19 de abril de 2024

O Céu o Destino do Cristão

 

                                             O Céu  o Destino do Cristão

TEXTO ÁUREO

“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20)

Entenda o Texto Áureo

A nossa pátria. O termo grego se refere a uma colônia de estrangeiros.

Em uma fonte secular, era usado para descrever a cidade capital que mantinha os nomes de seus cidadãos num registro, nos céus.                                         O lugar onde Deus habita e onde Cristo está presente.

É a morada dos cristãos (Jo 14.2-3),

Onde o nome deles está registrado (Lc 10.20)

E a herança deles os aguarda (I Pe 1.4).

Outros cristãos estão lá (Hb 12.23).

Nós pertencemos ao reino sob o domínio do nosso rei celestial e obedecemos às leis do céu. Cf. 1 Pe 2.11.

Aguardamos. O verbo grego pode ser encontrado na maioria das passagens que trata da segunda vinda e expressa à ideia de esperar pacientemente, mas com grande expectativa (Rm 8.23; 2Pe 3.11-12).    3.21 transformará o nosso corpo de humilhação.

 

VERDADE PRÁTICA

 

O crente deve viver a vida cristã com a mente voltada para o céu como sua legítima esperança.

Entenda a Verdade Prática

 

A vida eterna concedida ao crente não é um estado de consciência sem emoção e sem fim consciência, mas a vida eterna com Deus.

 

Em João 14.1-3, Jesus disse a seus discípulos:

O lugar que Jesus está preparando para aqueles que o amam é descrito por Paulo em 1 Coríntios 2.9 como aquilo que “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, e mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o ama.”

 

LEITURA BÍBLIA - Filipenses 3.13,14,20,21; Apocalipse 21.1-4

 

Filipenses 3

 

13. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,

 

Alcançado. A mesma palavra grega traduziria por "conquistar" no v. 12.

 

Uma coisa faço. Paulo havia reduzido a totalidade da santificação ao simples e claro objetivo de fazer "uma coisa" — buscar a semelhança de Cristo (veja notas em 2Co 11.1-3).

 

Esquecendo-me das coisas que para trás ficam. O cristão deve recusar-se valer-se de feitos virtuosos e realizações passadas no ministério, ou insistir em pecados e transgressões. Ser desviado pelo passado enfraquece os esforços da pessoa no presente.

 

14. prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

 

O alvo. A semelhança de Cristo aqui e agora (veja nota no v. 12).

 

O prêmio. A semelhança de Cristo no céu (cf. vs. 20-21; 1 Jo 3.1-2).

 

Soberana vocação de Deus. A hora em que Deus chamar cada cristão para o céu e para sua presença será o momento de receber o prêmio que foi um alvo inatingível na vida na terra.

 

20. Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,

 

A nossa pátria. O termo grego se refere a uma colônia de estrangeiros.

Em uma fonte secular, era usado para descrever a cidade capital que mantinha os nomes de seus cidadãos num registro, nos céus.

 

O lugar onde Deus habita e onde Cristo está presente.                                                    É a morada dos cristãos (Jo 14.2-3),

 

Onde o nome deles está registrado (Lc 10.20)                                                                    E a herança deles os aguarda (I Pe 1.4).                                                                    Outros cristãos estão lá (Hb 12.23).

 

Nós pertencemos ao reino sob o domínio do nosso rei celestial e obedecemos às leis do céu. Cf. 1 Pe 2.11.

 

Aguardamos. O verbo grego pode ser encontrado na maioria das passagens que trata da segunda vinda e expressa a ideia de esperar pacientemente, mas com grande expectativa (Rm 8.23; 2Pe 3.11-12).

 

21. que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

 

Transformará o nosso corpo de humilhação. A palavra grega para "transformar" nos dá a palavra "esquemático", o plano interior de algo.

 

Aqueles que já morreram em Cristo, mas vivem com ele em espírito no céu (1.23; 2Co 5.8; Hb 12.23),

 

Receberão novos corpos durante a ressurreição e o arrebatamento da igreja, quando os vivos na terra terão seus corpos transformados (Rm 8.18-23; IC.o 15.51-57; 1Ts 4.16).

 

Para ser igual ao corpo da sua glória. O novo corpo do cristão será como o de Cristo após a ressurreição, e ele será replanejado de modo a se adaptar ao céu (ICo 15.42-43; 1 Jo 3.2).

