22 de agosto de 2012

A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS


A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS

TEXTO AUREO = “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10).

VERDADE PRÁTICA = O cristão, como filho de Deus, dEle recebe todas as coisas, incluindo o dinheiro, que deve ser utilizado de maneira correta, sensata e temente a Deus, para glória de Seu Nome.

LEITURA BIBLICA = I CRONICAS 29: 12,14  == I TIMOTEO 6: 9,10

INTRODUÇÃO

O dinheiro pode ser bênção ou maldição, dependendo do uso que dele fazemos. Se o fizermos de modo judicioso e para glória de Deus e expansão do seu reino, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Que possamos utilizar nossos recursos financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos de nosso Senhor Jesus Cristo. Saiba-se que a avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.5).

TUDO O QUE SOMOS E TEMOS VEM DE DEUS

1. Somos seus filhos.Todas as pessoas pertencem a Deus, por direito de criação (cf. SI 24.1). Nós cristãos, temos algo a mais, pois somos filhos de Deus por criação, mas também por redenção e ainda por direito de filiação, através da nossa fé em Jesus: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12).

2. Deus nos dá todas as coisas. Na condição de filhos, Deus nos concede todas as bênçãos espirituais de que necessitamos (Ef 1.3; Fp 4.19; Tg 1.17) e também nos confere as bênçãos materiais. No Pai Nosso, lemos: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11). Nos salmos, está escrito: “quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia” (SI 103.5). Os não crentes têm as coisas por permissão de Deus, sejam ricos ou pobres. Nós, seus filhos, temos as coisas, incluindo o dinheiro, como dádivas de sua mão. Davi tinha essa visão, quando disse: “Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos” (1 Cr29.14).

COMO DEVEMOS GANHAR O “NOSSO” DINHEIRO?

1. Com trabalho honesto. A ética bíblica nos orienta que devemos trabalhar com afinco para fazermos jus ao que percebemos. Desde o Gênesis, vemos que o homem deve empregar esforço para obter os bens de que necessita. Disse Deus:
“No suor do teu rosto, comerás o teu pão...” (Gn 3.19a).  


O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1 Ts 2.9); “e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já võ-lo temos mandado” (1 Ts 4.11). “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também”(2 Ts 3.10). Daí, o preguiçoso que recebe salário está usando de má fé, roubando e insultando os que trabalham.

2. Fugindo de práticas ilícitas, O cristão não dever recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, como o jogo, o bingo, a rifa, loterias, e outras formas “fáceis” de buscar riquezas. Em Provérbios, lemos: “O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo” (Pv 28.20). O cristão também não deve freqüentar casas de jogos, como cassinos e assemelhados. Esses ambientes estão sempre associados a outros tipos de práticas desonestas, como prostituição e drogas.

3. Fugindo da avareza. Avareza é o amor ao dinheiro. É uma escravidão ao vil metal. Diz a Bíblia: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (l Tm 6.9,10). Deus não condena a riqueza em si, mas a ambição, a cobiça, a exploração, a usura e a avareza. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3, 10); Davi, Salomão e outros reis acumularem muitas riquezas, e nenhum deles foi condenado por isso, O que Deus condena é a ganância, a ambição desenfreada por riquezas (cf. Pv 2 8.20).

4. Fugindo da preguiça. O trabalho diuturno deve ser normal para o cristão. A preguiça não condiz com a condição de quem é nascido de novo. Jesus deu o exempio, dizendo: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). O livro de Provérbios é rico em exortações contra a preguiça e o preguiçoso (Pv 6.9-11).

COMO O CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO

1. Na igreja do Senhor. Um velho pastor dizia: “O dinheiro de Deus está no bolso dos crentes”. De fato, Deus mantém sua igreja, no que tange à parte material, através dos recursos que Ele mesmo concede a seus servos.

a) Pagando os dízimos do Senhor. Em primeiro lugar, os crentes devem pagar os dízimos devidos para a manutenção da Obra do Senhor (cf. Ml 3.10; Mt 23.23). A obediência a essa determinação bíblica redunda em bênçãos abundantes da parte de Deus (Ml 3.10,11). É bom lembrar que devemos dizimar do total bruto da nossa renda, e não do líquido; deve ser das “primícias da renda” (Pv 3.9,10).

Os dízimos devem ser levados “à casa do tesouro”, ou seja, à tesouraria, por meio da entrega na igreja local. É errado o próprio crente administrar o dízimo, repartindo com hospitais, construções, campanhas, obras assistenciais, creches ou pessoas carentes. Deus disse: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...” (Ml 3.10a). Cabe à igreja sua devida e íntegra administração.

b) Contribuindo com ofertas. Em segundo lugar, o crente fiel deve contribuir com ofertas alçadas (levantadas), de modo voluntário, como prova de sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. Com esses recursos (dízimos e ofertas), a igreja mantém a evangelização, as missões, o sustento de obreiros, o socorro aos necessitados (viúvas, órfãos, carentes, etc.), bem como o patrimônio físico da obra do Senhor, e outras necessidades que podem surgir.

c) Os recursos da igreja local. Não provêm de governos ou de organismos financeiros. Toda vez que algum obreiro resolveu conseguir dinheiro para a igreja, em fontes estranhas ao que a Bíblia recomenda foi malsucedido, acarretou problemas para seu ministério e para os irmãos. Deus nos guarde de vermos igrejas envolvidas com práticas financeiras corruptas, abomináveis aos olhos de Deus. É de todo detestável que algum obreiro, usando o dinheiro dos dízimos e ofertas, se locuplete, adquirindo bens em seu próprio nome, exceto com aquilo que a igreja lhe gratifica.

