28 de maio de 2013

A FAMÍLIA E A SEXUALIDADE



A FAMÍLIA E A SEXUALIDADE

TEXTO ÁUREO = E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou(Gn 1.27).

VERDADE PRÁTICA = Ao criar o ser humano, Deus dotou-o de sexualidade plena e diferenciada, macho e fêmea, segundo seus propósitos. Essa sexualidade era normal no princípio.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Gênesis 1.27; 2.24; 1 Coríntios 7.2,3,5; Provérbios 5.18; 

Eclesiastes 9.9.

introdução

 Quando Deus formou o primeiro casal, dotou-o de estrutura físico-emocional e instinto sexual que o capacitam para a reprodução e preservação da espécie humana. O propósito de Deus é que os filhos procedam do casamento e não de outra maneira. A quebra dessa lei resulta em frutos amargos para a família. Deus assim dotou o homem para propósitos específicos, puros e elevados. Portanto, a sexualidade é parte natural e integrante do ser humano. No casamento, a sexualidade exerce papel fundamental e indispensável para o bom relacionamento entre os cônjuges e, como já foi dito, para a perpetuação do gênero humano, circunscrita ao plano de Deus para o matrimônio. Vamos refletir um pouco nesta lição sobre esse importante assunto.

 VISÃO BÍBLICA DO SEXO

 1. O sexo foi feito por Deus. Deus fez o homem, incluindo o sexo e “viu que tudo era bom” (Gn 1.31). As mãos que fizeram os olhos, o cérebro, também fizeram os órgãos sexuais. Aquele que criou a mente, criou também o instinto sexual. No princípio, ao ser criado, o sexo era puro e sem pecado. Mas, com a transgressão de Adão no Éden, todas as faculdades do homem foram afetadas pelo pecado, inclusive o sexo.

2. O homem participando da criação. Deus quis em sua soberania que o homem desse continuidade à espécie, macho e fêmea, indicando a clara e inequívoca diferenciação entre os sexos (ver Gn 1.27).

3. A intimidade e interação sexual é privativa dos casados. A ordem de crescer e multiplicar não foi dada a solteiros, mas a casados (Gn 1.27,28). Deus não quis que o homem vivesse só e lhe deu uma esposa, já formada, preparada para a união conjugal. O ensino bíblico é que o homem deve desfrutar o sexo com a esposa de modo normal, racional, sadio e amoroso não com a namorada ou noiva. Em Cantares de Salomão, tem-se a exaltação do amor conjugal. Este, não ocorre entre solteiros (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25). Pesquisas indicam que 50% dos jovens evangélicos já praticaram sexo antes do casamento. Isso é pecado grave contra o próprio corpo, contra o Criador, contra a Palavra de Deus, contra o próximo, contra a Igreja e contra a família.

O SEXO E A VIVÊNCIA CRISTÃ

 1. Sua natureza. Quando terminou de criar todas as coisas (incluindo o homem), “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom e foi a tarde e a manhã: o dia sexto” (Gn 1.31). O sexo, como já afirmamos, fez e faz parte da constituição físico-emocional do ser humano, desde a criação. Logo, não é correto concebê-lo como algo imoral, feio, vulgar e pecaminoso. Deus não faria nada ruim. Ele planejou e formou o homem, a “coroa da criação”, numa totalidade, incluindo o sexo. O que tem arruinado o sexo e o tornado repulsivo por muitos é o seu uso ilícito, antibíblico, antinatural, anticristão, antissocial e sub-humano. Demônios podem atuar no ser humano na área do sexo (Os 4.12; 5.4).

2. Suas finalidades. A união conjugal pautada nas Sagradas Escrituras propicia:

a) A procriação (Gn 1.27,28; Sl 139.13-16). A procriação é o ato criador do Eterno através do homem.
Ele dotou o homem de capacidade reprodutiva, instituiu o matrimônio e a família, visando a legitimação desse maravilhoso e sublime processo que a mente dos mortais jamais poderá explicar. “Frutificai e multiplicai-vos”, foi a ordem do Criador (Gn 1.27,28).

b) O ajustamento do casal. Em 1 Coríntios 7.1-7, vemos uma orientação bíblica muito importante do apóstolo Paulo no que diz respeito à intimidade conjugal. O apóstolo, nesta passagem, considera os seguintes princípios:

      Prevenção (v.2): “mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher e cada uma tenha o seu próprio marido”. Com isso, evita-se o adultério e a prostituição.

      Mútuo dever (v.3): “O marido pague à mulher a devida benevolência e, da mesma sorte, a mulher ao marido”. É o dever do amor conjugal, no que tange ao atendimento das necessidades sexuais, a que tem direito cada cônjuge.

      Autoridade mútua (v.4): “A mulher não tem poder sobre seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre seu próprio corpo, mas tem-no a mulher”. Não se trata aqui, da autoridade por imposição, pela força, mas sim pelo amor conjugal. Diga-se também que o marido não pode abusar da esposa, praticando atos ilícitos, carnais, abusivos e sub-humanos, ou vice-versa.

      Abstinência consentida (v.5): Isto é importante no relacionamento do casal. Os cônjuges podem abster-se, por algum tempo, da prática sexual, mediante o consentimento mútuo. Não pode haver imposição de um sobre o outro. Caso decidam separar-se no leito conjugal, devem fazê-lo sob as seguintes condições: que haja concordância entre ambos, e que haja sabedoria quanto ao tempo determinado para dedicarem-se à oração e à disciplina da vontade (de ambos).

c) A satisfação amorosa do casal. Existem seitas ou religiões e, até evangélicos, que proíbem o prazer do sexo alegando que a finalidade deste é somente a procriação. Isso não tem base na Bíblia. Vários textos nos mostram que Deus reconhece o direito de o casal usufruir desse prazer. Em Provérbios 5.18-23, o sábio recomenda aos cônjuges que desfrutem do sexo, sem referir-se, neste caso, ao ato procriativo. Nesta passagem, porém, o homem é advertido quanto à “mulher estranha”, a adúltera; e é incentivado a valorizar a união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade (ver Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9). No Antigo Testamento, a “lua de mel” durava um ano! (Dt 24.5).