 

Subordinar. A palavra grega significa "sujeitar" e diz respeito a organizar as coisas a fim de classificar ou controlar algo. Cristo tem poder tanto para criar, providencialmente, leis naturais quanto para dominá-las de modo milagroso (1 Co 15.23-27).

 

Apocalipse 21

 

1. E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

 

Na abertura do capítulo, todos os pecadores de todos os tempos, tanto demônios quanto homens, inclusive Satanás, a besta e o falso profeta, estão no lago de fogo para sempre. Todo o universo foi destruído, e Deus cria um novo universo para que seja o lugar de habitação dos redimidos,

 

Novo céu e nova terra. Todo o universo, como o conhecemos agora, será destruído (2Pe 3.10-13)

 

E substituído por uma nova criação, que durará para sempre.

Essa é uma realidade do AT (Sl 102.25-26; Is 65.17; 66.22),

 

Bem como do NT (Lc 21.33; Hb 1.10-12).

 

O mar já não existe. Atualmente, três quartos da superfície da terra são de água, mas o novo ambiente não será mais baseado na água e terá condições climáticas totalmente diferentes.

 

2. E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

 

Nesse ponto da cronologia de Apocalipse, os santos do AT, os santos da tribulação e todos os convertidos durante o reino milenar serão incorporados na noiva redimida definitiva e habitarão na nova Jerusalém.

 

João descreve a consumação de todas as coisas em Cristo e a nova Jerusalém descendo ao estado eterno (cf. 19.7; 20.6; 1 Co 15.28;                         Hb 12.22-24).

 

Nova Jerusalém. Cf. 3.12; Hb 11.10; 12.22-24.

 

Essa é a cidade capital do céu, lugar de perfeita santidade.

 

É vista "descendo do céu", indicando que já existia; mas ela desce do seu lugar nas alturas para um novo céu e nova terra.

 

Essa é a cidade onde os santos viverão (cf. Jo 14.1-3).

 

Noiva. Importante metáfora do NT para a igreja (cf. Mt 25.1-13; Ef 5.25-27).

 

A imagem de João aqui provém da terceira parte do casamento judaico, a cerimônia. Os crentes (a noiva) na nova Jerusalém vêm para se encontrarem com Cristo (o noivo) na cerimônia final da história redentora.

 

Toda a cidade, ocupada por todos os santos, é chamada de noiva, de modo que todos os santos devem finalmente ser incluídos na imagem da noiva e da bênção matrimonial. Deus providenciou uma noiva para o seu amado Filho. Todos os santos vivem com Cristo na casa do Pai (promessa feita antes do início da igreja (Jo 14.2).

 

3. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.

 

O tabernáculo de Deus. A palavra traduzida por "tabernáculo" significa lugar de moradia. É a casa de Deus, o lugar onde ele mora (cf. Lv 26.11-12; Dt 12.5).

 

4. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

 

Enxugará dos olhos toda lágrima. Já que jamais haverá uma lágrima no céu, nada será triste, decepcionante, deficiente ou errado (cf. Is 53.4-5; 1 C o 15.54-57).

 

INTRODUÇÃO

 

Em 1Pedro 1.4 fala da viva esperança por meio da ressurreição de Jesus Cristo. Nos versículos 4 e 5, ele revela essa viva esperança.

 

Trata-se da herança imperecível, imaculada e reservada no céu.

 

Certamente toda a plenitude divina já nos foi dada hoje em Cristo.                       No entanto, o verdadeiro objetivo de nossa fé ainda está à nossa frente.

A esperança do crente está fixa no dia do retorno do nosso Senhor, e na ressurreição do seu corpo dentre os mortos. Embora seu corpo retorne ao pó, o mesmo não permanecerá nessa corrupção. Ele será levantado dentre os mortos.

 

O corruptível se vestirá de incorrupção, e o mortal de imortalidade. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (1Ts 4.16).

 

I. CÉU: O ALVO DE TODO CRISTÃO

 

1. Definindo céu. Significado de céu na Bíblia. A frase “céu e terra” é usada na Bíblia para indicar todo o universo (Gênesis 1.1; Jeremias 23.24; Atos 17.24).

 

De acordo com a concepção judaica, existiam três céus,

 

(a) O firmamento, como “ave dos céus” (Gênesis 2.19; 7.3,23; Salmo 8.8, etc.), “as águias do céu” (Lm 4.19), etc.

