SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL – Ev.
José Costa Junior
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O
assunto desta lição diz respeito a violência social e qual deve ser a resposta
da Igreja de CRISTO a este desafio. A Bíblia ensina que o pecado é a transgressão da lei (I João 3:4). Esta
palavra "transgressão" poderia ser traduzida por
"delinqüência". Jesus indicou que, à medida que os homens se
aproximassem do final da história, haveria uma rebelião mundial contra a lei e
a ordem. A rebelião e a delinqüência já se acham presentes em escala tal como
jamais o mundo as conheceu. Filhos rebelam-se contra os pais a tal ponto que
muitos destes chegam mesmo a ter medo dos filhos. Jovens se rebelam contra os
mestres, estudantes universitários se revoltam contra as autoridades
administrativas. Existe uma tentativa organizada de rebaixar o policial,
torná-lo objeto de ridículo e desprezo. Tudo isso é parte de um desrespeito
geral pela lei e pela ordem.
A violência se alastra por todas as metrópoles.
Semanalmente presídios se convulsionam em rebeliões. Multiplicam-se favelas com
a falta de políticas habitacionais. Idosos gastam seus últimos e valiosos dias
em filas da previdência. A prostituição infantil no Brasil virou notícia
internacional. As grandes capitais ganham campeonatos mundiais de assassinatos
de adolescentes. Políticos se comportam com uma desfaçatez revoltante.
Entidades e assessores de políticos evangélicos são presos por envolvimentos em
esquemas e fraudes com ambulâncias superfaturadas, igrejas (templos) usadas
como firmas criminosas e propinas abundantes.
Deveríamos ficar escandalizados com o fato de que, em
muitos países, o crime organizado é o maior dos negócios.
O crime organizado move, em todo mundo, 870 bilhões de
dólares por ano. No Brasil forma um Estado dentro do Estado. Custa-nos mais do
que os programas combinados de educação e saúde. Com seus sindicatos, demi-monde,
quadrilhas e a Máfia, chega praticamente a dominar algumas das maiores cidades
do país. Além disso, existe o crime não-organizado, que se mostra tão perigoso,
senão pior.
O crime está aumentando com tal rapidez que nos
encontramos agora bem perto da rebelião aberta e da anarquia. É perigoso
passear a pé pelas ruas de qualquer cidade do Brasil, depois do entardecer. Em
algumas regiões as pessoas vivem numa atmosfera de medo e pavor. É como se
alguma força sinistra e sobrenatural estivesse à solta. As ruas de nossas
cidades se transformaram em selvas de terrorismo, assaltos, estupros e
morte. A praga da criminalidade ameaça
destruir a nossa sociedade, e à medida que sobe o índice de criminalidade,
desabam os alicerces morais da nação.
Onde está a resposta para o problema do crime? Estará
em mais ação da polícia? Em mais elevada educação? Numa punição mais rigorosa?
Por que motivo, na sexta maior economia, existe um quadro de tamanha violência?
No curso dos últimos decênios tem-nos sido ensinado que a moralidade é
relativa, e estamos agora colhendo a safra dessa semeadura. A tendência do
sistema educativo, dos tribunais e dos meios de comunicação em massa, muitas
vezes, é ignorar a vítima e mimar o criminoso. Em alguns casos, chegamos a
tornar o criminoso num herói. Verifica-se que, por todo o país, os agentes da
lei, ou estão envolvidos com o crime, ou se mostram desanimados, achando que os
tribunais não lhes estão dando qualquer cooperação. As estatísticas criminais
atingem níveis astronômicos, e os órgãos de aplicação da lei não contam com a
verba ou pessoal necessários para deter sequer uma fração dos criminosos.
Ninguém parece ter resposta para aquelas perguntas. Devemos nos preocupar.
DEUS não fez chover fogo e enxofre nas cidades gêmeas por causa da
generalização do mal, mas pela ausência do bem. Abraão não contabilizou dez
justos ali. Se mostrasse um punhado de gente íntegra, DEUS evitaria SEU juízo.
Portanto, DEUS não considerou a presença do mal tão danosa quanto a ausência do
bem.
