27 de dezembro de 2011

A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE


A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE


TEXTO ÁUREO - “Muitos me dirão naquele Dia Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?” (Mt 7.22).


VERDADE PRÁTICA - Centrando sua mensagem na saúde física e no acúmulo de bens terrenos, os teólogos da prosperidade menosprezam a salvação em Cristo e os bens celestes.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - MATEUS 7.15-23


INTRODUÇÃO


A Confissão Positiva não é uma denominação ou seita, mas um movimento introduzido sutilmente entre as igrejas pentecostais, enfatizando o poder do crente em adquirir tudo o que quiser. É conhecida também como «Teologia da Prosperidade”, “Palavra da Fé” ou “Movimento da Fé”. As crenças e práticas desse movimento são aberrações carregadas de perigosas heresias.


HISTÓRICO


1. Sua origem. A Confissão Positiva é uma adaptação, com roupagem cristã, das idéias do hipnotizador e curandeiro Finéias Parkhurst Quimby (1802-1866). Os quimbistas criam no poder da mente, e negavam a existência da matéria, do sofrimento, do pecado e da enfermidade. Deles surgiram vários movimentos ocultistas como o Novo Pensamento, as seitas Ciência da Mente e Ciência Cristã, de Mary Baker Eddy. Seus promotores procuram se passar por cristãos evangélicos (v. 15).


2. Principal fundador: Essek W. Kenyon. O movimento surgiu de forma gradual por meio de Essek William Kenyon (1867-1948). Kenyon, aproveitando-se dos conceitos de Mary B. Eddy empenhou-se em pregar a salvação e a cura em Jesus Cristo. Dava ênfase aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade, além de aplicar a técnica do poder do pensamento positivo.

Kenyon, que pastoreou várias igrejas e fundaram outras, não era pentecostal. Ele foi influenciado pelas seitas Ciência da Mente, Ciência Cristã e a Metafísica do Novo Pensamento. Hoje, é reconhecido como o Pai do movimento Confissão Positiva, tendo exercido forte influência sobre Kenneth Hagin.


3. Principal divulgador: Kenneth Hagin. Nasceu em 1917 com problema de coração e ficou inválido durante 15 anos. Em 1933, converteu-se ao evangelho e, no ano seguinte, o Senhor Jesus o curou. A partir de então, começou a pregar.

Ele recebeu o batismo no Espírito Santo em 1937. Estudando os escritos de Kenyon, divulgou- os em livros, cassetes e seminários, dando sempre ênfase à confissão positiva. Em 1974, fundou o Centro Rhema de Adestramento Bíblico, em Oklahoma.


 FONTES DE AUTORIDADE


1. Revelação ou inspiração de seus líderes. Hagin fazia diferença entre as palavras gregas rhêma e logos, pois ambas significam “palavra”. Ainda hoje, os seguidores dessa crença afirmam que logos é a palavra de Deus escrita, a Bíblia; e rhéma, a palavra falada por Deus em revelação ou inspiração a uma pessoa em qualquer época. Desse modo, o crente pode repetir com fé qualquer promessa bíblica, aplicando a sua necessidade pessoal e exigir o seu cumprimento.


2. Confissão positiva do crente. Os adeptos da Confissão Positiva crêem ser a Bíblia a inerrante e inspirada Palavra de Deus, mas não a única, pois admitem que a palavra do crente tenha a mesma autoridade. Para eles, as fontes de autoridade são: a Bíblia, as revelações de seus líderes e a palavra da fé.

O crente deve declarar que já tem o que Deus prometeu nos textos bíblicos e, tal confissão, confirmar-se-a. A confissão negativa é reconhecer a presença das condições indesejáveis. Basta negar a existência da enfermidade e ela simplesmente deixará de existir. É a doutrina de Quimby, da Ciência Cristã e do Movimento Nova Era.


3. A autoridade para a vida do cristão. Atribuir tanta autoridade assim às palavras de uma pessoa extrapola os limites bíblicos. A emoção também caiu com a natureza humana e, por isso, a fé não pode ser fundamentada em experiências (Jr 17.9). As experiências pessoais são marcas importantes na vida dos pentecostais.