 

(b) Os céus estrelados (Deuteronômio 17.3; Jeremias 8.2; Mateus 24.29).

 

(c) “O céu dos céus”, ou “o terceiro céu” (Deuteronômio 10.14; 1Reis 8.27; Salmo 115.16; 148.4; Salmo 65:9, 2Coríntios 12.2).

 

Significado das palavras no original.

 

(a) A palavra hebraica comum para “céus” é shamayim, uma forma plural que significa “alturas”, “elevações” (Gênesis 1.1; 2.1).

 

(b) A palavra hebraica marom também é usada (Salmo 68.18; 93.4; 102.19, etc.) como equivalente a shamayim, “lugares altos”, “alturas”.

 

(c) shahak, traduzido como “céu” (Deuteronômio 33.26; Jó 37.18; Salmo 18.11), plural “nuvens” (Jó 35.5), significa provavelmente o firmamento.

 

Significado espiritual.

 

O lugar da eterna benção dos justos; a morada dos espíritos que partiram.

 

(a) Cristo chama de sua “casa do Pai” (Jo 14.2).

 

(b) É chamado de “paraíso” (Lucas 23.43; 2Coríntios 12.4; Apocalipse 2.7).

 

(c) “A Jerusalém celestial” (Gálatas 4.26; Hebreus 12.22; Apocalipse 3.12).

 

(d) O “reino dos céus” (Mateus 25.1; Tiago 2.5).

 

(e) O “reino eterno” (2Pedro 1.11).

 

(f) A “herança eterna” (1Pedro 1.4; Hebreus 9.15).

 

(g) O “melhor pátria” (Hebreus 11.14,16).

 

(h) Os bem-aventurados são convidados a “sentar-se com Abraão, Isaque e Jacó” e a estar “no seio de Abraão” (Lucas 16.22; Mateus 8.11);

“reinar com Cristo” (2Timóteo 2.12); e desfrutar de “descanso” (Hebreus 4.10-11).

 

No céu, a bem-aventurança dos justos consiste na posse da “vida eterna”, “um peso eterno de glória” (2Coríntios 4.17), uma libertação de todos os sofrimentos para sempre, um livramento de todos os males (2Coríntios 5.1-2) e da sociedade dos ímpios (2Timóteo 4.18), felicidade sem fim, a “plenitude da alegria” para sempre (Lucas 20.36; 2Coríntios 4.16,18; 1Pedro 1.4; 5.10; 1João 3.2).

 

O céu do crente não é apenas um estado de bem-aventurança eterna, mas também um “lugar”, um lugar “preparado” para eles (Jo 14.2).

 

2. O céu conforme o ensino de Paulo. “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se isso aconteceu no corpo, ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe.” (2Co 12.2).

 

Esse homem é o próprio Paulo. Foi “arrebatado ao terceiro céu”. Onde é isso?

 

Por que o “o terceiro céu”? Seria a forma como os judeus explicavam a ordem dos céus.

 

O primeiro céu seria os céus atmosféricos, compartilhado por nuvens e aves.

 

O segundo, num plano mais elevado, seria o céu constituído pelas estrelas, astros, galáxias.

 

O terceiro céu seria então o espaço da habitação de Deus.

 

Segundo alguns analistas, a expressão “terceiro céu” seria uma alusão à divisão do templo de Jerusalém.

 

Como sabemos, o templo de Jerusalém era constituído de três lugares distintos: o pátio exterior, o santo lugar e o santíssimo, que também era o lugar em que estava a arca, a habitação do Senhor.

 

Assim, como “o terceiro céu, o apóstolo Paulo estaria estabelecendo uma relação entre o templo terreno e os céus, em o “terceiro céu” correspondia ao lugar santíssimo do templo terreno, a habitação do Senhor”.

 

Na linguagem paulina, "o terceiro céu" e o “paraíso" são o mesmo lugar (cf. Ap 2.7, que diz que a árvore da vida está no paraíso, com Ap 22.14, que diz que ela está na cidade celestial).

 

O primeiro céu é a atmosfera da terra (Gn 8.2; Dt 11.11; 1Rs 8.35);

 

O segundo é o espaço interplanetário e interestelar (SI 8.3; Is 13.10);

 

E o terceiro é a habitação de Deus (1Rs 8.30; 2Cr 30.27; Sl 123.1).

