores cujo trabalho é realizado unicamente em prol do Evangelho (1 Tm 5.18) mas que assim praticava porque, como ele mesmo disse, queria dar o bom exemplo (2 Ts 3.7-9).

OS PROPÓSITOS DO TRABALHO

Tudo o que Deus faz tem propósitos definidos. Quando Ele criou o homem e deu-lhe tarefas que deveriam ser cumpridas com satisfação, é porque o Senhor achava oportuno e necessário que assim acontecesse para o bem do próprio homem. Muitos pensam que o trabalho foi instituído depois da queda do homem, em conseqüência do pecado, o que não é correto. Deus não criou o homem para viver ocioso ou preguiçoso. Ele ordenou a Adão que trabalhasse no Jardim do Éden (Gn 2.15); no entanto esse trabalho tornou-se penoso, difícil e até mesmo às vezes insuportável em conseqüência do pecado, que trouxe dificuldades para o homem (Gn 3.16-19).

Os homens devem trabalhar com o fim de satisfazer suas necessidades físicas e espirituais.

I. O trabalho dignifica o homem. O trabalho tem por finalidade principal dignificar o homem, pois no trabalho o individuo alcança várias formas de satisfação de suas necessidades, daí sentir-se realizado na vida.

a. O trabalho dá condições de sobrevivência. O homem precisa de trabalhar para sobreviver. Isso é uma necessidade de sua própria natureza humana. Por esse motivo há uma constante competição entre as pessoas e um constante aprimoramento por parte de cada indivíduo.

b. O trabalho usado como expressão de amor ao próximo. Quando a pessoa consegue satisfazer suas necessidades, isto é, quando consegue manter um padrão de vida mais adequado, começa também a ter um relacionamento humano menos conflitante, sente necessidade de ajudar mais ao seu próximo e, tendo condições de fazê-lo, certamente sentirá satisfação, pois a Bíblia ensina que “mais coisa é dar do que receber” (At 20.33)

c. O trabalho promove a realização pessoal. Uma das necessidades primárias do homem é sentir-se seguro. A verdadeira segurança vem através de um encontro pessoal com Jesus.  Em seguida, o bom cristão procura sempre ser um profissional exemplar, sendo cumpridor dos seus deveres, honesto, pontual, amigo de todos, pronto para executar suas tarefas, podendo, assim; contar com a garantia de um emprego que lhe dá segurança de sobrevivência (Pv 10.9)

2. O trabalho promove o equilíbrio da sociedade. O que faz uma sociedade organizada e equilibrada é, entre outras coisas, a diversidade de profissões. E dessa for- tua que, não só as necessidades de toda a comunidade são satisfeitas corno também as necessidades pessoais. Essa diversidade também vai contribuir para o despertar das vocações, porquanto os jovens precisam de fazer suas opções de acordo com a sua personalidade e também com as oportunidades que o progresso vem trazendo para a sociedade.

Inclusive é um direito adquirido e assegurado por lei que todo o cidadão ocupe um cargo condizente com suas qualificações, passando assim a colaborar também para o bem- estar da sociedade em que vive, porque sé o homem pensa apenas em si próprio, nos seus interesses pessoais, está violando sua própria natureza, que foi criada para viver em sociedade, dela participando e dela recebendo.

3. Relações existentes entre a fé o trabalho diário. Algumas pessoas são radicais em afirmar que o trabalho ou o viver diário não tem nada a ver com a sua fé. Esse é um engano que tem princípio no próprio Satanás.

Jesus disse: “Vós sois o sal da terra”, “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5.13,14). O apóstolo Paulo faz recomendações no sentido de que o viver do cristão seja diferente (Tt 2.12; GI 2.20; GI 5.16-22).

O apóstolo Pedro também faz recomendações no mesmo sentido, admoestando os cristãos a viverem em retidão (1 Pe 1.15; 4.2) e a serem santos em todos os aspectos. Isso inclui no trabalho também.

a. A opção do cristão. O crente, como todo cidadão, tem direitos adquiridos na sociedade, e um desses direitos é o de ter liberdade de optar por uma profissão, contanto que esta esteja de acordo com a sua vida de cristão, e com a fé que abraçou.