2. No lar, no trabalho e o fisco. Se existe disciplina no trabalho, que regula os procedimentos para a aquisição do pão de cada dia, há, também, a disciplina no gasto, no emprego da renda ou do salário:

a) Evitar dívidas fora do seu alcance. Muitos têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito - na verdade, cartão de débito. As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranqüilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda de autoridade e independência. Devemos lembrar: “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho caloteiro perante os ímpios, quando o crente compra e não paga.

b) Evitar extremos. De um lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. São os “pães-duros”. De outro lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o exibicionismo a insensatez da concorrência com os vizinhos e conhecidos, à mania de esbanjar, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo.

c) Comprar à vista, se possível. Faz bem quem só compra à vista. Se comprar a prazo, é necessário, que o crente avalie sua renda e, quanto vai se comprometer com a prestação assumida, incluindo os juros.
É importante que se faça um orçamento familiar em que se observe quanto ganha, o que vai gastar (após pagar o dízimo do Senhor), e sempre procurar ficar com alguma reserva para imprevistos.

d) Não ficar por fiador. Outro cuidado importante, é não ficar por fiador. A Bíblia desaconselha isso (Pv 11.15; 17.18; 20.16; 22.26; 27.13). Outro perigo é fornecer cheque para alguém utilizar em seu nome. Conheço casos de irmãos que ficaram em aperto por isso. É importante fugir do agiota. É verdadeira maldição quem cai na não dessas pessoas, que cobram “usura” ou juros extorsivos (Êx 22.25; Lv 25.36).

e) Pagar os impostos. Em Romanos 13.7, lemos: “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.7). A sonegação de impostos acarreta prejuízo para toda a nação. O cristão não deve ser contrabandista pois isso não glorifica a Deus.

f) Pagar o salário do trabalhador. Se o cristão tem pessoas a seu serviço, crentes ou não, tem o dever de pagar corretamente e em dia o salário que lhe é devido. A Bíblia diz: “Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça e os seus aposentos sem direito; que se serve do serviço do seu próximo, sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho” (Jr 22.13; ver Tg 5.1-5).

COMO FUGIR DO CONSUMISMO E DAS DIVIDAS

O pior do consumismo é que muitos acabam valorizando mais as coisas materiais que s espirituais (Pv 30.15; Mt 6.19-21). O crente em Jesus deve resistir ao consumo inútil e à tentação do crédito fácil, propalados pela mídia. Lembre-se: “Crédito imediato é também dívida imediata”. Façamos, pois, a oração de Agur: Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada” (Pv 30.8,9).
1. Evite o desperdício e o supérfluo. Em João 6.12 Jesus ordenou que seus discípulos recolhessem os alimentos que sobrara para que nada se perdesse. Algumas vezes o orçamento acaba porque gastamos com insensatez, onde não se deve ou não se pode (Is 55.2; Lc 15.13,14).

2. Economize, poupe e fuja das dívidas. Economize comprando no estabelecimento que é mais em conta. Racionalize os gastos com água, luz, telefone, etc. (Gn 41.35, 36; Pv 21.20). Abra uma conta-poupança e guarde um pouco de dinheiro, por menor que seja a quantia, Fuja das dívidas.

CONCLUSÃO

Pobreza não é maldição (Dt 15.11; Mc 14.7), mas pode resultar de fatores diversos: guerra, catástrofes, vícios, alcoolismo, jogos de azar, má administração dos bens e dos recursos econômicos. Neste particular, a Palavra de Deus adverte que o beberrão e o comilão cairão em pobreza (Pv23.20,21). Não compre fiado. Não peça emprestado. Liberte-se do consumo irresponsável. Jesus quer libertá-lo das garras do consumismo. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.32,36).

O dinheiro é um meio de troca importante para as transações entre pessoas e empresas. O que a Bíblia condena não é o dinheiro em si, mas o amor ao dinheiro (avareza). Isso equivale a idolatrar o dinheiro, a riqueza. Esta, também não é condenada por Deus, desde que obtida por meios lícitos e trabalho honesto. Que o Senhor nos ensine a usar da melhor maneira possível os recursos financeiros ao nosso dispor, como bênçãos de sua parte.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 2002

Lições bíblicas CPAD 2008


COMPLEMENTO PARA SUA AULA

Conseqüências das Dívidas

Quais as conseqüências que sofremos quando ficamos endividados?

As conseqüências são várias, algumas delas são: falta de paz, cegueira espiritual...

(Dt 28:15) “Será porém, que, se não deres ouvidos à vós do Senhor teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão”.
 
(Dt 28:20) “O Senhor mandará sobre ti a maldição, a confusão e a ameaça em tudo quanto empreenderes, até que sejas destruído e repentinamente pereças, por causa da maldade das tuas obras, com que me abandonaste.”
 
Conseqüências: falência financeira, doenças da alma, falta de paz, cegueira espiritual, opressão, escravidão, morte.
 
Como fugir das dívidas:
Sendo dependente de Deus

(Pv 3:5-7) “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas”.

Reconhecer que Ele é o dono de tudo que temos

(Sl 24:1) “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam”.

Ser fiel nos dízimos e nas ofertas

(Ml 3:11) “Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos exércitos”.
 
Algumas dicas – caso esteja com dificuldades nessa área
 
Buscar ajuda com o seu discipulador:

(Ec 4:9) “Melhor é serem dois do que um, porque tem melhor paga do seu trabalho”.
  
·       Estabelecer orçamento por escrito
·       Relacionar tudo o que deve
·       Priorizar o pagamento das dívidas
·       Estar satisfeito com aquilo que tem
·       Mudar radicalmente o seu estilo de vida
 
(1 Tm 6:7-8) “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele, tendo sustento e com que nos vestir estejamos contentes”.



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