O objetivo deste estudo é trazer
algumas informações e textos, colhidos
dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão do
papel da Igreja diante da violência social. Não há nenhuma pretensão de esgotar
o assunto ou de dogmatizá-lo, mas apenas trazer ao professor da EBD alguns
elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.
A VIOLÊNCIA É UM PROBLEMA DE TODOS
O que você faria hoje, se soubesse que amanhã se
encontraria preso a mais terrível e indescritível crise existencial? Se amanhã
você se desse conta de que seu melhor e mais íntimo amigo lhe houvesse faltado
ao dever humano e fraternal de solidariedade? O que você faria se, de repente,
aquela pessoa de quem você nem de longe desconfiara, na qual você tanto
investiu e que tanto usufruiu de sua cultura, seus afetos, inclinações e bens
maiores o traísse? O que você faria se a religião na qual você foi criado, em meio a qual
foi inspirado, dentro da qual foi instruído, subitamente, estabelecesse uma
penalidade contra você? Como você reagiria se, de hábito, se visse escarnecido,
vilipendiado, com a honra enxovalhada, a dignidade exposta a uma situação de
zombaria, motejo, galhofa e ironia?
O que faria se fosse
alvo de grave violência física, de um estupro, por exemplo, ou de uma surra
absurda?
Qual seria a sua
atitude se você tivesse certeza absoluta do que lhe aconteceria nos próximos
dias?
Houve um dia, na vida
de Jesus, quando, olhando adiante, ele só conseguia ver coisas absurdas e
semelhantes a essas a que acabo de me referir. Seu dia seguinte seria o dia do
Getsêmani; dia da depressão, da agonia; dia do encaramujar da alma; dia da
vertiginosa descida à região mais abissal; dia do choro, gemido, solidão
profunda.
O dia seguinte seria
aquele no qual faltaria a solidariedade dos amigos. Ele gemeria, choraria,
pediria, reclamaria; solicitaria apoio, companhia, mas os amigos estariam
dormindo. Voltaria a eles e em vão questionaria: "Não pudestes vigiar
comigo?”
Não pudestes investir
em mim sequer alguns minutos? Não conseguistes vencer o sono? Será que a minha
dor é menos importante que o conforto e o sossego? Simão, tu dormes? Não
pudeste vigiar comigo uma hora? (Marcos 14:37)
O dia seguinte também
foi dia de traição, dia no qual Judas Iscariotes -discípulo, apóstolo, amigo,
amado - o troca por dinheiro. Judas que fora investido de autoridade, aquele a
quem se descortina o reino de Deus, a quem é permitido sonhar com os que sonham
na intervenção de Deus na história; alguém aquinhoado com poder divino para
realizar curas, prodígios, expulsão de demônios; aquele que vivenciara
realidades concretas da chegada e da demonstração do Reino. E justamente ele
que, em função de um bom negócio, trai a amizade; é esse Judas que beija e
apunhala. É ele que dá um susto - não um susto no coração de quem não sabia o
que ocorreria, mas um susto naquele que, mesmo ciente do que iria suceder,
reserva-se, ainda assim, o direito de enfrentar cada momento da vida como cada
momento da vida, com seus temores, sonhos e ambigüidades.
O dia seguinte é o dia
no qual a religião judaica - segundo a qual foi criado, na qual aprendeu a ler
(porque naqueles dias aprendia-se a ler nas escolas rabínicas, lendo a Torá, ou
Escrituras), sendo instruído desde a mais tenra infância - após o julgamento, o
acusa de herético, não recebe sua mensagem, rejeita sua proposta, considera-o
demoníaco, expurga-o.
O dia seguinte é o dia
da negação, negação de um dos melhores amigos, amigo que diante de uma situação
pública afirma jamais tê-lo conhecido, não ter com ele a menor relação, não
guardar a lembrança de nenhum encontro; não haver história entre eles, hipótese
alguma de cumplicidade. Amigo que declara: "Não sei quem é esse homem; jamais
o vi, nunca lhe ouvi o nome; tampouco andei com ele." Amigo que nega a
fraternidade, o compromisso, a paixão e o sonho comum.