É bom que o apóstolo Paulo seja imitado, consoante o que ele disse: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém” (1 Co 6.12). E existem muitos tipos de empregos que não convêm ao servo de, Deus, e por essa razão devem ser evitados.

b. A influência dos pais. A influência dos pais e de pessoas idôneas é de grande valia para os jovens no que se refere à escolha de uma profissão. Contudo, é de se notar que muitas vezes os pais, que por qualquer motivo sentem-se frustrados neste aspecto da vida, querem de alguma forma realizar na vida dos filhos os sonhos irrealizados da sua própria vida. Isso tem trazido sérios problemas no seio de algumas famílias.

Outros pais ainda se preocupam demasiadamente com o futuro dos filhos e passam o tempo fazendo planos, e, muitas vezes rejeitam oportunidades que são condizentes com a sua situação, para alimentarem sonhos irrealizáveis e até fora do plano de Deus, desejando somente para os filhos profissões rendosas, que tragam rápida estabilidade financeira e invejável “status” social.

Para estes, o apóstolo Tiago recomenda que não sejam presunçosos, mas que contem com a ajuda do Senhor para os dias futuros (Tg 4.14,15).

A atitude correta dos pais deve ser a de orientadores e de ajudadores a fim de que os jovens façam opções acertadas e sintam-se realizados com o decorrer do tempo.

A CHAMADA PARA O MINISTÉRIO

Outro aspecto muito importante quanto à opção profissional é a que se refere à chamada para o ministério eclesiástico.

1. A chamada geral. Todo o cristão tem uma chamada divina para pregar o Evangelho. (Mc 16.15). Ele deve testificar da sua fé em Jesus em todos os lugares por onde andar e estar sempre preparado para responder acerca de sua esperança de vida eterna por Cristo Jesus (1 Pe 3. 15).

2. A chamada específica. Desde os tempos mais antigos Deus tem chamado pessoas para ocuparem cargos específicos. Assim foi com Moisés, Samuel, Davi, com os diversos profetas e também com os discípulos, que até deixaram suas profissões seculares para se ocuparem no serviço do Mestre. Podemos citar também o grande apóstolo Paulo de quem o próprio Senhor falou ser um vaso escolhido para levar a mensagem aos gentios (At 9.15).

Muitos jovens atualmente fazem opção pelo Ministério da Palavra, o que não é errado, desde que sintam deveras a chamada divina e a mesma seja comprovada.
A Bíblia diz que “se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Tm 3.1).
Deus quer encontrar pessoas desejosas e preparadas para executarem a sua Obra. Para isso Ele chama “uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11). A Igreja não pode sofrer solução de continuidade por falta de pessoas que entreguem totalmente sua vida para o trabalho do Senhor.

O jovem que se sente vocacionado para o serviço do Mestre deve ser incentivado e orientado a se preparar, estudando a Bíblia sistematicamente e, com afinco, e buscando o poder do Espírito Santo para sua vida, sem precipitações, vanglórias, orgulho ou altivez de espírito.

Não se mostrando ansioso, nem querendo aparentar que só ele é capaz de realizar a obra, fazendo tudo certinho, porém, esperando o tempo determinado por Deus (Ec 3.1), porque se Deus chama, Ele também se preocupa em providenciar todas as coisas que venham a concorrer para o bom cumprimento da chamada, pois Ele sabe o que é melhor para cada um de nós e o tempo próprio para a execução do Seu plano na vida de cada servo Seu.

A preguiça leva à miséria

Preguiça: Aversão ao trabalho; negligência, indolência, ociosidade, inatividade.

O preguiçoso envergonha os pais:As mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza. - Aquele que faz a colheita no verão é filho sensato, mas aquele que dorme durante a ceifa é filho que causa vergonha. Provérbios 10. 4,5 (nvi)
O filho sábio, que alegra a seu pai e a sua mãe (vs.1), terá, entre as suas boas características, a diligência no trabalho, de modo que possa sustentar a si mesmo, e não precise depender de seus pais. Ele terá seu próprio lar; sua própria família; seu próprio trabalho; seu próprio salário. Metafórica ou literalmente, ele colherá a sua própria colheita, tendo trabalhado arduamente durante a primavera e o verão em sua plantação. Ou talvez seja um agricultor, mas aja como fazendeiro diligente. (ati)

O preguiçoso é irritante: Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam. Provérbios 10. 26 (arc)

