28 de agosto de 2009

O CRENTE E A BENÇÃOS DA SALVAÇÃO

O CRENTE E A BENÇÃOS DA SALVAÇÃO

INTRODUÇÃO

A doutrina da salvação é, ao mesmo tempo, simples e complexa.

De um lado, a maioria dos cristãos pode citar João 3:16 de cor, ou a resposta de Paulo ao carcereiro de Filipos sobre o que é necessário para a salvação (At 16:31).

Por outro lado, quem pode explicar como um Deus-homem santo poderia tornar-se pecado e morrer por amor a homens pecadores e rebeldes?

É essencial entender corretamente a salvação. A Bíblia coloca um anátema (maldição) sobre qualquer um (incluindo anjos e pregadores) que se atreva a ensinar um evangelho da salvação diferente daquele ensinado nas Escrituras (Cl 1:8). O que, então, é a verdadeira salvação? Como ela é oferecida? Como pode ser alcançada? Quais são os seus benefícios e as suas bênçãos?

A verdadeira salvação é oferecida pelo próprio Deus pela morte sacrificial de seu Filho Jesus Cristo. Não há outro meio pelo qual alguém possa ser salvo da condenação eterna e receber vida eterna (At 4:1 2).

ALGUNS RESULTADOS DA MORTE DE CRISTO

Foi uma substituição pelo pecado.

O significado da morte de Cristo apresenta muitas facetas, porém, a mais central — sem a qual as demais não teriam nenhum sentido eterno — é a substituição. Isto simplesmente significa que Cristo morreu no lugar dos pecadores. O uso da preposição grega anti ensina claramente essa verdade, pois tal preposição significa “em lugar de”.

Ela é usada com esse sentido, por exemplo, em uma passagem sem nenhuma relação com a morte de Cristo (Lc 11:11).

Mais significativo, porém, é seu uso em passagens que apresentam a interpretação do próprio Senhor Jesus Cristo para a sua morte (Mt 20:28; = Mc 10:45). Nas palavras de Cristo, sua morte seria um pagamento em lugar de muitos.

Outra preposição grega, huper, também é usada no Novo Testamento e apresenta dois significados: em algumas ocasiões, significa “em benefício de” e, em outras, significa “em lugar de”. Sem dúvida alguma, a morte de Cristo foi, ao mesmo tempo, um ato realizado em nosso lugar e em nosso benefício, e não há razão para que huper não inclua ambas as idéias ao ser usada em relação á morte de Cristo (veja, por exemplo, 2 Co 5:21 e IPe 3:18).

Ofereceu redenção do pecado.

A doutrina da redenção é edificada sobre três palavras do NT A primeira é uma palavra simples que significa “comprar, adquirir ou pagar um preço por alguma coisa”. E usada com este sentido comum e cotidiano na parábola do tesouro escondido num campo, que levou o homem a comprar (redimir) o campo (Mt 13:44). Em relação à nossa salvação, a palavra significa pagar o preço que nosso pecado exigiu para que pudéssemos ser redimidos.

A segunda palavra provém do mesmo radical do termo mencionado acima, precedido de uma preposição que lhe intensifica o sentido. Em nossa língua, o termo adquire o sentido de “pagar o preço para tirar do mercado”. Assim, a idéia dessa segunda palavra é que a morte de Cristo, além de pagara preço do pecado, retirou-nos do mercado de escravos do pecado para nos dar plena certeza de que jamais voltaremos a ser submetidos à servidão e às penalidades do pecado,

A terceira palavra para redenção é totalmente distinta. Seu sentido básico é “soltar”, e isto significa que a pessoa resgatada é libertada no sentido mais completo da palavra. Essa libertação é obtida pela ação substitutiva realizada por Cristo (veja l Tm 2:6, onde esta terceira palavra é precedida da preposição anti): sua base é o sangue de Cristo ( Hb 9:12): o resultado desejado é a purificação de um povo zeloso de boas obras (Tt 2:14).