Cremos em um Deus que se comunica com os seus filhos por sonhos, visões e profecias  (At 2.17,18), mas essas experiências são para a edificação pessoal e não para estabelecer doutrinas. O cristianismo autêntico não deve ir além das Escrituras Sagradas (Is 8.20; 1 Co 4.6). A Bíblia é a única autoridade para a vida do cristão.

RHÉMA E LOGOS


1. Termos sinônimos. O vocábulo rhèma aparece 68 vezes e, logos, 330 no texto grego do Novo Testamento. Como não existem sinônimos perfeitos, exatamente iguais, aqui também não é diferente. O termo rhéma significa “palavra, coisa”; enquanto em logos, os léxicos apresentam uma extensa variedade de significados como: “palavra, discurso, pregação, relato, etc.”. Mas ambos os termos coincidem-se (Lc 9. 44, 45).

O conceito de rhéma e de logos, inventado por Hagin, não resiste à exegese bíblica. Não é verdade que haja a tal diferença entre as referidas palavras.


2. Termos usados para designar as Escrituras. Ambos os termos são igualmente usados para identificar as Escrituras Sagradas. Encontramos no texto grego do Antigo Testamento (Septuaginta) a expressão rhéma tou theou, “palavra de Deus” em Isaías 40.8.

Nas páginas do Novo Testamento, a mesma passagem é citada pelo apóstolo Pedro  (I Pe 1.25).

Mas, encontramos também, logon tou theou, “palavra de Deus”, com o mesmo significado (Mc 7.13).
Esses exemplos provam, por si só, que o conceito de Hagin é falacioso, sem base bíblica.


3. Falácias da Confissão Positiva. O conceito de confissão positiva e negativa é falso; não se confirma na Bíblia ou na prática da vida cristã. Deus é soberano; nós, os seus servos. Jesus ensinou-nos: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra corno no céu” (Mt 6.10). Basta tão-somente esse versículo para reduzir a cinzas a insolência dos promotores da Confissão Positiva. A Bíblia ensina, ainda, que devemos confessar nossas culpas para sermos sarados  (Tg 5.16), e isso, não parece ser confissão positiva.


CRENÇAS E PRÁTICAS


1. Teologia. De maneira genérica, os adeptos da Confissão Positiva seguem uma linha ortodoxa no que tange aos pontos cardeais da fé cristã. Não se trata de uma seita, mas de um movimento que permeia as igrejas; daí a diversidade de ensinos entre seus adeptos. Sobre Deus, uns são unicistas; outros deificam o homem. Essa falta de padrão doutrinário existe, sobretudo, a respeito do Senhor Jesus e de sua obra. Os ensinos da Confissão Positiva, por conseguinte, é um desvio das doutrinas bíblicas apesar de sua aparência ortodoxa.


2. Sua marca. As marcas distintivas do movimento são: a prosperidade e a pregação restrita aos pobres e enfermos, oferecendo-lhes riquezas e saúde. No entanto, deixa de lado o essencial: a salvação. A mensagem dos profetas da prosperidade pode fazer sentido nos países ricos onde as oportunidades são mais amplas, mas, nas regiões pobres do planeta, são irrelevantes. Isso é mais uma prova de que se trata de um evangelho humano, contrário à Bíblia, pois o evangelho de Jesus Cristo é para todos os seres humanos em todas as épocas (Mt 28.19, 20; Tt 2.11).


3. A salvação. Em vez de trazer riquezas materiais aos pobres e saúde aos enfermos, o propósito principal da vinda de Jesus ao mundo foi salvar os pecadores (I Trn 1.15), muito embora o seu ministério tenha sido coroado de êxito no campo da cura divina e da libertação (At 10.38).

O que esses pregadores fazem não passa de espetáculo, contrariando o verdadeiro propósito do evangelho. Não foi essa a mensagem pregada pelos apóstolos. Paulo afirma haver se contentado com a abundância e com a escassez (Fp 4.11-13).