Cada dia tem 24 horas repletas de oportunidades para crescer, servir e ser produtivo. Ainda assim é muito fácil desperdiçar tempo, deixando a vida escapar de nós. Rejeite a preguiça, a ociosidade e fique longe de alguém que desperdiça as horas designadas para o trabalho. Veja o tempo como um presente de Deus, e aproveite suas oportunidades para viver diligentemente para Ele. (beap)

O preguiçoso e suas desculpas: O preguiçoso diz: ?há um leão lá fora!? ?Serei morto na rua!? Provérbios 22.13 (nvi)

Este provérbio contem a maior desculpa ?e se...? de todos os tempos. ?Se eu sair, talvez encontre um leão na rua e seja morto por ele!?. Que probabilidade haveria de alguém encontrar um leão nas ruas de uma cidade antiga? Praticamente nenhuma. Seria o mesmo que ser atropelado por um elefante nas ruas de alguma cidade hoje -possível, mas bastante improvável. Até mesmo a distante possibilidade é tudo que o preguiçoso precisa como desculpa para evitar qualquer trabalho.

Você às vezes é tentado a usar a possibilidade do perigo como desculpa para a preguiça? Em caso positivo, o que Deus desejaria que você fizesse em vez disso?

O preguiçoso é desperdiçador: O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser diligente. Provérbios 12. 27 (arc)

O diligente faz um sábio uso de seus recursos materiais e de seus dons; o preguiçoso os despreza. O desperdício se tornou um estilo de vida para muitos que vivem em uma terra abundante. Não seja escravo do comodismo e não despreze o que tem. Faça bom uso e valorize tudo aquilo que Deus lhe deu! (beap)

O preguiçoso é atribulado: O caminho do preguiçoso é cheio de espinhos, mas o caminho do justo é uma estrada plana. Provérbios 15. 19 (nvi)

O homem preguiçoso permite que os espinhos cubram o seu caminho e, assim, sente-se constantemente vexado por eles. Mas ele é por demais preguiçoso para limpar o caminho dos espinhos.

Esse versículo, além de ter a vereda do homem preguiçoso coberta de espinhos, também a apresenta como cheia de covas e armadilhas. O homem cultiva esse tipo de vida por sua inação e em breve se vê avassalado por tribulações, obstáculos e ansiedades, tudo auto-infligido.

O preguiçoso mendigará: O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na sega e nada receberá. Provérbios 20. 4 (arc)

Você já deve ter ouvido advertências semelhantes a essas. Se não estudar, será reprovado no teste; se não economizar, não terá dinheiro quando precisar. Deus quer que fiquemos precavidos contra as necessidades futuras, a fim de que possamos evitá-las. Não podemos esperar que o Senhor nos resgate quando causamos nossos problemas por falta de planejamento e ação. Ele nos ajuda, mas também espera que sejamos responsáveis. (beap)

O preguiçoso morre desejando: O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam-se a trabalhar. Provérbios 21. 25 (arc)

O desejo avassalador do homem preguiçoso, que quer descanso e lazer e só deseja o caminho fácil de saída, para evitar o trabalho, finalmente o matará; por causa de sua imensa inércia, ele deixará até de comer, para, finalmente desaparecer. Vários filósofos estóicos antigos, para mostrar quão desinteressados (apáticos) se sentiam a respeito da vida, simplesmente paravam de comer e deixavam a natureza tomar o seu curso. Assim sendo, um preguiçoso apático pode seguir o caminho do suicídio. (ati)

Conclusão:

A preguiça consiste na indisposição para fazer qualquer esforço, na indolência, no ócio. A pessoa preguiçosa é um dos casos humanos mais lamentáveis que existem. Ela não se deixa inspirar por qualquer idéia; ameaças de nada adiantam para torná-la ativa.

O preguiçoso não se envolve em qualquer ocupação, e olvida-se de qualquer propósito na vida. Com freqüência, o preguiçoso é apenas um parasita que pensa que outros precisam sustentá-lo. Ele se queixa quando suas acomodações não são de primeira classe, e critica a outros de egoísta quando não é servido como pensa que deveria. Quando algum trabalho precisa ser feito, ele se ausenta naquele dia. Mas, quando há qualquer festa e há alimentos gostosos em abundância, o preguiçoso está sempre presente.