Assim, a doutrina da redenção significa que os cristãos foram comprados, libertados da escravidão e postos em plena liberdade por causa do derramamento do sangue de Cristo.

Produziu reconciliação

Reconciliar significa “mudar”. A reconciliação produzida pela morte de Cristo significa que o estado de alienação do ser humano em relação a Deus foi alterado, de modo que ele agora pode ser salvo (2Co 5:lg). Quando o homem crê, seu antigo estado de alienação de Deus é transformado, e ele se torna membro da família de Deus,

Oferece propiciação

Propiciar significa “apaziguar ou satisfazer um deus”. Isto naturalmente levanta a questão: Por que a divindade precisa ser apaziguada? A resposta bíblica a esta pergunta é simplesmente que o verdadeiro Deus está irado com a humanidade por causa de seu pecado. O tema da ira de Deus aparece freqüentemente ao longo da Bíblia, inclusive nos ensinamentos de Cristo (Mc 3:29; 14:21).

Ira não é apenas o desdobramento impessoal e inevitável da lei da causa e efeito, mas também a intervenção pessoal de Deus na vida da humanidade (Rm 1:18; - Ef 5:6).

A morte de Cristo permitiu que Deus desviasse sua ira e recebesse em sua família aqueles que colocam sua fé naquele que a satisfez, Jesus Crista. A extensão da obra propiciatória de Cristo é universal (l Jo 2:2), e a base da propiciação é o seu sangue derramado (Rm 3:25),

Pelo fato de Crista ter morrido, Deus está satisfeito. Portanto, não devemos nem precisamos pedir a alguém que realize alguma coisa para satisfazê-lo. Isso significaria tentar apaziguar alguém que já está apaziguado, algo totalmente desnecessário. Antes da cruz, não havia corno o individuo ter certeza de que Deus ficaria satisfeito com a oferta que lhe era feita. Por isso o publicano orou:

“O Deus, sê propício a mim, pecador” (Lc 18:13). Hoje, tal oração seria desperdício de fôlego, pois Deus já foi propiciado pela morte de Crista. Assim, a nossa mensagem aos homens hoje não deve sugerir de modo algum que eles podem agradar ou satisfazer a Deus praticando alguma ação, mas que podem alegrar-se e descansar com o sacrifício de Crista, que satisfez completamente a ira de Deus,

Julgou a natureza pecaminosa

A morte de Crista nos trouxe um beneficio importante ao tornar inoperante o poder prevalecente de nossa natureza pecaminosa (Rm 6:1-l0). Embora este conceito não seja fácil de entender, Paulo diz que nossa união com Crista pelo batismo envolve a participação em sua morte, de modo que estamos mortos para o pecado. Esse batismo deve ser o batismo com o Espírito Santo, pois nenhuma água, independentemente da quantidade, poderia realizar o que esses versículos descrevem. A idéia de morte, tão proeminente nessa passagem, não significa extinguir ou cessar, mas, como sempre na Bíblia, separar.

A crucificação do cristão com Cristo significa separação do domínio do pecado sobre sua vida. A pergunta “Permaneceremos no pecado...?” é respondida com um enfático não, com base em nossa morte com Cristo (Rm 6:1).

Isso “destruiu” o corpo do pecado. “Destruir” não significa aniquilar, pois, se fosse o caso, a natureza pecaminosa seria erradicada, um fato que nossa experiência dificilmente comprova. Antes, significa tornar ineficaz a natureza pecaminosa.

O cristão está livre, portanto, para viver uma vida agradável a Deus. Embora ainda seja possível ouvir e seguir as instigações do pecado, ele nunca será capaz de reconquistar o domínio e o controle que possuía antes da conversão,

Trouxe o fim da Lei.

O fato de que a morte de Crista trouxe afim da Lei de Moisés é ensinado claramente no NT (Rm 10:4; - Cl 2:14).