A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE - Texto: Ap 3.14-22

A teologia da prosperidade traz o ensino diabólico de que o cristão não deve ser pobre, adoecer ou sofrer; em outras palavras o cristão não deverá aceitar estas coisas em sua vida. Segundo esta teologia, o cristão deve ser próspero em todos os sentidos. Quando um crente tem problemas de saúde ou dinheiro é porque alguma coisa está errada em sua vida. Para a teologia da prosperidade, ter dinheiro significa ter fé!

Usam textos como: Sl 37.25; Mt 18.18-19; Lc 17.6; Jo 14. 12-14; Rm 8.31; Fp 4.13.
Citam exemplos de personagens do Antigo Testamento, como por exemplo: Abraão (Gn 24.1) ,Jacó (Gn 30.43), José (quando governador do Egito), o rei Davi, o rei Salomão, Daniel (quando morou no palácio do rei) etc...
Na aula de hoje estudaremos sobre a verdade bíblica quanto à prosperidade financeira, nas aulas seguintes continuaremos a estudar sobre a questão financeira, sobre a saúde e sobre o culto a personalidade respectivamente. Preste bastante atenção neste tema, pois ele faz parte do ensino de muitas seitas evangélicas e é defendido e divulgado através de pregações de homens que se dizem de Deus.


A prosperidade financeira


A teologia da prosperidade afirma que todo cristão deve ganhar bem e jamais passar qualquer tipo de aperto financeiro; afirma ainda que aqueles que não são bem sucedidos financeiramente; estão debaixo de maldição, ou não tem fé; ou ainda não aprenderam que precisam determinar e não aceitar a pobreza. Dizem os pregadores da prosperidade que aqueles que não aceitam esta doutrina, pregam um Evangelho de misérias e vivem derrotados. Até que ponto estas declarações e ensinos são verdadeiros? Vamos passar agora a analisar a questão financeira a luz da Bíblia.


O contraste entre as bênçãos para Israel e as prometidas para a Igreja.


Por qual motivo, quando é mencionado um personagem próspero, este personagem está no Antigo Testamento? Simples:
Deus prometeu bênçãos na Terra para a nação de Israel, mais para a Igreja está reservado o céu (Ef 1.3), coisa muito superior! Abraão, Isaque, Jacó, Daniel, Davi, Salomão, etc... ; todos estes personagens estão no Antigo Testamento e pertenciam à nação de Israel, entretanto, quando olhamos para a Igreja, vemos justamente o oposto. Observe At 3.1-8; I Co 1. 26-31; II Co 6. 4-10.
Pouquíssimos ricos entregam a vida verdadeiramente a Cristo! Na realidade, é raro isto acontecer. Jesus disse que é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha (porta estreita existente nas muralhas que rodeavam as cidades) do que um rico entrar no reino dos céus( Mt 19. 16-30)! Nesta passagem vemos que o coração daquele homem era tão preso aos bens materiais que o impediram de seguir a Jesus. Todo o ensino de Jesus nos Evangelhos deixa bem claro que não devemos nos apegar as coisas desta vida (Mt 6.19- 33; Lc 12. 13-21).

Incentivando a avareza! O amor ao dinheiro é chamado de avareza, aquele que ama ao dinheiro o tem por primeiro em sua vida; seus alvos e objetivos giram sempre em torno de adquirir para si mesmo grande quantidade de bens. Quem ama o dinheiro quer sempre mais, nunca se conforma com o que tem; se ele tem um carro, ele quer um avião; se tiver uma casa, quer uma fazenda e assim vai, sempre querendo mais! Para este não importa se o irmão está necessitado. A avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.15) e a teologia da prosperidade gera homens avarentos! Esta teologia incentiva tanto à prosperidade financeira quanto torna as pessoas escravas do dinheiro. Leia Mt 6.24.


O dinheiro na Bíblia A Palavra de Deus deixa bem claro que o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal! I Tm 6.10(a).
Podemos ver este princípio nitidamente no mundo. Grandes empresas por amor ao dinheiro destroem o meio ambiente, políticos permitem certas coisas em troca do dinheiro, autoridades são corrompidas por amor ao dinheiro, guerras existem devido ao grande desejo por dinheiro. No mundo isso não é de espantar, mais quando vemos este princípio na igreja, isso nos deixa perplexos!
Devido ao amor ao dinheiro no coração de alguns que se dizem irmãos a igreja sofre, irmãos vivem necessitados, a obra de evangelização e missões não é realizada e almas estão deixando de ouvir a Palavra de Deus.
Analisando o texto de ITm 6.3-11, podemos perceber algumas verdades importantes: O Evangelho não deve ser visto como fonte de lucro, como muitos pastores fazem hoje em dia (v.5). Veja ainda o texto de II Pe 2. 1-3 (especialmente o v.3[a] )
O lucro que temos na obra de Deus é espiritual(v.6)!
Para recebermos a recompensa de Deus no futuro, precisamos aprender a nos contentarmos com o presente (v.6-8).
Almejar a riqueza é um grande laço (v.9).
O amor ao dinheiro traz muitos outros pecados consigo(v.10).
O apego ao dinheiro leva ao fracasso espiritual(v.10).
Devemos fugir desta busca pelo sucesso financeiro(v.11), e buscarmos coisa superior ainda mesmo nesta vida, que são a justiça, piedade, fé, amor, paciência e mansidão.
Paulo continua o raciocínio em I Tm 6, orientando a Timóteo que a recompensa dele virá quando Cristo voltar (v.12-16) e logo depois aconselha àqueles que possuem bens, a não confiarem em suas riquezas incertas, mais sim, a guardarem riquezas no céu, estando prontos a praticarem a fé (v.17-19).


 O exemplo de Jesus - Andam dizendo por aí que Jesus era muito rico e que entrou em Jerusalém montado em um jumento zero Km. Dizem ainda que por Jesus ser rei, nós somos filhos do rei e, portanto, devemos ter do bom e do melhor.
Primeiramente acho que na Bíblia dos mestres da prosperidade não existe o texto de Zc 9.9, que afirma ser Jesus um rei justo, salvador e humilde. Este foi um dos motivos pelos quais os judeus não o receberam, pois esperavam um messias/rei, forte, com um grande exército armado, envolto de riquezas, aos moldes dos antigos reis de Israel; um rei que os libertasse das mãos dos romanos.

Também quero deixar claro para os ignorantes que o transporte dos ricos eram carruagens e camelos. As pessoas também andavam a cavalo. Os reis eram acompanhados por comitivas e caravanas, à frente deles vinha o arauto e geralmente o rei era acompanhado de uma guarda. Jumento era animal de carga!

Deveriam os mestres da prosperidade, rasgar de suas Bíblias textos como o de Fp 2.5-11 que mostra a humildade de Jesus e o seu amor, que o levou a abdicar de tudo por amor a cada um de nós!
Deveriam ainda eliminar o texto no qual Jesus afirma que o seu reino não é deste mundo ( Jo18.36). Somos filhos do rei! Sim, verdadeiramente somos filhos do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, entretanto, o seu reino não é deste mundo! Um dia reinaremos com ele, mais enquanto isso precisamos participar por um pouco de tempo, das suas aflições!

Laodicéia

Na Bíblia vemos no livro do Apocalipse a carta endereçada a igreja de Laodicéia como símbolo da Igreja que não será arrebatada. Encontramos Laodicéia estampada na cara de certas igrejas e pastores nos dias de hoje; estão enriquecidos e se vangloriam das suas riquezas (Ap 3.17).

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE - Texto: II Pe 3.15-17


 Meus amados; nesta aula iremos continuar a análise de alguns textos bíblicos que a teologia da prosperidade costuma usar para justificar as suas mentiras.
Distorcer a Palavra de Deus é a especialidade da teologia da prosperidade, conhecer a Bíblia é a obrigação de todo cristão, defender a Verdade é questão de gratidão e respeito à Palavra de Deus!


Lc 17.6 -- Este texto comumente é distorcido pelos supostos mestres da fé para justificar a pretensão de que os crentes podem fazer coisas “tremendas” em nome da fé. Quando não conseguimos sucesso; como, por exemplo, o emprego que determinamos, ou a cura que declaramos, obviamente e por falta de fé, que no caso do infeliz, não teve fé nem do tamanho de um grão de mostarda.


