AS DORES DO ABONDONO
Texto Áureo = Deus faz que o solitário more em família; tira os cativos
para a prosperidade; só os rebeldes habitam em terra estéril. (Sl 68.6).
Leitura Bíblica = Zacarias 1: 1; 8:1-3,20-23
9 - Procura vir ter comigo depressa.
10 - Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para
Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia
10 - Porque Demas, tendo amado o presente século, me
abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a
Dalmácia.
11 - Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos
e traze-o, pois me é útil para o ministério.
12 - Quanto a Tíquico, mandei-o até Éfeso.
13 - Quando vieres, traze a capa que deixei em
Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos.
14 - Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males;
o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras.
15 -
Tu, guarda-te também dele, porque resistiu
fortemente às nossas palavras.
16 - Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor;
antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja posto em conta!
17 - Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de
forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e
todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão.
18 - O Senhor me livrará também de toda obra maligna e
me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos
séculos. Amém!
Introdução
A lição deste domingo aborta um tema de grande relevância na sociedade
moderna. Diante do desafio do dia a dia, a igreja composta pelos membros e
obreiros, devem estar atentos aqueles que por inúmeras situações podem ser
abandonadas. O tema proposto requer de cada um de nós uma responsabilidade
ainda maior com aqueles que podem se encontrar em situação de abandono.
Que o Espírito de Deus, de sabedoria a cada um dos seus servos para
encontrar em nosso meio pessoas que necessitam de ajuda.
I. O
ABONDONO FAMILIAR
A família é criação divina e, contudo uma obra de Deus. Quando criado
por Deus o homem começou a sua trajetória na terra como solitário.
Lembramos-nos do que disse Deus; “Não é bom que o homem esteja só”; (Gn 2.18). Deus viu a necessidade de o homem ter alguém
com quem conversar dividir, conquistar etc. A necessidade não era apenas para
permanência ou continuação da “espécie”, havia um pensamento divino sobre isso.
E disse Deus, não é bom que “este”
homem esteja só. Na realidade o que Deus queria dizer, era que o homem não tem
condição de estar só. O sentimento de solidão era a maior preocupação de Deus
quando criou o homem e o fez habitar no seu jardim.
Contudo a criação divina não
suportaria viver abandonado ou simplesmente incomunicável com outro semelhante.
É comum ouvir que na criação o homem andava pelo Jardim de Deus, e observava
todas as criaturas criadas por Ele, andarem com seus respectivos pares, isso é
verdade. Na presciência divina aquilo que parecia normal, digamos assim, para
Adão, não era normal para o SENHOR. A obra da criação só poderia ser completa e
perfeita se nenhum item ficasse faltando. Surge a necessidade de se criar uma
parceira ao homem, para que a solidão não o trouxesse o sentimento de abandono.
No mundo atual existem bilhões de
pessoas que passam a maior parte de sua vida em uma sociedade onde a
comunicação com outros semelhantes é considerada comum e normal. Alguns destes
indivíduos, mesmo vivendo num mundo tão populoso vivem em estar em situação de
solidão e abandono. Contudo não é o estar em meio a multidão, que nos torna
mais ou menos solitários. É imprescindível que observemos algumas situações.
A= O auxilio familiar na ora da doença.
É imprescindível que homem esteja atento aos seus familiares doentes. Não é
raro ouvir que algumas pessoas foram abandonadas pelos seus familiares quando
se encontram enfermas. Essas pessoas que muitas vezes estavam na igreja e
participavam dos cultos, a partir do momento que se encontram enfermas, são
esquecidas pelos “irmãos” e lembradas de vez em quando por um pedacinho de
papel com os seguintes dizeres; “ o irmão... pede oração”. Quando muitas vezes
ele precisa realmente é de uma visita do pastor, da dirigente do circulo de
oração, ou de um membro qualquer que seja ele simplesmente precisa.
Quando
entramos em uma tribulação, pois uma enfermidade se torna uma tribulação para
quem esta passando por ela. Contudo a doença é agravada quando não se tem um apoio
necessário. O sentimento de abandono pode agravar ainda mais.