A importância deste fato está relacionada com a justificação e a santificação, sendo mais fácil perceber a primeira que a segunda. A razão é que a Lei simplesmente não podia justificar o pecador (At 13:39; - Rm 3:20); portanto, se os homens devem ser justificados, outro caminho precisa ser providenciado. A Lei pode mostrar ao homem a sua necessidade, mas não pode prover uma resposta a essa necessidade (GI 3:23-25). Assim, a morte de Cristo ofereceu o meio da justificação pela fé exclusiva nele.

No entanto, a relação do fim da Lei com a santificação é mais difícil de compreender. visto que certas partes da Lei de Moisés são repetidas no NT com respeito à santificação do cristão. Além disso, os mandamentos específicos repetidos no NT não provêem de apenas uma seção da Lei (como os Dez Mandamentos).

De fato, nove dos Dez Mandamentos são repetidos, assim como outras partes da Lei (Rm 13:9). Isto torna impossível dizer que a Lei foi abolida, com exceção dos Dez Mandamentos.

Além do mais, a passagem de 2 Coríntios 3:7-11 afirma claramente que os Dez Mandamentos (“gravados com letras em pedras”) foram abolidos, Como conciliar todos esses fatos? Acaso o cristão está sob a Lei no que se refere à santificação?

A única solução realista que pareceu coerente a este autor é a que distingue entre um código de leis e as leis nele contidas. A Lei de Moisés foi um dentre vários códigos que Deus outorgou ao homem ao longo da história, e como código está abolida, O código sob o qual o cristão vive é chamado de “a lei de Cristo” (GI 6:2) ou a “lei do Espírito da vida” (Rm 8:2).

Quando um código é revogado e outro instituído, nem todos os mandamentos contidos no novo código serão inéditos e diferentes. A permissão de comer carne na lei de Cristo (l Tm 4:3) também fazia parte do código sob o qual

Noé viveu depois do dilúvio (Gn 9:3).

Da mesma forma, alguns dos mandamentos específicos que faziam parte da

Lei de Moisés foram incorporados à lei de Cristo, e outros não. O código como um todo, porém, foi definitivamente revogado.

É a base para a purificação do pecado do cristão

O sangue (a morte) de Cristo é a base de nossa purificação contínua do pecado (l Jo 1:7). Isto não significa que haja uma recrucificação ou uma imersão em sangue, com o qual o cristão que pecar será tocado. Significa que o sacrifício definitivo de nosso Senhor oferece purificação constante ao cristão quando peca. Nossa posição de membros da família de Deus é mantida pela morte de Cristo; nossa comunhão familiar é restaurada pela confissão do pecado.

ALGUNS BENEFÍCIOS DA MORTE DE CRIST0

Dentre as bênçãos quase incontáveis da salvação, há muitas que são evidentes para os cristãos, pois podem ser experimentadas, como a oração, por exemplo. Muitas outras, porém, não são experimentadas em si mesmas (embora possamos experimentar seus efeitos) e nem sempre são devidamente compreendidas. Apesar disso, são imprescindíveis para uma vida cristã exemplar

Justificação

O tato de a morte de Cristo nos tornar aceitáveis diante de Deus é expresso em doutrinas como a redenção (Rm 3:24), a reconciliação (2 Co 5:19-21), o perdão (Rm 3:25), a libertação (Cl 1:13), a aceitação no Amado (Ef 1:6), a certeza da glorificação futura (Rm 8:30) e a justificação (Rm 3:24).

Justificar significa “declarar justo”. É um termo judicial que indica o anúncio de um veredicto de absolvição, excluindo qualquer possibilidade de condenação. De fato, nas Escrituras o termo justificação é sempre contrastado com condenação (Dt 25:1; - Rm 5:16; - 8:33,34).

As exigências da lei de Deus ao pecador foram plenamente satisfeitas. A justificação não se deve a nenhuma omissão, suspensão ou alteração na justiça de Deus e em suas exigências, mas ao Tato de todas as exigências divinas terem sido cumpridas em Crista. A vida de perfeita obediência à lei por parte de Cristo e sua morte expiatória que pagou a penalidade do pecado são as bases para a nossa justificação (Rm 5:9).