 

3. O alvo do cristão. Os céus é o lugar onde Deus habita e onde Cristo está presente. É a morada dos cristãos (Jo 14.2-3), onde o nome deles está registrado (Lc 10.20) e a herança deles os aguarda (I Pe 1.4).

 

Outros cristãos estão lá (Hb 12.23).

 

Nós pertencemos ao reino sob o domínio do nosso rei celestial e obedecemos às leis do céu (1Pe 2.11). Aguardamos pacientemente, mas com grande expectativa, o dia em que estaremos lá (Rm 8.23; 2Pe 3.11-12).

 

O terceiro céu, cuja localidade não é revelada, é a residência do Deus Trino. O plano de Deus é de encher o céu com os seguidores de Jesus Cristo.

Não é de estranhar que a palavra céu seja usada com o mesmo sentido que a vida eterna! Jesus prometeu preparar um lugar para os Cristãos verdadeiros no céu (Jo 14.2).

 

O Céu também é o destino dos santos do Antigo Testamento que morreram confiando na promessa de Deus de um Redentor (Efésios 4:8).

 

Aquele que crê em Cristo não vai perecer, mas vai ter vida eterna                       (Jo 3.16).

 

O Apóstolo João foi muito privilegiado em ver e relatar sobre a cidade celestial (Ap 21.10-27).

 

João viu que o céu possui a “glória de Deus” (Ap 21.11).

 

Essa é a glória do Shekinah, quer dizer, a presença de Deus. Porque o céu não tem noite e o Senhor é a luz, o sol e a lua não serão mais necessários (Ap 22.5).

 

II. A DESCRIÇÃO DO CÉU SEGUNDO O LIVRO DO APOCALIPSE

 

1. O novo céu e a nova terra. A nova terra será a morada eterna dos crentes em Jesus Cristo. A nova terra e os novos céus são por vezes referidos como o “estado eterno”.

 

As Escrituras nos dão alguns detalhes dos novos céus e da nova terra.                   Os atuais céus e terra estão há muito tempo sujeitos à maldição de Deus por causa do pecado da humanidade.

 

Toda a criação “geme e suporta angústias até agora” (Romanos 8:22) enquanto aguarda o cumprimento do plano de Deus e “a revelação dos filhos de Deus” (versículo 19).

 

O céu e a terra passarão (Marcos 13:31) e serão substituídos pelos novos céus e pela nova terra. Naquele momento, o Senhor, sentado em Seu trono, diz: “Eis que faço novas todas as coisas” (Apocalipse 21:5).

 

Na nova criação, o pecado será totalmente erradicado e “nunca mais haverá qualquer maldição” (Apocalipse 22:3).

 

O novo céu e a nova terra também são mencionados em Isaías 65:17, Isaías 66:22 e 2 Pedro 3:13.

 

Pedro nos diz que o novo céu e a nova terra serão “nos quais habita justiça”.

 

Isaías diz que “não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.” As coisas serão completamente novas e a velha ordem das coisas, com a tristeza e a tragédia que as acompanham, desaparecerá.

 

A nova terra estará livre do pecado, do mal, da doença, do sofrimento e da morte.

 

Será semelhante à nossa terra atual, mas sem a maldição do pecado.

 

Será a terra como Deus originalmente planejou que fosse.                                       Será o Éden restaurado.

 

Uma característica importante da nova terra será a Nova Jerusalém.

 

João a chama de “a cidade santa... que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo” (Apocalipse 21:2).

 

Essa gloriosa cidade, com suas ruas de ouro e portões perolados, está situada numa nova e gloriosa terra.

 

A árvore da vida estará lá (Apocalipse 22:2).

 

Essa cidade representa o estado final da humanidade redimida, para sempre em comunhão com Deus: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.... os seus servos o servirão, contemplarão a sua face” (Apocalipse 21:3; 22:3–4).

 

Nos novos céus e na nova terra, dizem as Escrituras, há sete coisas notáveis pela sua ausência – sete coisas que “não existem mais”:

 

• não há mais mar (Apocalipse 21:1)

• não há mais morte (Apocalipse 21:4)

• não há mais luto (Apocalipse 21:4)

 

• não há mais pranto (Apocalipse 21:4)

• não há mais dor (Apocalipse 21:4)

 

• não há mais maldição (Apocalipse 22:3)

• não há mais noite (Apocalipse 22:5)

 

A criação dos novos céus e da nova terra traz a promessa de que Deus “enxugará dos olhos toda lágrima” (Apocalipse 21:4).