Verdade bíblica: O texto em pauta está em uma passagem que se inicia em Lc 17.3 e vai até o versículo 10. Mais uma vez a teologia da prosperidade tira um texto do contexto. Esta passagem refere-se ao dever do cristão de perdoar.
Jesus estava falando sobre o perdão Lc17.3,4 ; este perdão deveria ser acompanhado de longanimidade. Os discípulos, que tinham o coração endurecido; quando viram que era necessário perdoar várias vezes, disseram: aumenta a nossa fé, ou seja, se é para perdoar tanto, nos dê fé para isso! Lc 17.5 .
 

O Senhor então responde dizendo que não era necessário fé para perdoar, uma pequena fé faria grandes coisas, conclui ao contar uma parábola (vs 7-9) que o perdão é questão de obediência somente! Lc 17.10 .Quando perdoamos não estamos fazendo nenhuma proeza, mais apenas a nossa obrigação, um cumprimento de ordem!


Jo 14. 12-14 -- Afirmam que este versículo diz que podemos fazer coisas maiores do que as que Jesus fez. Por exemplo: Se Jesus ressuscitou um defunto que esteve morto por quatro dias, poderíamos ressuscitar um que já estivesse morto faz um mês! Citam o exemplo de Pedro, o qual a sua sombra curava; afirmam ser este um sinal mais poderoso do que os feitos pelo Senhor! Nisto tudo há um sentido de comparação, disputa e orgulho. É extremamente excitante para o mestre da prosperidade pensar que pode fazer coisas mais poderosas do que Jesus fez!


Obviamente que a passagem não está dizendo isto. Seria impossível querer comparar a operação de Deus na vida de Jesus com a de qualquer homem; Jesus acalmou a tempestade e o mar, andou por sobre as águas, multiplicou os pães, deu vista aos cegos, ressuscitou os mortos e deu a sua própria vida para depois ressurgir dentre os mortos!
Mais maravilhoso ainda foram as suas palavras, entretanto, a sua obra mais importante foi a nossa redenção, coisa que homem algum poderia fazer ou jamais fará igual! Devemos considerar ainda que qualquer apóstolo do passado ou cristão de hoje, quando realizada um milagre, este milagre foi realizado em nome de Jesus! Quando a sombra de Pedro curava, na verdade não era a sua sombra e sim o poder de Deus em sua vida. Em todo milagre Jesus continua fazendo a sua obra! (At 3.12-16)


Significado do texto: Quando Jesus disse que faríamos obras maiores isso tem um sentido bastante profundo, vejamos:


1)No versículo 6, Jesus afirma ser o Caminho, a Verdade e a Vida e que ninguém vai ao Pai se não for por intermédio dele. Segue-se o ensino de que aquele que conhece a Jesus conhece o Pai; Felipe pediu para que Jesus mostrasse o Pai e o Senhor respondeu que ele e o Pai são um e que se ele não estava vendo isto; ao menos ele deveria reconhecer as obras que ele fazia como sendo as mesmas do Pai (vs 7-11). Aquele que nele cresse faria a mesma coisa, ou seja, através de todas as nossas atitudes revelaríamos o nosso Pai! Assim como as obras de Jesus revelavam que verdadeiramente ele era o Filho de Deus, as nossas obras mostram que somos filhos de Deus também, embora por adoção, através do novo nascimento.


Não somente isto; faríamos obras maiores ainda em nome de Jesus, se crêssemos nele, ou seja, o mesmo Espírito Santo seria derramado em nossos corações e o que pedíssemos seria feito em nome de Jesus, provando mais uma vez que ele é o unigênito do Pai e que a sua obra redentora foi eficiente. Quando pedimos algo em nome de Jesus, Cristo é glorificado e, logicamente, o Pai também! (vs 12,14)
 

Não podemos esquecer que estas obras são feitas em nome de Jesus, caso o contrário, não seriam feitas obras que glorificassem a Deus. Jesus continua a realizar a vontade do Pai através da nossa vida, e quem nos capacita para isso é o Espírito Santo derramado em nossos corações. Mostramos a nossa fé através das nossas ações! Este princípio é visto no livro de Tiago (Tg 2.14-26).


2) “e outras maiores fará”, ou seja, a obra de Cristo era maravilhosa e se tornaria mais maravilhosa ainda quando manifesta em nossa vida. Cristo continuaria a agir através de nós. Continua a ser Cristo quem faz!