Esta jamais poderia basear-se em nossas boas obras, pois Deus requer perfeita obediência, o que é impossível para o ser humano.

O meio para obter a justificação é a fé (Rm 3:22,25,28,30).

Ela nunca é a base ou causa da justificação, mas o meio ou canal pelo qual a graça de Deus pode imputar a justiça de Cristo ao pecador que crê. Quando cremos, Deus “deposita em nossa conta” tudo aquilo que Cristo é e, assim, somos absolvidos. Logo, Deus pode anunciar legitimamente a nossa absolvição, um pronunciamento chamado “justificação”

Adoção

Adoção é um benefício particularmente maravilhoso da morte de Cristo para o cristão. A doutrina é ensinada de maneira mais clara apenas por Paulo. Quando, nos escritos de João, a palavra “filho” é usada para o cristão (não em relação a Cristo), por exemplo, você sempre deve pensar em filho natural, pois João não fala de filiação legal ou judicial do cristão. Somente Paulo nos revela que somos adotados como filhos. É verdade que somos filhos de Deus pelo novo nascimento, mas também é verdade que somos adotados na família de Deus.

No ato da adoção, uma criança de determinada família é tomada por uma pessoa de outra família, colocada nessa nova família e considerada filha legítima com todos os privilégios e responsabilidades inerentes a esse novo relacionamento.

O quadro retratado pela filiação ou geração espiritual é o do nascimento, crescimento, desenvolvimento e maturidade; a idéia de adoção é a do pleno privilégio na família de Deus. A adoção concede um novo status àquele que recebe a Cristo.

Os resultados da adoção consistem na libertação da escravidão, de tutores e da carne (Gl 4:1-5; - Rm 8:14-17), e é o Espírito Santo que nos capacita para desfrutar dos privilégios de nossa posição

Santificação

A palavra santificar significa “separar”. Para o cristão, a santificação possui três aspectos. Em primeiro lugar, o cristão foi separado por meio de sua posição na família de Deus. A esse aspecto normalmente se dá o nome de santificação posicional. Significa ser separado como membro da família de Deus. Tal fato se aplica a todos os cristãos, a despeito de sua condição espiritual, pois é um estado espiritual (leia 1 Co 6:11 para lembrar quão carnal era a condição daqueles cristãos).

Em Hebreus 10:10, fica evidente que esta santificação posicional está baseada na morte de Cristo.

Sem dúvida alguma, existe também o aspecto experimental da santificação. Uma vez que fomos separados, devemos assim mostrar-nos cada vez mais em nossa vida diária (1 Pe 1:16).

No sentido posicional, ninguém é mais santo que os demais, mas no aspecto vivencial é correto dizer que determinado cristão é mais santo ou mais santificado que outro. Todas as exortações do NT sobre o crescimento espiritual se referem a esta faceta progressiva e experimental da santificação.

Em certo sentido, porém, nenhum cristão será totalmente santificado para Deus até que nossa posição e nossa prática estejam em perfeita harmonia, algo que só ocorrerá quando virmos a Cristo em sua vinda e nos tornarmos semelhantes a ele ( I Jo 3:1-3). Esta é nossa santificação futura ou definitiva, que aguarda nossa completa glorificação num corpo ressurreto (Ef 5:26,27; - Jd 24,25).

TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO E SEUS BENEFICIOS

Rm 1.16Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.”

Deus nos oferece livremente a vida eterna em Jesus Cristo, mas, às vezes, nos é difícil compreender o processo exato usado para torná-la disponível a nós. Por isso, Deus apresenta na Bíblia vários aspectos da salvação, cada um com sua ênfase exclusiva. Este estudo examina três desses aspectos: a salvação, a redenção e a justificação.

SALVAÇÃO. Salvação (Gr. soteria) significa “livramento”, “chegar à meta final com segurança”. “proteger de dano”.