O dia seguinte seria
dia de preterição, de troca: "Que preferes, a Jesus, chamado Cristo, ou
ao ladrão?" Seria dia no qual o poder público faria opção pelo
corrupto, em vez do justo; pela devassidão, e não pela integridade. Seria dia
no qual os sistemas e a máquina governamental, por questões políticas,
entregariam o inocente para ser condenado e libertariam - com todas as condições
de libertação e seus privilégios - o assassino. Dia, pois, de ser trocado de
maneira vil; de ser escarnecido - soldados lhe poriam uma coroa de espinhos na
cabeça para brincar com a sua realeza (realeza, sim, mas de dor).
Colocar-lhe-iam na mão um caniço quebrável, como a dizer que o seu cetro é o
cetro da fraqueza. Vesti-lo-iam com um manto aparatoso, para significar que
tipo de rei era ele: rei-momo; rei-palhaço; rei do festival; debochariam dele
expondo-o a cenas ridículas. Para honrá-lo, cuspir-lhe-iam. A fim de declararem
sua sapiência profética, fechar-lhe-iam os olhos para lhe perguntar: "Quem
foi que te bateu?"
Sarcasmo, ironia. O dia seguinte é o
dia da cruz. Dia da violação. Dia da profanação física. Dia da agressão. Dia de
ser trespassado. Dia de ser objeto.
O que você faria, se
soubesse que os três próximos dias da sua vida seriam dessa qualidade? O que
você faria, se soubesse que o que o aguarda é a depressão, a facada, a traição,
o agravo, a perfídia, a barganha, o julgamento, a exclusão da instituição, o
desprezo, a rejeição, a falta de solidariedade e ingratidão dos que se
afirmavam amigos?
O que você faria se nos
próximos dias você perdesse o emprego, ou lhe roubassem a posição em favor do
maior corrupto, de pessoas mais convenientes àquela posição? O que faria você,
se amanhã fosse o dia do escárnio, do desdém, da injúria, do descrédito, do
enodoamento do seu nome, de sua imagem e do seu caráter?
O que você faria, se
amanhã, ao entrar no táxi, fosse vítima de um ato sádico, um assalto pavoroso,
um seqüestro? Ou fosse dia no qual seu marido chegasse bêbado a casa, e tomado
pelo machismo arrebentasse seu rosto, esmurrasse-a, atirasse-a ao chão,
enchendo-a de hematomas, ferindo-lhe os ouvidos com palavrões e impropérios?
Tenho certeza de que
não estou sendo irreal, nem estou falando de coisas que não lhe digam respeito.
Porque todos nós, de um modo ou de outro, corremos sempre o risco de estarmos
na iminência de sofrer algo desse tipo.
Viver é correr o risco
de tragédia. Estar vivo é estar assistindo à possibilidade de conflito,
traição, preterimento, negação, fraude, injustiça, roubo, desonra, calúnia,
violência, depressão e "ilhamento".
Hoje, não sabemos o que
nos pode acontecer amanhã ou depois. Mas o Cristo ao qual me refiro conhecia o
futuro - se bem que não do ponto de vista de uma exacerbada onisciência, que
lhe tirasse o direito e o privilégio de rir e de chorar, de alegrar-se ou de
sofrer a cada instante, a ponto de a cada nova situação poder afirmar: "Eu
já estava esperando que isso acontecesse..." Porque o paradoxo da
onisciência de Jesus é que ele sabe tudo, mas vive tudo o que lhe acontece como
se ignorasse que lhe ocorreria. É o mistério que só se explica em Deus: saber
tudo, e, no entanto, viver tudo com a surpresa da chegada de cada coisa.
E qual a atitude de
Jesus na véspera do tudo mal? Na véspera do trágico? Na véspera do tudo-nada?
Marcos conta, no cap. 14, v.22 e 23 que, partindo o pão, ele disse: "Isto
é o meu corpo"; e tomando o cálice, acrescenta: "Isto é o meu
sangue" - prova de que estava plenamente consciente do que o
aguardava. O v.26 diz mais: "Tendo cantado um hino, saíram para o Monte
das Oliveiras".
O que esperava por
Jesus era o ser ele partido, rasgado, moído, ultrajado, usado. No entanto, ele
canta um hino! E que hino era esse? Era justamente o hino que o judeu cantava
na Páscoa, o Salmo 115, que afirma o amparo de Deus; salmo que admoesta: "Não
confieis em ídolos. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e
não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam;
som nenhum lhes sai da garganta".