Algumas pessoas preguiçosas são forçadas a trabalhar, ou pela simples pressão social, ou, então, por grave necessidade econômica. O indivíduo preguiçoso chega tarde ao trabalho; sai cedo de seu emprego; faz longas interrupções somente para tomar o cafezinho; entrega-se muito à maledicência; goza os feriados um dia antes e um dia depois dos mesmos, acaba adoecendo de tanto comer, mas fica bom miraculosamente, quando alguém fala em levá-lo a passeio; pensa que a terra é um lugar de lazer e prazer; pensa que o céu é um lugar fácil de ser obtido, porque sempre poderá aplicar o seu famoso ?jeitinho?.

O indivíduo preguiçoso nem se inspira por nada e nem inspira a outros. Paulo mostrava-se definidamente avesso à preguiça. Disse ele: ?Se alguém não quer trabalhar, também não coma? (2 Tes. 3.10).



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus


Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS


BIBLIOGRAFIA

Bíblia - A Rocha
Lições bíblicas CPAD 1988
Antigo Testamento Interpretado (ati)
Bíblia - Almeida Revista Corrigida (arc)
Bíblia - Nova Versão Internacional (nvi)
Bíblia - de Estudo Aplicação Pessoal (beap)




O Cristão e o Emprego

Quando Deus criou Adão no jardim do Éden, deu-lhe um trabalho para realizar: cultivar e cuidar do jardim. Isso foi antes do homem pecar e mostra que Deus pretendia que o homem trabalhasse mesmo que o pecado não tivesse entrado no mundo. Apocalipse 7:15 mostra que os fiéis no céu "servem" a Deus. O céu não deve ser encarado como uma folga infindável, mas sim como um período em que "trabalhamos" para o Senhor. Esse é o ideal do homem.

Quando Adão caiu, mudou a natureza de seu trabalho. Deus amaldiçoou o solo, de modo que produzisse espinhos e abrolhos (Gênesis 3:17-19). O trabalho do homem ficou mais difícil e laborioso. Dali em diante, o homem ganha o pão com o suor do seu rosto. Como em todo aspecto da vida do homem, Deus deu instruções claras sobre o homem e o seu trabalho. Vamos examinar essas instruções com cuidado.

Qual a razão de trabalhar?

A Bíblia oferece várias razões por que o homem deve trabalhar. Primeiro, é a ordem de Deus. Paulo deixou isso bem claro em 2 Tessalonicenses 3. É óbvio que alguns dos tessalonicenses não estavam trabalhando. Paulo os repreendeu fortemente e os exortou para que todos trabalhassem. "Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma. Pois, de fato, estamos informados que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia. A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão" (2 Tessalonicenses 3:10-12). Em segundo lugar, o homem deve trabalhar para sustentar a si e aos que dele dependem. "Contudo, vos exortamos, irmãos, a progredirdes cada vez mais e a diligenciardes por viver tranqüilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos; de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e nada venhais a precisar" (1 Tessalonicenses 4:10-12). 

Devemos ganhar o próprio pão sem contar com a ajuda das outras pessoas. "Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente" (1 Timóteo 5:8). Deve ficar claro que o trabalho não é uma opção deixada a nosso critério; Deus nos manda trabalhar. Em terceiro lugar, devemos trabalhar para podermos ajudar as outras pessoas. "Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado" (Efésios 4:28).

Há, obviamente, exceções à ordem de trabalhar. Quem é esposa e mãe tem uma tarefa especial a desempenhar no lar (1 Timóteo 5:14; Tito 2:5). A Bíblia não sugere que as mulheres devam trabalhar fora além de trabalharem em casa. O papel de esposa e mãe geralmente é um trabalho de tempo integral. Há aqueles cuja saúde não permite que trabalhem.

Há circunstâncias especiais em que alguém pode não estar apto para trabalhar ou em que alguém que trabalha ainda precisa de auxílio. Muitas dessas situações são mencionadas na Bíblia (veja Atos 2:44-45; 4:34-35; 6:1-6; 11:27-30; 2 Coríntios 8:13-15).

De modo geral, porém, devemos trabalhar e nos sustentar. Há quem não ache que isso seja necessário. Às vezes, os jovens que têm idade suficiente para se sustentar preferem ficar sem fazer nada e deixar que o papai e a mamãe cuidem deles. Alguns não trabalham  simplesmente porque não encontram o emprego que lhes agrade, ou porque ninguém lhes veio oferecer um emprego. O desemprego é um fato de vida, mas o cristão que está se esforçando para agradar a Deus pode fazer da procura de um emprego um trabalho de tempo integral.

No emprego

Devemos ser aplicados em tudo o que fazemos (Eclesiastes 9:10). O livro de Provérbios trata muito do ocioso, o homem que se recusa a trabalhar. O preguiçoso faz tudo o que deseja, menos trabalhar. "O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar" (Provérbios 21:25). Inventa desculpas para evitar o trabalho: "Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas" (Provérbios 22:13). Está sempre precisando de descanso, de relaxamento e de folga: "Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso" (Provérbios 6:10). O escritor compara uma porta que abre e fecha com o preguiçoso que vira na cama. O trabalho necessário para levar a mão do prato à boca para se alimentar o deixa completamente exausto, e ele precisa então descansar de novo (Provérbios 26:13-16).

O preguiçoso recebe a instrução de ser aplicado: "O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser ele diligente" (Provérbios 12:27). Ele deve olhar para o futuro e planejar o seu sustento. "O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha" (Provérbios 10:5). O padrão apresentado é a formiga: "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tende ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento" (Provérbios 6:6-8). A formiga trabalha sem ser mandada, e se prepara para os dias de escassez. Algumas pessoas pensam somente nas necessidades momentâneas, esquecendo-se de que precisarão comer amanhã também.

Provérbios é claro sobre as conseqüências da preguiça: a pobreza e a necessidade (Provérbios 6:10-11). Apresenta-se uma descrição completa do campo de um preguiçoso: "Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento; eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em ruínas. Tendo-o visto, considerei; vi e recebi instrução.

Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, a tua necessidade, como um homem armado (Provérbios 24:30-34). O ocioso acabará sendo dominado pelo diligente, e ainda assim não terá nada (Provérbios 12:24; 13:4).

Vários textos dão instruções específicas ao servo (em nossa sociedade, o empregado o equivale em muitas situações). "Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de cada um, se fizer alguma cousa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre" (Efésios 6:5-8). "Servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor.

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, ciente que recebereis do Senhora recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas" (Colossenses 3:22-25). "Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões, não furtem; pelo contrário, dêem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as cousas, a doutrina de Deus, nosso Salvador" (Tito 2:9-10).

Basicamente, as instruções de Deus para os que trabalham para outra pessoa são as seguintes: Œ Devem submeter-se ao patrão, obedecendo às suas instruções (a exceção a essa regra acha-se em Atos 5:29); 1. Não devem reclamar nem ser briguentos (veja Lucas 3:14); 2. Devem ser pacientes ainda que tratados injustamente; 3. Devem trabalhar esforçadamente, mesmo longe da supervisão do chefe; 4. Devem trabalhar como se estivessem servindo ao Senhor; ' Jamais devem roubar daqueles para quem trabalham, porque a vida deles deve ostentar a doutrina de Cristo.

As Escrituras também fornecem o padrão de conduta para os senhores (na sociedade atual, esses princípios podem ser aplicados aos que supervisionam os que trabalham). "E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas" (Efésios 6:9). "Senhores, tratai os servos com justiça e com eqüidade, certos de que também vós tendes Senhor no céu" (Colossenses 4:1). Os patrões devem tratar com justiça aqueles que trabalham para eles e devem evitar fazer ameaças.

Os perigos

Há certas áreas relacionadas ao trabalho em que se deve tomar um cuidado especial para evitar as armadilhas de Satanás. É importante que a necessidade de trabalhar e de se sustentar não se corrompam tornando-se ganância e cobiça. Há pessoas que ficam possuídas pelo trabalho e pelo dinheiro e agem desonestamente para conseguirem mais. Outras fazem do trabalho um deus que lhes domina todo o ser. Deus deve ser a prioridade máxima. Jesus descreveu um rico fazendeiro que usou toda a sua energia em seu trabalho; o fim dele foi muito triste (veja Lucas 12:15-21). Jesus concluiu a história desta forma: "Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus" (Lucas 12:21). Outros textos falam do contentamento e do grande perigo de amar o dinheiro (veja Mateus 6:19-21; 1 Timóteo 6:6-10). O cristão deve trabalhar com diligência, mas jamais deve fazer do trabalho um deus.




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