Já no AT, Deus revelou-se como o Salvador do seu povo (Ex 15.2; SI 27.1; 88.1; ver Dt 26.8 nota; SI 61.2 nota; Is 25.6 nota; 53.5 nota).

A salvação é descrita na Bíblia como “o caminho”, ou a estrada através da vida, para a comunhão eterna com Deus no céu (Mt 7.14; Mc 1214; lo 14.6; At 16.17; 2 Pe 2.21; cf. As 9.2; 22.4; Hb 10.20). Esta estrada deve ser percorrida até o fim.

A salvação pode ser descrita como um caminho com dois lados e três etapas:

(1) O único caminho da salvação. Cristo é o único caminho ao Pai (Jo 14.6; - At 4.12). A salvação nos é concedida mediante a graça de Deus, manifesta em Cristo Jesus (3.24). A salvação é baseada na morte de Cristo (3.25; 5.8), sua ressurreição (5.11.)) e sua contínua intercessão pelos salvos (Hb 7.25).

(2) Os dois lados da salvação. A salvação é recebida de graça, mediante a fé em Cristo (3.22,24,25,28). Isto é, ela resulta da graça de Deus (Jo 1.16) e da resposta humana da fé (At 16.31; Rm 1.17; Ef 1.15; 2.8 ).

(3) As três etapas da salvação. (a) A etapa passada da salvação inclui a experiência pessoal mediante a qual nós, como crentes, recebemos o perdão dos pecados (At 10.43: Rm 4.6-8) e passamos da morte espiritual para a vida espiritual (1 Jo 3,14;); do poder do pecado para o poder do Senhor (6.17-23), do domínio de Satanás para o domínio de Deus (At 26.18).

A salvação nos leva a um novo relacionamento pessoal com Deus (Jo 1.12) e nos livra da condenação do pecado (1.16; 6.23; 1 Co 1.18).

(b) A etapa presente da salvação nos livra do hábito e do domínio do pecado. e nos enche do Espírito Santo.

Ela abrange: (i) o privilégio de um relacionamento pessoal com Deus como nosso Pai e com Jesus como nosso Senhor e Salvador (MI 6.9; Jo 14.18-23; ver GI 4.6 nota);

(ii) a conclamação para nos considerarmos mortos para o pecado (6.1-14) e para nos submetermos à direção do Espírito Santo (8.l 16)e à Palavra de Deus (Jo 8.31; 14.21; 2 Tm3.15,l6);

(iii) o convite para sermos cheios do Espírito Santo e a ordem de continuarmos cheios (ver At 2.33-39; Ef 5.18;);

(iv) a exigência para nos separarmos do pecado (6.1-14) e da presente geração perversa (At 2,40; 2 Co 6.1 7); e

(v) a chamada para travar uma batalha constante em prol do reino de Deus contra Satanás e suas hostes demoníacas (2 Co 10.4.5; Ef 6.11,16; 1 Pe 5.8).

(c) A etapa futura da salvação (13.11,12; 1 Ts 5.8,9; 1 Pe 1.5) abrange:

(i) nosso livramento da ira vindoura de Deus (5.9; 1 Co 3.15; 5.5; 1 Ts 1.10; 5.9);

(ii) nossa participação da glória divina (Rm 8.29; 2 Ts 2.13,14) e nosso recebimento de um corpo ressurreto, transformado (1 Co 15.49-52); e

(iii) os galardões que receberemos como vencedores fiéis (ver Ap 2.7 nota).

Essa etapa futura da salvação é o alvo que todos os cristãos se esforçam para alcançar (1 Co 9.24-27; Fp 3.8-14).

Toda advertência, disciplina e castigo do tempo presente da vida do crente têm como propósito preveni-lo a não perder essa salvação futura (1 Co 5,1-13: 9.24- 27; Fp 2.12,16; 2 Pe 1.5-11; ver Hb 12.1 nota).