 

Esse evento ocorre depois da tribulação, depois da segunda vinda do Senhor, depois do reino milenar, depois da rebelião final, depois do julgamento final de Satanás e depois do Julgamento do Grande Trono Branco.

 

A breve descrição dos novos céus e da nova terra é o último vislumbre da eternidade que a Bíblia oferece.

 

2. A linda cidade como nossa nova morada. John Stott afirma que Os oito primeiros versículos de Apocalipse 21 são variações do tema da novidade, pois João viu um novo céu e uma nova terra, para os quais descia a Nova Jerusalém.

 

Como consequência, “a antiga ordem já passou” e Deus pôde então declarar: “Estou fazendo novas todas as coisas!” (v. 5). A promessa de um novo universo foi feita primeiramente ao profeta Isaías (Is 65.17; 66.22).

 

O próprio Jesus se referiu a ela como “a renovação de todas as coisas”             (Mt 19.28, literalmente “o novo nascimento”), e Paulo escreveu sobre ela como a libertação da criação da escravidão da corrupção (Rm 8.18-25).

 

É importante, portanto, afirmar que nossa esperança cristã não é de um céu etéreo, mas de um universo restaurado, que se relaciona ao mundo presente pela continuidade e pela descontinuidade.

 

O cristão, individualmente, é uma nova criação em Cristo, a mesma pessoa, porém transformada, e o corpo ressurreto será o mesmo corpo com sua identidade intacta (lembre-se das cicatrizes do Jesus ressurreto), porém revestido de novos poderes.

 

Assim também o novo céu e a nova terra não serão um universo substituto (como se criados de novo), mas um universo regenerado, purificado de todas as imperfeições atuais.

 

João acrescenta o detalhe de que “o mar já não existia” (Ap 21.1), porque ele simboliza a agitação e a separação.

 

A seguir, João ouve a voz de Deus dirigida a ele e explica o significado da descida da nova Jerusalém: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus” (v. 3).

 

Essa maravilhosa declaração é tão impressionante porque incorpora a fórmula da aliança, que aparece repetidas vezes em toda a Escritura: “Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. O resultado desse relacionamento vivo entre Deus e o seu povo é que já não haverá dor, lágrimas, luto nem morte, pois essas coisas pertencem à velha ordem caída do mundo, que então terá passado. E somente Deus pode fazer isso, pois ele é o Alfa e Ômega, o Princípio e o Fim (v. 6).

 

III. CÉU. O FIM DA JORNADA CRISTÃ

 

1. Estaremos onde Deus está.  A última visão do livro mostra o estado exaltado dos servos fiéis na gloriosa presença de Deus. Como nas cenas de julgamento nos capítulos anteriores e, considerando os limites de tempo do cumprimento no início e no fim do livro, acredito que esta cena descreve, no seu sentido primário, a vitória dos perseguidos daquela época, e a bênção de descansar na proteção divina.

 

Mas, como a cena do julgamento diante do grande trono branco prefigura o julgamento final, esta cena da exaltação dos vencedores prefigura a glória eterna de todos os vencedores. Ap 21.2 – “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus”.

Os profetas do Antigo Testamento usaram a figura de uma nova e perfeita cidade para representar a bênção da comunhão com Deus depois de um período de sofrimento. Especificamente, falaram da igreja ou do reino do Messias que viria depois da purificação do cativeiro.

 

Este tema é especialmente forte em livros como Ezequiel (capítulos 40-48) e Isaías (capítulos 60-66; especialmente 65:18-19).

 

Paulo desenvolveu o mesmo tema quando falou de Jerusalém livre, que vem de cima (Gálatas 4:26-31).

 

O autor de Hebreus, também, viu a cidade celestial como a igreja já existente no primeiro século: “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial...igreja dos primogênitos” (Hebreus 12:22-23).

 

A mesma linguagem aqui no Apocalipse descreve a igreja do Senhor. Nada no texto aqui limita essas bênçãos ao futuro (a igreja no céu). Podemos entender a nova Jerusalém como a igreja já abençoada aqui na terra e, desta maneira, a interpretação deste trecho se ajusta ao contexto histórico do livro.