B= O vicio na sociedade moderna tem se tornado um
desafio tanto para as autoridades responsáveis, quanto paras famílias. As
drogas prejudicam em primeiro lugar a vida de quem usa e como consequência
lógica. Numa família estruturada onde os pais acompanham a criação dos filhos.
Onde existe uma supervisão dos pais, com padrões básicos de perguntas como;
onde estão? Com quem estão? Onde moram? Como são os pais deste “coleguinha”? e
ai por diante, dificilmente sofreram com este problema.
Como servos do SENHOR, podemos não saber de muitas
coisas, mas temos a mente de Cristo, e sabemos que quando orientamos os nossos
filhos na direção certa, a obrigação de ensinar cabe exclusivamente sobre aos
pais. Nos dias hodiernos a educação dos filhos tem passados para escolas e
professores. Como professor sei que muitos que saem da faculdade não são aptos
se quer para educar os seus próprios filhos. A escola existe para transmitir
conhecimento, ensinar aos pequenos a ler, escrever etc. A educação propriamente
dita é dada no seio familiar, deste a menor idade até a fase adulta.
Educar é uma tarefa árdua e exaustiva, e requer um
esforço redobrado quando queremos que nossos filhos sejam fieis ao SENHOR. Uma
família desestrutura, tem uma grande possibilidade de gerar filhos
desestruturados, e com isso vítimas frágeis diante dos vícios.
C= Na velhice, a melhor idade é
um momento crucial na vida de todo o ser humano que consegue alcança-la. A
expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando nas últimas décadas. Estamos
vivendo mais e melhor. Com o crescimento dos números de pessoas com mais de
sessenta anos, surgiu uma preocupação pouco relevante nos séculos passados, que
é o cuidado com os velhos.
A questão familiar já era uma preocupação nos
tempos bíblicos, cuidar daqueles que cuidaram dos seus (Ef 6.1-3). Não é
novidade em nosso meio, casos de pessoas idosos abandonados em asilos ou nas
chamadas casas de repousos. Esses que na maior parte de suas vidas se dedicaram
na criação dos filhos, hoje se encontram em situação critica de miséria e
abandono. Vivemos no meio de uma geração corrupta e sem amor ao próximo, numa
sociedade privada da dedicação e amparo.
Conheci
um casal, destes onde um filho abandonou a mãe numa cada de repouso, porque a
velhinha não “cabia em sua vida”. O que impressiona é a deslealdade a que submetem o ser humano. É claro que nem todos
agem da mesma forma, ou se comportam igual. Existem aqueles que prezam pelo bem
estar dos seus.
Contudo
existem aqueles senhores e senhoras, que mesmos possuidores de cuidados pela
idade que possuem, preferem viver muitas vezes em suas casas, onde criaram seus
filhos. Estas pessoas que por sua particularidade, preferem viver em seus
domicílios onde possuem “liberdade”.
Diante deste fato não se pode, principalmente
em nosso meio, a desculpa de não sobrou tempo para visitar o pai, a mãe, um
parente ou até mesmo um amigo. Precisamos estar atentos esta ocorrendo ao nosso
derredor.
A
igreja chamada “primitiva” tem muito a nos ensinar, quando por sua vez os
apóstolos estavam preocupados com pregação da palavra, existia uma classe de
pessoas desamparadas e isso acontecia dentro da igreja. “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o
número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus,
porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária”(At 6.1). Neste
texto a palavra esquecida se aproxima do sentido abandonada. Na distribuição
diária de alimentos que ocorriam entre os irmãos havia uma classe de pessoas
que simplesmente não estavam fazendo parte do rol dos beneficiados. As viúvas
esquecidas não tinham quem lutasse por elas, até aquele momento. Pense nisso,
muitas vezes envolvidos em muitas ocupações esquecemos alguns que necessitam de
um amparo.
II O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFICEIS.