Ele exorta a que se
confie no Senhor, em quem há amparo, refúgio, conforto, segurança.
Parece ironia cantar um
hino desses à véspera do que Cristo sabia ser a moenda da sua alma, o trilhar
do seu corpo, o lacerar e escalpelar da sua carne. Sim, Jesus foi neste planeta
o único homem que soube crer no que Paulo articularia teologicamente mais
tarde: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm
8:28).
Qualquer um só faz
arremedar essa prática, somente Jesus de Nazaré cantou antes da agonia; cantou
louvores no gemido. E diga-se: em Cristo, o cantar, antes de tudo, equivale a
cantar depois. Porque ele canta não antes da surpresa absoluta, mas sabendo o
que está por vir. O que significa terminar a cruz em louvor.
O que estará a vida
fazendo em nós? Que estará ela fazendo de nós? O que o chicotear, o deprimir, o
esmagar, o humilhar, o tripudecer, o caluniar, o escarnecer, o decepcionar, o
desacreditar, o roubar, o espatifar de ilusões estarão criando em nós?
Será que os gestos,
jeitos, modos, palavras e tudo mais que a vida nos negou, não estariam gerando
em nosso ser uma alma desértica, um coração duro, frio, incapaz do amor, da
dádiva, da troca, do sossego e da paz? Será que não teria arrancado de nós a
capacidade de sonhar, de crer, de renunciar e de ser grato? Ou ainda não teriam
criado em nós uma mente inepta, paralisada ao fervor e à adoração?
Será que os fatos e as
ocorrências do dia seguinte estão gerando em nós a idéia de que Deus tem o
braço encolhido? Que ele é um Deus impotente, inoperante e alienado; um
Deus-ídolo?
Ou
será que, por sua graça, seremos capazes de enfrentar o que vier, chorando e
gemendo com louvor, com gratidão, na certeza de que aquilo que dói em nós,
magoa e fere fundo; aquilo que nos embaraça e tonteia pelo impacto; que nos
surpreende, decepciona e assusta, de maneira nenhuma revela e retrata a
inoperância e pouco-caso de Deus, que não traduz sua fuga ou omissão. Ao
contrário, espelha a certeza de que, por trás do que se pode chamar bueiro da
dor, espasmo da decepção, negrume da solidão, haverá finalmente a estrada em
direção ao único Pai - o único Amigo - e à única vitória e certeza.
No
entanto a programação de novas igrejas não contempla a vida com realimo. A grande maioria dos sermões que se ouve,
principalmente na mídia, se resume a técnicas de sucesso ou ao arremetimento a
um mundo espiritual onde se lida com a história humana, não como resultado de
escolhas que fazemos, e sim como desdobramentos de maldições e da sina divina.
Lotam as igrejas com pessoas ávidas por atalhos para o sucesso e despreparadas
para enfrentar a realidade da vida como verdadeiros cristãos.
Para
reverter estruturas malígnas da violência social, não basta exorcismos e
declarações de que tal cidade é do SENHOR JESUS, precisa-se de cidadania,
educação cívica, virtude moral e, acima de tudo, ser o reflexo de CRISTO dentro
desta sociedade.
A IGREJA DEVE DENUNCIAR
A VIOLÊNCIA ATRAVÉS DAS AÇÕES
Como cristãos, temos duas
responsabilidades. Uma é proclamar o Evangelho de Jesus Cristo como solução
única para as necessidades humanas mais profundas. Outra é aplicar tão bem
quanto possamos os princípios do cristianismo às condições sociais em redor de
nós.
Jesus ensinou que o
cristão é "o sal da terra" (Mateus 5:13). Falou em sal, porque essa
substância confere sabor à comida e, além disso, conserva. Há alimentos que se
deteriorariam sem ele. Nossa sociedade nacional se tornaria corrupta, a cobiça
e concupiscência, juntos ao ódio, levariam a nação a verdadeiro inferno, se não
fosse o sal cristão. Basta tirar todos os cristãos do Brasil e ver o caos que
se formaria da noite para o dia. É, em parte, porque a igreja perdeu a sua
qualidade de sal que temos agora necessidades morais e sociais tão grandes. Uma
pitada de sal apresenta valor inteiramente fora de proporção com a sua
quantidade.
Ele disse também:
"Vós sob a luz do mundo" (Mateus 5:14). A escuridão de nosso mundo é
cada vez mais tenebrosa e só resta uma luz verdadeira, a de Jesus Cristo,
refletida por aqueles que nEle confiam e crêem. O próprio Jesus viera trazer
luz para que os homens pudessem ver a Deus por Seu intermédio. Os que O seguem
devem fazer brilhar e irradiar Sua luz. Ele disse: "Brilhe a vossa luz
diante dos homens" (Mateus 5:16).
Cristo indica que o mundo é a esfera da luz e do sal.
Os problemas atuais em nossa vida nacional são graves e todos os cristãos
possuem uma responsabilidade definida. O cristão é cidadão de dois mundos e,
diante dessa cidadania dupla é-lhe dito nas Escrituras não só que ore pelos que
ocupam a autoridade política mas também que participe e sirva ao seu governo. O
cristão é o único e verdadeiro portador de luz no mundo. Assim como existe o
perigo de que o sal perca a sua qualidade, há também o de que a luz se perca
nas trevas se não tiver a oportunidade de brilhar. As vidas dos primeiros
cristãos foram seu testemunho invencível e o mundo pode argumentar contra um
credo, mas não contra vidas transformadas.
É o que faz o simples
Evangelho de Jesus Cristo, quando pregado sob o poder e a autoridade do
Espírito Santo.
O cristão não apenas
segue Cristo e aprende com Ele, mas também tem de agir. O mundo julga o cristão
por sua vida, não por sua crença, e seus atos são indicação de sua fé. Disse o
Apóstolo Tiago: "Mas alguém dirá: Tu tens fé e eu tenho obras;
mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras te mostrarei a minha fé"
(Tg, 2:18).
Perguntaram certa feita a um evangelista se ele não
achava que o mundo estava ficando pior, e ele respondeu: "Se estiver,
nesse caso estou decidido a que o seja a despeito de mim." Podemos
parafrasear, e dizer: "Se o mundo está ficando pior, então, o será a
despeito do Evangelho de Cristo e dos que nEle confiam."
CONCLUSÃO
Nós temos visto nos
últimos dias uma incontida alegria causada pelo crescimento da igreja no
Brasil. O censo de 2010 afirma que já
somos 22% da população; por volta de 42 milhões de cristãos. Se isto é verdade,
louvado seja Deus. O crescimento da igreja, não importando aqui o percentual
exato, tem que ser visto também de uma outra dimensão: quanto mais a igreja
cresce mais a sociedade espera dela.
Estou querendo dizer
que enquanto a igreja tem um número reduzido de membros em relação à população,
esta população não sabe o que pensa e prega esta igreja, todavia, a partir do
momento em que a igreja cresce, a sociedade começa a descobrir qual é o
propósito e mensagem da igreja. A sociedade vai descobrir que a igreja não foi
chamada para ter somente atividades limitadas ao templo ou a vida dos seus
membros, ou que a igreja não foi chamada somente para levar almas para o
céu. A sociedade perceberá que à igreja
cabe também o papel de transformadora do mundo e seus valores, cabe o papel de
auxiliar nos problemas sociais, políticos e econômicos que afligem o nosso
povo.
Está chegando, portanto
o momento em que a própria sociedade já sabe qual é a missão da igreja. E em sabendo, ela começa a questionar quando
é que a igreja vai colocar em prática os ensinos de Jesus. A igreja hoje tem
que ser necessariamente a igreja participativa nas soluções e problemas da
nossa sociedade. Ela não pode mais
continuar enterrando a cabeça na areia alheia a tudo que se passa ao seu redor.
Concluindo, espero em DEUS ter contribuído para despertar o seu desejo
de aprofundar-se em tão difícil tema e ter lhe proporcionado oportunidade de
agregar algum conhecimento sobre estes assuntos. Conseguindo, que a honra e glória
seja dada ao SENHOR JESUS.
Ev. José Costa Junior
Nenhum comentário:
Postar um comentário