REDENÇAO. O significado original de “redenção” (gr. apolutrosis) é resgatar mediante o pagamento de uni preço. A expressão denota o meio pelo qual a salvação é obtida, a saber: pagamento de um resgate. A doutrina da redenção pode ser resumida da seguinte forma:

(1) O estado do pecado, do qual precisamos ser redimidos. O NT mostra que o ser humano está alienado de Deus (3.10-18), sob o domínio de Satanás (At 10.38; 26,18), escravizado pelo pecado (6.6; 7,14) e necessitando de livramento da culpa, da condenação e do poder do pecado (At 26.18; Rm 1.18; 6.1-18. 23; Ef 5.8; Cl 1.43; 1 Pe 2.9).

(2) O preço pago para nos libertar dessa escravidão: Cristo pagou esse resgate ao derramar seu sangue e dar sua vida (Ml 20.28; Mc 10.45; 1 Co 6.20; Ef 1.7; Tt 2.14; Hb 9.12; 1 Pd l: 18, 19).

(3) O estado presente dos redimidos: Os crentes redimidos por Cristo estão agora livres do domínio de Satanás e da culpa e do poder do pecado (At 26.18; Rm 6.7,12,14,18; Cl 1.13).

Essa libertação do pecado. no entanto, não nos deixa livres para fazer o que queremos, pois somos propriedade de Deus.

A nossa libertação do pecado por Deus nos torna em servos voluntários seus (At 26.18; Rm 6.18-22; 1 Co 6.19,20; 7.22,23).

(4) A doutrina de redenção no NT já estava prefigurada nos casos de redenção registrados no AT. O grande evento redentor do AT foi o êxodo de Israel (ver Ex 6.7 nota; 12.26 nota).

Também, no sistema sacrificial Levítico, o sangue de animais era o preço pago para expiar o pecado (ver Lv 9.8 nota; estudo O DIA DA EXPIAÇAO, p. 209).

JUSTIFICAÇÃO. A palavra “justificar” (gr. dikaioo) significa ser justo (ou reto) diante de Deus (2.13), tomado justo (5.18,19), “estabelecer como certo” ou “endireitar”. Denota estar num relacionamento certo com Deus, mais do que receber uma mera declaração judicial ou legal.

Deus perdoa o pecador arrependido, a quem Ele tinha declarado culpado segundo a sua lei e condenado à morte eterna, restaura-o ao favor divino e o coloca em relacionamento correto (comunhão) com Ele mesmo e com a sua vontade. Ao apóstolo Paulo foram reveladas várias verdades a respeito da justificação e como ela é efetuada:

(1) A justificação diante de Deus é uma dádiva (3.24; Ef 2.8). Ninguém pode justificar-se diante de Deus guardando toda a lei ou fazendo boas obras (4.2-6; Ef 2.8,9), “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (3.23).

(2) A justificação diante de Deus se alcança mediante a “redenção que há em Cristo Jesus” (3.24). Ninguém é justificado sem que antes seja redimido por Cristo, do pecado c do seu poder.

(3) A justificação diante de Deus provém da “sua graça”, sendo obtida mediante a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador (3.22,24; cf. 4.3,5; ver o estudo FE E GRAÇA, p. 1704).

(4) A justificação diante de Deus está relacionada ao perdão dos nossos pecados (Rm 4.7). Os pecadores são declarados culpados diante de Deus (3.9-18,23), mas por causa da morte expiatória de Cristo e da sua ressurreição são perdoados (ver 3.25 nota; 4.25; 5.6-10).

(5) Uma vez justificados diante de Deus, mediante a fé em Cristo, estamos crucificados com Ele, o qual passa a habitarem nós (Gl 2.16-21).

Através dessa experiência, nos tornamos de fato justos e começamos a viver para Deus (2.1 9-21).

Essa obra transformadora de Cristo em nós, mediante o Espírito (cf. 2 Ts 2.13; 1 Pe 1.2), não se pode separar da sua obra redentora a nosso favor.

A obra de Cristo e a do Espírito são de mútua dependência.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar) Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS Bíblia de Estudo Anotada Bíblia de Estudo Pentecostal

Nenhum comentário: