9 de fevereiro de 2012

Tudo posso Naquele que me fortalece


 “Tudo posso Naquele que me fortalece”

Introdução


Quando proferiu as palavras que se colocam como tema da presente lição, Paulo estava fechado em uma cela de prisão, destituído de todo conforto, mas, como sempre, confiante em Deus.
Os que se dedicam a Deus sem reservas possuem, em toda ocasião, uma viva esperança, buscando sempre a vontade de Deus e colocando-se à disposição do Senhor em qualquer situação. Esvaziam-se de todas as coisas em prol da obra de Deus, e nisso encontram benção infindas.


Prosperidade na adversidade


Não podemos fazer uso de um texto bíblico fora de seu contexto, para simplesmente aplicá-lo a situações pessoais pelas quais estamos passando, ou sob o pretexto de ajudarmos uma pessoa. Devemos analisar toda a contextualização (em uma verdadeira interpretação exegética) para dela extrairmos a verdadeira mensagem de Deus aos nossos corações.
O aposto Paulo diz neste texto que mesmo que estivesse passando por aquela situação difícil, preso, longe da Igreja, em total desconforto, podia suportar pois sua força vinha de Deus.
Em outras palavras o apóstolo estava dizendo: Eu posso passar fome, sede, frio, tristeza, dor (“todas as coisas”), pois Deus me dá a força que preciso para  suportar tais adversidades.
A felicidade de Paulo em servir a Jesus, a alegria da salvação, eram independentes do que pudesse estar passando. A paz que o mundo não compreende (Fp 4.7), não se alterava por circunstâncias difíceis na vida cotidiana.


Prosperidade na humildade


O que vemos hoje no meio evangélico é totalmente o oposto do que o apóstolo Paulo ensinava com sua vida de renúncia e desapego aos bens materiais. Há até uma disputa entre os renomados “pregadores”para ver quem ostenta mais poder aquisitivo. Vivem como príncipes, viajam pelo país em seus jatos ou helicópteros particulares, esquecendo-se muitas vezes da simplicidade do evangelho do Reino.

A igreja precisa de pastores e não de reis que vivam de ostentação em ostentação. Como poderão estes pregar sobre a manjedoura?
A humildade tem passado longe destes homens arrogantes que se dizem profetas e que só profetizam bênçãos e vitórias materiais e financeiras. Esquecem que foi Jesus, pessoalmente, que nos alertou acerca das aflições que o mundo nos proporcionaria.

A verdadeira prosperidade vem de uma vida totalmente dependente do amor e da graça de Deus (I Tm 6. 17-19).


Prosperidade na Caridade e na Unidade


É notória a percepção de que quanto mais se fala em “doutrina da prosperidade”, mais as pessoas vão se tornando individualistas e egoístas. Querem tanto ter que se esquecem de ser. Devemos ser amorosos e caridosos, ajudando-nos uns aos outros.
Do púlpito muitos “decretam” a prosperidade; e, simultaneamente, obervamos uma miséria espiritual que e alastra por algumas igrejas. De tanta confissão positiva, algumas lideranças tem deixado o aspecto de “pastor” e se aproximado da figura do “guru”, repetindo mantras de prosperidade. Enganam com a falsa teologia da prosperidade, repetindo que todos são predestinados a uma vida próspera, sem sofrimentos ou aflições.

Mas o que Jesus ensinou em seu maravilhoso sermão do monte não foi o que muitos estão pregando. Jesus disse “Mas ajuntai tesouro no céu, onde nem a traça nem a ferrugem tudo consomem” (Mt 6:20).
A Bíblia nos adverte para que tenhamos cuidado com os surtos heréticos promovidos por falsos profetas, que surgem com suas mensagens contrárias e contestáveis ao que ensinam as escrituras. Um povo bem edificado não tem dificuldades em identificar as práticas e ensinamentos errôneos daqueles que usam textos fora de seu contexto para desenvolverem movimentos estranhos que querem infiltrar dentro das igrejas.

Devemos, pois, estar sempre atentos e combativos como Timóteo foi advertido: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas, porque fazendo isto te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”.


Conclusão

Que possamos dizer como disse o apóstolo Paulo: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”, mesmo em momentos difíceis ou momentos felizes. Somos eternos dependentes do amor e da graça de Deus.


Elaboração:-  Jaquesilene Silva

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