 

Ataviada como noiva adornada para o seu esposo: A mesma figura que encontramos em 19:7-8 (cf. os comentários na lição 30 e as citações em Efésios 5:25-27 e 2 Coríntios 11:2).

 

Isaías descreveu as bênçãos da salvação em Cristo “como noiva que se enfeita com as suas jóias” (61:11).

 

2. As lágrimas cessarão. Já que jamais haverá uma lágrima no céu, nada será triste, decepcionante, deficiente ou errado (Is 53.4-5; 1Co 15.54-57).

 

A linguagem deste versículo, quando lida isoladamente, parece descrever o céu. Certamente esperamos uma circunstância desta qualidade no céu.

 

Mas a aplicação primária, ainda, deve ser feita à condição abençoada da igreja desde a época de João. Esta interpretação é apoiada pelas passagens proféticas que usaram a mesma linguagem para apontarem o reino messiânico.

E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram: O livramento do povo da opressão foi descrita num cântico por Isaías: “Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos...” (Isaías 25:8; cf. 30:19; 35:10).

 

A volta do cativeiro traria alegria, expulsando a tristeza do meio do povo (Isaías 51:11).

 

As boas-novas da salvação no Ungido ia “consolar todos os que choram” (Isaías 61:2).

 

Esta alegria se tornaria característica dos novos céus e nova terra (Isaías 65:19-20).

 

3. O Céu como repouso eterno. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho: As promessas feitas aos vencedores nas sete cartas às igrejas são maneiras diferentes de expressar um único tema: quem for fiel ao Senhor terá a bênção de comunhão com ele. Leia, de novo, as promessas nos finais das cartas (2:7,10-11,17,26-28; 3:5,12,21).

 

Recebemos a adoção de filhos e nos tornamos herdeiros por meio de Jesus (Gálatas 4:4-7).

 

Ele nos trata como primogênitos (Hebreus 12:23),

Com o privilégio de sermos herdeiros do próprio Senhor (Efésios 3:6).

 

Em Hebreus 4 somos informados que o céu, o Reino eterno, é o grande descanso sabático de Deus para nós, embora seja também um tempo de serviço (Ap 22.3).

 

Porque então “nunca mais haverá qualquer maldição”, o impedimento do pecado e o mal terão desaparecido, e o trabalho e descanso serão uma unidade alegre em Cristo.

 

A remoção da maldição significa que Deus “lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21.4).

 

Ainda, sobre esta lição, é importante esclarecer que não é correto fazer do céu (ou do arrebatamento) algo muito importante em nosso pensamento.

 

Não devemos permitir que nosso foco esteja nessa coisas, importantes da nossa fé, mas tão somente em Cristo Jesus! É o Senhor somente quem deve ser central. Focar-se no céu é focar-se em nós mesmos e em nosso futuro. Isso leva a uma fé centrada em si mesmo, e não em Deus. Devemos com simples confiança fazer o nosso dever e crer que o nosso Deus é fiel à sua Palavra. “Confie e obedeça!”.

 

CONCLUSÃO

 

Atenção para esta Conclusão! Não termine repetindo “Para se viver a esperança celestial é preciso...”, ainda que a sentença seja verdadeira, porém se não bem esclarecida, pode desviar o foco. Nosso foco é Cristo e Sua glória.

 

Nossa fé não pode ser “emsimesmada” – focada em nós mesmos, sob risco de incorrermos em hedonismo do mais grotesco.

 

Todas as tentações e pressões crescentes, seja por meio de sedução ou perseguição, não devem nos levar à falácia de que somos algum tipo de piedosa unidade antiterrorista de elite, à qual não pode ser afetada por nada disso.

 

Não, isso deve nos levar a olhar exclusivamente para o poder preservador de nosso Senhor. O reformador Martinho Lutero traduziu Isaías 28.19 de forma muito livre como. “Pois somente o desafio nos ensina a prestar atenção à palavra”. Trata-se de esperar tudo somente de nosso Senhor e depender dele. Não há segurança em nós mesmos.

 

Em Cristo estamos seguros. Encontramos tal firme certeza, baseada exclusivamente no poder preservador de nosso Senhor, quando o apóstolo Paulo enfrentou o martírio. “O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu Reino celestial. A ele, glória para todo o sempre. Amém!” (1Timóteo 4.18).

 

BOA AULA