3. Ante a lei divina. A vida sexual do casal, na ótica bíblica:

a) Deve ser exclusiva ou monogâmica. Deus condena de forma veemente a poligamia (Gn 2.24; Pv 5.17).

b) Deve ser alegre. O casal tem direito de usufruir do contentamento propiciado pela intimidade matrimonial (Pv 5.18).

c) Deve ser santa (1 Pe 1.15 e 1 Ts 4.4-8). A santidade se aplica também ao nosso corpo, uma vez que o Espírito Santo habita em nós (1 Co 6.19,20), razão pela qual toda e qualquer prática sexual ilícita (aberrações, bestialidade etc.) não devem ser permitidas; além de pecaminosas, não contribuem para o ajustamento espiritual do casal.

d) Deve ser natural (Ct 2.6; 8.3). As relações sexuais anal e oral são antinaturais e sub-humanas, portanto, reprováveis. Os pecados do sexo são responsáveis por muitas doenças, inclusive as denominadas “sexualmente transmissíveis (DST) que vêm ceifando milhões de vidas no mundo inteiro, principalmente a AIDS”. Essas práticas sexuais reprováveis estão sujeitas a juízo (Hb 13.4).

III. O SEXO QUE A BIBLIA CONDENA

1. Fornicação. Prática do sexo entre solteiros ou entre casado e solteiro. O fornicário não entra no céu (Ap 21.8; Gl 5.19 e 1 Co 6.18).

2. Adultério. Relação sexual de casados com pessoas que não são seus cônjuges (Mt 5.27; Mc 10.9 e Rm 13.9). É grave e desastroso pecado (Pv 5.1-5).

3. Prostituição. Em sentido geral, envolve todas as práticas sexuais pecaminosas. Em sentido estrito, é a intimidade sexual com prostitutas e a infidelidade conjugal. Deus a proíbe com veemência (Dt 23.17); é grave pecado (1 Co 6.16); é insanidade, loucura, estupidez e torpeza (Pv 7.4-10; 1 Co 6.15-18).

4. Homossexualismo. É a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. Contrariando a opinião de muitos, a Bíblia condena, pois é abominação ao Senhor (Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18), perversão sexual de Sodoma — sodomia (Gn 19.5). Deus destruiu cidades por causa disso (Dt 23.17). Não entram no Reino de Deus os que praticam tais atos (1 Co 6.9,10).

5. A masturbação. Há ensinadores que não a consideram pecado de forma alguma. Outros, dizem que é totalmente errado. Outros, ainda, dizem que, se não for por vício, mas por necessidade, torna-se moralmente justificável. De qualquer forma, é pecado, por contrariar o plano de Deus, pois o sexo não deve ser egoísta, mas partilhado com outra pessoa, no âmbito do casamento. A masturbação está sempre associada a fantasias sexuais.

PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL

Hb 13.4 =  “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará”
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2 Co 11.2; Tt 2.5; 1 Pe 3.2). A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de Deus.

Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1 Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:

( I ) A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por Deus (ver Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o casamento, marido e mulher tomam-se uma só carne, segundo a vontade de Deus. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por Deus e por Ele honrados.

(2) O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor (Ex 20.14 ) e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver Pv 5.3 ) e colocam o culpado fora do reino de Deus = (Rm 1.24-32;  =  1 Co 6.9,10; =   Gl 5.19-21).

(3) A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de Deus e o padrão bíblico da pureza. Deus proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11,17,19-21; ver 18.6 ).

(4) O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar intimidade premarital em nome de Cristo, simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos de Deus. E igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge.

A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do Espírito, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de Deus, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).

(5) Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse mal.

(a) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou extramaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de Deus para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12,17,19-21; 1 Co 6.18; 1 Ts 4.3).

(b) A lascívia (gr. aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1 Tm 2.9, sobre a modéstia).
Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se participe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19: Ef 4.19: 1 Pe 2.2.18).

(c) Enganar. i.e.. aproveitar-se de uma pessoa. ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1 Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que Deus pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente satisfeitos, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1 Ts 4.6; Ef 4.19).

(d) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumía) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; = 1 Pe 4.3; = 2 Pe 2.18; ver Mt 5.28).

CONCLUSÃO

 Os preceitos bíblicos que dão conta da sexualidade se identificam com o que Jesus chamou de “caminho estreito”, o qual poucos se dispõem a palmilhar. No mundo hodierno, onde os meios de comunicação em massa aprovam, promovem, incentivam e exaltam o erotismo, sensualidade, a prostituição e o sexo fora do casamento, de modo irresponsável e pecaminoso é necessário que o cristão tome posição firme e consciente. Ele deve orientar-se pelos princípios morais e éticos, para a sexualidade, à luz da Palavra de Deus.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

LIÇÕES BIBLICAS CPAD2002                                                                                                          Bíblia de Estudo Pentecostal                                                                                                                 A Juventude Cristã e o Sexo. Elienai Cabral, CPAD.
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.
Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. Arthur F. Holmes, CPAD.
Pureza Sexual: Como Vencer Sua Guerra Interior. Robert Daniels, CPAD.
Responda-me, Por Favor!: Sexo & Namoro. Marta D. de Andrade e Claudionor C. de Andrade, CPAD.

Um comentário:

Marcelo Borges disse...

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