3) Observe o motivo: Porque ele iria para o Pai! Isto implica: Sua intercessão como sumo sacerdote; a conclusão da redenção; o derramar do Consolador em nossos corações!(Jo 16.7). Faríamos grandes obras porque o Espírito Santo habitaria em nosso coração! O mesmo Espírito que operou plenamente em Cristo!


4)Fazer as mesmas obras em qualidade. Veja o contexto: Jesus faz as mesmas obras do Pai e isto mostra que ele é o seu Filho!(Jo 14.10,11); da mesma forma, a obra de Jesus é manifesta em nossa vida, provando que Cristo está em nosso coração! Tudo o que Cristo realizou, deve continuar a ser feito através de cada cristão!


5)O Pai era glorificado em tudo quanto o Filho fazia; o filho é glorificado em tudo o que nós fazemos e, por conseguinte, o Pai é glorificado no Filho novamente (Jo 14.13,14).
A obra de Deus ampliou-se em nós! O mesmo Deus continua operando em nome do seu Filho Jesus Cristo! A obra de Jesus não era fazer milagres, mais sim fazer a vontade do seu Pai. Os milagres mostravam a sua autoridade. Todo o contexto de ações na vida de Cristo visava revelar o seu Pai. Seus ensinos, milagres, morte, ressurreição, redenção, etc...Tudo glorificava ao Pai. 

Tudo o que Jesus fez é obra, ou somente os milagres? Do mesmo modo a obra de Deus em nós, não são apenas milagres, mais a pregação do Evangelho, ensino, sofrimento e até mesmo a morte. Todo este conjunto deve mostra a presença de Deus em nossa vida! Obras grandiosas de Cristo em nossa vida!


6)Maiores em vista da nossa limitação: Jesus santo fez maravilhas; nós, homens pecadores, também fazemos, provando que ele nos transformou e está conosco!
Jesus obedeceu ao Pai, e nós, através do Espírito Santo, também obedecemos!
 

7)Maiores em extensão, pois cada cristão verdadeiro em todo mundo, glorifica a Cristo através da sua vida.

Rm 8.31 -- Neste versículo, a teologia da prosperidade apóia a afirmação de que nenhuma adversidade poderá vir sobre a nossa vida, quando na verdade o texto informa que passaremos provas e que Deus nos dará graça para vencer a todas! Veja o v. 28, por exemplo, e os vs. 29,30 que falam da garantia da salvação.
Se Deus nos deu esta garantia, o que então poderá interromper a nossa trajetória? As lutas não poderão roubar a nossa salvação! (Rm 8. 31-39)


Fp 4.13  -- Este é um dos prediletos da teologia da prosperidade. Em uma manobra bastante astuta, retiram este texto do seu contexto e afirmam: Você pode tudo! Você pode sair da miséria, ter um carrão do ano, ser um empresário bem sucedido; basta crê nesta Palavra de Fp 4.13!


A Verdade: Este texto diz exatamente o contrário: Paulo começa falando das dificuldades que passara e da ajuda vinda dos irmãos de Filipos (vs.10 e 11). Paulo continua dizendo que ficou feliz com a ajuda, mais que se esta ajuda não tivesse vindo, ele poderia perfeitamente sobreviver. Ter ou não dinheiro não significava nada para ele, pois Deus estava consigo lhe dando força para vencer todas as situações. (Fp 12-14). Nenhuma situação poderia abalar o apóstolo dos gentios!


Irmãos; dentro ainda da teologia da prosperidade, existe a afirmativa que o crente não pode ficar doente. É justamente sobre as enfermidades que nós iremos nos deter na aula de hoje. Iremos aprender sobre a origem das doenças e o porquê do crente também ficar doente.


A origem das doenças


Toda boa dádiva vem de Deus e todo mal não pode proceder dele (Tg 1.16,17; 3.11,12). Partindo destas verdades, concluímos que a doença não vem de Deus.
Quando o Senhor criou o homem, ele o fez para que não morresse e não adoecesse. O homem foi criado perfeito, porém o pecado trouxe a morte e todo tipo de problema não somente sobre o homem, mais também sobre toda a natureza (Gn 3.16-19 ; Rm 3.23; 5.12; 6.23; 8.19-23). Com a queda do homem houve um grande desequilíbrio na Terra.
Podemos resumir afirmando:


Assim como trouxe a morte, o pecado trouxe todos os tipos de doenças!

Por que o cristão fica doente?

1)Anteriormente afirmamos que a origem das doenças é o pecado.
Não estamos afirmando com isso, que todos os doentes estão em pecado, mais afirmamos que a origem das doenças no mundo é o pecado! Como estamos ainda no mundo, estamos sujeitos a ficarmos doentes.

Eis aí o primeiro motivo pelo qual estamos sujeitos a ficar doente: Ainda não fomos glorificados (embora já tenhamos a plena garantia que isto ocorrerá). Temos domínio sobre o pecado, fomos redimidos e ganhamos a vida eterna. Temos a garantia de que seremos transformados; entretanto, algumas bênçãos já conquistadas serão concretizadas com a vinda de Jesus, logo, não vivemos na prática do pecado, pois temos domínio sobre ele, mais ainda pecamos; temos a vida eterna, mais ainda morremos biologicamente; ganhamos um corpo glorioso, mais ainda estamos neste! ( I Co 15. 50-55)
Do mesmo modo que este corpo ainda é sujeito a pecar, ele é sujeito a ficar doente! Assim como o sol nasce para todos e a chuva cai para ímpios e para crentes(Mt 5. 45) , assim como existem crentes morando onde há guerras, assim como em uma cidade atingida por um furacão moram cristãos e não cristãos, do mesmo modo quando há um surto de gripe, o crente também fica gripado!


Obs: O furacão pode passar, mais a vida do crente está nas mãos do Senhor! A diferença sempre estará no fato de que Deus está conosco sempre! Podemos até entrar na fornalha, mais Deus entrará conosco! ( Is 43.1,2)
Nem sempre uma pessoa quando fica doente é porque não tem fé, mais certamente poderá mostrar a sua fé no momento da enfermidade!

Como podem, os pregadores da prosperidade, afirmarem que os crentes não ficam doentes? Como podem, soberbamente, afirmarem que não adoecem? Por acaso gripe não é doença? Dor de barriga é normal? E o que dizer daquelas dores de cabeça que quase todo ser humano já teve ao menos uma vez? E a velhice? Por acaso todos não envelhecem? Velhice é o colapso das estruturas do corpo! Deus não criou o homem para ficar velho, mais o pecado trouxe, dentre muitos problemas, a velhice!


2) Além do citado anteriormente, o crente também pode ficar doente quando é provado. Embora a doença não venha de Deus, o Senhor poderá permitir quando houver algum propósito.


3) Existem doenças que são conseqüências dos nossos próprios pecados. Veja bem: Podemos adoecer devido ao pecado da raça humana, mais nem sempre uma doença será por causa de pecados que cometemos! Existem enfermidades que procedem do pecado. Ex: Um cristão que cai no pecado sexual e contrai uma doença; uma pessoa que fumou durante 50 anos de sua vida e depois se entrega a Jesus, neste caso ela pode ter uma doença devido aos longos anos que passou fumando.


4) Existe a doença espiritual. O cristão quando peca, fica doente espiritualmente ( I Co 11. 29,30).


5) As enfermidades da alma e do espírito, não podem atingir os salvos. Ex: Certos tipos de depressão. O crente deprimido precisa de concerto!
A possessão demoníaca não tem lugar no cristão!


6) Obras de feitiçaria não tem poder sobre a vida do salvo



CONCLUSÃO


Devemos combater os abusos e aberrações doutrinárias desses pregadores. Tomemos cuidado, porém, para não sermos levados ao ceticismo e ao indiferentismo religioso. Religião sem o sobrenatural é mera filosofia. Temos promessas de Deus. Aliás, a história, desde os tempos bíblicos, registra inúmeros testemunhos sobre sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.20). Mas os tais pregadores, a começar pela origem de sua teologia, estão fora do padrão bíblico.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus


Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS


BIBLIOGRAGIA


Lições bíblicas CPAD 2006


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