A= O desemprego é um dos fatores
sociais que mais trás consequência na vida de um ser humano. Diante do fato do desempregado, ter em sua maioria uma
família pra sustentar, ele esta por sua vez sem o amparo do salário mensal. Por
menor que seja este salário o individuo consegue organizar as suas dividas e
contornar o mês sem muitos contratempos. Por outro lado o desemprego
desencadeia uma série de consequências inimagináveis. Começa pela alta estima
do individuo, que dependendo do grau de formação, e a idade, pode ser maior ou
menor conforme cada pessoa.
Mas o fato de estar desempregado
gera o transtorno financeiro, que além de prejudicar a vida cotidiana,
prejudica a relação entre os que estão vivendo esta situação. Portanto o
desemprego gera um grande desconforto entre os que passam por esta situação.
Muitas famílias entram em colapso
por causa de uma demissão não esperada. E é neste momento que muitas vezes
faltam os amigos, vizinho e até mesmos os parentes. E quando se trata de um lar
cristão, os irmãos devem estar atentos às condição financeira (Gl 6.10).
É possível que muitos dos irmãos
que passem por dificuldades financeiras podem ser esquecidos pela igreja. O
abandono nesta situação pode gerar um trauma na vida espiritual destas pessoas.
B= A igreja deve ser o lugar onde o
abandono deveria ocorrer com menor frequência. Mas isso é algo ainda a ser superado em muitos lugares. As
reuniões que ocorrem na igreja, muitas vezes não se conseguem enxergar os
problemas que cada irmão esteja passando. Mas estas pessoas em hipótese nenhuma
podem ser abandonadas. Deve haver departamentos que cuidam destas pessoas
dentro da casa do SENHOR. Quanto maior for a igreja, maior será o número de
pessoas que podem se sentir abandonadas. Lembramos-nos das palavras de Jesus
que disse; “Estava nu, e vestistes-me;
adoeci, e visitastes-me; estive na
prisão, e fostes ver-me.” ( Mt 25.39)
III O DEUS QUE NÃO ABANDONA
Diferentemente da ação do homem em
relação ao seu semelhante, encontramos um Deus que se preocupa com os seus.
Diante de toda sorte de desfavores o
nosso SENHOR sempre está presente. Encontramos nos textos bíblicos
muitos personagens que por estarem na dependência exclusiva de Deus conseguiram
suportar as angustias. O nosso SENHOR sempre aparece nos momentos mais
difíceis, como foi no caso de Elias. O profeta que se encontrava numa situação
de extrema dificuldade espiritual, num momento de crise ministerial ( 1 Rs 19),
procurou com toda sua força uma saída para aquela situação.
Mas Deus sempre tem a resposta
certa no momento certo. Deus esperou Elias ponderar todas as suas críticas,
suas angustias, todos seus problemas (vers 14). A voz do SENHOR ecoou dentro da
caverna; “o que fazes aqui Elias,” o profeta não teve uma resposta convincente. No
momento em que Elias se sentia abandonado, o SENHOR se apresenta a ele como uma
mensagem de animo, dizendo que deveria continuar a sua jornada, deveria sair da
caverna (vers. 15).
Quantos que encontramos no decorrer
da nossa vida, ou até nos mesmos, que possuem uma caverna para se esconder do mundo, dos problemas, das
dificuldades. A caverna é o lugar onde o homem se encontra só, mais é nestes
lugares que Deus se revela como o operador de maravilhas.
Quando o homem faz a vontade do
nosso SENHOR, Ele próprio cuida com
maior zelo daqueles que o temem (Sl 103.13). Por isso Ele sempre se
apresenta para socorrer-nos mais complicados da nossa vida.
Conclusão
A segurança divina garante ao homem
uma sustentabilidade inigualável. No mundo podemos até mesmos estarmos só, mas
nunca estaremos abandonado. Jesus certa
vez disse; no mundo tereis aflições, mas devemos ter bom animo. Toda luta tem
uma data marcada por Deus para terminar. Você pode estar saindo de uma situação
difícil onde experimentou as mais complexas realidades. Contudo temos um Deus
nos céus que sempre este pronto a socorrer-nos nos momentos mais difíceis.
Evang. Juarez Alves Pereira
Assembléia de Deus
Bairro Parque nova Dourados
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